- Sabe Gackt, eu acho essa casa tão vazia... - o moreno alto e cheio de tatuagens espalhado por diversos pontos de seu corpo, tentava, em vão, conversar com o mais velho, loiro, devido ao descoloramento, que lia atentamente o jornal – E bem, eu cheguei a uma conclusão!

- Hun? – o mais velho sibilou, já esperava que vindo dele, coisa boa não seria...

- Eu quero adotar!

- Ah claro, claro! Qual vai ser o pobre animal que você vai torturar ou matar dessa vez? – o olhou despreocupado e calmamente por cima do jornal.

- Hey! Eu nunca matei um bichinho! Eles que se suicidavam! – o mais velho o olhou calmamente e procurou uma resposta que o desmentiria, mas eram tantas que não sabia qual escolher para usar contra ele.

- E o gato?

- Eu não o matei porque quis, foi sem querer... ele parecia sujo e eu quis lavar ele...

- Miyavi, você o colocou no vaso sanitário, e deu várias descargas!

- Mas é que ele estava sujo!

- Você podia ter usado a banheira! Ou o mandado no pet shop!

- Mas...mas...mesmo assim...eu não to falando em adotar um bichinho...eu quero adotar uma criança....

- Vamos à pet shop...eu deixo você escolher qual você quiser!mas tem de me prometer que não vai fazer como os outros...

- Mas Gackt! Eu quero uma criança!

- Miyavi, meu querido, raciocine comigo! Quem vai cuidar dessa criança quando eu não estiver em casa?

- Eu! – falou todo sorridente.

- Miyavi, preste atenção em minhas palavras... Quem irá cuidar dessa criança, quando “eu” não estiver em casa!? – deu ênfase ao eu.

- Pois então, eu!

- Miyavi, é mais fácil eu dizer pra criança não deixar você por fogo na casa, do que o contrário!

- Mas Gackt...pense uma criança, que coisa boa seria essa casa.Eu gostaria tanto de um menino! Porque sabe, por ser menino seria mais fácil de cuidar!

- Miyavi, se for um menino você sabe que ele vai sofrer na escola. Quando ele for xingado, irá ser assim: “Ó O FILHO DOS VIADINHOS” e ele não poderá fazer nada, porque é verdade.

- Certo, então uma menina, o que você acha?

- É pro Mana seria um bom divertimento, com certeza gostaria de ser a madrinha dela e é melhor uma garota de vestido do que um garoto de vestido...

-Então você aceita adotar?

- Me entenda... No Japão não é aceito o casamento entre gays sabia? Então, muito menos adotar.

- Então vamos para a América e lá nos casamos e daí, adotamos...

-Miyavi! – se levantou pos a mão no ombro dele – vou ajeitar minhas malas...

- Para irmos para a América? – seus olhos brilhavam

- Não, esqueceu que eu tenho de ir à casa do Mana.

- Claro! Eu vou pra PSC!- falou um tanto cabisbaixo

- Você vai?Pensei que hoje você não precisasse ir!

- É que eu esqueci de fazer umas coisas...

oOoOoOoOoOo

- Eu disse a ele que queria, mas ele foi tão insensível... - Miyavi chorava no ombro de Kai – e eu só queria ir ao orfanato ver as crianças...

- Que insensível! – Ruki falava para Miyavi

- Sabe... Isso me deu uma idéia! – Uruha falava com um belo sorriso no rosto

- O que? – Miyavi parou de chorar e olhou atento para Uruha

- Porque não vamos nós lá... Só pra ver como elas são! Eim?

- Gosto da idéia! – Miyavi sorria alegremente

- Mas eu não! – Reita protestava

- Se você não for comigo, aí é que eu arranjo um filho! – Ruki sussurrou no ouvido de Reita.

- É fazer o que... - foi à resposta de Reita enquanto colocava as mãos no bolso.

- Ótimo, então vamos todos, certo Aoi? – Uruha lançou um olhar de “faça isso por mim, ou dormirá no sofá”

- É né...- Aoi falou se escolha

- Mas...mas então irei chamar o Nao!- Kai falava sorridente e saira correndo rapidamente.

- Vai rápido! – Ruki gritou para Kai que já estava no corredor.