Science Of Life. escrita por Thefate


Capítulo 4
De volta pra casa.


Notas iniciais do capítulo

Ergh, eu acabei me empolgando um pouco e escrevendo mais do que deveria por um dia shausha bem, vamos ao capitulo :3'



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A moto corria pela pista na velocidade de 150 km/h, nenhum dos dois usava capacete, o vento frio fazia os pequenos pelos dos braços de Ayume se arrepiarem de frio, a garota apertava Keishi com força por medo de cair, mas também para aquecer-se, mas parecia ser inútil, percebendo que a garota estava desprotegida do vento, Keishi reduziu a velocidade, na cidade pela qual passavam, estava um tanto mais “caótica” do que a anterior, havia muitas pessoas tentando sair da cidade, por isso o transito dentro da estrada era grande, claro, na pista oposta, pois onde andavam era contra mão, e estava vazio, pois era sentido contrario a saída, era a entrada. A moto era a única no lugar, podiam-se ver algumas pessoas correrem, as quais não tinham carro, a infecção não havia chegado a um alto nível, ainda estava fraca, mas era o suficiente para aterrorizar toda a população, e espalhar-se gradativamente. A velocidade da moto fora reduzida, Ayume estranhou o garoto reduzir tanto daquele jeito.

- Vamos parar? – Perguntou ela.

- Bem... É aqui... – Ele respirou fundo olhando para a cidade onde deveria entrar.

- Mas... Não acha que ta meio complicado de entrar por ai? – Disse ela percebendo que havia uma quantia razoável de mortos vivos, e que seria complicado matá-los apenas com as tonfas que o garoto possuía.

- Relaxa, me espere aqui, qualquer coisa use sua arma, ta? – Disse ele descendo da moto e sorrindo para ela.

- Não vou deixar você ir só! – A garota desceu em seguida.

- Relaxa meu, eu já venho. – O garoto dizia isso enquanto tirava o celular do bolso e discava um número.

- Vai ligar para ela? – Perguntou.

- Sim, saber onde ela está e se há loja de armas por aqui? Afinal precisamos nos armar. – Ele sorriu levando o telefone a orelha.

Ayume suspirou, os garotos estavam em cima da ponte, em baixo estava a cidade, não era uma distancia grande, o plano de Keishi era pular lá embaixo e correr o máximo que pudia, pra subir, seria pendurando-se, o que não era difícil, o garoto era alto, e a distancia do chão para a ponte era pequena, afinal estavam no começo da ponte.

- Está em casa? – Os pensamentos de Ayume foram perdidos quando a voz de keishi baixa disse essas palavras. A garota virou seus olhos para o rapaz a sua frente, observando-o ao falar no telefone.

- Hum, a sua cidade ta um tanto tensa hein? Hehe, bem, de qualquer forma, eu estou na ponte, mora perto dela, certo? – perguntava ele para a garota com quem conversava. – Que sorte, não saia de casa até eu chegar aí, vou ir a pé, então teremos que ser rápidos, alias, existe alguma loja de armas por aqui que você conheça? ... Ah, não? Então precisamos encontrar uma. Bem, eu estou indo, logo mais estarei aí. – Essas foram as últimas palavras, Keishi desligou o telefone e abriu o porta-malas da moto, retirando de lá sua mochila, e dela, duas tonfas, ele guardará na mochila pois atrapalharia Ayume de segurar-se nele se a tonfa estivesse em suas costas.

- Bem, eu vou, mas não se preocupe, logo estou de volta. – Ele sorriu acenando e dando as costas.

- Espere, Keishi! Leve isso... – A garota estendeu para o menino o calibre 22 LR que usara quando ele entrou em seu estabelecimento.

- Por que isso? – Perguntou ele virando o rosto para a garota.

- Acho que vai precisar mais do que eu, eu não usei nenhuma bala ainda, então ainda possui as 7... – Ela sorriu tímida.

- Relaxa, se alguém vir, use-a! Eu vou ficar bem com essas tonfas, não precisa se preocupar. – Ele sorriu carismático dando as costas dessa vez e acenando novamente. – Logo mais eu volto, por isso, me espere, e não tente roubar minha Harley. – O garoto disse num tom sarcástico.

A garota deu um sorriso, encostando-se na moto, ela observou o garoto até que ele sumisse de sua vista, mas logo olhara para baixo da ponte, e vira ele passar por ali cauteloso, com as duas tonfas armadas, indo em direção a uma viela.

Lunancie se preparava para ir ao encontro de seu amigo, uma mochila nas costas, dentro algumas peças de roupas, nada de mais, apenas o necessário, duas camisetas, um short, uma calça, e uma blusa de frio, e algumas peças intimas, tirando as que vestia, o que era uma calça jeans azul escura, uma camiseta preta, e uma blusa de frio listrada preta e cinza, o tênis era esportivo, afinal precisava de algo confortável para agüentar o que estaria por vir. Tirando roupas, em sua mochila havia alguns alimentos não perecíveis, e duas garrafas de água, a garota não tinha armas em casa, apenas uma faca de cozinha, daquelas grandes, uma peixeira, mas essa carregava na mão caso precisasse derrubar algum morto-vivo. Ela saiu na porta de casa, o local de encontro seria a viela a qual Keishi adentrou, a qual ficava na rua de trás de onde a garota morava, então o percurso era curto, eles tentariam encontrarem-se no meio da viela, ela atravessaria por um lado, ele por outro, era impossível não se encontrarem, então foram um a direção ao outro.

