My Little Fairy escrita por Luna95


Capítulo 13
Em Perigo


Notas iniciais do capítulo

Demorou um pouco,mas está pronto.



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–Alana?-chamou o Sr. Lockheart.

Assustada, Alana abriu a janela rapidamente e sobe no parapeito.

–Mas o que-?-falou Sr.Lockheart surpreso.

Alana saltou pela janela e o Sr.Lockheart ficou completamente paralisado, encarando a menina enquanto ela caia levemente no chão em frente da casa.

–Alana!-gritou ele pela janela.

Alana começou a correr pela neve em direção a floresta. Agora estava tudo terminado. O Sr. Lockheart a havia visto. Algo muito ruim lhe estava acontecendo e Alana simplesmente não conseguia controlar nada daquilo. Completamente assustada ela continuou correndo até tropeçar e cair no meio da floresta, não muito longe da cidade.

–*se senta na neve*Não...Por que?-ela murmurou com lágrimas nos olhos. -E agora? O que eu faço?

Não muito longe dali...

–Ai meus queridos Espíritos. Aconteceu. Aconteceu! -resmungou desesperadamente Rupert enquanto voava rapidamente. -Ai. Alana. Espero que-

Enquanto voava, Rupert escutou algo não muito longe dali e quando se virou para verificar o que era, observou algo que jamais pensou que iria ver na vida. Uma menina loura, as mãos tampando o rosto enquanto tremia e soluçava, com um pouco de neve sobre o vestido que parecia ser feito de folhas.

–ALANA!!-gritou Rupert o mais alto que pode.

Ainda chorando, Alana não reparou quando suas orelhas começaram a ficar pontudas novamente. Havia começado a escurecer quando ela escutou algo não muito longe dali.

–Alana!-lhe chamou uma voz muito baixa a distância.

–Quem?-ela sussurrou para si mesma levantando seu rosto levemente.

–ALANA!!-gritou alguém, sua voz ficando mais clara.

–Rupert?-ela questionou com a voz fraca.

–Alana!-chamou Rupert mais uma vez quando se aproximou dela. -Grandes Espíritos. O que aconteceu com você?

–Oh, Rupert. O que eu faço?-perguntou Alana com lágrimas nos olhos enquanto tremia.-Eu não sei o que fazer. Eu não consigo me controlar.

–Oh. Eu te avisei não foi?-disse Rupert desesperado voando de um lado ao outro na frente de Alana-Eu disse para você voltar comigo não falei?

–Ele me viu Rupert. -contou Alana com a voz fraca e o rosto coberto de lágrimas.

–O que?-perguntou Rupert encarando Alana assustado. -Quem viu você?

Na casa dos Lockheart

Eliza voltou um pouco confusa e sem obter uma resposta de seu irmão que saiu a deixou para trás dando uma resposta meia boca para ela.

–O que aconteceu com ele?-murmurou Eliza consigo mesma.

Eliza entrou na casa e subiu para seu quarto para encontrar seu pai parado na janela.

–Pai?-chamou Eliza ao entrar no quarto. -O que você esta fazendo aqui?

–Eliza!-disse Sr.Lockheart completamente pálido-A-Alana!

–Alana?-perguntou Eliza confusa e um pouco preocupada. -O que tem ela?

–Ela. Asas. Pulou pela janela e fugiu!-tentou explicar Sr.Lockheart.

–O que?!-perguntou Eliza incrédula.

Seu pai a havia descoberto. Mas como isso era possível. Pelo que Eliza já sabia, as asas de Alana só poderiam ser vista se ela permitisse ou ela retornasse ao seu tamanho natural, mas como isso não parecia ter sido o caso então o que realmente teria acontecido.

–Eu tenho que encontra-la!-informou Eliza ao tentar sair do quarto.

–Você não vai a lugar nenhum mocinha!-disse seu pai agarrando sua mão. -Você vai me explicar como tal monstruosidade entrou em nossa casa!

Enquanto Eliza estava presa com seu pai sem saber como iria explicar sobre Alana, Edward estava voltando para casa ainda mais confuso do que antes.

Ele entrou pensando em como iria encarar sua irmã, seu pai e o mais importante Alana.

–Voltei. -anunciou ele fechando a porta ao entrar.

Um estrondo forte veio do andar de cima, como se uma porta houvesse sido fechado com muita violência. Edward olhou assustado para o andar de cima, com medo do que poderia estar acontecendo lá encima. Será que Alana já teria contado a Eliza sobre o beijo?

–Você ficará trancada ai até me dizer o que está acontecendo. Me ouviu Elizabeth!!-gritou o Sr. Lockheart lá encima.

–Pai?-chamou Edward subindo as escadas. -O que está acontecendo aqui?

–Me deixa sair!!-gritou Eliza do outro lado da porta a esmurrando com força.

