Someone To Love escrita por Raafah_ela, PeterGeneHernandez


Capítulo 25
Capítulo 25




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Capítulo 25.

Pov. Cecília.

Minha mãe nos olhava furiosamente. Me afastei um pouco de meu pai – que estava de costas para mim e Jake as minhas costas  – e me sentei e minha cama. Jacob me observou e fez o mesmo. Meu pai e minha mãe se olhavam furiosamente e, provavelmente, discutiam mentalmente.

Eu e Jake não tiramos os olhos dos dois. Ouvi que a sua respiração pesada e me virei para observá-lo. Seus olhos pegavam fogo, como sempre faziam quando ele estava bravo, seus punhos estavam cerrados e apertavam meu lençol, seu peito subia e descia e a camisa branca que ele usava destacava seu bronzeado e seus músculos. Esse “nego” ia ser meu, meu pai querendo ou não, ele vai.

Ele me encarou de volta e as chamas em seus olhos continuavam lá, mesmo eles suplicando por algo. Nós voltamos nossa atenção quando meu pai começou andar para trás até se sentar na minha cama, de maneira que eu ficasse entre eles.

Minha mãe se aproximou mais de nós e respirou fundo, lançou um olhar psicopata para meu pai e disse:

- O que eu disse para você fazer? – falou ameaçadoramente.

- Pra eu vir conversar com a minha filha sobre o traste que a pediu em namora e ela, inocentemente, aceitou. – ele respondeu e Jake tentou se manifestar, mas o chutei sem deixar de observar minha mãe e o mesmo se aquietou.

- E o que você fez? 

- Eu estava vindo até aqui, mas quando eu cheguei e eles estavam se beijando, - meu pai começou fazendo cara de nojo quando mencionou sobre o beijo. – e ele acabará de mentir que a ama, então eu surtei, e ai descobri que a minha esposa deixou aquele imbecil entrar na minha casa, para se agarrar com minha filha, sem a minha permição.

Minha mãe respirou fundo mais uma vez e disse:

- Quando eu disse para você vir falar com ela?

- Ontem à noite.

- E que horas são?

- 18h30min. – meu pai respondeu não entendendo onde ela queria chegar.

- Então você deveria ter vindo conversar com a Cecília antes, pois eu te mandei vir aqui ontem à noite e você enrolou o dia todo. – minha mãe respondeu perigosamente.

             - Você não disse quando exatamente eu teria de conversar com ela.

- Não interessa. Eu te mandei vir falar com ela e quando eu mando você obedece o quanto antes. – ela respondeu se aproximando mais dele, o que fez com que ele recuasse e engolisse seco.

Aquilo também me fez engolir seco. O que ela faria se ele retrucasse algo mais?

- Nós dois vamos conversar sozinhos no seu escritório – minha mãe começou a ordenar e se virou para nós. – e vocês dois vão ficar aqui.

- Eles não vão ficar aqui sozinhos. – meu pai interrompeu se levantando bruscamente.

- Ah, eles vão. – minha mãe respondeu sem alterar o perigo que havia em sua voz e acenou com a cabeça para a porta.

Meu pai lançou um olhar mortal para Jake, saiu e minha mãe foi logo atrás dele. Os dois se foram e nos deixaram sozinhos.

- A sua mãe sempre provoca desespero nas pessoas? – Jake falou.

- Às vezes. – eu falei me virando da porta para ele.

- Tenho certeza que ela vai ser uma péssima sogra quando quiser.

Eu ri de sua resposta, me levantei e andei, me sentando em seu colo e fui recebida com um sorriso torto e um selinho. Abracei seu pescoço e lhe dei outro selinho, ele agarrou minha cintura e me beijou com vontade.

Enquanto o beijava senti algo em baixo de minha coxa, mexi a perna e percebi que algo se sobressaia do bolso da frente da calça de Jake. Nos separei mordiscando seu lábio e analisei o objeto.

- O que é isso? – falei tocando o pequeno retângulo.

- É o meu celular. – Jacob protestou.

- Não é não.

- Como você sabe?

- Eu sei quando você mente. – disse olhando em seus olhos.  Não hesitei enquanto Jacob me olhava indignado. Empurrei o objeto e o puxei para fora de bolso.

O que se revelou foi uma caixinha de madeira quase negra, retangular, no formato de um celular, com as pontas arredondadas.

- Sério, o que é isso? – disse me levantando e andando pelo quarto.

- Você não pode saber. – Jacob falou indo atrás de mim.

- Por que não?

- Por que você não pode, Cecília. Não agora.

- Mas e se eu abrir?

- Você não vai abrir. – Jake falou firme e me prensou contra a parede. Nossos olhos se encontraram e me distrai. Ele fechou os olhos e começou a cheirar minha pele. Aquilo foi tão delicioso que meus olhos se fecharam e ele tomou a caixinha das minhas mãos.

