Todo Criminoso Tem Um Vizinho escrita por Ohana_GF


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

UHUL, 8º! Vai ficar grande isso aqui, rs.
Capítulo originalmente betado por Tsuki.



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Meus passos eram rápidos. Acabei ficando na cama mais do que o necessário. O que causou meu atraso, até aquele momento de uma hora. Poderia muito bem não ir ao encontro de Flora, mas, apesar de tudo, queria vê-la. Isso era realmente estranho. Tinha simpatizado com ela, mesmo sua companhia não sendo realmente necessária. Quando cheguei à esquina da rua dois, pude notá-la. Estava sentada na calçada, segurando firme as pernas flexionadas. Vestia uma calça jeans e uma blusinha branca combinando com a sandália de mesma cor. Seus longos cabelos presos em um rabo de cavalo alto. Há tempos não conhecia uma garota tão bonita. Quando estava a cerca de cinco metros, ela se levantou.



– Uma hora e cinco minutos de atraso, Kim.



– Desculpe! Acabei perdendo a hora.



Ela sorriu. Um sorriso extravagante.



– Tudo bem! Mas, e aí, atrasadinho, quer fazer o quê?



Era mais fácil que ela dissesse aonde ir. Tinha alguma coisa para fazer naquela cidade de merda?



– Não sei, fale você.



Ficou cabisbaixa por poucos segundos, como se pensasse e procurasse em sua mente um local adequado. Não olhar em meus olhos ou para minha face era algo fora do comum em minhas conversas, as quais costumo encarar a pessoa nos olhos, demonstrando confiança, e isso não existindo ali, deixava-me inquieto.



Depois de algum tempo resolvemos apenas caminhar pelo condomínio, e caso cansássemos sentaríamos em algum banco qualquer. Conversamos sobre assuntos amenos e desinteressantes, escola, política, clima, que depois de certo tempo tornaram-se cansativos, fazendo-nos, então, sentar em um dos dos diversos bancos pelo qual passamos. Flora logo começou a falar algo sobre sua vida escolar. Enfim descobri sua idade: dezesseis, mas já cursava o ultimo ano do colégio. Falava, falava, falava, como ela falava! Não que me incomodasse, apenas não conseguia me manter atento em nada do que dizia. Pensava apenas em Forward e no sábado que estava próximo. No sentimento nublado que por ele ia se formando e também no... Notei que Flora não mais falava, olhei para ela interrogativo, que logo despejou:



– O que houve? Está tão distante...



Fiquei um instante a encarar seus olhos, sem ser retribuído .. Que saco! Sua face serena mesmo sem a ajuda dos olhos passou-me confiança. Ela conseguia! Senti-me então seguro e capaz de confiar nela. Talvez fosse repentino, mas sempre fiz bom julgamento daqueles que me rodeavam, e nela enxergava sim alguém em quem poderia crer.



– Vitor Forward.



Ela deu um pequeno sorriso, quase imperceptível, logo depois soltando um baixo suspiro.



– Você esta bem interessado nele, não está?



– De certa forma, sim.



Flora se apoiou no banco com os braços estendidos, inclinando seu tronco para traz e esticando suas pernas curtas. Ficando um pouco mais “confortável”.



– Você sabe como eu conheci o Vitor?



– Ora, lógico que não, te conheci ontem.



Sua face se retorceu em uma careta e a voz saiu fanha.



– Bobo, foi uma pergunta retórica, né! Bom, agora só escuta, tá?



Acenei com a cabeça. Como se ela fosse ver! Um bobo mesmo. Conviver com alguém sem a visão era realmente diferente. Todos os costumes idiotas e involuntários que você possa ter parecem tornar-se ridículos, como aquele aceno de cabeça, as coisas se limitam. Não que eu esteja reclamando, é só que era uma situação nova para mim. Bom, desde que cheguei naquela cidade aos poucos as coisas estavam mudando, e mesmo que eu só fosse perceber mais tarde, eu também mudava um pouco mais a cada dia.



Voltei minha atenção à jovem ao meu lado, no final das contas o assunto me interessava. Tinha Vitor Forward no meio, era lógico que me interessava. Pelo amor!



