Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 14
A Idéia de Annabeth


Notas iniciais do capítulo

Esse ficou curtinho, de qualquer forma, espero que gostem.



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                Todos olharam para Annabeth como se ela tivesse acabado de dizer que descobrira a cura para o câncer. Ela, por sua vez, ficou em silêncio por alguns segundos. Simplesmente para criar a expectativa em seus ouvintes e dar um ar de seriedade ao momento.

            - Vamos, Annabeth – falou Quíron, querendo ouvir o plano para descobrir os Escolhidos – Desembucha de uma vez!

            Annabeth olhou ao redor, como se procurasse algo.

            - Onde está Thalia? Acho que, como ela já sabe sobre tudo, e os Oito provavelmente vão resgatar Artemis, ela vai gostar de ouvir isso, não?

            Todos assentiram com a cabeça.

            - Certo – respondeu Quíron.

            O centauro saiu da Casa Grande e interceptou o primeiro campista que encontrou, dando-lhe ordens para que encontrasse e trouxesse Thalia a sua sala imediatamente. Por fim, ele entrou na Casa novamente, se juntando a Annabeth e aos outros.

            - Ótimo – falou ele -, ela logo estará aqui. Annabeth – e acenou para a garota – a palavra é toda sua.

            - Muito bem. A idéia me ocorreu durante a Caça a Bandeira, quando gritaram “Profecia Coletiva”... A minha idéia pode não ser a mais prática, mas acredito que é a única forma que temos – pelo menos no momento – de encontrar os Oito Escolhidos pela Profecia.

            Ela se calou, esperando para ver se alguém tinha algo a comentar. Como ninguém se pronunciou, ela continuou a falar.

            - O plano consiste no seguinte: nós mandamos todos os campistas do Acampamento ter uma conversinha com o Oráculo. Se Aquele que Vê o Futuro não aparecer, é porque o campista que com ele fala não possui nenhuma missão a cumprir. Mas, caso o Oráculo comente alguma coisa... Entendem onde quero chegar? Caso ele diga a mesma profecia que falou para Percy, o campista só poderá ser um dos Oito. Faz sentido, não é?

            Todos se calaram pensativos. Como ninguém falava nada, Annabeth começou a temer que tivesse sido uma má idéia.

            - Bem – falou Quíron por fim -, na teoria, isso tem que dar certo. Afinal, se os Oito estão na profecia, o Oráculo de Delfos irá dizê-la para eles... Mas, como você disse, esse método me parece pouco viável de ser realizado...

            - Como assim? – perguntou Percy

            - Bem, pensem comigo – respondeu Quíron – Até poderíamos mandar cada campista do Acampamento conversar com a Múmia no Sótão, mas e depois? E se o campista escolhido não estiver no Acampamento, estiver cumprindo uma missão?

            - Então mandaríamos ele falar com o Oráculo assim que chegasse. Logo, saberíamos que é – notou Hermione.

            Quíron assentiu.

            - E se fosse um bruxo, Hermione? – Notou Harry – Você não pode sugerir que peguemos todos os bruxos do Mundo Mágico, os arrastemos até aqui e os forcemos a fazer o teste. Isso é inviável.

            Hermione e Annabeth pareceram refletir. A filha de Atena não havia pensado nessa possibilidade do Mundo Bruxo.

            - Bom, poderíamos realizar o teste somente com os campistas. Nesse caso descobriríamos apenas os Escolhidos do Mundo Grego e, mais tarde, pensaríamos em como encontrar os outros do Mundo Bruxo. Vocês tem que admitir que, encontrar alguns – mesmo que poucos – é melhor do que não encontrar nenhum.

            Todos pareceram refletir sobre o assunto.

           - Annabeth está certa – comentou Harry, após pensar – No momento, só temos certeza de três dos Escolhidos, eu, Annabeth e Percy – Apesar de “a sábia” ainda poder ser Hermione, pensou Harry, mas não comentou nada – Se conseguirmos descobrir ao menos mais um Escolhido, esse método valeria a pena.

            Quíron ainda assim parecia relutante. Essa relutância era perfeitamente justificável, visto que mandar todos os campistas falar com o Oráculo levantaria muitas suspeitas, não somente entre os semi-deuses, como também a Dionísio. O que ele diria ao Deus do Vinho quando este perguntasse o motivo daquilo?

            Mas, ele tinha de concordar com Harry, se descobrissem alguém, mesmo que só um dos Oito, valeria a pena tentar. Afinal, eles não tinham a menor idéia de quem poderiam ser os outros cinco. Realmente, podia ser qualquer um...

            - Certo – respondeu Quíron por fim – Pode não ser a melhor forma de descobrir que são os Escolhidos, mas já é um começo. Eu irei anunciar que todos deverão ir ao Oráculo após o almoço e irei tomar conta dos testes pessoalmente.

