Bel estava praticamente roendo as unhas quando Mayumi volta.

 - Desculpa gente, minha mãe queria um livro que eu guardei. Pode continuar Manu.

 - Pode não, deve!- diz Bel

 - Continuando! Enquanto eu olhava pra tudo no quarto ele veio por trás de mim e beijou meu pescoço. Eu estava gelada de nervoso. Ele então ligou o rádio e escolheu uma estação qualquer, com umas músicas mais leves.

 - Garoto romântico! – diz Bel.

 - Ele sentou na cama e bateu no colo, pra eu ir até ele. Eu fui sem graça, aí ele me sentou no colo dele e me beijou igual fez no carro.

Bel e Mayumi olhavam a amiga atentamente, não queriam perder nenhum detalhe. Enquanto falava Manu ficava corada se lembrando do que aconteceu, mas continuou.

 - Ele perguntou se eu queria mesmo que fosse àquela hora, naquele lugar e eu disse que sim, que o que importava pra mim era estar com ele.

 - Oh, que meigo! – diz Bel.

Ele sorriu, que sorriso lindo. – diz Manu fechando os olhos – Apagou a luz e começou a baixar as alças do meu vestido beijando meus ombros. Eu arrepiei e senti ele sorrir na minha pele. Foi uma sensação muito louca! – diz sorrindo corada.

 - Você não ficou com vergonha? – pergunta Mayumi.

 - Muita! Acho que fiquei mais vermelha que um pimentão, mas a luz estava bem baixa, então ele não viu e se viu, fez de tudo pra eu não notar.

 - Continua ta ficando bom! – diz Bel pulando sentada na cama.

Manu e Mayumi sorriem e Manu continua.

 - Ele baixou todo o meu vestido e me deitou na cama. Tirou a camiseta dele e jogou sei lá aonde! Devagar foi deitando em cima de mim e me beijando de um jeito tão calmo, que acabou me deixando calma também.

 - Que lindo – diz Mayumi.

 - Ele tirou as roupas que ainda estavam na gente, mas na verdade eu nem percebi, estava na lua sabem?!?!

 - Sei, oh se sei... – diz Bel.

 - Eu ainda não sei, pelo menos não nesse assunto – diz Mayumi rindo.

 - Então, o ouvi pegando uma camisinha que estava na carteira e abrir. Nessa hora fiquei morrendo de medo e fechei os olhos. Pouco depois o senti em cima de mim de novo, mas ele não veio logo de uma vez como eu pensei que ele viria. Ele me beijou bastante antes de... Ah, vocês sabem!

 - E aí?  - diz Bel.

 - Ele foi colocando bem devagar e a cada vez que entrava mais um pouco me beijava e falava alguma coisa no meu ouvido, só não me perguntem o que porque não lembro.

 - E doeu muito Manu? – pergunta Mayumi.

 - Sabe que não?! Eu senti uma pontada no começo, mas passou logo. Sangrar até sangrou, mas não doeu tanto como eu pensei que doeria.

 - Sorte sua! – diz Bel – Eu estava bem nervosa, por isso acho que doeu mais.

 - Então foi bom? – pergunta Mayumi para Manu.

 - Foi sim amiga. Ele me tratou tão bem, com tanto carinho. Não me arrependo de nada.

 - Eu também não me arrependo.  – diz Bel – Prefiro fazer amor com ele agora do que a primeira vez, me sinto maia a vontade, mas não me arrependo também.

Mayumi sorri e fica pensativa.

 - O que foi May? – pergunta Manu.

 - Nada, só estou aqui pensando em como vai ser a minha. Se vai ser tão boa como foi a de vocês.

 - Claro que vai amiga, quanto mais relaxada você estiver na hora vai ser melhor. – diz Manu.

 - E não esquece de falar pra gente como foi hein! – diz Bel.

 - Claro que não. Vocês podiam me dar umas dicas já né? – diz Mayumi rindo.

 - É pra já! Eu começo! – diz Bel rindo.

Elas conversam mais um pouco até que notam que está ficando tarde. Bel e Manu vão embora e Mayumi se arruma para dormir. Fica pensando em sua primeira vez, o que pra ela não vai demorar muito levando em consideração as últimas atitudes de Hugo e a conversa que tiveram.

Ainda com esse pensamento, cai no sono.

Na semana seguinte haveria um feriado. Mayumi nem sabia do que, o que importava é que era feriado e ela poderia ficar um tempo extra com Hugo.

Durante seu horário de almoço ele liga pra ela.

 - Oi amor, tudo bem?

 - Oi Hugo, tudo bem também amor e você?

 - Estou bem, louco pra chegar logo o feriado e ver você.

 - Eu também.

 - O que você vai querer fazer?

 - Na verdade não pensei em nada. Muitos lugares vão estar fechados.

 - Também pensei nisso e tive uma idéia. Já que no sábado vamos ver a tal banda do amigo do André tocar, no feriado podíamos ver um filme lá em casa, o que você acha?

 - Muito bom.

 - Então está certo, no feriado depois do almoço passo na sua casa pra te pegar. Vai escolhendo que filme quer ver. Agora tenho que ir, meu almoço está acabando. Beijos.

Mayumi desliga o telefone e fala consigo mesma.

- Filme? To com uma idéia bem melhor e acho que você também vai preferir.