– Quando eu nasci os médicos disseram aos meus pais que eu tinha um problema sério nas córneas, mas não se limitava apenas a isso, e que com o passar do tempo minha visão se deterioraria mais e mais, até o dia que eu a perderia por completo. Isso poderia demorar meses ou anos, iria depender apenas dos meus cuidados, como não forçar a vista, tomar cuidado com os raios UV, essas coisas todas. Bom, quando eu tinha seis anos minha visão já estava por um fio, os óculos que usava já não adiantavam praticamente de nada, de longe via apenas pequenos borrões, só enxergava mais nitidamente de perto. Qualquer exposição à luz forte já seria o suficiente para me deixar cega por completo.



Pena. Estava sentindo muita pena! Nascer cego, não conhecer as coisas a sua volta e apenas imaginá-las, creio que seja menos doloroso do que perder a visão após já ter presenciado tanto e ter exata consciência de que você não verá nem mesmo a face das pessoas que mais ama. Isso era triste. Sei que pena é o pior sentimento que podemos ter para com os outros. Que nunca ninguém tenha pena de mim, assim qualquer desgraça pareceria ainda pior, e minha confiança iria parar no fundo do poço. Porém, ainda é triste. Sacudi a cabeça, ela não podia me ver mesmo, estava ficando sentimental demais e isso já estava me irritando.



– Uma noite, quando já estava me preparando para dormir, reparei que uma boneca que era meu xodó não estava onde deveria. Corri para fora de casa escondida de meus pais. Eu tinha certeza que esquecera a boneca no jardim da casa da frente, que naquela época estava vazia. Eu, boba com meus seis anos, atravessei a rua as presas... Foi aí que tudo aconteceu.



Terminou a ultima frase com um grande sorriso...melancólico?! É, acho que sim.



– Do nada um carro apareceu na minha frente, os faróis que estavam no máximo vieram de encontro aos meus olhos, com tanta, tanta, força! O carro parou bem próximo de mim e, tonta com o acontecido, caí com tudo no chão, desorientada. Minha visão foi escurecendo cada vez mais. Entrei em estado de pânico e comecei a gritar e me debater no chão, esfregando meus olhos com força. Nem ouvi o homem saindo do carro e ficando ao meu lado. Vitor segurou meus braços com delicadeza e me aninhou em seu peito, dizendo para eu não me preocupar, que se eu encarasse aquilo como uma menina crescida, tudo ficaria bem. Ele nem sabia o que estava acontecendo comigo, mas mesmo assim soube dizer e fazer tudo o que poderia me acalmar naquele instante. A última coisa que eu vi na minha vida, foi Vitor Forward. Lembra quando eu te disse que ele era especial? E essa não foi uma pergunta retórica.



Estava ainda meio entretido com a história, então demorei um pouco a responder. Nunca imaginei ambos, Flora e Vitor, em uma situação como aquela. O desespero dela e Forward a acolhendo, não me parecia em nada com o que vi até hoje. Enfim, quem é esse idiota?



– S-Sim!



– Ele ser especial é justamente por como ele lidou com toda aquela situação. Meus pais vieram eufóricos pra rua, e apenas depois de alguns segundos e algumas palavras dele, chegou a parecer que nada havia ocorrido ali, todos enfrentaram a situação da melhor maneira possível e impossível. Ele...Ele...



Agora ela já gesticulava freneticamente, como se estivesse empolgada com a própria historia, e eu apenas ouvindo atentamente.



– Ele controlava tudo ali, sabe, era como se ele soubesse estranhamente o que fazer e como agir. Hoje eu penso e imagino como ele consegue ser assim tão especial. Pode parecer estranho eu dizendo isso mas...



– Não, não é estranho. Eu entendo perfeitamente. É como se ele manipulasse as pessoas a sua volta, certo?



– Não sei se usaria essa palavra, mas, pode-se dizer que sim. E entendo o seu interesse nele, é mais do que natural.



Encarei-a por um instante. Ela parecia ainda mais bela para mim. Seu modo de pensar igualava-se um pouco ao meu. Acho que foi por isso que simpatizei com ela, ou simplesmente por Flora ser diferente. Quanto a Forward, eu sabia que podia enxergá-lo. Seria isso um privilégio?