- Isso não vale. – protestei e ele parou de seduzir e começou a rir.

- Você fez a mesma coisa comigo.

- Eu posso, agora me devolve. – disse estendendo a mão.

- Sabe você consegue ser má como a sua mãe, mas eu prefiro quando você faz isso.

- Você teria mais problemas se gostasse que ela fosse má.

Nossa discução foi interrompida por uma batida na porta e Jake me deu passagem para atender enquanto guardava a caixinha no bolso novamente.

Abri a porta e me deparei com Zachary, ele me recebeu com uma reverencia e se pôs a falar formalmente.

- Milady, sua mãe me pediu para que vocês descessem para tomar um lanche, que já está sendo servido. – ele afirmou e pude notar a curiosidade em sua voz querendo saber com quem eu estava.

- Já estamos indo Zachary, obrigada. – agradeci e ele fez mais uma reverencia e se foi.

Me virei para Jake, que me observava, e disse:

- Vamos. – chamei, ele me deu a mão e fomos andando até a cozinha.

Fomos andando pelos corredores, discutindo sobre a tal caixa, até que encontramos Lionel e Alice na cozinha. Eles discutiam enquanto os cozinheiros trabalhavam como se nada estivesse acontecendo, quando Lionel pegou uma colher de seu doce e esparramou sobre a bochecha de minha irmã.

- Idiota! – ela retrucou e fez o mesmo com ele. Lionel começou a rir da face vermelha de raiva de minha irmã e nem se preocupou com o doce em seu pescoço, enquanto eu e Jake riamos também.

Jake e Lionel se sentaram a mesa chorando de rir. Eu fui pegar o bolo de chocolate que acabará de sair enquanto Alice reclamava e limpava sua bochecha com um guardanapo qualquer.

- É pra você ficar mais gostosa amor. – Lionel falou tentando parecer inocente, mas acabou rindo mais ainda.

- Eu vou te mostrar o que é ser gostosa, seu idiota.

Percebi que ele tentará responder algo, mas acabou se calando quando a risada de Jake o interrompeu e o fez rir também.

Ficamos rindo e conversando por um tempo até que minha irmã e meu cunhado começaram a discutir mais uma vez e eu agarrei o braço de Jake e o levei para os jardins.

Andávamos e ainda discutíamos sobre a tal caixa que ele se recusava a me mostrar, quando ouço passos de alguém vindo em nossa direção e me deparo com meu pai.

Ele cerrou os punhos quando viu a mão de Jake em minha cintura. O deus dos mares respirou fundo e começou a falar:

- Eu vou aceitar que vocês namorem contra a minha vontade. Mas estarei no seu pé moleque. Um descuido seu e eu acabo com a sua imortalidade. – ele falou apontando para Jake.

- Pode ter certeza que você não terá motivos.

- É bom mesmo. – meu pai completou, se retirou e nós ficamos observando ele se afastar em silencio.

- Como ele pode tirar minha imortalidade?

- Coisa de Três Grandes. – falei encolhendo os ombros. – Como se sente sendo ameaçado por um deles.

- Feliz, pois é pra poder ficar com a mulher que eu amo. – ele disse me abraçando e encostando nossas tetas, quando o beijei de leve nos lábios.

- Agora eu posso ver o que tem na caixinha? – perguntei já a tirando do bolso da frente da calça de Jake.

- Agora você pode.

Nem foi preciso me ele me responder, eu já estava abrindo o fecho da caixa. Fiquei surpresa com o que vi, não me parecia real. Duas alianças, uma entrelaçada na outra, acomodadas em uma almofada de veludo.

- Você quem fez? – eu disse.

- Foi. – Jake me respondeu.

- Como faço para separá-las?

- É só puxar uma da outra. – me respondeu segurando caixinha para que eu a pegasse as alianças.

Fiz o que ele me pedirá e percebi que a maior estava escrito ‘Cecília’ e a menor ‘Jacob’, ambas eram de prata e somente a menor tinha um pequeno cristal.

- Quando você as fez?

- Hoje de manhã. – Jacob me respondeu pegando a aliança menor e minha mão direita e depositando o anel em meu dedo anelar, e me permitindo fazer o mesmo.

- Por que elas estavam entrelaçadas?

- Por que são únicas. – ele me respondeu me olhando nos olhos e guardando a caixinha. – Só pra deixar claro, você nunca vai conseguir perde-la.

- Você está falando como se eu fosse tirá-la.

- Eu sei que você não para quieta nem quando dorme.

- Você me conhece bem demais.

- Eu não me arrependo e amo cada mínimo detalhe.

Não foram precisas mais palavras para eu saber que era tudo verdade. Bastou o mínimo de distancia para eu chegar até seus lábios e beijá-los com desejo.

O->

Desculpem a demora, eu sei que demorei, mas é que a inspiração se foi por um tempo.

Espero que tenham gostado. Bjs B'.aah.


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