Lunancie segurava com firmeza a faca com a mão direita, olhando para todos os lados, por sorte a rua era larga, e não possuía tantos habitantes nela, apenas um lado da rua era habitado, o outro era um muro com arvores atrás. A garota caminhou rapidamente, e cautelosa, quando um horripilante suspiro fez com que ela paralisasse de medo, em sua frente, um morto vivo, caminhando em sua direção, ela não tinha idéia do que poderia fazer, não tinha a menor habilidade com lutas, e apenas bater na criatura seria inútil, ela afastou-se, tremula, não sabendo o que fazer, em sua mente só vinha o desespero, a aterrorizante imagem a sua frente aproximava-se cada vez mais, sentiu o corpo bater contra alguma coisa atrás de si, o coração da garota acelerou ainda mais, palpitações cada vez mais forte, temia virar-se e deparar-se com uma daquelas coisas, mas tinha que fazê-lo, os olhos encontraram aquela face, uma face pálida, coberta por sangue, com parte do pescoço dilacerado, levando as mãos para o ombro da garota, os dentes já a mostra, prestes a mordê-la a qualquer momento. Desesperada a única coisa que podia fazer era atacá-lo, esqueceu-se completamente da faca que carregava, os olhos enchiam-se de lagrimas conforme a firmeza das mãos da criatura apertava-lhe, numa medida desesperada de tentar empurrar a criatura, sentiu a faca bater contra o queixo da mesma, lembrou-se do que Keishi lhe dissera “Caso encontre um deles, mantenha a calma, pode ser difícil, mas só assim terá sucesso, atinja a cabeça, e eles irão cair mortos de verdade.” Abrindo os olhos, tentando ser forte para agüentar o odor daquela criatura, e resistir as tentativas de ser mordida, a garota juntou as duas mãos, arriscando-se, poderia ser mordida nesse exato momento, ou poderia salvar-se atingindo a cabeça da criatura, no momento em que ela subia a faca contra o queixo da criatura na intenção de atravessá-lo, o maldito aproximou-se com rigidez prestes a mordê-la.

Keishi caminhava pela viela, já encontrara dois zumbis por ela, e felizmente conseguira acabar com ambos, claro, estavam separados quando ele encontrou, ouviu um grito e a voz parecia conhecida, a primeira mente veio ela,Lunancie, a garota a qual ele pediu que fosse ao encontro dele, sentiria-se culpado caso acontecesse alguma coisa a ela. O garoto correu, ignorou o ser a sua frente de costas, não sabia se era um morto vivo ou um ser humano, ele não se importou em empurrá-lo contra a parede, ao sair da viela, e entrar na rua, encontrou Lunancie, mas não como queria encontrá-la.

Na casa de Keishi, todos já estavam preocupados, sabiam que não podiam ligar pra ele, afinal se ele estivesse escondendo-se dos mortos vivos, o barulho de celular chamaria atenção.

- Eu vou atrás dele. – Disse Yoru levantando-se do sofá irritado.

- Você vai ficar aí garoto, seu irmão me disse pra cuidar de você e não deixar você ir a lugar nenhum. – Disse Hina segurando ele pelo braço.

- Ninguém vai me prender aqui! – O garoto soltou-se e saiu dali correndo.

- Garoto, você não vai! – Hina e Mary foram atrás dele, uma das garotas parou em frente a porta impedindo a passagem, e a outra foi atrás dele.

- Eu quero ir atrás dele. – Dizia nervoso.

- Não pode, seu irmão vai ficar irritado caso faça, ele vai acabar te batendo. – Mary levou uma das mão a cabeça.

- Hmph, vou pro meu quarto! – O garoto deu as costas indo em direção ao quarto dele.

- Esse garoto é difícil. – Hina sentou-se no chão suspirando.

- Claro, irmão de quem é. – Falou Mary irônica, indo em direção a sala. – Ei, dê uma olhada nisso. – As garotas ficaram atentas as noticias na televisão.

Parece que a onda de ataques às pessoas aumentou. Esses seres que não sabemos como surgiram exatamente estão atacando as pessoas, a única forma de Pará-las é causando uma fratura no crânio, mas apenas se danificar o cérebro, caso contrario, a criatura se levantará e voltará ao ataque. Não saiam de casa, não abram porta para estranhos, e se alguém de sua família ou amigos estiver ferido, cuidado, ela poderá se tornar uma daquelas coisas.

- Droga... – Mary balançou a cabeça. – Não acredito nisso.

- Mude de canal, vamos ver outra noticia. – Disse Hina, e Mary o fez.