–Edward!-gritou o Sr. Lockheart agarrando seu filho fortemente pelos ombros. -Você me explicara como uma criatura como Alana entrou em nossa casa!

–Criatura?-repetiu ele confuso.

Não muito longe dali, dentro de uma carruagem...

–Que bom que você pode ver meus pais novamente Claus. -disse Isabelle satisfeita. -Mas ainda não consigo entender por que você quis voltar tão cedo. Nós poderíamos ter ficado por lá até a festa da primavera começar.

–Se eu esperasse, talvez já fosse tarde demais. -respondeu ele encarando a janela da carruagem com preocupação.

–Algo de errado?-perguntou Isabelle encarando-o.

–Só um mau pressentimento. -respondeu distraído.

Na mansão Lockheart...

–Do que você esta falando pai?-perguntou Edward.

–Aquela amiga de Eliza não é como nós. -explicou Sr. Lockheart em um tom de voz cauteloso e apressado. -E nem deveria ter ficado tanto tempo conosco.

Edward, sem entender o que o pai estava tentando lhe dizer ficou com raiva de suas palavras. Ele pensou que seu pai havia descoberto algo sobre Alana não ser de uma família respeitada ou algo parecido e isso o fez dizer aquelas palavras tão duras e preconceituosas.

–Eu não sei o que esta acontecendo aqui, mas se você desrespeitar Alana mais uma vez não o perdoarei. -disse Edward em um tom ameaçador.

–Desrespeitar!?-gritou Sr.Lockheart sarcasticamente. –Ela é um mostro!

Aquela palavra foi a gota d’agua para Edward. Tudo pareceu ficar mais lento a sua volta e antes mesmo que seu pai disse mais alguma coisa sobre Alana, Edward não hesitou e lhe nocauteou com um soco que o fez cair para trás.

Com seu pai inconsciente, Edward abriu a porta do quarto onde Eliza estivera trancada. Ela saiu com lágrimas nos olhos e abraçou-o fortemente durante alguns instantes.

–Eliza. O que está acontecendo?-perguntou ele encarando-a com preocupação. -Onde está Alana?

–Eu não sei. -respondeu Eliza limpando as lágrimas que escorriam de seus olhos. -Mas acho que ela está em perigo. Eu tenho que encontra-la!

–Você não pode sair. -disse Edward agarrando sua mão antes que Eliza saísse correndo. -Já está escuro e pode ser perigoso ficar perambulando pela floresta a noite.

–Mas e a Alana?-perguntou Eliza. -Ela pode estar perdida ou até mesmo dentro da floresta nesse frio!

–Eu vou procura-la. -anunciou Edward decisivo.

–Não!-gritou Eliza. -Você não pode!

–Por que não?-questionou ele. -Se eu não busca-la algo terrível pode acontecer não?

–Claus. -sussurrou ela. -Vamos esperar Claus chegar!

–Claus?-perguntou Edward incrédulo. -Ele está na casa dos pais de Isabelle e só volta quando a festa de primavera começar.

–Nós temos que chama-lo de volte então!-sugeriu Eliza.

–Eliza. Você não pode-Edward se interrompeu ao ouvir o som de uma carruagem parando na frente da casa.

Na frente da mansão...

Isabelle e Claus saltavam da carruagem com algumas malas em mão ,mas antes mesmo que Claus tivesse se aproximado da porta da mansão. Edward a abriu rapidamente com Eliza saindo rapidamente por de trás dele e correndo rapidamente em direção ao Claus em completo desespero.

–Eliza!-falou Claus surpreso e com um sorriso no rosto quando a menina lhe abraçou. -O que houve? Sentiu tanto a minha falta assim?

–Claus. -murmurou ela abraçando-o fortemente .-Alana está com problemas.

–Alana?-perguntou ele, seu sorriso desaparecendo -O que aconteceu com ela?

Na floresta...

Alana havia contado tudo a Rupert. O seu único confidente naquela floresta escura e fria. A noite já havia chegado e a lua se escondia atrás das nuvens escuras que passavam por ela vagarosamente.

–Nós temos que voltar Alana. -implorava Rupert.

–Não posso. -respondeu Alana escondendo seu rosto nos joelhos.- O que ela pensara de mim com essa aparência?

–*suspiro*Ok. Então pelo menos deixe-me protege-la desse frio por essa noite sim?-falou Rupert.

Rupert então criou uma pequena área com calor o suficiente para manter Alana aquecida durante a noite e o suficientemente quente que derreteu a neve e fez pequenas flores desabrocharem em volta de Alana.

–Obrigada Rupert. -murmurou Alana cansada.

–*suspiro*Sinceramente Alana, não sei o que seria de você sem mim sabia?-disse ele confidente. -Alana?

