Rose PDV.

Hoje faz uma semana que eu conheci Adrian, confesso que não consigo tirá-lo dos meus pensamentos, aqueles olhos verdes estão me levando à loucura. Acho que vou até a casa de Lissa, para vê-lo. Na verdade acho que estou ficando louca, nunca senti essa vontade súbita de ter alguém, assim como necessito ter Adrian. Levantei de minha cama, tomei um banho e me vesti, optei por um macacão preto e uma rasteirinha ( N/A: Quem quiser ver a roupa da Rose segue o link http://gb.looklet.com/look/12645050) . Peguei a minha bolsa, a chave do meu carro e segui para a casa de Lissa. Assim que cheguei à frente de sua casa, me arrependi no exato momento que parei o carro. Lá estava ele, Christian, Lissa, Sidney e um homem que não conheço, estava perdida em meus pensamentos quando meu querido irmão bateu no vidro do carro.

Chris era filho do meu pai Abe Mazur e sua primeira mulher Moira Ozera, que faleceu em seu parto. Chris era lindo, com seus vinte e cinco anos, ele tinha os cabelos escuros de nosso pai e os olhos azuis de sua mãe, além de ser totalmente carinhoso. Bom, ele tem seus momentos, nossa relação é muito mais do que apenas meios- irmãos somos amigos, companheiros e sinceramente eu não vivo sem ele, apesar de que agora namorando com Lissa eu quase não o vejo, papai vive reclamando que Chris não vai nos ver.  Ele abriu aquele sorriso maravilhoso que eu tanto amava,  abriu a porta me puxou para fora do carro, e me pegou no colo como sempre fazia. Pegou a chave do carro trancou e me levou até dentro da casa no colo, fazendo cócegas, ele vivia fazendo isso comigo. Parecia quando éramos crianças, acho que é por isso que eu sou fascinada por Chris.

- Chris para com isso me coloca no chão. Por favor! – Eu disse em meio as risadas.

- Não, eu estava com saudades de você. – ele respondeu,  mas me colocou no chão e me abraçou.

- Não está com tanta saudade assim não, se tivesse teria ido me ver. Papai vive reclamando que você não vai mais em casa. – eu disse fazendo bico, ele deu uma gargalhada.

- Você está igualzinha ao papai, todo esse drama turco não me surpreende mais. Rose eu estava realmente com saudades desse  bico e dessa chantagem emocional barata da família Mazur.

- Hey, você também é um Mazur e também faz chantagem emocional, lembra quando você disse a mamãe que não a amava porque ela não queria te dar um pedaço do seu bolo de aniversário, nunca vi pessoa mais apressada quanto você.

- Adiantou, você lembra o que ela fez? – Ele disse entre risos, estávamos tão entretidos em nossa conversa que nem nos lembramos das pessoas ao nosso redor.

- Claro que sim, ela cortou o bolo e mandou Linda fazer outro igual. – eu disse rindo.

- Claro Mamãe, sempre faz tudo o que queremos.

- É e mesmo assim você não vai nos visitar. Você está me saindo um ótimo Mazur.

- Argh, Rose. Você consegue ser irritante quando quer.

- Eu só estou dizendo que estou com saudades, eu quero ver o que você vai fazer quando eu tiver morando no meu apartamento, ah é verdade ele fica pronto no fim da semana. Você vai lá me visitar não é?

- É claro que eu vou, agora vem estamos fazendo um churrasco. Vamos comer?

Eu apenas assenti, e fui de mãos dadas com ele até onde o pessoal estava. Achei muito estranho Sid estar ali bem antes de mim, Okay, o que parece é que todo mundo já sabia desse churrasco menos eu.

Adrian estava ao lado de Sid, Chris se juntou a Lissa e a outra pessoa que estava ali, provavelmente havia entrado na casa, eu cumprimentei a todos, mas joguei um olhar bem feio para Lissa, fiquei chateada por ela não me convidar. Como se ela tivesse lido meus pensamentos, ela disse:

- Eu queria saber para que você tem um celular, se ele só anda desligado?

- Eu estava dormindo, você poderia ter me ligado em casa.

- Mas eu liguei, e a linda disse que você estava dormindo e que dava o recado.

- Eu sai de casa com pressa e nem a vi. – eu disse já com aquele olhar que pede desculpas.

- Okay, Okay. Já entendemos que foi um pequeno desencontro, agora vá lá dentro e pega um prato e venha sentar aqui comigo, preciso te contar uma novidade.

- Okay, então eu já volto.

Entrei e não pude parar de pensar em Adrian e Sid tão juntos, senti um aperto no coração, uma dor estranha, nunca senti algo assim. Estava distraída quando esbarrei em alguma coisa, alguma coisa não com alguém, e que alguém. Gente se eu falar pra vocês que ele era lindo alguém vai acreditar? E Se eu disse que ele era muito além de lindo, perdi o ar, não sei se foi porque o copo em que ele estava segurando caiu em cima do meu pé e o cortou, ou se era de fato pela beleza daquele homem.

- O Meu Deus me desculpa, olha o seu pé. – Ele disse.

- Eu quem devo me desculpar, mas acho que não foi um estrago tão grande. – Mas assim que olhei meu pé, ele já estava todo lambuzado de sangue. – ou foi?

-Vamos eu te levo no hospital.

- Não precisa eu mesma vou, não precisa sair daqui e me levar.

- Eu faço questão, afinal foi por minha culpa. A propósito eu sou Dimitri, e você?

