Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 31
Os Ventos da Primavera


Notas iniciais do capítulo

Certo, não tenho nada a comentar sobre esse capítulo, apenas leiam. Espero que gostem.



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    Hades olhou embasbacado para Harry.
    Era quase como se o garoto tivesse pedido que o Senhor dos Mortos arrancasse seu prórpio braço e desse de presente ao garoto - e claro, na realidade Harry apenas pedira para

ver os pais. Bruxos, pensou o Deus com um sorriso torto, Não tem a menor idéia de como isso aqui funciona...
    O silêncio na sala era constrangedor. Não foi somente Hades quem ficou surpreso, mas os semideuses e os bruxos também. A idéia era simples "chegar no Mundo Inferior, convencer Hades a votar a favor deles, e ir embora alegremente". Não tinha nenhuma visita a pais mortos nesse meio tempo.
    -Harry... - Gina tocou em seu ombro.
    -Onde estão meus pais, Hades? - seu rosto estava sério.
    O Deus retorceu a boca cheio de desgosto.
    -Por aí... O que você quer com eles?
    -Reviva-os!
    Certo, quando você começa a dar ordens a um Deus, você sabe que está passando dos limites...
    -Harry... - tentou Gina mais uma vez, mas era tarde demais, Hades já estava começando a ficar irritado.
    -Ousa me dar ordens? Você que nem sequer é um semideus?! Um mortal?!
    -Ele não teve essa intenção, Senhor Hades - tentou Rony.
    -Tem razão - continuou Percy - Ele está um pouco estressado com toda essa coisa de Voldemort e Cronos, por favor, perdoe-o...
    -O que você quer para renasce-los? - Harry perguntou.
    Nico tentou puxar o garoto para fora da sala antes que Hades o massacrasse, usando somente o dedão do pé.
    -Harry - sussurrou no ouvido do garoto -, não é assim que as coisas funcionam.
    Hades se acalmou e sentou-se novamente em seu trono. Suspirou.
    -Mesmo que eu quisesse renascer seu pais, garoto, eu não poderia... Veja bem, eu tenho poderes sobre os mortos e reino aqui embaixo, mas isso não é tudo. Eu posso tomar qualquer decisão sozinho, desde que ela envolva apenas os mortos. Mas, quando a coisa passa a envolver o Mundo dos Vivos... Aí é outra história... Não posso simplesmente renasce-los, é uma grande escolha. Precisariamos de um Conselho para isso, você teria que ter bons motivos para renascê-los, os Deuses pensariam e por fim votariam. No final, se votassem a favor do renascimento, aí sim, eu o poderia fazer. Mas assim, sem mais nem menos, está além de meus poderes.
    -E se eu pedir esse Conselho, quais são as chances dos Deuses votarem a favor da minha causa?
    -Err... Veja bem, a gente diz Conselho e passa a idéia de que os votos contariam para algo, mas não é bem por aí... Zeus é uma espécie de "Rei dos Deuses". Em suma, seria o que ele decidisse.
    -Mas os outros Deuses não podem votar? - perguntou Annabeth curiosa - Então o que eles estão fazendo agora mesmo?
    -Eles podem - respondeu Hades sem graça - Mas a maioria simplesmente prefere não o fazer. Temos coisas mais interessantes para ocupar nosso tempo, não podemos ficar parando para fazer votações toda vez que um mortal quiser ressucitar alguém! Preferimos deixar essas situações para que Zeus cuide. Ele decide o quer e o que não quer fazer e nós aceitamos. É claro, quando a situação é mais séria - como o caso de destruir o Mundo dos Bruxos inteiro - nós, Deuses, tomamos partido nessa história e queremos que nossos votos sejam ouvidos...
    -Resumindo... - pediu Thalia. Ela não queria ser insensível, mas o tempo para convencer Hades estava correndo.
    -Não posso fazer nada por seus pais - terminou Hades - Está além de meus poderes. A não ser que você queira falar com Zeus...
    -Ele renasce pessoas com que frequência? - perguntou Harry.
    Hades franziu o cenho.
    -Não muita, tenho que admitir. A última pessoa que ele renasceu foi... Deixe-me pensar... Ah, sim, foi aquela namorada de Hércules, como era mesmo o nome dela? Ah, sim, Mégara. E, veja bem, Hércules era filho de Zeus! E mesmo assim, foi com muito sacrifício que o Deus dos Céus permitiu que Hércules ressucitasse a garota...
    -O que está dizendo é...
    -Você não vai ter chance - finalizou - Você não é filho dele, não é parente dele, nem sequer é um semideus! Desista disso. Eu sou irmão dele e mesmo assim não posso dar vida à minha querida filha, Bianca...
    Nico pareceu surpreso ao ouvir a menção a sua irmã. Até aquele momento, ele não tinha idéia de que seu pai havia tentado trazer sua Bianca de volta do Mundo Inferior.
    -Eu até concordo com Zeus - continuou Hades - por mais que eu queira ressucitar uma pessoa ou outra aqui embaixo. Imagine se pudessem ressucitar qualquer um, assim, sem mais nem menos? Seria o caos! O mundo seria uma confusão! Não, não pode ser... Tem que ser dessa maneira.
    Harry abaixou o rosto. Isso tudo, é claro, foi apenas um eufemismo para "não, não vou trazer ninguém de volta a vida".
    -Harry... - Gina abraçou-o - Tudo bem...
    Hades observou a cena por alguns segundos, pensou e por fim disse:
    -Eu não posso tirar seus pais daqui, garoto, se é o que você quer saber. Mas! Existe outra possibilidade...
    O bruxo ergueu seus olhos e encarou as pupilas negras de Hades, seu longo cabelo e suas roupas de roqueiro. Rony, assim como todos os outros presentes, tiveram um calafrio na espinha quando ouviram isso. Sabiam que não saíria nada de bom dali.
    -Qual é a outra possibilidade? - perguntou Harry por fim.
    -Se seus pais não podem sair daqui, bem, você pode se juntar a eles...
    Percy teve a impressão de que a sala ficou mais fria.
    -Harry, nã... - Annabeth o impediu de terminar a frase colocando a mão em seu ombro.
    -Ele tem que decidir sozinho, Percy, é melhor não interferir.
    -Mas...
    Annabeth o fulminou com o olhar. Não estava gostando daquela situação mais do que o garoto das algas, mas o que podia ser feito? Não podiam arrastar Harry para o mundo dos viventes, caso ele resolvesse ficar. Era melhor que decidisse sozinho.
    Notavelmente que ainda havia a profecia. Ela dizia que somente com os Oito, unidos, Cronos e Voldemort poderiam ser combatidos. Se um deles abrisse mão de sua vida e ficasse no Mundo Inferior... Então tudo teria sido em vão. A garota esperou que Harry percebesse isso,
mas nada comentou. A sala continuava em silêncio.
    Harry se lembrou da Profecia. Em particular, alguns versos:
   