Quando ele se virou, Alana já estava deita adormecida. Rupert apenas a encarou extremamente preocupado. Sem saber o que a manha seguinte iria lhes trazer, ele também se acomodou próximo da amiga e foi dormir.

Na casa dos Lockheart...

–Eu não sei o que fazer. Edward não ira me deixar busca-la. -falou Eliza em desespero.

–Acalme-se. -pediu Claus. -O que aconteceu?

–Ela...-Eliza sussurrou. -As asas dela.

–O que?-perguntou Claus surpreso.

–Meu pai as viu. -explicou Eliza. -Chamou-a de monstro.

–Edward sabe?-perguntou ele em um sussurro.

Eliza balançou a cabeça negativamente. Isabelle e Edward encaravam os dois completamente confusos e alheios a confissão que Eliza dizia com tanta urgência para Claus.

–Isabelle, Eliza. Entrem na mansão e descansem. Eu e Edward iremos procurar Alana. -ordenou Claus.

–Mas Claus!-tentou protestar Eliza.

–Não se preocupe Eliza. -sussurrou ele. -Se Edward realmente se importa com Alana, então ele não irá descrimina-la pelo que ela realmente é.

Eliza, ainda hesitante confirmou com a cabeça e entrou na mansão acompanhada de Isabelle que não comentara nem uma palavra sobre aquilo tudo. Ela sabia muito bem que Alana ainda era uma pessoa muito especial para Claus e jamais se atreveria a impedi-lo de correr atrás dela se ela estivesse em perigo. O pai de Eliza e Edward fora colocado em seu quarto sobre sua cama, ainda inconsciente e agora com um galo se formando sobre sua cabeça e um pequeno hematoma em seu queixo.

Edward e Claus saíram juntos e começaram a vasculhar a cidade. Não adiantou muito e a busca foi rápida. Estava muito escuro aquela noite, nem as estrelas pareciam ser iluminação suficiente para ajuda-los e nenhum dos dois se atreveu a ir muito longe da mansão. A busca terminou quando uma grande nuvem cobriu boa parte do céu estrelado.

A noite passou lenta e dolorosamente para eles. Apesar de ter conseguido cair no sono, Eliza foi a primeira a acordar quando o sol começou a raiar. A preocupação não lhe deixara dormir por muito tempo. Claus e Edward acordaram logo em seguida.

–O que houve com seu pai?-perguntou Claus quando estava preparando uma xícara de café para si.

–Ele ainda deve estar desacordado lá em cima. -respondeu Edward sem animo.

–Eu não vi ninguém lá encima Ed. -falou Claus.

Os dois correram e entraram no quarto onde Edward havia colocado seu pai. Estava vazio. Em algum momento da noite ele havia deixado seus aposentos e agora perambulava pela cidade com um galo na cabeça que doía a cada passo que dava e um hematoma em seu queixo que ele ignorava, mas a urgência de avisar aos seus cidadãos que havia uma criatura estranha que podia engana-los, o mantinha caminhando para o centro da pequena cidade.

Na floresta...

Alana havia acordado. Estava cedo, mas ela sabia que não poderia ficar parada ali por muito tempo. Alguém mais poderia encontra-la.

–Pra onde agora? –perguntou Rupert depois de um grande bocejo.

–Eu sei onde me esconder. –ela disse sem dar muitos detalhes. –Vamos.

–Odeio quando você faz isso sabia? –resmungou Rupert voando atrás dela.

Alana foi se esgueirando perto das casas tentando encontrar seu caminha para a estufa de Edward. Lá era o único lugar que ela poderia se esconder sem ninguém encontrá-la a não ser é claro o próprio Edward.

O que ele pensará de mim quando me vir assim? –pensou Alana tristemente e completamente distraída. –Será que ele vai me odiar? Me achar abominável? Me chamar de... monstro?

–Alana! –tentou chamar Rupert.

Alana estava tão distraída que acabara correndo de encontro com um homem na rua. Ela tropeçou e caiu, mas não se feriu. Por outro lado algo muito pior aconteceu...

–Ei. Toma cuidado moci- Meu senhor!

Se tocando do que estava acontecendo. Alana encarou o homem espantada e percebeu que havia mais uma dúzia de pessoas a sua volta, todas agora encarando-a.

–O que é aquilo!?-gritou uma mulher.

–Nunca vi nada igual. –murmurou um homem audivelmente.

–Quem será? –perguntou outra mulher.

–O que será!? –questionou um senhor assustado.

Com medo daqueles ao seu redor, Alana se levantou rapidamente e começou a correr, mas logo esbarra com outra pessoa e esta agarrara seu pulso com firmeza.

–Agora eu peguei você. –disse o Sr.Lockheart com grandes olheiras embaixo do olhos.

CONTINUA.....


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Notas finais do capítulo

O drama continua e as coisas só parecem piorar para nossa querida Alana.
Estão preparados?
O próximo será o ultimo.



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