Two Worlds Collide escrita por GabanaF


Capítulo 2
Cap. II — At Rachel’s


Notas iniciais do capítulo

Desculpe não postar ontem, tive que arrumar as malas kkkEnfim, aqui está o capítulo II.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/150339/chapter/2

— Oi, Quinn — cumprimentou Rachel ao abrir a porta. — Meus pais estão viajando, então temos a casa só para nós.

Rachel tentou não parecer tão nervosa quando estava. Quinn trazia um violão nas costas, a cor dos seus olhos se destacando à luz do hall de entrada.

— V-você toca? — perguntou Rachel, apreensiva.

— Sam me ensinou um pouco depois que ganhamos aquela competição de duetos — respondeu Quinn à vontade, entrando na casa. — Comprei um e aprendi muito sozinha.

Ela olhou significamente para Rachel, analisando-a dos pés à cabeça.

— O nome dela é Beth Corcoran.

Rachel ficou surpresa com o sobrenome do violão, mas logo se recordou que esse era o nome do bebê que Quinn tinha dado à sua mãe, quase um ano antes. Sorriu, indicando a ela seu quarto.

— Então, o que quer cantar? — indagou Quinn, já sentada na cama de Rachel com o violão no colo.

Rachel inspirou profundamente e desatou a falar sobre músicas que ninguém conhecia, à exceção, talvez, de Kurt. Mas... Era impressão de Quinn ou Rachel parecia mais bonita? Ela vestia um de seus casacos com estampas de bichinhos, hoje sendo um unicórnio, mas Quinn não se importava muito. Seu cabelo estava solto, como sempre, e a franja, um pouco maior do que no começo do semestre, caía em sua testa e em um pouco dos seus olhos, o que a fazia sempre mexer a cabeça para tirá-la de lá.

Quinn teve vontade de rir dos movimentos estranhos de Rachel, mas se conteve. Não seria muito legal fazer isso, não após tê-la impedido de fazer uma cirurgia no nariz. As coisas melhoraram depois de cantarem juntas. Pelo menos não pegara Rachel mais olhando para Finn, pensou Quinn, aliviada. No entanto, Rachel passava muito mais tempo olhando para ela. Era estranho, sim, mas sempre deixava passar — até notar que retribuía os olhares de Rachel.

—... ou um clássico da Barbra! — terminou Rachel, em seu nível máximo de agitação.

— Tudo bem, Rach — disse Quinn, e reparou que usara um apelido para se referir a alguém que supostamente odiava. — Rachel — consertou, corando. — Posso cantar minha ideia?

Rachel assentiu, ainda encarando Quinn como se ela fosse potencialmente louca. Quinn começou a tocar.

They come and go but they don't know

That you are my beautiful

I try to come closer with you

But they all say we won't make it through

But I'll be there forever

You will see that it's better

All our hopes and our dreams will come true

I will not disappoint you

I'll be right there for you 'til the end

The end of time

Please be mine


I'm in and out of love with you

Trying to find if it's really true

How can I prove my love

If they all think I'm not good enough 


I can't stop the rain from falling

Can't stop my heart from calling you

It's calling you


But I'll be there forever

You will see that it's better

All our hopes and our dreams will come true

I will not disappoint you

I will be right there for you 'til the end

The end of time

Please be mine


De onde tinha surgido aquela música? Perguntou-se Quinn assustada. Tudo bem, ela ouvia Jonas Brothers enquanto zapeava os canais à procura de algo interessante, e de vez em quando procurava alguma para tocar, mas nunca aprendera justo aquela. E agora essa... Essa música perfeita, que descrevia o que ela sequer sabia que sentia... Admitia, estava tão sem graça quanto Rachel naquele momento.

— Isso não é Jonas Brothers? — indagou Rachel, tentando quebrar o silêncio estranho que se formara.

— Eu achei que combinaria. — Bum!, Quinn Fabray acabara com sua reputação. Combinar com o quê? Ela acabara de fazer uma declaração de amor para alguém que deveria odiar. Por que não conseguia odiar Rachel Berry?

— Ah — fez Rachel, e o silêncio reinou outra vez.