                              "A Cicatriz em Raio poderá perecer
                              Espíritos do passado vão aparecer"

    Então percebeu o que o Oráculo quis dizer com "poderá". Ele veria os "espíritos do passado", caso aceitasse o termo "perecer"... Mas isso significaria...
    -E então? - perguntou Hades sem expressão, seu rosto parecia ter sido esculpido em mármore. Ele não estava torcendo para que Harry ficasse, nem para que o garoto fosse. Ele, na realidade, estava indiferente a todo o conflito no qual todos se encontravam. Apenas mostrara a Harry que a possibilidade de ficar com seus pais existia, mas teria um preço... - O que você decidiu?
    O bruxo mordeu seu lábio inferior.
    -Eu posso ver meus pais? Falar com eles?
    Hades pareceu refletir por um segundo. Depois suspirou.
    -Que seja! - disse por fim - você já está aqui embaixo mesmo e Zeus não falou nada sobre encontros familiares. Mas não abuse de minha boa vontade: você terá uma hora para matar as saudades e só! Estou sendo claro?
    O bruxo acenou com a cabeça.
    -Harry - Hermione segurou seu braço - Não temos tempo. Precisamos convencer Hades ainda.
    O Deus ergueu as sobrancelhas ao ouvir seu nome.
    -Ainda estamos falando nisso? Já disse que não! Será que os mortais estão perdendo a audição, com mil raios?!
    Hermione não deu bola para ele e deixou que resmungasse sozinho.
    -Eu sei - disse Harry - mas essa talvez seja a única oportunidade que eu tenha de encontrá-los, eu preciso ir. Desculpem-me, mas peço que durante essa uma hora, tentem convencer Hades sem minha ajuda.
    Hermione e todos os outros acenaram com a cabeça. Fariam isso por ele.
    -Harry - começou Gina um pouco ansiosa -, você não está planejando ficar, está?
    Aquela simples idéia estava matando-a por dentro. Ela queria... Ela precisava que ele ficasse. O garoto olhou com olhos tristes para ela. Não sabia o que faria.
    -Vamos logo, antes que eu me arrependa disso - disse Hades com cara de quem já estava se arrependendo - Eles estão nos Campos Elísios.
    Com isso, Hades convocou uma de suas Fúrias e pediu que guiassem Harry até lá. Todos ficaram olhando enquanto o garoto era conduzido pela Harpia até fora da sala. Talvez - de acordo com o que Harry decidisse - aquela fosse a última vez que veriam seu amigo. Até mesmo
os semideuses, que não o conheciam a muito tempo, estavam com um pesar no coração. O tempo que passaram juntos fora pouco, é verdade, mas já sentiam como se fossem velhos amigos. Podiam confiar inteiramente um no outro.
    Dentre todos, Harry era o que estava se sentindo pior. Sentia-se sujo, abandonando seus amigos. É bem verdade que talvez voltasse para vê-los, dentro de uma hora, mas talvez não...
    Por fim, estava fora da sala, seus amigos haviam ficado às suas costas, tentando convencer Hades e ele seguia em frente. Caminharam por alguns minutos, atravessando corredores e portas até que por fim saíram em uma enorme campo aberto. Estava escuro - como sempre estava no Mundo Inferior - e era possível ouvir os choros e gritos dos mortos que estavam em um dos sete infernos. A grama era escura e parecia sem vida, não havia nennhuma outra vegetação. Caminharam mais um pouco até que pararam de frente para um grande muro.
    Bem ali, no campo, havia um muro enorme. Subia muito alto - passando das nuvens - e se estendia horizontalmente por uma distância maior que a visão de Harry podia alcançar. No muro estavam entalhados escrituras de uma língua que o garoto não conhecia. Provavelmente era grego. Percy e os outros poderiam dizer o que era. Pensando neles, Harry novamente sentiu um aperto no peito.
    -Este é o Muro das Lamentações - comentou a Fúria - Ele separa os Campos Elísios do resto do Mundo Inferior. Nenhum ser vivente jamais entrou lá, Hades deve ter visto alguma coisa em você...
    Falou algo em grego antigo e o espetáculo começou. A gigantesca parede começou a se abrir para permitir que Harry entrasse. Na verdade, o garoto achou aquilo tudo muito parecido com a entrada para o Beco Diagonal: um tijolo girando sobre o outro e abrindo um buraco onde antes havia um muro. Só que claro, isso numa escala absurdamente grande tornava-se increvelmente mais interessante de ser assistido. Quando o muro já havia se aberto em cem metros, ele parou. A harpia fez um sinal para que Harry seguisse.
    -Não estou autorizada para continuar - disse ela - Você tem que continuar sozinho.
    E Harry entrou.