- Eu sou Rose.

- Prazer, agora eu só vou avisar o meu irmão que eu vou te levar e nós vamos, okay?

Eu assenti, tentei andar, mas não consegui, fiquei zonza e antes que eu caísse no chão braços fortes me envolveram e me pegaram no colo, esqueci de falar que eu tinha pavor de sangue, eu estava me segurando para não desmaiar, mas foi mais forte que eu. Mas assim que Dimitri me pegou no colo e saiu em direção a porta eu só conseguia pensar nele, e o cheiro de seu pós barba me invadiu, não havia mais sangue e muito menos essa fobia idiota. Eu só percebi os outros ao meu redor quando Chris me olhou e disse:

- Princesa, você está bem? O que aconteceu com você?

- Ela esbarrou em mim, e o copo que eu fui buscar caiu no seu pé fazendo esse estrago, ela estava quase desmaiando, por isso vou levá-la no hospital.  – Dimitri disse antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

- Ela não pode ver sangue, toda vez que vê desmaia. Mas você chegou hoje, eu a levo sem problemas.

- Não Christian, eu faço questão, afinal foi eu quem fez esse estrago. Mas não se preocupem podem ficar aqui, eu vou com ela e depois a levo pra casa. Qualquer coisa eu aviso.

Ele olhou para mim e disse:

- Rose, você está de carro, eu posso dirigi-lo?        

- Claro, a chave está dentro da minha bolsa, você pode pegar?

Ele assentiu, e me colocou com cuidado no banco do passageiro. Ligou o GPS e seguiu em direção ao hospital.

Dimitri Pdv.

Eu tinha acabado de chegar, quando Lissa resolveu fazer um churrasco em sua casa para comemorar a nossa vinda para Nova York, apesar de que tenho certeza de que nem eu e nem Adrian estávamos tão contentes assim por ter vindo. Eu na verdade não queria vir de jeito nenhum, deixar minha família foi a coisa mais difícil que eu já tive que fazer. Mas tenho que me concentrar e terminar meus estudos e também cuidar de Adrian, aquele ali é todo descuidado e adora uma farra, se eu não ficasse de olho nele, hoje com certeza estaria com varias dp’s na faculdade.

Estávamos conversando e eu me divertindo com a cara de bobo que Adrian fazia quando Sidney falava, ela era bonita, mas não fazia muito meu estilo. Mas Adrian estava totalmente apaixonado, como é que pode se apaixonar assim em uma semana. Eu não consigo compreender esses sentimentos loucos, vi que Christian levantou e seguiu em direção ao carro que havia estacionado ali na frente, eu fui pegar um copo com gelo estava louco para tomar o suco divino de maracujá que só a Lissa sabe fazer. Quando estava saindo da cozinha, esbarrei em alguém. Se eu disser que essa pessoa era extremamente linda, alguém iria acreditar? Ela era mais do que linda, era perfeita. Tinha uma beleza exótica, os cabelos castanhos escuros que iam até a altura da cintura, um corpo perfeito e os olhos, meu Deus que olhos, tão escuros quanto o cabelo, mas havia tanto mistério naquele olhar, poderia ter me perdido ali, se eu não houvesse derrubado o copo em seu pé. Trocamos algumas palavras e sai de lá a levando em meus braços para o hospital, assim que a peguei senti uma onda de calor me pegar desprevenido. Coloquei-a sentada no banco de carona do seu carro, e fui para o hospital mais próximo. Chegamos lá, falei com a recepcionista e ela logo foi atendida pelo medico. Ele limpou e enfaixou seu pé então disse pra mim:

- Sua namorada deveria ter mais cuidado, se ela cortasse um nervo poderia ser muito perigoso, ainda bem que os cortes foram superficiais. – o medico disse, realmente desaprovando o acidente.

- Ela não é minha namorada, e foi realmente um acidente.

- Bom que seja ela precisa tomar esses remédios durante uma semana, e caso não melhore ela deve voltar.

Eu a ajudei a andar e a coloquei novamente no banco do passageiro do seu carro, assim que entrei um silencio surgiu e ficou cada vez pior, então eu quebrei esse clima pesado e disse:

- Você quer que eu te deixe na sua casa?

-Não quero ver nem o papai e nem a mamãe, eles vão ficar todo preocupados, você pode me levar para o meu apartamento novo?

- sim, é você quem sabe!            

Eu segui as suas coordenadas, e em menos de trinta minutos estávamos em frente ao seu apartamento. Entramos no estacionamento e a levei no colo até o seu apartamento, assim que entramos percebi que talvez fosse a primeira vez que ela entrava aqui após ele ter sido decorado, pois ela estava com aquela cara de espantada. Eu a coloquei no sofá e disse:

- Rose, eu já vou indo. Meu numero está aqui qualquer coisa pode me ligar.

- obrigada por tudo Dimitri, mas está muito tarde, você não prefere ficar, afinal você não conhece muito Nova York. E a casa da Lissa é muito longe, você pode ficar tem um quarto de hospedes.

- Eu não vou atrapalhar se ficar? – eu disse meio constrangido.

- Claro que não vou adorar que você me faça companhia hoje!

- Então vou ligar para o Adrian e avisar a ele que ficarei por aqui.

Ela apenas assentiu e com isso eu fui até a sacada ligar para o Adrian. Mas o pensamento estava na sala, mas especificadamente sentada lindamente em seu sofá, Rose realmente mexeu comigo.