– Na realidade meu interesse não é nada natural, Flora, e eu sei. Tudo isso é muito estranho!



– Hum...



Não demorou muito e fomos embora daquele banco extremamente desconfortável, acho que o clima acabou ficando pesado de mais com toda aquela historia. Quando nos despedimos em frente a sua casa, ainda fiquei a observá-la enquanto caminhava para a porta de entrada e passava por ela. Puxei o ar com força, para logo depois solta-lo e partir. Mas, não iria para casa naquela hora.



Primeiro realizaria algumas ligações, já estava mais do que na hora de fazer alguma coisa com as informações que “coletei”. Saí do condomínio as presas, andei alguns quarteirões até encontrar o primeiro telefone público. Sabe aquela cara de garoto travesso? Tenho certeza que a estampava. Por mais ridículo que fosse – eu estava fazendo apenas algumas ligações –, aquilo era extremamente excitante.


Disquei o número da instituição carente. Uma voz cansada, aparentemente de uma senhora idosa, atendeu, disse me chamar Carlos – sabe-se lá da onde tirei esse nome – e ser secretário do senhor Vitor Forward, inventando a desculpa de que estávamos arrumando uma pasta perfeitamente organizada com o dinheiro enviado para essas instituições e que precisava de todos os dados possíveis. Ela pediu que eu fosse pessoalmente, mas lógico que eu disse que não seria possível.



A mesma desculpa e a mesma resposta em todas as duas instituições, ou seja, absolutamente nada. Que grande ajuda! A única coisa que souberam dizer é que ele sempre contribuiu mensalmente com as instituições nos últimos onze anos, praticamente ao mesmo tempo em que se mudou para o condomínio, além dos presentes de natal e afins. Números, números, apenas o que me passaram. Mas, esperava o que, não é?



Andei mais alguns quarteirões, achando outro telefone, e de lá liguei para a última instituição, nada esperançoso.  E então sorri. A senhora que me atendeu era simpática de mais e comunicativa ao extremo, o que resultou em uma conversa nada formal. A velha me fez mil perguntas de como Forward estava e eu respondia com a maior certeza a todas – como se eu soubesse muita coisa dele! Descobri que a mesma era amiga da família e que Vitor nascera ali mesmo em Várzea Grande, mas mudou-se para São Paulo com quinze anos, retornando há doze anos e se estabelecendo por aqui. Aparentemente, ele voltou com uma situação financeira extremamente estabilizada. Mais que isso não soube. Bom, vai falar que eu não tive sorte, era quase surreal! Essas pessoas de hoje em dia precisam aprender a manter a língua dentro da boca, menos quando eu precisar, lógico. Despedi-me da velha depois de inúmeros convites para irmos – eu e Vitor – tomar um chá com ela, deixei para a próxima.



Agora sim voltava para casa, muito alegre por sinal. Aquela velha senhora, para sermos mais educados, não sabe como me foi útil. Primeiro: Quem sai de casa com quinze anos, sendo que sua família tem a situação financeira estável, para ir a uma cidade grande onde não conhece ninguém e depois de cinco anos volta com dinheiro enfiado até no...? Alguma coisa aconteceu por lá, e com certeza tinha algo a ver com seus “assuntos secretos”.



Demorei certo tempo para chegar, tinha andado bastante. O telefone público é realmente uma dádiva. Ninguém jamais te identificaria por ele. É publico, não? E uma dica, nunca faça as ligações em apenas um único telefone, além de ficar suspeito, se for alguém que possa te rastrear você ficando no mesmo local seria pego fácil. Nunca, jamais permaneça no mesmo local por muito tempo. Como eu sei disso? Muitos filmes policiais, lógico. Mas duvido muito que uma instituição cheia de velhinhas representaria algum risco. Contudo, tendo Forward no meio, cuidados nunca são de mais. Acho que estava começando a achar que estava em algum daqueles filmes, tratando Forward como um criminoso, sendo que ainda não tinha nem uma base do que ele realmente era. E, ele não poderia ser um criminoso, poderia? Eu realmente precisava diminuir as horas em frente a TV.



