Beyond The Blood escrita por Mary Ayumi


Capítulo 4
Capítulo 04 - Casa dos Gritos


Notas iniciais do capítulo

Preciso dizer que desculpo a demora? Pois é. O capítulo já estava pronto mais totalmente sem pé nem cabeça. Só consegui organizar tudo hoje. Espero que gostem. Boa leitura ^^



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- Está mesmo tudo bem com você, Hermione? – Harry perguntou preocupado tocando levemente a mão da amiga que estava sentada ao seu lado na carruagem que os levariam para Hogsmeade.

- Não disse uma palavra desde que entramos na carruagem. – Rony murmurou a encarando.

Hermione deu um sorriso forçado. – Não há nada de errado comigo. Não se preocupe.

Rony pareceu aceitar e logo que viu ao longe, alguns alunos entrando na Dedos de Mel, sua atenção só se voltara naquela direção. – Olhe! Neville está saindo com bombons explosivos. Anda, vamos Harry antes que acabe! Do jeito que é Neville, não duvido muito...

- Mas, Rony... Fiquei de ir com Hermione na loja de antiguidades. – Harry sussurrou ajeitando o óculo em seu rosto.

- Não. Tudo bem Harry. – Hermione respondeu balançando lentamente a cabeça. – Pode ir com Ron. Eu ficarei bem. Podemos nos encontrar no Três Vassouras.

- Bom, se quer assim. – O Potter deu de ombros. – Quer que eu a acompanhe até a porta, no mínimo?

Hermione negou colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha. – Não é necessário. 

Se despediu de Harry, e foi andando em direção a loja de antiguidades que ficava do outro lado da rua. Quando chegou na porta, olhou discretamente para trás e quando viu que Harry não estava mais lá, tomou o caminho oposto indo para seu verdadeiro destino. A casa dos gritos. 

A garota caminhava lentamente olhando para os lados. Tinha medo de ser vista naquele lugar, sabia das conseqüências que isso traria para si. Puxou o capuz preto para cobrir mais o rosto. O ar denso dificultava sua visão e o nariz sensível ardia com a brisa que o atingia. A neve caía aos poucos grudando em seu cabelo e na capa negra que a cobria. Sua consciência ecoava dentro de si – suplicava para que esquecesse tudo aquilo e voltasse para Hogwarts. Mas, ela não escutaria... Não agora que já estava tão perto.

Ajeitou a luva em suas mãos, sentindo-a formigar de frio. Respirou fundo, lutando com a força da neve que afundava em seus pés. Apesar da neblina que pairava no ar, e da penumbra que estava devido á hora, pode ver ao longe a tão famosa Casa dos Gritos que mesmo de dia, ou àquela hora da tarde causava arrepios em muitos que passavam por ali. Com Hermione não era diferente, seu estômago se revirou vendo suas janelas fechadas com taboas, a parede suja e descascada e o jardim, úmido e mal cuidado, onde nascia mato por cima de mato, sem permissão.

Abaixou-se levemente e passou por debaixo da cerca de arames que cercavam a casa, não havia gemidos nem gritos como antigamente, quando Remo Lupin transformava-se em lobisomem, mas só o farfalhar das folhas secas de algumas árvores balançando com o vento já era suficiente para querer correr dalí. Hermione olhou para o céu, já estava ficando escuro, alguns corvos rodeavam a casa enquanto outros apenas ficavam nos galhos das árvores observando os passos cuidadosos que a garota fazia em direção á porta da frente. O sol já havia se posto, e sorrateiramente a lua vinha enfeitar o céu cinzento e nublado.

Os lábios trêmulos crisparam-se ao tocar na maçaneta. Enfim, a porta se abriu com um leve rangido, as pernas lutavam para dar um passo para frente e não para trás como lhe parecia a alternativa mais viável. Nenhum som, nenhum ruído. Nada. Fora as paredes descascadas, manchas no chão, teias de aranha no teto, e móveis quebrados. Decididamente, não era um lugar nada agradável.

Seus olhos percorreram o cômodo escuro, e forçando o olhar viu uma escada de madeira escura e velha. Subiu lentamente cada degrau, deparando-se com um longo corredor com portas de ambos os lados, se é que ainda podiam ser chamadas de portas, pedaços de madeiras podiam ser mais bem designados.

Uma fraca luz vinha do último cômodo. Tirou a varinha do bolso interno da capa, e abaixou o capuz que cobria uma parte de seu rosto. Com a varinha em punho, pronta para atacar, caminhou até o cômodo. Sabia que sua única proteção ou defesa era a varinha que carregava já que seria inútil se gritasse, tinha certeza que a casa estava tomada por algum feitiço anti-ruído. Empurrou sorrateiramente a porta deparando-se com um cômodo sombrio, e tão precário quanto o resto do local, muito desarrumado e poeirento. O papel descascava das paredes. Nada, nenhum som. Exceto a respiração dele.

Do seu dono.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que ficou pequeno, prometo me dedicar mais no próximo. Agradeço muitíssimo todos os reviews que recebi, mais vou começar a fazer chantagem aqui >_< Só posto com recomendações. E aí, alguém se habilita? RSRS. Beijos e até a próxima.



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