Only You escrita por Lúcia Hill


Capítulo 10
Capitulo - Desejo à flor da Pele.


Notas iniciais do capítulo

Todo Desejo obscuro um dia vem à toa, mesmo que esse desejo seja ter seu maior rival pra si apenas uma noite, que o diga Luiza.



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Luiza havia chegado ao pequeno bar que ficava na cidade. Odiava aquele lugar e aquelas pessoas, principalmente, a maldita fazenda que herdara de seu pai, Ernesto Cortez.

Um jovem rapaz de cabelos avermelhados se aproximou com um sorriso tímido. A jovem não esboçou nenhuma reação, mas podia ouvir a chuva cair do lado de fora e o leve cheiro de terra molhada.

— Deseja alguma coisa, senhorita? — perguntou amigável.

Luiza mostrou um rápido sorriso e se debruçou sobre o balcão; desejava sumir daquele fim de mundo.

— Quero uma cerveja. — pediu.

Alguns homens que estavam pertos encararam-na, espantados. Pode-se notar que, naquele lugar, as mulheres não frequentavam bares e, muito menos, bebiam cerveja. O jovem se abaixou para pegar uma pequena garrafa e colocou-a sobre o balcão, juntamente com um copo.

— Eles têm algum problema? — perguntou para o jovem, enquanto encarava os demais.

Ele mostrou um fraco sorriso e pegou o pano para limpar o balcão.

— É que não estamos acostumados a ver mulheres bebendo. — murmurou cabisbaixo.

Luiza arqueou a sobrancelha e fez pouco caso, isso era bem coisa de homens machistas e sabia que cidades pequenas tinham muito isso.

Pode notar alguns murmúrios a seu respeito, mas nem ligou, queria mostrar para aqueles babacas que era uma mulher de cidade grande, onde se podia fazer o que bem entendesse.

— Seu nome? — perguntou ao jovem.

— Harold, senhorita Cortez. — respondeu.

Era óbvio que ele sabia quem ela era e era entediante como todos sabiam sobre sua maldita tradição de família, mas preferiu não dizer nada, apenas solveu o líquido da garrafa e pegou seu casaco, deixando uma nota de dez pratas sobre o balcão.

— Fique com a gorjeta. — disse, antes de sair.

Assim que abriu a porta, pode notar que a chuva estava realmente forte e cobriu a cabeça com a velha jaqueta, correndo até a caminhonete. A estrada era péssima, mas arriscaria.

Sua cabeça estava em outro lugar, ou melhor, não parava de pensar no beijo que Javier havia roubado dela, na noite anterior. Seu corpo reagia de forma estranha, quando pensava naquele peão grosso e mal educado.

Santo Pai, não devo ficar pensando nesse maldito peão. — pensou, enquanto estreitava os olhos para enxergar a estrada de terra cheia de buracos.

Assim que pode ver a pequena luz no final da estrada, sentiu um alívio no peito. Era a fazenda e logo estacionou o enorme veículo perto da entrada, correndo para dentro. Foi direto no pequeno armarinho da sala, pegar uma garrafa de uísque antigo, que seu pai colecionava e só servia em momentos sofisticados.

Abriu a garrafa ali mesmo e solveu um grande gole do líquido amarelo, limpando a boca com a palma da mão e fazendo uma careta. As escadas sumiram de seus olhos, sentiu suas pernas ficarem moles, era o efeito do álcool, mas tinha antes que tirar algumas satisfações com Javier. Para sua surpresa, ele não estava no quarto, a princípio, estranhou, mas seguiu o corredor e notou que a porta do banheiro estava entreaberta.

— Javier. — chamou, abrindo a porta do banheiro.

Não houve uma resposta de imediato, arqueou a sobrancelha. Não estava tão bêbada ainda e ao se aproximar do box, pode ver a imagem que transparecia do vidro. Era ele.

Luiza bateu no vidro e sentou-se na privada.

— Está ficando maluca? — questionou-a ao vê-la sentada.

Luiza levantou-se rapidamente e conseguiu passar pelo vão que ficara no vidro, ficando frente a frente com Javier. A única diferença é que ele estava nu e ela vestida.

— Não posso negar, não tem como fazer isso de outra forma? Deus, por quê? — questionou-se.

Javier arqueou a sobrancelha e não compreendeu nada daquelas palavras.

— Está bêbada? — perguntou.

Luiza o encarou, aproximando-se dele.

— Não, Javier, eu estou falando de você, mas que droga! Não entende o que eu quero dizer? — vociferou.

A única expressão era a de espanto dele. Nunca iria se aproveitar de uma mulher, ainda mais, se ela estivesse alcoolizada.

— Acho melhor você ir. — pediu.

— Eu quero você, Javier, você é um grande idiota e arrogante, o único que tanto desejei a ponto de ficar maluca. — disse, aproximando-se ainda mais dele.

Javier segurou os seus ombros, fazendo-a encará-lo. Ela era a mulher mais formosa que havia passado por aquelas terras, sempre teve desejo por Luiza, mas seria um imenso cafajeste aproveitando-se dela, naquele estado.

— Você está bêbada, vá dormir, amanhã conversamos. — disse, soltando-se dos ombros dela.

Luiza balançou a cabeça negativamente e começou a retirar sua blusa florida, dando visão para os fartos seios que eram sustentados por um simples sutiã de algodão lilás. Antes de continuar, segurou o rosto de Javier e beijou-lhe de forma voraz. Tinha que matar aquela maldita vontade de tê-lo, pelo menos uma vez, mesmo que começasse a odiá-lo no outro dia. Javier retribuiu o beijo, apertando o pequeno corpo contra o seu.

Suas mãos passeavam pelo corpo da jovem fazendeira e Luiza podia sentir o membro de Javier ereto contra sua perna. Seu corpo estava louco, naquele momento.

— Quero você. — murmurava entre as carícias proporcionadas pela boca do peão em seu fino pescoço.

Ambos sabiam que era arriscado, mas quando o desejo fala mais alto, tudo perde a razão e seus orgulhos. Javier segurou-a de leve e com as mãos ágeis desabotoou o sutiã, podendo assim, se saciar com os fartos seios da jovem.

Luiza soltou alguns gemidos de prazer agudos, apertava os cabelos de Javier com toda força, mas uma voz os fez despertar daquele desejo voraz. Rapidamente o peão se afastou e a envolveu na toalha.

— Senhorita Luiza? — chamou novamente da porta do banheiro.

Luiza, a princípio, se recusou a sair, mas Javier fez uma careta que ela tinha que sair ou acabariam sendo pegos ali. Pela fina voz era a velha criada Cole. Ela se aproximou da porta, para ver o que a criada desejava.

— Fale? — questionou fria.

Cole cabisbaixa, disse:

— A senhorita tem visitas.

Luiza estranhou. Visitas àquela hora da noite! Virou-se para encarar Javier, que permaneceu parado dentro do Box de vidro. Sem demoras, ela saiu, fechando a porta atrás de si.

— Diga que logo descerei. — ordenou, seguindo para seu quarto.

Ela caminhou até seu quarto, praguejando, pois seu corpo ainda estava ardente de prazer a ser saciado, mas quem seria a essa hora em sua casa?! Retirou a calça molhada e vestiu um leve vestido estampado, penteando os cabelos molhados para trás e caminhou até a sala de visitas.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!