Remenissions escrita por lucy_b


Capítulo 4
Birthday and Party


Notas iniciais do capítulo

Então... /leva pedrada, é xingada e morre.
Dessa vez eu não tenho desculpas pra dar. E nem justificativa por passar tanto tempo sem comentar, postar e nem dar sinal de vida. Apenas me desculpem D= eu vou pôr minha leitura em dia e voltar a postar com frequência, prometo. Bom, boa leitura! E não se esqueçam de comentar e.e



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   A musica era alta e eletrizante, fazendo com que fosse quase impossível não mover o corpo no ritmo da batida rápida, que era acompanhada pelas luzes que piscavam freneticamente e a fumaça que cobria o chão. Annie piscou algumas vezes para tentar fazer seus olhos se acostumarem com a iluminação, e também para se certificar de que tudo era real. Há quanto tempo ela não ia para um lugar desses? Tinha que admitir que sentia falta, principalmente da bebida forte que ela só tomava nesses lugares. Abriu um sorriso tímido e acompanhou Synyster e Evelyn até o segundo andar da boate, onde estava o resto do ‘grupo’. Todos bêbados, rindo e berrando. Para variar.

   - E então, cambada de filhos da puta? – Syn gritou, se jogando em cima dos garotos – Começaram a beber sem mim?

   - Como se isso importasse – Zacky resmungou, tentando se desvencilhar do guitarrista que estava em cima dele – Cala a boca e começa a beber. Mas sai de cima de mim, porra!

   - Não. Sua gordura parece um puff e sentar em cima de você é gostoso – Brian fez um biquinho e roubou a bebida do Johnny.

   - Isso soou meio gay, sabia? – Ev riu, se sentando ao lado do Shadows – E depois vocês reclamam do Synacky – Fingiu ar de decepção e depois gargalhou, sendo acompanhada dos garotos.

   - O que vocês estão bebendo? – Annie perguntou, tentando roubar o copo de alguém para experimentar, sem nenhum sucesso.

   - Absinto – Johnny respondeu, já um pouco alterado – Mas é muito forte pra vocês. E com toda certeza se vocês ficarem bêbadas vão se arrepender depois – Sorriu malicioso.

   - Mas Johnny... – As garotas falaram em coro.

   - Ele já disse que não. Vão beber algo mais leve – Brian falou em tom autoritário, saindo de cima de Zacky – Não quero ficar cuidando de pirralhas, entenderam? – Abriu um sorriso de canto.

   - Não somos pirralhas, seu retardado! – Annie gritou, irritada – Eu tenho 24 anos e a Ev tem 23, sabemos nos cuidar.

   - Caralho, 24 e 23? – Shadows exclamou – Aparências enganam...

   - Podem, por favor, dar a bebida? – Evelyn perguntou docemente, tomando o copo das mãos de Syn.

   - Nós temos escolha? – O guitarrista resmungou – Mas nós não vamos cuidar de vocês. Temos outros assuntos pra resolver – Sorriu, malicioso.

   - Você não era casado? – Ann perguntou inocentemente.

   - Estraga prazeres – Murmurou.

   O clima descontraído durou por algum tempo, porém aos poucos o grupo foi se separando, ou para beber, ou para dançar, ou para simplesmente namorar. No final só sobraram Annie e Synyster, que também já estavam bêbados, filosofando sobre patos e zumbis. Não fazia muito sentindo, mas eles pareciam se entender.

   Syn não estava tão ‘alto’ assim para não saber o que estava falando, mas instigava a garota a beber mais. Era divertido. Mas não era só por diversão que ele fazia isso, mas também para fazer a morena esquecer de Michelle e que ele era casado. Não gostava de ser lembrado disso a cada cinco segundos, principalmente por uma garota que de longe parecia gostar dele. Isso o irritava, mas também parecia puxar-lhe cada vez mais para perto de Ann, e ele não sabia se gostava ou não.

   - Que horas são? – Ela perguntou, terminando de beber outro copo de vodka. Não estava tão acostumada a beber tanto, mas tinha que admitir que era bom. E ela não queria parar. O que podia ser um problema.