— Comigo e com meu namorado — desviou Quinn, pensando subitamente. Deu um sorriso torto. — É pra ele.

Rachel meneou a cabeça, tristemente. Quinn agora sabia a quão boba fora ao mencionar Finn na frente dela, e então entoou rapidamente:

— Qual é a sua música? — esquecendo de que ela acabara há pouco um discurso de quase dez minutos sobre isso. Irritada por dar mancada sobre mancada, continuou: — Rachel será que posso dormir aqui? Minha mãe viajou e o Finn disse que não poderia me levar para lá.

Rachel arregalou os olhos, assustada. Em que planeta Quinn Fabray se convidaria para dormir em sua casa?

— Quinn, você tá bem? — perguntou sinceramente preocupada.

Quinn suspirou, largando o violão na cama e encarou a garota em pé na sua frente. Quantas vezes pensava que odiava Rachel Berry só por causa de que ela roubara seu namorado? Quantas vezes quis enfiar naquela garota um galão de raspadinha pelo nariz extremamente grande só para fazê-la sofrer? E por que agora, justo agora, adquirira a mania de ficar olhando-a nas aulas, observando seus chiliques no Glee Club, e gostar dela? Não era normal, não mesmo. Ela pensou no que dizer a Rachel.

Optou pela verdade.

— Quando cantamos I Feel Pretty/Unpretty, eu senti algo — começou Quinn. — Bem, eu não sei. Foi muito bom, me senti... especial. Nos dias seguintes, percebi que você estava me encarando nas aulas, e não mais o Finn. Mas eu também estava olhando você, de uma maneira diferente...

Ela gaguejou. Não conseguia falar mais nada. A última vez que se sentira assim fora quando contara a Finn que estava grávida, quando ainda o amava e sentia o peso da culpa por tê-lo traído. Estava mesmo gostado de Rachel?

Rachel estava paralisada em seu lugar. Quinn teve vontade de conferir sua respiração, mas se conteve ao vê-la dando um passo à frente, amedrontada.

— V-você me viu te olhando? — perguntou Rachel com a voz fraca.

— Rachel, você estava quase babando — sorriu a outra garota.

Por um segundo, toda a estranheza do momento se desfez quando as duas riram. Mas já voltara quando se encararam de novo.

— O que está acontecendo com a gente? — se perguntaram ao mesmo tempo.

— Acho que estamos com problemas — disse Quinn. — Eu gosto de alguém, mas estou com outro.

— E eu não estou com ninguém, mas gosto de quem eu não deveria.

O silêncio era perturbador. Quinn queria quebrá-lo, mas não sabia se podia. Rachel, assim como ela, parecia estar processando o fato de ter um sentimento mútuo, surgido quase no mesmo instante. Era um pouco legal ter isso, admitiu Quinn para si.

— Tá namorando o Finn — falou Rachel de repente. — Não pode traí-lo duas vezes.

O peito de Quinn quase explodiu de excitação: Rachel estava mesmo considerando a possibilidade de ficarem juntas?

— Precisa terminar com ele — continuou ela, imaginando que ficar com Quinn era como uma missão suicida.

— Rachel, se acalma — falou Quinn, observando a garota começar a rodar pelo quarto rapidamente. — Eu não posso terminar com Finn, não antes do Baile, e por mais que eu queira, não posso ficar com você.

Rachel parecia que tinha sido esbofeteada.

— Se eu trair Finn vou me transformar em uma vadia pior que Santana. Além disso, que doença eu posso pegar dessa vez?

Mais uma vez, Rachel estava sem reação. Olhava em direção da janela, sem nenhuma expressão no rosto, embora Quinn visse lágrimas se formarem. Sem ter ideia do que dizer correu até a sua nova paixão e a abraçou. Surpreendentemente, Rachel a aceitou.

— Me desculpa — sussurrou Quinn em seu ouvido. — Eu prometo resolver tudo, prometo.

Rachel suspirou, cansada.

— Durma no quarto de hóspedes — disse, se livrando de Quinn e caindo na cama.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?PS: a música que Quinn canta é dos Jonas, chamada Please Be Mine. O link para a música, letra e tradução aqui: http://letras.terra.com.br/jonas-brothers/625215/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Two Worlds Collide" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.