- E eu achando que a minha vida amorosa era uma bagunça. -         Santana comentou depois que Quinn terminou de contar a história toda. – O que você ia falar pra ela hoje de qualquer jeito?

        - Eu ia me desculpar, eu acho? – franziu o cenho.

        - Q, o que aconteceu com você? Você costumava ser inteligente. – a loira revirou os olhos. – Agora, sério, antes de ir atrás dela de novo, você tem saber o que você quer, Q. Você já pensou nisso?

        - Eu quero ela. – Quinn falou baixinho sem hesitar.

        - O quê mais?

        - Como assim?

        - Você gosta dela ou só isso?

        - Eu gosto dela. Eu quero estar com ela. De verdade. Eu não estaria aqui caso contrário. – confessou. – Você vai me ajudar ou não?

        - Eu acabei de fazer isso. Por favor, 1 hora atrás você nem sabia direito o que queria. – apontou como se fosse óbvio.

        - Hum... eu acho. – falou desanimadamente.

        - Relaxa, Q. Eu vou te ajudar a entrar nas calças dela de novo. Ou saias, saias super curtas no caso. – Quinn cutucou a latina. – O quê?! Até um cego já deve ter reparado isso.

        - Qual é a grande idéia?

        - Simples: Você vai dar a ela o que não teve coragem para dar ainda. – Quinn olhou-a questionávelmente. – Que não é seja lá o que você está pensando, pervertida. – fingiu choque.

        - Eu não estava pensando nada demais, San.

        - Sério? Fala isso para o vermelho do seu rosto.

        - Só fala o que é logo!

        - A verdade. Você vai dar a ela a verdade.

....

Rachel mal chegou da escola, jogou a mochila no armário e afundou na cama. Ela estava exausta, passar o dia evitando Quinn não foi fácil. E se por um lado Rachel conseguiu evitar encontrar a loira, não teve sucesso tentando parar de pensar nela. E aqui estava ela de novo, pela 652ª vez, repassando a conversa que teve ontem com Quinn online. Ela não podia evitar. Simplesmente havia muitas perguntas para serem respondidas.

A morena suspirou e fechou os olhos por um momento.

- Quinn. – disse baixinho inconscientemente.

Rachel deve ter caído no sono, pois agora estava sendo puxada do seu sonho – que poderia ou não envolver ou não uma certa loira, um piano e uma série de coisas completamente inapropriadas – pelo som da campainha sendo tocada repetidamente.   

Quando Rachel abriu a porta se surpreendeu ao descobrir quem era o impaciente tocando sua campainha.

        - Quinn?

- Seus pais estão em casa? – perguntou sem rodeios.

- Não. Por-

- Você não vai me chamar pra entrar? – seu tom de voz era firme.

- Bem, isso não seria muito educado da minha parte. Você quer entrar Quinn?

- Então, Quinn. Não querendo soar rude, mas o que você veio fazer aqui?

As duas estavam na em pé na sala de estar.

- A gente pode ir pro seu quarto? Eu não quero que interrompam a gente e eu acho que lá é um lugar melhor para isso.

        - Bem, podemos, eu acho. Mas ninguém vai nos interromper aqui. Eu não estou esperado ninguém e meus pais chegam bem tarde do trabalho.

        - Mesmo assim. – a loira ainda tinha o tom firme em cada palavra.

        - Então, vamos.

         A morena seguiu Quinn que foi na frente já sabendo onde o quarto era. As duas entraram e Rachel fechou a porta e virou-se para falar com Quinn.

        - Então, Quinn. O que-

        Ela não pode terminar sua pergunta. Os lábios de Quinn estavam nos seus antes disso.

        Quando Rachel se deu conta estava sendo pressionada contra a porta. O corpo de Quinn estava colado ao seu, e a loira a beijava fervorosamente. Ninguém nunca beijou Rachel desse jeito antes. E ela estava gostando. De fato ela estava gostando tanto que não podia evitar os sons que ela estava fazendo, e por sons leiam-se gemidos. O beijo só foi interrompido quando a necessidade de ar não podia ser ignorada.

        - O que voc- de novo, interrompida.

        Dessa vez o beijo era ainda mais intenso - se é que isso era possível – e Rachel já tinha uma mão nos cabelos da loira e outra na cintura dela, qualquer coisa para mantê-la próxima. Rachel nem se deu conta que não estava mais contra a porta e agora estava sendo conduzida até sua cama.