E... de Novo escrita por Guardian


Capítulo 6
Vivo?


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, eu quero me desculpar pela demora... Mas a culpa não é totalmente minha >.< Pra falar a verdade, eu estava começando a ficar com raiva desse capítulo ò.o tipo, eu gostei dele, mas eu não estava conseguindo postar!

1) eu tinha digitado tudo bonitinho, estava quase salvando, quando... Acabou a luz ¬¬
2) estava na metade, já tinha arrumado um monte de coisa e... Minha mãe tirou o pc da tomada enquanto passava o aspirador ò.ó
3) eu entrei no pc toda animada para postar e... Estava sem internet!

Mas agora eu finalmente consegui (e o capítulo tá maior também)



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 O pensamento do que Kira faria não parava de invadir Raito.

 Mesmo que Ryuzaki agisse normalmente e parecesse ter deixado completamente de lado o fato de Raito já ter sido Kira um dia, o próprio Raito não conseguia esquecer.

 Tinha medo.

 E se "se outro lado" voltasse? Embora as chances disso acontecer fossem mínimas, não conseguia evitar de cogitar a possibilidade.

 ...

 Talvez estivesse pensando demais...

 Sobressaltou-se quando seu celular começou a tocar e a vibrar no bolso interno de seu casaco, despertando-o de seus pensamentos.

 - A-alô? Watari?... O... O quê?... Estou indo!

 Não não não NÃO!!

 Ryuzaki... Hospital... Acidente...

 Não era possível!!

 Parou um táxi na rua e praticamente gritou o nome do hospital para o motorista, assustando-o.

 Demorou pouco mais de 15 minutos para chegar lá, e quando chegou, mal o motorista estacionou o carro, Raito jogou algumas notas no banco, pagando a corrida, e saiu correndo para a entrada. Esbarrou em algumas pessoas até conseguir alcançar o balcão de informações.

 - Yagami-kun - ouviu seu nome sendo chamado antes que pudesse perguntar qualquer coisa à atendente, e quando se virou, viu Watari parado pouco mais à frente.

 Raito foi até ele e o encarou em um apelo mudo.

 - Um carro o atingiu - o senhor falou com a voz carregada de preocupação - Eu já resolvi o problema da identidade e providenciei para que não fizessem perguntas, mas...

 "Mas"...?

 - Tudo o que podemos fazer agora é... Esperar.

 Então os médicos ainda não haviam dito nada...

 Uma espera nunca havia sido tão insuportável antes.

 Estavam em uma sala de espera  ampla e iluminada, com apenas outras três pessoas além deles.

 Todas as três choravam compulsoriamente.

 - É a família do motorista que... - Watari não terminou. Não precisava, tampouco.

 Raito voltou a olhar para aquelas pessoas. Pelo jeito como choravam, o motorista não havia conseguido sobreviver.

 A mulher que parecia ser a mãe, chorava abraçada a uma jaqueta marrom, agora manchada e com alguns rasgos, sem parar de repetir o mesmo nome. "Isaac... Isaac..."

 Raito soltou um profundo suspiro e apoiou a cabeça nas mãos, afundando os dedos trêmulos em meio aos fios castanhos.

 Lawliet...

 ...

 Espere um pouco...

 "Isaac"? "I"?!

 Seria possível que...

 - Watari, você sabe se o nome do motorista foi encontrado escrito em algum lugar do carro? - perguntou de súbito, erguendo o rosto.

 O senhor apenas negou com a cabeça, sem entender.

 Raito levantou e saiu da sala de espera, pegando o celular e acionando o aplicativo de deformação de voz. Identificou-se como L e mandou qeu verificassem no carro do acidente que ocorrera no final da tarde, se havia algo fora do comum, e em seguida mandou que providenciassem a ficha completa do dono do carro.

 Seria apenas coincidência?

 Voltou devagar para a sala, a ansiedade e o medo pelo provável estado de Ryuzaki o dominando outra vez. Aquele lapso serviu para distraí-lo apenas por um momento.

