- Minha filha ! - ele disse correndo até mim - Você veio me soltar foi ? Ainda bem que eu ainda tenho você do me lado. - ele dizia rapidamente colocando sua mão do meu braço

- Tira. Sua. Mâo. De. MIM ! - eu gritei essa última palavra, e tirei rapidamente duas mãos de mim - Eu tenho nojo de você ! Nojo ! - eu gritava, a policial e Adam viera correndo me ver. Lágrimas e mais lágrimas caiam do meu rosto.

Adam me abraçava, minha cabeça estava apoiada em seu peito.

- Filha, me perdoa, por favor ? - ele implorava. - Eu posso explicar.

- Eu tenho todo o tempo do mundo - eu disse me sentando no chão ao lado da cela.

Ele se sentou ao meu lado e fiz um sinal para que Adam saisse, ele assentiu.

-- Minha empresa precisava de dinheiro, desde aquela festa. Quando nós saímos para conversar, eu sugeri a ele que eu entregaria você com 18 anos, ele teria todos os direitos sobre você. Você era linda, minha filha. Ele queria muito que vocês se casasse, e dessem herdeiros para a família.

Eu engolhi meu choro e respirei fundo, fiz um sinal para que ele continuasse:

- Nós mandamos você juntos para Londres para termos tempo suficiente para podermos combinar melhor o casamento e quanto de dinheiro eu ganharia. Não achavamos que vocês se encontrariam, e sim nós sabemos que vocês já se conheciam. Lembra daquele guia? Bem ele era o nosso espião. Quando soubemos que vocês já tinham até um caso, achamos que seria mais fácil para nós. Só não esperávamos que vocês fingissem que não se conheciam.

- Como você teve coragem de fazer isso comigo ? - eu perguntei mais calma

- Eu precisava, todo nosso dinheiro estava acabando. Eu preciso realmente saber se você me perdoa.

Aquelas palavras ficavam ecoando em minha mente. Levantei-me e disse :

- Adeus pai . - andei em direção a saida, Adam me esperava sentado nos bancos e se levantou quando eu cheguei.

- E então como foi ? - ele me perguntou

- Depois eu te conto, preciso sair daqui. - ele colocou seu braço em meu ombro e saimos da delegacia. Chamamos um táxi e fomos em silêncio para casa.

                            [...]

Acordei no dia seguinte, senti meus olhos inchados. Abri eles devagar e vi uma bandeja de café da manhã em cima da cama e um bilhete com uma rosa em cima. Abri o bilhete e li:

"Bom dia meu amor,

Espero que seu dia seja muito melhor. Fui para casa cedo conversar com meus pais e depois passo ai para ficarmos juntos.

 Beijos do seu amor

                                                          Adam"

Ele era ou não era um amor ?

Levantei-me da cama e fui ao banheiro. Com certeza eu estou horrível, eu pensei olhando para o reflexo do espelho. Despi-me e entrei no chuveiro, tomei uma ducha gelada e lavei o rosto com uma água mais gelada ainda. Escovei os dentes e comi aquele café da manhã que estava em cima da cama. Olhei no relógio e ele marcava que era já 13:00h provavelmente dormi mais do que eu precisava. Eu precisava melhor minha cara. Fui ao banheiro e abri minha gaveta.

Peguei um pote, um pouco de argila verde e muita água gelada, misturei tudo e coloquei em todo meu rosto, peguei dois pedaços de algodão e mergulhei na água gelada.

Saí do banheiro e deitei-me na cama e coloquei os algodões nos meus olhos, eu tinha ligado uma música para passar o tempo. Quando o timer apitou eu retirei os algodões e sabe quem estava na minha frente? O Adam. Sai correndo para o banheiro e fechei e porta.

- Você não sabe bater na porta não? - eu gritei enquanto lavava meu rosto

- Acho que você não ouviu, Fiona - ele disse rindo

Quando eu estava limpa e com uma cara bem melhor, abri a porta do banheiro, cruzei meus braços e perguntei:

- Fiona é ? Então você é o meu Shrek . - comecei a rir com esse comentário.

Ele começou a correr atrás de mim e como uma boa velha criança eu fugi  . Corremos pela casa toda.

- Vou te mostrar quem é o Shrek - ele disse

- Ai que medo ! - eu disse e fui para a sala de jantar.

Chegamos lá ofegantes e rindo muito. De repente eu reparo que a sala estava cheia de advogados e minha mãe. Detalhe : eu vestia uma camisola e Adam estava sem camisa.