Only You escrita por Lúcia Hill


Capítulo 23
Capítulo - O Futuro Pode Esperar?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/149285/chapter/23

Luiza havia ligado para o advogado para informar sobre a gravidez, sabia que não poderia esperar uma chuva de arroz em sua direção, pois aquela gravidez poderia quebrar o contrato, mesmo que ela quisesse teria conseqüências bem piores. Assim quem o enorme relógio pendurado sobre a soleira da porta, como sempre Dr. Steven era sempre pontual.

– Vim o, mas rápido que pude, já que era um assunto de tamanha importância.

Ela acreditava, que quando o informaria sobre a gravidez. Que ainda mantinha guardada sobre sete chaves, ele sentou se na confortável cadeira a frente da mesa do escritório, Luiza inclinou se para frente e anunciou em baixo tom, mas a reação tinha sido de indiferença. E quando ela começara a insinuar que estava pensando em se casar de verdade com Javier, a reação foi totalmente negativa.

– Está maluca, Luiza. Ambos assinaram o contrato.

Ela se ajeitou sobre a cadeira e encarou o.

– Por menos já estamos casados e não vejo mal nisso. - disse.

Um casamento falso poderia acarretar diversos problemas para a jovem, mas era evidente que iria levar a diante o assunto, mesmo que a repercussão soasse negativo para ambas as partes.

– A muito mal nesse assunto, lembra-se que planejou vender sua parte das terras. Por Deus Luiza, como herdeira você ainda tem o maior direito sobre a pose dessas terras, inclusive pode até alegar que seu pai fora infiel com suas intenções mirabolantes. - disse pasmado.

Mesmo enquanto falava, arrependeu-se de recair numa forma de discussão que a fazia parecer uma adolescente quando lidava com sua mãe.

– Olha que grande surpresa por que não me disse antes, sobre essa tal infidelidade de intenções. - grunhiu.

A expressão do advogado era de evidente decepção, pois com a venda das terras iria lucrar grande porcentagem.

– Não poderia imaginar que a senhorita iria sede aos caprichos e acabar na cama com Javier.

Sabia que seu compromisso não seria realmente oficial em partes, mas se recusou a discutir a questão sob a visão de mero simbolismo do advogado a respeito de suas atitudes particulares, fora descuidada ao fazer sexo com o peão sem camisinha que resultara em uma gravidez inesperada e em uma ocasião completamente oposta. Luiza tinha que dar o braço a torcer quando o assunto era o amor, sentia o e era evidente que desejaria compartilhar sua novidade com Javier, mesmo temendo sua reação.

– Acabei descuidando apenas isso.

Dr. Steven mostrou um sorriso falso.

– Não apenas se descuidou, mas praticamente esta desistindo de uma venda lucrativa. Não faz idéia que quantos apartamentos de luxo poderá comprar em qualquer cidade metropolitana, e quando a senhorita veio me procurar para fechar esse acordo absurdo não tinha evidencias que desejava o peão ao contrario era de ódio puro.

Por mais que ela tentasse debater com Steven, sabia que ele estava certo em dizer tais palavras. Por um minuto envergonhou se de sua maldita atitude tomada por impulso.

– Não me venha com normas e éticas morais. - vociferou ela.

Naquele momento desejava apenas sumir do mapa, talvez tivesse errado em aceitar o convite de seu velho pai para viver naquela fazendo nos confins da terra, se ao menos tivesse rejeitado não estaria em maus lençóis.

– Ora não venha com essas. - Steven resmungou.

Deus! Ela estava realmente em uma discussão com seu advogado, era patético. Mas já adulta o suficiente para arcar com as conseqüências de suas atitudes, certas ou erradas.

– E o que acha que devo fazer Dr. Steven? - perguntou.

Ele ajeitou se na cadeira.

– Vá para Nova York e termine os dias que ainda falta do contrato por la mesmo.

Ela encarou com os olhos arregalados e boquiaberta com aquele palpite.

– Esta me dizendo para esconder a gravidez, deve estar maluco. Não posso passar maior parte da minha vida fugindo das conseqüências Dr. Steven. Ambos erramos, e devemos concertar.

Ele soltou um longo e pesado suspiro.

– Entenda como quiser.

Mesmo sentindo profunda antipatia por Javier desde que chegara à Fazenda. Sabia que ele era o peão com mais tempo de serviço prestado para seu pai, começara a trabalhar desde seus quinze anos. A princípio, mal tomara conhecimento de sua existência, já que era não tinha muito costume de passar suas ferias naquele local.

– Confesso que estou entre a cruz e a espada, mas não posso culpar essa criança que esta dentro do meu ventre. Ela merece algo bem melhor do que tive.

Steven semicerrou os olhos.

– Se preferir passar seus dias nessa fazenda com mulher de um peão xucro e sem estudos, não posso fazer absolutamente nada.

Ele tinha razão, a decisão dependia apenas dela. Luiza também uma lembrança constante de suas falhas como herdeira única de seu pai. Não demonstrara interesse pela fazenda, pelo contrário, venderia aquelas terras e se mudaria para Nova York onde iria dar continuidade em seus planos de montar uma loja de cosméticos no centro de Nova York.

Mas pelo menos ela tivera a coragem de construir o próprio negócio, em vez de usurpar o de outra pessoa.

– Não sei o que pensar. - resumiu.

Ela bateu a mão na escrivaninha de novo demonstrando um sinal evidente de nervosismo.

– Posso imaginar, espero que não tenha me entendido mal. Apenas estou desempenhando meu papel de advogado, em seu lugar estaria a ponto de fugir. - disse.

Ela encarou o e mostrou um sorriso de agradecimento.

– Claro que te entendo, Dr. Steven. Mas não posso permitir que essa criança cresça sem o pai e tenha uma infância solitária, assim como a minha.

Ele segurou as mãos de Luiza contra a mesa.

– Faça o que achar certo, mesmo que ocorra a quebra de contrato. Pense nessa criança. - disse.

Ela sorriu.

– Farei o que estiver ao meu alcance para isso. - respondeu.

Suas palavras foram um eco tão perfeito para as do Dr. Steven que retribuiu com um sorriso de satisfeito, mesmo que sairia perdendo se a venda das terras desse pra trás. Ele levantou se da cadeira, apertou fortemente a mão da jovem e saiu pela porta um pouco decepcionado, mas feliz pela escolha que ela estava inclinada a tomar.

Os olhos da jovem acompanharam o advogado até a porta, por fim deixou seu corpo afundar sobre a cadeira macia, ergueu a mão na altura de seu ventre e por um imaginou segurando aquela criança em seus braços, os lábios dela se moveram em sorriso leve.

Uma batida soou, interrompendo a sua linha de pensamento e fazendo com que se voltasse para a porta fechada do escritório. Assim que ela se abriu, sentiu seu coração disparar fazendo sua pressão sanguínea subir. Javier encarou a, os lábios dele se moveram quase como se estivesse pronto para dispersar a tensão na sala.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Boa Leitura!