A Proposta. escrita por larafrancoo


Capítulo 8
Coachella, vamos?


Notas iniciais do capítulo

Espero não ser apedrejada, amém.



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Então assim, naquele velho balanço em um sábado chuvoso, chorando feito uma descontrolada, os lábios de Edward Cullen tocaram os meus.


POV Bella

Foi urgente, como se nossas vidas dependessem disso. Ele segurava meu queixo levemente e me fazia sorrir, mas isso não tira a minha culpa. Ah, Bella, pelo amor de deus! Um diabinho escondido em meu cérebro gritou. O que ele pode fazer demais? Ele é lindo, gostoso, tudo de bom e você ainda fica pensando no que fazer?  Ataca garota! Ouvi o diabinho rindo na minha cabeça, e afastei o rosto.

— Edward, desculpe. — coloquei a mão em seu rosto, constrangida.— desculpe mas eu não posso. Tem a sua filha, tem repórteres que vão perguntar o que aconteceu..

E desde quando me importo com a minha imagem? — ele riu, sugestivo. — vamos, Bella, tudo para você tem que ser sempre certinho? Veremos no que isso vai dar. — ele disse, me puxando para mais um beijo de tirar o fôlego. Como se eu ainda tivesse algum.

*

Você percebe que eu acreditava firmemente na existência de apenas uma maneira de lidar com situações desagradáveis — e qual era minha situação atual, se não desagradável? E essa maneira de respirar fundo, encará-las com equilíbrio e subterfúgios, olhá-las de frente.

Se alguém pedir o meu conselho sobre a maneira como lidar com uma coisa, eu lhe diria isso.

E talvez um dia eu até aceitasse meu próprio conselho e de fato o seguisse.

 Você vê, embora eu honestamente acreditasse que essa era a melhor maneira de abordar situações difíceis, jamais tivera coragem de fazer isso. Afinal, entrei em um plano anti-Edward desde que ele me ignorou. Isso mesmo. Ele me ignorou completamente depois daquele beijo.

Quando digo que o dinheiro deixa as pessoas loucas ninguém acredita.

Ele  entrava na casa da tia Kate, andava de um lado para o outro e não olhava para mim. Jantava na minha frente e não olhava no meu rosto.

Eu, é claro, estava transtornada. Quem ele pensa que é para me beijar e depois me largar assim? Jake, coitado, estava sofrendo com o meu mal humor, nas inúmeras vezes que lhe pedi para pegar coisas para mim e depois a descartava.  Eu sei o que está pensando.

            Está pensando: Coitadinho do Jake, você desconta tudo nele só por causa de um beijo com o Edward?

            E você está completamente certo, caro leitor. Porém estava tão louca e revoltada que não percebia isso. Então, esse foi o início da era que Seth costumava chamar de “ o tempo que a Bella e o Edward tinham tanta tensão sexual acumulada que descontava em gritos em cima da gente.” Embora eu concorde só em partes com o que ele disse.

            Era com se alguém tivesse acionado um computador.

            Agora éramos como loucos vandalizando tudo que viesse a nossa frente. Edward, que se fazia de santo mas não admitia o erro. E eu. Eu, a louca varrida com raiva do Edward. Nem me pergunte por que raios fiquei chateada com ele, afinal fora só um beijo. Só que para mim não foi só um beijo. Foi como se todos os neurônios animados decidissem dar uma festa só porquê sentiu a respiração dele. E, céus, ele devia estar com febre com aquela temperatura...

            Ok Bella, pare de se torturar.

— Hey, Jean Claude van Damme! — Sim, Seth estava me chamando disso. — O que acha de buscar umas tequilas para agente?

Estávamos viajando há mais de quatro dias, eu sabia. Mas estávamos tão absortos na viagem que nem eu, nem — infelizmente, cof — Edward parecia se importar. Estávamos curtindo a viagem de “férias”. Não eu curtindo com ele, já que... ok, você entendeu. E bem, estávamos indo em direção ao sul da Califórnia e não em direção á L.A, devo acrescentar. Paramos em um posto de gasolina mal encarado à beira do deserto, onde vendia bebida com um preço absurdo, mas você sabe né? Meus irmãozinhos são cachaceiros e, contanto que a grana não seja minha, iria buscar mais uma dose para eles — e para mim — de bom agrado.

Olhava no calendário da playboy que estava pregado na parede da espelunca. Cinco dias desde que havia literalmente sumido. Olhei para a cabine telefônica no bar, e após depositar 25 centavos, disquei o número de Alice.

— Alô? — a voz embargada de Alice atendeu.

— Ei, Ali! Sou eu. — sorri para o telefone.

— Bella? — ela parecia bater em alguém do outro lado da linha.