   - Uma da manhã – Respondeu, dando de ombros – É meu aniversário – Sorriu, fazendo pouco caso do acontecimento.

   O olhar de Annie ficou distante por alguns segundos. Há quanto tempo faz que ela não comemorava um aniversário? E isso não tem nada a ver com a morte de seus pais. A morena odiava datas comemorativas desde que se conhecia por gente. Ela não comemorava nem mesmo seu próprio aniversário, quanto mais o de outra pessoa... Mesmo assim sorriu e começou a escolher as palavras que ia dizer.

   - Feliz aniversário – Desejou – hm, não vai ter festa nem nada?

   - Não – O guitarrista fez uma careta – Aqueles putos não lembraram, então decidi não fazer nada. Então considere que essa é minha festa – Ele indicou o local onde as pessoas dançavam freneticamente.

   - Os fãs lembraram, pelo menos? – Perguntou, inocente.

   - Acho que sim – Abriu um amplo sorriso – Todo ano eles fazem alguma coisa de especial, mandam presentes e cartas. É gratificante saber que eles lembram. Me faz sentir importante – Riu – Mas ainda é cedo pra dizer se alguém lembrou ou não.

   - Deve ser legal – Ela retribuiu o sorriso – Quer dizer, você deve ter todos os presentes que quiser. Além de ter a companhia de pessoas que você gosta – Fez uma pausa – Acho.

   - Nem todas – O sorriso nos lábios de Brian morreu, dando lugar a uma expressão triste e distante – Sinto falta de um amigo. Nós éramos muito unidos, uma família. Ele era baterista da banda, foi um dos que ajudou a formá-la. Jimmy era meu melhor amigo – Abriu um sorriso tímido, mas Annie percebeu que ele segurava o choro – Queria que ele estivesse aqui agora, rindo e falando besteiras. Mas ele nos deixou, aquele filho da puta tinha que morrer – Elevou um pouco o tom de voz, tanto por causa da bebida quanto pela tristeza.

   - Me desculpe – A garota sussurrou, tentando não deixar visível o quanto ela queria chorar por ouvir aquilo. Lembrava a morte dos seus pais, lembrava o quanto ela se sentia sozinha.

   Um silencio mortal pairou sobre os dois, sendo cortado apenas pela musica alta e pelas conversas histéricas de outras pessoas. Annie se sentia mal por ter falado aquilo e feito Syn lhe contar sobre a morte de Jimmy. Suspirou levemente e deu um abraço no guitarrista ao seu lado. Ele, a princípio, se assustou, mas logo correspondeu. Não tinha malícia naquele gesto, era apenas um abraço entre amigos que indiretamente compartilhavam a mesma dor, o mesmo medo.

   Ficaram ali por mais ou menos um minuto, usando todas as suas forças para não chorarem. Lentamente se separam, um pouco relutantes. Syn suspirou e depois abriu um pequeno sorriso.

   - Obrigado, eu estava precisando daquilo – Sussurrou.

   Antes que a morena pudesse responder, ouviu um grito feminino ecoar pela boate inteira. O guitarrista arregalou os olhos e abaixou a cabeça, resmungando alguma coisa que a garota não conseguiu entender. Será que ele conhecia a pessoa que gritou?

   - MAS QUE PORRA É ESSA? – Alguém exclamou, a voz era familiar a que acabara de escutar. Annie levantou os olhos e se deparou com uma mulher mais ou menos do seu tamanho, com o cabelo castanho e feições bem parecidas com a de Val.

   - O que você ‘ta fazendo aqui? – Brian perguntou para a mulher, com calma, tentando não irritá-la – Você não tinha viajado com seus pais?

   - Voltei para te fazer uma surpresa – Respondeu, ríspida – Val tinha me contado que vocês estariam aqui. Então eu chego e te encontro agarrado com uma puta qualquer.

   - Olha o respeito! – Annie exclamou, irritada – Sou amiga da Val, ela me convidou para eu vir aqui, e não estava me agarrando com o Synyster. Ou você vê tanta malicia assim em um abraço?

   - Annie, por favor, não tente retrucar – Syn sussurrou, temendo o que podia acontecer – Essa aí é minha esposa – Explicou.