    Era claro.
    Para deleite de Harry, lá dentro estava claro.
    Ele não sabia dizer de onde vinha a luz solar, mas vinha. O céu estava resplandecentemente azul. Apenas algumas raras e escassas nuvens ousavam pairar sobre eles. Isso, todavia, não reduzia sua beleza, muito pelo contrário, apenas a aumentava. Harry desejou que sua Firebolt estivesse ali. Ele voaria. Voaria por aquele magnífico céu e
deixaria todos os seus problemas para trás. Apenas continuaria voando, sentindo o vento no seu rosto - novamente para sua surpresa, lá ventava - e soltaria gritos de alegria para quem quisesse ouvir. Sentia-se ótimo.
    A grama era tão bem tratada que o melhor jardineiro do mundo teria ficado com inveja. Verde em um tom quase inacreditável. A leve brisa fazia com que ela tremesse um pouco. O lugar inteiro transpirava vida. Não havia muitas árvores, mas elas estavam lá. Quando Harry se pôs a caminhar pelo local pode ver uma macieira, um ipê e um imponente salgueiro. Com o devido espaçamento entre eles, naturalmente.
    Quando chegou abaixo do salgueiro, parou. Não sabia por que, mas sabia que era o que devia ser feito. Eles estavam vindo. Sentou-se, encostado no tronco da enorme árvore, e lá esperou. Sentiu o vento bater em seus cabelos. Ouviu o farfalhar da árvore e sentiu-se bem consigo mesmo. Sentiu-se bem com a vida. Naquele momento, sentia-se capaz de perdoar até mesmo Voldemort. Respirou o ar puro e esperou. Tudo aquilo era como um sonho de primavera.
    Não demorou muito, mas ele não os viu chegar. Piscou e - como se por mágica - eles estavam lá, parados em frente a ele, com sorrisos que iam de orelha à orelha.
    -Harry - disse Lilian com a voz embaçada de alegria - Meu filho.
    Seu pai foi mais rápido e tão logo o garoto havia se levantado se viu abraçado pelos braços de seu progenitor.
    -Meu garoto.
    Eles vestiam roupas simples, essencialmente brancas e sem detalhe algum. Seu pai, assim como Harry, usava óculos e uma barba rala lhe saltava o rosto. Como já haviam dito inúmeras vezes ao bruxo, ele tinha a cara do pai.
    Lilian possuia um longo cabelo castanho, que balançava levemente ao bel prazer da brisa. Seus olhos - tão verdes como a grama que os cercavam - eram iguais aos de Harry. Os três estavam sorrindo.
    -Estamos tão orgulhosos de você, filho - falou Lilian por primeiro.
    -Orgulhosos pelo quê? - perguntou Harry confuso - Não fiz nada.
    -Nós nunca o abandonamos, Harry - comentou Tiago - Nós sempre estivemos com você, em espírito, sabemos de tudo o que aconteceu com você.
    -Você se tornou uma pessoa e tanto - interrompeu Lilian.
    -Alguém digno - reparou Tiago.
    -Leal aos amigos - intercalou Lilian.
    -Inteligente.
    -Corajoso.
    -E está lutando, junto de seus amigos, para salvar a todos - disseram os dois por fim em uníssono, mas só sua mãe continuou - Estamos orgulhosos por isso, Harry.
    -Estamos orgulhosos por você - terminou seu pai.
    Uma lágrima escapou dos olhos de Harry. Estava tão feliz de estar ali. Milhares de perguntas vieram a sua cabeça. Queria saber tudo sobre eles, suas vidas, seu passado, como foram em Hogwarts, tudo. Sentia que perdera tudo isso durante aqueles dezesseis anos e agora tinha que recuperar o tempo perdido. Mesmo assim, conteve as palavras. Nada falou. Apenas continuou lá, parado, abraçado a seus pais. Temia que palavras estragassem aquele momento mágico. Temia que falar fosse crime.
    O tempo voava...
    Devia ter no máximo quinze minutos antes que o tempo estabelecido por Hades se esgotasse. Não queria ir. Queria ficar ali, com seus pais, por toda a eternidade. As palavras do Oráculo ressoaram em sua cabeça. Mas não as da Profecia dos Oito, mas sim as daquela profecia que fora feito somente para ele, quando subira ao sótão no Acampamento Meio-Sangue.