            - Como fará isso? – perguntou Hermione.

            - Bom, ficarei do lado de fora do sótão e perguntarei se o Oráculo deu alguma Profecia ao campista que sair de lá. Em caso afirmativo, perguntarei qual. Se bater com a Profecia de vocês, eu o mando para minha sala e explico a situação.

            Todos assentiram.

            - E a propósito – continuou o centauro – vocês também terão que subir no sótão e falar com o Oráculo. Vocês levantariam suspeitas, caso fossem isentados da ação.

            Novamente, todos assentiram. Harry até ficou contente com a medida. Poderia finalmente esclarecer suas dúvidas sobre a participação de Hermione – ou não – nos Oito Escolhidos.

            Já estavam se preparando para sair de lá quando Annabeth reparou algo. Alguém que se fazia notar por sua ausência.

            - Quíron – começou a garota –, onde está Thalia, você não tinha mandado buscarem-na?

            O centauro assentiu positivamente, pensativo. Depois saiu correndo da Casa Grande, estava com um péssimo pressentimento sobre isso. Harry, Hermione, Percy e Annabeth seguiram atrás do centauro, sem entender o motivo da correria.

            Quiron andava o mais rápido que podia tentando encontrar o campista que interceptara alguns minutos antes. O Acampamento estava em polvorosa. Quando finalmente o encontrou, segurou-o pelos braços.

            - Onde está Thalia? – perguntou Quíron com os olhos arregalados – Eu mandei que a encontrasse, não foi?

            Aquela pose do centauro não assustava somente ao garoto, filho de Afrodite, também assustava a Harry, Hermione, Percy e Annabeth que nunca o haviam visto dessa maneira. O que havia de errado?

            - D-Desculpe, senhor – gaguejou o menino, trêmulo – Estamos p-procurando por ela. Coloquei até meus amigos atrás dela também. Mas, não estamos achando... Já procuramos em todos os lugares possíveis...

            Quíron soltou o garoto e saiu correndo. Hermione e Annabeth começavam a entender o que poderia haver de errado, e – se estivessem certas – aquilo não seria nada bom. Todos seguiram o centauro.

            Quíron parava todos os campistas que encontrava em sua frente. Perguntava se haviam visto Thalia, e em seguida perguntava por qualquer uma das Caçadoras, a resposta era sempre negativa. Ninguém as vira desde a noite anterior, quando chegaram.

            O centauro agora havia posto todo o Acampamento em busca delas, afinal, elas tinham que estar em algum lugar.

            Finalmente, chegaram ao chalé de Artemis, onde supostamente as Caçadoras deveriam estar. Quíron praticamente arrombou a porta. E então, todos puderam ver: as camas estavam perfeitamente arrumadas. Havia uma leve camada de poeira no chão e nos móveis, indicando que estes não haviam sido usados há algum tempo. Não havia o menor sinal de roupas ou malas, não havia o menor sinal de nada.

            Quíron engoliu em seco, isso provava o que ele temia.

            - As Caçadoras – começou ele com o rosto lívido – fugiram do Acampamento. Nem sequer dormiram aqui. Receio que elas tenham ido resgatar Artemis.

            O centauro – junto com todos os outros atrás dele - engoliu em seco.

            Gina estava cansada.

            Cansara-se de McGonagall, de Snape, do Filtch. Em suma, cansara-se de Hogwarts. Bom, ela sempre achara a escola muito chata, mas agora a considerava insuportável. Era como se o motivo para ela estar ali lhe tivesse sido arrancado. Loucura, é claro. Para ela, tudo estava como sempre fora.

            Então por que tinha aquela sensação engraçada de que algo estava muito errado?

            Não sabia dizer. Mas, recentemente, seu irmão Rony havia passado a agir de maneira estranha também.

            A garota estava sentada no Salão Comunal da Grifinória, conversando com suas amigas do quinto ano.

            - Gina – comentou uma delas -, aquela sua detenção com Minerva sobre a política do “pé na bunda e coisa e tal” ainda não acabou.

            A ruiva acenou negativamente. Outra coisa para a sua já longa lista de coisas das quais estava cansada. Amanhã era sábado e teria detenção novamente. A garota se endireitou na poltrona.

            - Vocês vão ao jogo de quadribol? – perguntou Gina. O jogo seria amanhã a tarde.

            - É claro! – respondeu uma delas – O Dino vai estar lá!

            E provavelmente ela teria continuado falando do Dino, se Simas não a tivesse interrompido. O garoto pareceu vir do nada, mas lá estava ele.

            - Gina – disse ele encabulado – Dumbledore está te chamando. Na sala dele. Agora.

          Gina se levantou, pronta para ir. Dumbledore? Chamando ela? O que poderia ser?


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo só vem quando o contador chegar a 60 comentários, OK?