   - Não perguntei sua opinião, vadia – Michelle quase gritou – E você, Haner, nem tente se explicar. Cansei dessas suas traições, cansei de saber com quantas groupies você transou depois dos shows... Cansei! Não olhe mais na minha cara! – Dessa vez ela gritou, competindo com a música alta que tocava no local. Mesmo com tanto barulho, muitas pessoas viraram-se para ver o que estava acontecendo, assustadas.

   - Mich... – O guitarrista tentou dizer, a voz triste, o olhar decepcionado – Mich, vamos conversar.

   Porém tantas tentativas de fazer a esposa voltar foram em vão. Ela estava certa, apesar das traições serem raras, aconteciam. E, bem, não eram tão raras assim. Syn temia que aquela fosse realmente a gota d’água e perdesse uma das únicas mulheres que verdadeiramente amou em sua vida. E justo no dia do seu aniversário? Que belo presente.

   Mas, mesmo assim, não conseguia ficar com raiva de Annie. Ambos estavam frágeis naquele momento, desolados. E foi apenas um abraço, nada demais. A errada era Michelle de pensar algo ‘à’ mais – apesar de que na maioria das vezes realmente era algo ‘à’ mais.

   - Me desculpe – Ann conseguiu dizer depois de alguns minutos – Foi culpa minha, eu... Vá atrás dela, ok? É o máximo que pode fazer. Sua esposa deve estar magoada, vá se desculpar.

   - Não. – Respondeu, um pouco grosso – Você não tem culpa e, não, não vou me desculpar. Michelle está ficando meio maluca! Qualquer mulher que conheço Mich pensa merda – Desabafou, um pouco irritado – Ela tem que parar de ser assim, entende? Vou atrás dela todas as vezes que ela acha que fiz alguma coisa de errado, mas dessa vez não. Dessa vez ela que vai ter que correr atrás de mim.

   - Synyst-

   - Brian – Corrigiu rapidamente, agora sem tanta raiva na voz.

   - B-Brian... – Falou, relutante – Ela ainda é sua mulher, a pessoa que você escolheu se casar. Casar! Ela é sua família, agora. Mesmo que ela tenha defeitos, seja orgulhosa demais – “Ou uma vadia”, acrescentou mentalmente, rezando para que seu pensamento não pudesse ser lido em sua expressão – você precisa respeitá-la. Você não a ama? Se a resposta for ‘sim’, vá atrás dela! Michelle... certo? Michelle pode não ser forte o suficiente para correr atrás de você e você irá perdê-la.

   - Não, Annie.

   - Não discuta, porra! Você realmente quer perdê-la? Não ter mais seu sorriso? Não ouvir mais sua risada? Brigas acontecem, isso é um fato, mas você não pode julgá-la apenas porque ela entendeu uma ceninha errado. Ela não tem culpa. Você mesmo disse que tem milhares de mulheres que te desejam, não é? Você ainda a culpa por ser insegura? – Suspirou – Vá atrás dela. E não estou perguntando se você quer ou não.

   O guitarrista segurou a respiração, espantado. Ninguém nunca dissera isso pra ele, e nunca esperaria ouvir aquilo justo de Annie. Mas por partes ela estava certa, não podia culpar Michelle porque ela era insegura. E, bem, ele dava motivos para tanta insegurança.

   - Tem razão – Admitiu – Mas, pelo menos hoje, não quero me estressar com ninguém. Nem com aqueles putos dos meus amigos, nem como Michelle, nem com perdas... Só quero comemorar, ok? Apenas comemorar. Ou nem isso. Foda-se. Só quero paz. Paz!

   - Synyster!

   - Já disse pra me chamar de Brian. E você mal me conhece, não venha querer opinar na minha vida – Resmungou, enraivecido, mas logo se interrompeu assim que percebeu o que falou – hm, desculpe por isso. Só não quero me irritar. Mas se você quiser pode me conhecer bem o suficiente para opinar na minha vida – Sorriu – Se você quiser...

   - C-Cale a boca – Corou, virando o rosto para o outro lado e dando-se por vencida – Pode me levar para casa? Por favor?