Abri a porta de casa e me esparramei no sofá. Fiquei encarando o teto por um longo tempo, até que um barulho vindo do andar de cima me chamou a atenção. Estranhei, já que estava sozinho em casa – nem preciso dizer onde meus pais estavam. Subi as escadas devagar, pé ante pé. Olhei no quarto de meus pais, no meu, nos dois de hóspedes... Ninguém, nem nada. Cheguei a ficar arrepiado. Desci as escadas novamente e quando cheguei na sala, indo em direção a cozinha, dei um pulo após esbarrar em alguém.



– Caralho, mãe, que susto! O que você tá fazendo aqui?



Ela podia ao menos dizer que estava em casa. Não esperar para me matar do coração. A época não era boa pra pregar esses tipos de sustos. Paranóico era pouco para o que eu poderia ficar.



– Kim! Quem me assustou foi você. Não pensei que estivesse em casa.



– Digo o mesmo. Mas, o que faz aqui, não estaria no club?



– Bem... É... Você disse que ia sair então resolvi ficar para tomar um sol aqui na piscina mesmo. Mas que horas você chegou Kim?



Ela estava estranha. Sem contar que praticamente berrou a última frase. Estava ansiosa e sua face parecia aquela de quem é pego fazendo algo errado. Fiz de conta que não percebi.



– Cheguei faz pouco tempo. Mas vou ficar em casa o dia todo, então, se você quiser ficar balançando os peitos por aí, já aviso que estarei presente e não estou nem um pouco a fim de ver.



– Ah, claro! Vou voltar para a piscina, querido.



Ela saiu me olhando de esgueira como se me vigiasse, para caso eu a fosse seguir. Mas não. Fiz melhor, saí pela porta da frente discretamente, onde pude observar um homem correndo de sunga pela rua, até um carro que estava distante do meu jardim. Se eu entrei em choque após ver o amante da minha mãe? Lógico que não! No inicio já disse que meus pais não eram nada perfeitos, refletindo em seu relacionamento. Minha mãe era gananciosa de mais e nem um pouco fiel.



Quando era mais novo quis alertar meu pai, mas de nada adiantou, apenas resultou em uma bela bofetada na cara e um “Não invente mentiras sobre sua mãe, garoto” e claro que foi seguido de um “Vou trabalhar“. Trouxa! Entrei novamente, indo em direção a piscina. Minha mãe tomava sol esticada em uma das várias cadeiras próprias para isso. Dei uma olhada em meu braço, estava branco, precisava urgentemente de um sol.



– Mãe, convidei Vitor Forward, o cara do outro dia, pra jantar amanhã aqui em casa. Só estou avisando pra que você possa chamar a cozinheira amanhã fora do horário.



Ela me olhou com um sorriso impossível de não se perceber. Só me faltava ela estar interessada em Forward. Pensar nos dois juntos me embrulhava o estômago. Mas, isso era simplesmente impossível. Ele nunca se interessaria por ela. Nunca! Ela era minha mãe oras, por mais inacreditável que fosse.



– Kim, como você o convida e nem me avisa!



– Estou te avisando agora.



– São tantos preparativos... Ele não pode achar que sou uma mulher desleixada, que nem sabe organizar um bom jantar! E o meu cabelo? Meu Deus, preciso de um cabeleireiro urgentemente, eu est...



– Por favor, né, Anna! Não me venha com essas coisas estúpidas. É só avisar a cozinheira e fazer uma chapinha nesse cabelo que está tudo bem. Agora da licença.



Anna me irritava ao extremo. Só nos parecíamos fisicamente e agradecia por essa benção, pois desde que nasci aquela mulher só soube me decepcionar. Ainda me perguntava por que a chamava de mãe. Mais ausente que meu pai, cínica, e quando o que eu mais queria era um simples abraço uma nota de cem era o que aparecia em minhas mãos. Sorte que minha infância já havia passado. Aquela porra era passado!