— Não, sua consciência. Estou ligando de um orelhão por que precisamos bater um papo... Claro que sou eu Alice! — ri, mais uma vez.

— Bella, oh céus, onde você está? Está todo mundo desesperado aqui, o ultimo telefonema que você me deu não foi muito animador. — ela sussurrou — você não matou Edward e depois se escondeu, não foi?

— Não Alice, — por favor coloque mais vinte e cinco centavos para continuar sua ligação. — Droga, espera um pouco. — tirei do bolso mais uma moeda e coloquei no telefone. — É melhor você sentar, que eu tenho um monte de moedas e uma história imensa para contar.

*

Contei desde o pouco que lembrava do Bloody Mary até o meu beijo — e guerra — com Edward Cullen. Ela apenas fazia alguns barulhos com a boca ou murmurava “que babaca” quando falei as besteiras que Edward falava. Terminamos a ligação com o meu pedido de desculpas por não ter ligado mais cedo e um aviso dela que tranquilizaria todos. Senti-me tentada a pedir para falar com Emma, mas Alice me disse que ela estava dormindo e que todos — Alice, Emmett e Rosalie— estavam morando na casa de Edward, para não deixar Emma tão sozinha. Sorri com o ato deles e desliguei o telefone, andando para a bancada para pegar a bebida dos garotos.

— Joseph, meu caro amigo! — o barman sorriu para um policial que entrava no bar. Um homem andava discretamente para a saída. O policial Joseph sentou do meu lado. — então, o que terá para hoje?

— Qualquer coisa que me faça relaxar. Estou na segurança do Festival Coachella, então estou praticamente morto de apartar brigas.

— Desculpe, — eu, idiota, interrompi. — mas o senhor disse Coachella? É, bem, um dos maiores festivais da Califórnia. — falei um tanto animada demais, pegando as sete tequilas extra-fortes dos garotos. O policial colocou as mãos nos meus braços quando toquei primeiro copo.

— Ei, garotinha. Pega leve na bebida hein? Quantos anos você tem? — ele olhou para mim, desconfiado. Bufei e rolei os olhos.

— Vinte e três. Mas eu não vou beber isso aqui, se o senhor quer saber. Tenho sete garotos esperando impacientes, se me der licença. — falei, tentando me soltar das suas mãos.

— Uau, sete garotos? E só você de garota? Estranho. — ele coçou o queixo. QUE CARA CHATO!

— É, isso mesmo. Não, não estamos em uma turnê orgia ou algo assim, então pode me dar licença. — céus Bella, cale a boca. Você está insultando um policial.

— Tudo bem, estressadinha. Ajudo-te a levar as bebidas.

— Sério, não vou beber isso. — eu ri, apontando para as tequilas. Não acreditava que ele não confiava em mim. Ele nada falou. Apanhou dois copos em cada mão e eu guiei-o até a mesa dos meninos. Jacob arregalou os olhos quando viu minha companhia.

— Ok Bells, em que tipo de encrenca se meteu agora? — Jacob levantou uma das suas sobrancelhas, pegando os copos das minhas mãos e distribuindo-os.

—Suponho que você seja... — O policial apontou para Jake.

— Jacob Black. Prazer. Sou... amigo ‘barra’ irmão adotivo. — Jake riu, apertando a mão do policial. O policial também se assustou com a minha quantidade de ‘irmãos’. Ele não perguntou o nome de Edward que estava com uma cara muito mal humorada. Ignorei-o completamente.

Nossa. Tem uma mancha de café na camisa dele perto do colarinho.

—Então, —coloquei meu cabelo atrás da orelha, constrangida — não vou beber todas essas tequilas, ok? Pode ir, policial.

— Eu não sei, — o idiota do Edward falou, rindo — ela parece meio maluca ás vezes, culpando as pessoas por absolutamente nada.

— Ih, começou — Jacob sentou derrotado em sua cadeira.

— Eu não culpo as pessoas por absolutamente nada. Elas simplesmente me ignoram!

— Eu não ignoro você! —Ele gritou, exaltado.

— Eu não falei de você! — Eu devolvi, me inclinando para ele e nossos narizes quase se tocaram. Silêncio absoluto na plateia.

— Er, bem. — O policial pigarreou, constrangido — tudo bem, tudo certo. Vocês, por favor não me  deem trabalho no festival, tudo bem? — ele apontou para mim. — se cuida, qualquer coisa fala comigo. — o policial bonitão piscou para mim, deixando a mesa em silêncio.

— Eu acabei de te ver esse cara te queixando na maior cara dura? — Jacob olhou para mim, sem acreditar.