(---)

   Péssima ideia.

   Apesar de terem chegado na casa de Annie consideravelmente bem, ambos estavam bêbados e não sabiam muito bem o que faziam. Ainda mais dirigindo! Claro que Synyster estava acostumado a beber, mas raramente – ou não – pegava em um volante nessas horas de embriaguez. Pelo menos chegaram vivos, e isso já era uma vitória.

   A viagem em si fora silenciosa, apenas com o som de alguma musica na rádio quebrando esse silêncio. Annie ainda não sabia muito bem o que falar depois de tudo que aconteceu na boate, estava envergonhada, talvez até com medo que poderia acontecer depois daquela noite. Evelyn nunca a perdoaria se os garotos paracem de falar com elas graças a Ann e a Syn. Achava que silenciar-se perante ao guitarrista era a melhor coisa a se fazer naquela situação.

   Estava errada.

   - Porque não disse nada a viagem toda? – Ele sussurrou assim que chegaram em frente à casa da garota. O efeito do álcool estava começando a passar e a dor de cabeça típica começara.

   - Acho errado você não ir falar com sua mulher – Admitiu, a cabeça baixa, a atenção impossivelmente concentrada nas mãos – Desculpe – Acrescentou logo depois, não querendo começar nenhuma discussão.

   - Só isso? – Perguntou, descrente. Annie apenas afirmou com a cabeça – Por que? Não tenho nada a ver com a sua vida – Aquilo não foi uma acusação, apenas uma pequena verdade que a morena, por motivos desconhecidos até por ela mesma, não queria aceitar.

   Silêncio... Nem mesmo a musica que tocava outrora no rádio podia ser ouvida. Apenas o desconfortável e cruel silêncio. Permaneceram daquela maneira por exatos 15 minutos, ambos não tendo coragem o suficiente para dizer alguma coisa. Tinham medo, um medo que não sabiam de onde vinha. Receio? Temor? Mas do que? Não fazia sentido.

   - Escute – Ann murmurou, a angustia visível em sua voz – Não quero que a perca. Não quero que ninguém se separe, não quero que ninguém sofra. Sem mais sofrimento, sem mais dor. Eu vi em seus olhos que você a ama, isso é visível até para um cego! Não acho justo esse amor simplesmente acabar por uma briga boba, uma briga que eu causei.

   - Você não fez na-

   - Deixe eu terminar – Interrompeu-o, elevando um pouco a voz – Assim que eu sair desse carro você vai atrás dela. Procure-a, mesmo que ela tenha fugido para o Brasil, vá atrás dela! Pegue um avião, ache-a naquele país, abrace-a e fale que o que aconteceu hoje não vai se repetir. Você precisa dela, não precisa? Você não a ama? – Sua voz foi sumindo lentamente, até se transformar em um murmúrio quase inaudível – Aproveite que ela ainda está entre nós, aproveite que você ainda pode ouvir sua risada, aproveite que você ainda pode abraçá-la. Por favor. Não a deixe ir – Pediu, tentando controlar as lágrimas.

   - O que aconteceu? – Perguntou, sério, forçando a garota olhar em seus olhos – Por que está me dizendo isso?

   - Não é nada. Apenas não a deixe ir – Sorriu, tristonha.

   Ann deslizou uma das mãos até a porta do veículo, tentando abri-la inutilmente. Não precisava ser um gênio para perceber que o guitarrista não iria deixá-la sair daquele carro tão cedo. Soltou um suspiro pesado, tentando encontrar alguma razão de ter dito aquilo. Estava ficando louca? Não falava coisa com coisa! Ele devia estar achando-a louca.

   - Conte o que aconteceu – Synyster falou pausadamente, ainda com a expressão séria - I see through you, the fear that's in your eyes – Citou, e Ann logo percebeu que era uma frase de alguma musica da banda.

   “Eu vi através de você, o medo está em seus olhos”, aquilo ficou ecoando em sua mente por alguns segundos. Temia que ele tivesse percebido o que escondia em cada sorriso que dava. Era seu maldito passado voltando à vida naquele momento. Prendeu a respiração.