                  "Uns você ama e já partiram
               Outros você ama e ainda vão partir
             Na hora de escolher quem você mais ama
                   Somente você poderá decidir"

    A Profecia, antes incompreensível, fez todo o sentido agora. Ele amava seus pais e estes já haviam partido. Ele ama seus amigos e estes - assim como ele - partirão um dia. E, infelizmente, tinha que escolher entre os dois agora. Sua família. Seu dever. Seus amigos.
    Cruel é o ser que faz alguém ter que tomar uma decisão dessas.
    Abraçado a seus pais, debaixo daquele salgueiro, no centro dos Campos Elísios, o mundo se desvanecia. O que importava era o agora. Todo o resto parecia sem sentido, inútil. Lilian pareceu perceber o motivo de aflição de seu filho.
    -Você deve ir - disse por fim, com um sorriso bastante reduzido. Provavelmente, ela sofria tanto em falar aquilo quanto Harry sofria em ouvir - Sua hora ainda não chegou.
    -Você ainda tem muito o que fazer lá fora, Harry - falou seu pai.
    -Seus amigos o aguardam.
    E Harry soube que seus pais estavam certos. Não podia simplesmete deixar seus amigos para trás. Ainda mais agora, quando eles mais precisavam de sua ajuda. Ele acenou para seus pais, indicando que havia entendido e concordava. Passaram seus últimos minutos em silêncio. Apenas abraçados.
    Harry soube quando a hora havia acabado. Despediu-se de seus pais e começou a andar em direção ao Muro das Lamentações. Olhou para trás somente uma única vez. Seus pais foram mais fortes, não olharam para trás nem sequer uma vez.

    Gina estava se corroendo por dentro.
    Um segundo parecia uma hora. Uma hora era a eternidade.
    Todos tentavam persuadir Hades a votar a favor deles no Conselho, mas ela estava alheia a tudo isso. Seus pensamentos estavam única e exclusivamente em Harry. E se ele resolvesse ficar nos Campos? E se ela nunca mais o visse? Tantas coisas que poderiam ter feito... Tantas coisas que nunca foram ditas...
    A hora prosseguia lenta e dolorosamente. Ela sentia falta daqueles olhos verdes. Falta daqueles óculos. Falta de sua voz macia. De súbito, percebeu que sentia mais falta dele do que poderia ser capaz de aguentar. Se ele decidisse ficar, ela também ficaria. Se esse era direito dele, também seria dela.
    Não poderia viver sem ele.
    A hora aproximava-se do fim. Ainda tentavam falar com Hades.
    Harry, pensou ela, por favor, volte...
    Quando Gina viu o garoto entrar pela porta, conduzido por uma Fúria, sua alegria foi quase inexequível. Faltam palavras no dicionário para descrever sua felicidade. Nada, nem ninguém, no mundo poderia fazê-lo.
    Ela se atirou no garoto, envolvendo-o com seus braços.
    -Nunca mais me deixe - disse por fim, no voz quase soluçante.
    Ele sorriu, compreendendo tudo.
    -Nunca mais - repetiu ele.
    E lá ficaram abraçados.


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Notas finais do capítulo

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