Fui em direção ao meu quarto com passos pesados, sentia como se minha cabeça estivesse sendo chocada contra uma parede, um tum tum tum infernal. Precisava urgentemente de uma água quente. Quando cheguei ao banheiro comecei a me despir lentamente, como se aquilo fosse doloroso, e era. A dor que surgiu repentinamente parecia piorar com qualquer esforço. Liguei o chuveiro e me coloquei sob aquela água cálida, deslizando por minha pele, fazendo todas as curvas, relaxando meus músculos e dando fim a sensação horrível em minha cabeça. As mãos espalmadas com força sobre os azulejos, apoiando o peso de meu corpo. Os cabelos lisos grudando em minha face, junto com a água que massageava minha pele. Soltei um suspiro.



Aquilo era tão bom! Naqueles poucos instantes que fiquei ali, não existia nada nem ninguém. Pouco me importava quem era Forward, se eu tinha pais, se eu tinha amigos ou em que cidade morava. Não sentia nada, absolutamente nada.



Quando comecei a me enxugar, sentindo todo meu corpo macio, estava completamente renovado. Minha respiração estava mais leve. Momentos assim eram extremamente necessários para minha sobrevivência. Apagar-me do mundo de vez em quando, não importando nem mesmo quem eu era.



Esparramei-me na cama e ali fiquei, até que peguei no sono. Esse que não durou muito tempo, já que após o tombo que levei da cama – isso porque a mesma era gigante – notei que chegou a hora de encarar mais uma ida a faculdade. Como já tinha tomado um banho, saí mais rapidamente. Agora tinha certeza que não havia ninguém em casa e que não levaria nenhum susto desnecessário. Anna deve ter corrido para os braços de seu amante, pedindo desculpa por eu ter aparecido naquele momento nada oportuno. Qual seria o nome desse? Talvez mais um Cezar. Seria o terceiro.



Dessa vez não iria me desfazer dos pircings ou da faixa, aquilo fazia parte de mim e que se fodessem os que não gostassem. Pouco me importava! Estava frio novamente, e tudo indicava que o fim de semana seria chuvoso. As estrelas que enfeitavam o céu na noite anterior parecia que não dariam as caras aquela noite. Usava um moletom folgado vermelho, e uma calça jeans clara, justa até de mais. No pé um tênis esportivo, estilo bem diferente do dia anterior. Um tanto quanto mutável.



Cheguei ao jardim, mais ou menos umas seis e meia. E qual foi minha surpresa ao observar Forward por mais uma vez parado a sua porta me observando. Contudo, dessa vez estava tudo diferente. O tempo estava diferente, eu estava diferente, mas, principalmente, suas feições estavam diferentes. Sua cara de nada agora estava com uma das sobrancelhas arqueada e um sorriso, digamos que um tanto malicioso nos lábios. Meu primeiro pensamento ao observá-lo foi “Sexy”. Cara, apaga isso! Sacudi minha cabeça, nem um pouco leve. E eu sou lá de achar homem sexy? Virei o corpo enfezado e andei a caminho da saída do condomínio. E então sua voz ecoou pela rua e meu corpo paralisou no mesmo segundo.



– Boa aula, Kim! Não esqueça de mandar um oi ao Ricardo por mim.



Encarei-o rapidamente. Ele sabia das minhas intenções. Ele sabia. Não teria que contar nada, convidar a nada. Porque ele já sabia. Quem tinha um sorriso malicioso estampado nos lábios agora era eu. Acenei com a mão.



– Com certeza não esquecerei.



E parti dali.















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Notas finais do capítulo

OUUUKAY!!
Caraa, eu realmente AMO o Forward! Tá acho que vcs ja sabem disso ¬¬ kkk. Mas isso não vem muito ao caso. Ele um exímio manipulador ? *----* Agora, que mãe é essa hem? Tadinho do Alfred, eu gosto dele, UAHUAHA. Maior capítulo até agora, que escrevi muuito rápido *batam palmas para mim =P*, mas tbm só esse né HAHA
Agora férias e ACHO que vou escrever mais, LOGO postar mais *------* Por isso felicidade! Ah eu acabei de ver >> vai passar "Brokeback Mountain" na TV *Pula de alegria*. Sempre quis ver,mas meu querido pai proibiu. Mau sabe ele heeeem, HOHOHO!
Ok, vcs nem precisavam saber disso, ENTÃOO vou ficando por aki *Feliz Feliz Feliz*
Bjaoo**