O governo está organizando o exercito para que acabem com essas criaturas, a policia civil está tomando conta de bairros pequenos, mas a população encontra-se aterrorizada, devido a isso, tentam fugir, mas é recomendável que não tentem nada disso, as ruas estão mais perigosa do que antes.

As garotas passaram por todos os canais, e todas as noticias dizem sobre a mesma coisa. Houve uma que inclusive dizia que era permitido o uso de armas para proteção.

- O país está uma loucura... – Suspirou Mary.

- Não só o nosso país, a Europa também está sofrendo com esse vírus. – Disse Hina desligando a televisão.

- É, adeus dias de paz. Quem diria que eu sentiria falta de assassinos, ladrões e estupradores pelas ruas, ao invés dessas coisas canibais. – Mary disse sarcasticamente.

- Relaxa, esse tipo de gente sempre vai existir, a menos que os mortos acabem com toda a raça humana. – Um sorriso irônico surgiu nos lábios de Hina.

A faca atravessara o crânio do zumbi, a criatura estava com o rosto encostado no pescoço de Lunancie, por uma fração de segundos não chegou a cravar os dentes, por sorte a garota fora mais rápida, eis aí uma desvantagem nos mortos-vivos, são lentos. Keishi desesperou-se vendo a amiga naquela cena, de onde estava, não podia ver que a criatura estava morta de verdade, e que não havia machucado a garota, uma porção de lagrimas veio a seus olhos quando correndo o garoto empurrou o morto de cima da amiga, e logo utilizaria sua tonfa para atacá-lo, mas percebeu que a criatura não reagiu, que continuou no chão caída, com uma faca atravessada na cabeça.

- Luna...- Ele virou-se rapidamente para a amiga, que tinha seu rosto coberto por lágrimas.

- Irmão! – Disse ela correndo ao encontro de Keishi, abraçando-o com força.

- Garota, você ta bem? Ele te arranhou ou mordeu? Você ta bem? – Keishi estava preocupado, com os braços firmes ao redor de sua amiga.

- Não se preocupe, eu não fui ferida... Sabe, eu fui rápida... – Ela sorriu sentindo-se aliviada por estar junto a quem mais confiava naquele mundo, mesmo que nunca tivesse visto ele antes.

- Nunca mais me assuste desse jeito. – Ele sorriu dando uma leve cabeçada na garota, deixando as testas juntas, e lagrimas e sorrisos passavam pelas faces de ambos. Mas logo Lunancie se lembrou, havia outro morto vivo por ali, rapidamente soltou-se de Keishi e virou-se, o viu caído no chão.

- Aquele... Ele também é uma daquelas coisas. – Disse a garota apontando.

- Eu dou um jeito, pegue sua faca e me siga, fique atrás de mim. – Ele sorriu para ela indo em direção a viela de onde saíra. O morto estava levantando-se, mas Keishi deu-lhe um chute na cabeça, fazendo bater contra a parede, e continuou repetitivamente fazer aqueles movimentos, até que o caído deixasse de reagir. Ao caminho de volta para a moto, fora um tanto mais calmo, afinal os mortos vivos que haviam naquela região estavam ocupados com outros humanos, e os que estavam próximos eram poucos o suficiente para conseguirem escapar.

Keishi voltou para onde estava Ayume esperando-lhe em cima de sua harley, o garoto deu-lhe um sorriso assim que a avistou, e ela retribuiu, descendo da mesma.

- Eu disse que voltaria. – Ele levantou os dedos em um sinal de paz&amor.

- Eu nunca duvidei disso. – Ela sorriu fazendo o mesmo gesto.

- Essa é a Luna, minha amiga, praticamente irmã. – O garoto puxou-a pelo ombro deixando-a em sua frente. – E Luna, essa é a Ayume.

- Prazer. – Luna sorriu. E Ayume fez o mesmo.

- Loucura conhecermos nessa circunstancias, mas espero que possamos ser amigas. – Disse a garota carismática.

- Não se preocupe, por bem ou por mal vocês vão ser. – Disse Keishi soltando Luna e indo em direção a moto. – Bem, vocês vão ter que se apertar aí atrás. – O garoto abriu novamente o porta malas para guardas as tonfas de volta a sua mochila. – Luna, me dê sua mochila, acho que cabe aqui se amassar. – Keishi coçou a nuca confuso, e a garota o fez, sucesso, a mochila coube, mas não caberia mais nada por ali.

O garoto subiu na moto, atrás dele Ayume apertando-se ao máximo que podia nele, e logo atrás Lunancie.

- Ainda cabe mais um. – Disse Keishi zombando.

- Ah claro, se quiserem me transformar em uma sardinha. – Disse Ayume irônica segurando-se em Keishi.

- Na verdade até cabe... – Lunancie foi para trás, dando um pouco mais de espaço para os dois a frente.

- Relaxa, a gente agüenta até chegar na minha casa. – Keishi ligou a moto, e ali seguiram o caminho.


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Notas finais do capítulo

Reviews? .-.



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