 A família foi retirada do local por um grupo de funcionários, para já resolverem todas as questões quanto ao funeral de Isaac, e Raito e Watari permaneceram lá. Tiveram que esperar por mais de uma hora, uma hora que pareceu demorar infinitamente mais.

 Até que um médico finalmente apareceu.

 - Os senhores são os parentes de...

 - Sim, sim. Como ele está? - Raito perguntou impaciente, levantando e sendo imitado pelo senhor ao seu lado. Não estava interessado  em saber qual nome falso Watari havia lhes dado.

 - Ele teve muita sorte - o médico falou - Considerando a seriedade do acidente, sair apenas com alguns cortes, um particularmente fundo no braço, e uma concussão, é realmente muita sorte.

 Ele... Estava bem?

 Ele... Estava vivo?

 Um profundo alívio tomou conta de Raito.

 - A maior preocupação é a concussão. Nós fizemos uma tomografia computadorizada e uma ressonância nuclear magnética, ou seja, todos os exames necessários para nos certificarmos de que não houve qualquer dano ao cérebro, mas ainda não podemos ter certeza. ele terá que passar a noite aqui, por precaução.

 - Podemos entrar? - Watari perguntou.

 - Apenas um.

 Raito olhou para Watari e falou com um sorriso mínimo - Pode ir. Eu espero aqui.

 Watari agradeceu com um geto, e assim que ele e o médico sumiram de vista, Raito se deixou cair novamente na cadeira.

 É lógico que o que ele mais queria era ver Ryuzaki, mas... Watari tinha todo o direito de ficar com ele naquele momento. Afinal, ele era praticamente o pai do detetive.

 Ryuzaki estava bem... Mal podia acreditar... 

 Fechou os olhos, tombando a cabeça para trás e cobrindo o rosto com um braço, se sentindo inesperadamente cansado.

 - Yagami-kun? Pode entrar agora - Raito abriu os olhos de súbito, com a visão embaçada pela pressão exercida pelo braço, quando ouviu Watari falar.

 Quanto tempo tinha ficado assim?

 - Não tem problema? - perguntou.

 - Eu irei voltar ao hotel - o senhor falou - Qualquer coisa, basta ligar.

 - Está bem - Raito se levantou - Watari? - chamou antes que ele se fosse - Obrigado.

 "Realmente é diferente", foi o pensamento de Watari  ao ir embora, comparando este rapaz com aquele do início do caso Kira. Gostaria sim, de ficar ao lado de Ryuzaki, mas não custava nada deixar isso com Raito.

 Mesmo que fingisse não ver, o senhor tinha pleno conhecimento da relação daqueles dois, e embora Ryuzaki  soubesse disto, nenhum deles tocava no assunto.

 Contanto que seu filho estivesse feliz, nada mais importava.

 Chegando em frente ao quarto de Ryuzaki, Raito hesitou por um momento antes de abrir a porta.

 Abriu.

 Ryuzaki estava deitado na cama, dormindo.

 Raito se aproximou, seu olhar se prendendo primeiro no braço esquerdo do detetive, onde havia uma grande bandagem o envolvendo, e em seguida no rosto dele.

 Estava calmo, pacífico.

 Nas poucas vezes que Raito via Ryuzaki dormindo, gostava de ficar ali, apenas olhando. Lhe passava uma sensação... Reconfortante.

 Afastou uma mecha negra do rosto adormecido, reparando então  no curativo que havia na lateral de sua cabeça.

 Suspirou e se jogou na poltrona que havia ao lado da cama.

 Seria mesmo apenas coincidência? Um mero acaso que a possível mais recente vítima do caso em que trabalhavam tivesse atingido e machucado L? Mas só podia ser, afinal, não tinha como os culpados descobrirem sobre L. Tinha?


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Notas finais do capítulo

Viram? Eu não matei o L xD

Ah, e eu queria fazer a divulgação de uma nova fic (pessoas que já viram isso em "Crazy", me desculpem, mas eu estava planejando desde o começo colocar o link nesse capítulo também)

http://www.fanfiction.com.br/historia/155870/Tempos_De_Guerra

É MattxMello, no contexto da Segunda Guerra Mundial. Se puderem (e quiserem) dêem uma olhadinha, por favor? *¬*