   - Destrave a porta – Pediu, com calma, enquanto tentava manter-se sã em meio aquele oceano de memórias, lembranças que deveriam estar mortas em sua mente doentia – Por favor.

   - Não até contar o que aconteceu – Sorriu com o canto da boca, apesar dos olhos não terem sorrido junto com os lábios.

   - Não aconteceu nada, Synys-... Brian. Não estou mentindo. É sério – Abaixou os olhos enquanto falava, sabia muito bem que não conseguia mentir, principalmente quando posta sobre pressão.

   - Olhe para mim quando estiver falando – Não foi um pedido. Foi como uma ordem, apesar do tom de voz ser gentil.

   Mais silêncio... Annie fechou os olhos, encostando-se na porta do carro, quase como se quisesse atravessá-la – e ela realmente queria fazer isso. Ela ficou tanto tempo em seu estado pré-inconsciente que não percebeu quando o guitarrista esgueirou-se por entre os bancos e se aproximou perigosamente dela, mas sem encostá-la. Não percebeu quando ele se sentou ao seu lado, apesar do freio-de-mão estar incomodando-o. Apenas voltou a si quando seu braço roçou no dele. Mas aí já era tarde demais. Estavam perto demais.

   - Conte – Sussurrou, tentando não prestar atenção nos lábios dela, que estão perigosamente próximos – Conte o que aconteceu.

   A principio ela tomou um susto, o que foi compreensível. Mas logo o susto foi substituído por confusão, ela sabia o que ia acontecer, ela sabia que era errado. Seu coração estava mais acelerado do que devia, sua respiração ofegante demais para não ser notada, e os olhos não conseguiam desviar sua atenção dos orbes castanho-escuros do guitarrista. Mas. Que. Droga. Era tudo o que conseguia pensar.

   - Não lhe devo satisfações – Conseguiu dizer, dando graças a Deus por não ter gaguejado, apesar de seus olhos revelarem o receio.

   Perto demais... Perto demais... Ambos não conseguiam raciocinar direito, e não era culpa do álcool, mas sim da ameaçadora proximidade. E eles sabiam exatamente o que ia acontecer, sabiam exatamente aonde aquilo iria parar se ninguém interrompesse. E, claro, com o azar – ou sorte – dos dois, eram aproximadamente 3h da manhã e nenhuma alma viva estava naquela rua. Nem mesmo carros podiam ser vistos, quanto mais alguém que tivesse coragem de bater no vidro do veículo e trazê-los de volta para a sanidade. Eles iriam se arrepender.

   Em poucos segundos de um novo silêncio a pequena distancia entre os dois passou a ser inexistente. Era um pequeno e inocente beijo, tímido, como se tivessem 10 anos de idade. De primeira vista não se via malicia, não tinha algo ‘à’ mais naquilo. Era apenas um beijo, nada mais. Mas não por muito tempo. Logo depois a língua do guitarrista pediu passagem e Annie a concedeu com um pouco de relutância. Eles travavam uma batalha silenciosa entre si, e, ao mesmo tempo, desvendavam cada pedaço da boca um do outro. Não demorou para que as mãos de Synyster descessem até a cintura de Ann, e, com delicadeza, percorressem um pouco de seu corpo até pararem nas pernas. A morena entrelaçou seus dedos no cabelo do guitarrista, mordiscando levemente o lábio inferior de Syn.

   Mas era errado, e eles sabiam disso. Mas agora ele era tão dela e ela tão dele... Não tinham muito controle do que faziam, e provavelmente culpariam o álcool mais tarde. Porém precisavam respirar, e foi isso que deu uma brecha para Annie se esticar e destravar a porta, saindo logo depois, deixando um guitarrista confuso e arrependido para trás.

   - Feliz aniversário – Murmurou, ofegante, antes de sumir da vista de Synyster.

   Mas de uma coisa ele estava certo: aquele assunto não acabaria ali, não poderia acabar ali.


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Notas finais do capítulo

cof, espero que tenham gostado ;-; dicas, ideias, xingamentos... podem mandar, vou receber todos õ/ enfim, até depois >,



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