— Não, claro que não. — Falei, mas isso não convenceu nem a mim. Mudar de assunto. Agora. — Então, estamos perto do festival Coachella. Dá para acreditar? — falei, imediatamente ficando agitada com a ideia de estar a poucos quilômetros do festival mais fantástico de toda a Califórnia. Jake e os garotos riram.

—E você acha que viemos para cá por quê? Bells, o Tio Darmoutch ganhou do seu chefe, que é o organizador da festa, convites para todo mundo. Como ele não iria, deu para nós. Onde estava quando falamos isso com todo mundo?

— Brigando com o Edward! — Seth gritou, rindo.

— Cala a boca, Seth. — exigi revoltada. Abri uma lata de coca. — então, vamos mesmo? Tipo, acampar lá? — Eu não podia ficar mais feliz em saber que ia assistir ao show das bandas que eu mais amo ao vivo e de graça. Dá para acreditar?

— Vamos tipo acampar lá sim. — Jake riu. — Pegar malas, pessoal. Temos 25 km para percorrer.

*

POV Alice

Então, Bella estava bem. Isso era o que mais importava. Entrei na Babyzoon, apressada e encontrei Rosalie sorrindo para mim. — o que era bem difícil, pois ela nunca sorria .

—Hey, Ali! Quer um refrigerante? — Rose perguntou, olhando para a máquina.

— Quero sim!

— Eu também, me dá o dinheiro. — Eu ri, e coloquei o dinheiro na máquina, tirando dois refrigerantes..

— Então, o que ela falou depois? — Rose abriu sua coca, citando a ligação que eu havia feito com a Bella. Bom, ela nunca saberia como terminaria, pois câmeras apareceram de todos os lados, invadindo a babyzoon e vindo diretamente para nós.

—Rosalie Brandon e Alice Hale? — perguntou um jovem homem de óculos.

—Na verdade é Rosalie Hale e Alice Brandon. — Respondeu Rosalie

—Depende, é do cartão? — perguntei

—E se fosse? — o homem riu.

—Então você tá procurando a pessoa errada, minha irmã gêmea não trabalha aqui. — respondi erguendo as mãos em forma de defesa. Rosalie riu.

—E se for da imprensa? — perguntou o repórter estendendo o microfone e chamando o câmera.

—Câmeras?! —Rose me empurrou e me bati na maquina de refrigerante. — Meu lado mais fotogênico é o direto. OK, aliás, os dois são mais fotogênicos!

—Calma Rose, calma. — falei voltando ao seu lado — Afinal, o que vocês querem da gente?

—Nós queremos saber das pessoas que estão morando na casa de Edward Cullen, o que aconteceu com ele.

Edward Cullen?! —Gritou um coro de repórteres vindo em nossa direção. — O que aconteceu com Edward? Quem é a mulher que está com ele? É possível que eles estejam juntos. — aproximaram-se despejando pergunta sobre nós.

—Não Sabemos. É a Bella. E não, eles se odeiam. — Rose falou olhando para todos os lados perdida na multidão que nos cercavam.

—Eles se odeiam? E o que eles estavam fazendo juntos? É possível que ela tenha sequestrado ele? — os repórteres continuavam bombardeando-nos com perguntas e Rose virou para mim e sussurrou.

—Vamos sair daqui? — acenei afirmativamente com a cabeça.

—Edward é gay? — gritou um retardado no fundo do grupo fazendo com que todos se calassem, durante pouco tempo. Logo voltou o imenso burburinho, dessa vez pior.

—Alice, desculpe por sua escova. —Disse Rose sacudindo a lata de coca fechada, minhas pernas bombearam olhando para a multidão, mas logo fui despertada pelo grito de Rose. — Agora... CORRE!

Sai em disparada pelo mar de pessoa que ia se afastando devido a explosão da coca-cola que a Rose estava atirando para todo lado e gritando feito louca. Atirei-me na frente do ônibus que ali passava, logo sendo seguida por Rose e esta entrando no ônibus, segui-a sem destino certo.


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Notas finais do capítulo

Er.. oi gente
esperando ser matada 55 vezes*
Enfim, eu não morri eu tive um TERRÍVEL momento sem idéias que durou um mês! Um mês!!! Eu sei, podem me matar.
Bom, estou postando hoje, no dia do meu niver porque eu queria me dar um presente de aniversário, que são os coment's liiiiiindos de vocês. (não me decepcionem hum?)
Ah, sim! O próximo capitulo pode ser um extra (pedido de desculpas) Só com o Emiito, porquÊ muita gente já está morrendo de saudades dele! ;)
Bom, calei meus dedos e prometo postar muuito em breve, não demoro desta vez.
Aaah, Laí, muuuuuuuito obrigada, blz? não sei o que faria sem vooç.
Kissão, pipocas!