“Keep your fingers crossed

To the saddle laws

Make decisions for an ordinary coward”

(Mantenha seus dedos cruzados

A verdade é tudo, mas é uma perda

Grandes decisões para um covarde ordinário) –

Stone Sour - Come What(ever) May.

– Prazer, Matsuri – disse. KAMI é ela?!

Sorri falsamente.

– Com licença – disse a ela e sai.

SHIT, eu já tinha ouvido falar dela, e pela boca do Gaara, eu acho, mas não me lembro o quê ele disse sobre ela, só me lembro de já ter ouvido seu nome. Será uma ex? Danm.

Fui até o banheiro, encontrei Samantha lá, estava retocando sua maquiagem. Ela sempre fora de grande ajuda para mim, mas era, no momento, quem eu menos desejava ver.

Não tinha o direito de culpá-la pelo incidente no vestiário, não poderia jogar a culpa numa pessoa inocente. Culpados éramos nós, por nos abalarmos por coisas tão banais, tão fúteis, mas queria o que? Segundo ele próprio, eu era uma garota fútil.

Seria isto amor? Uma coisa tão frágil, inocente, inconsequente e inevitável? Preciso afastar este tipo de pensamento, me faz mal pensar nisso.

– Ei Ino, você está ouvindo? – perguntou Samantha me encarando, estralando os dedos em frente ao meu rosto.

– Desculpa, o que você disse? – perguntei, voltando a realidade.

– Eu te perguntei várias vezes se ficou boa a maquiagem, mas acho que você estava com a cabeça longe – disse ela ainda me encarando.

– Desculpa de novo, só alguns problemas rodando a cabeça – disse balançando a cabeça tentando me livrar de todos os pensamentos – você ta linda, nem precisa se preocupar – disse e a encarei.

Ela virou-se e encarou o espelho, arrumando o cabelo.

– Hein Ino... Você que é amiga do Naruto, ãhn, sabe se ele gosta de alguém? – perguntou ela meio sem jeito.

Segurei-me para não rir, como eles podiam ser tão complicados?

– Não, ele não gosta de ninguém não – disse segurando o riso o máximo possível – Mas digamos que ele tenha certa preferência – disse dando ênfase no “certa”.

– Como assim Ino? – perguntou ela, virando bruscamente para mim. Ela estava um pouco longe.

– Nada não, só acho que você deve investir nele, porque ele é bonito, e você sabe disso – menti, mas não na ultima parte, porque ele é bonito mesmo.

– Não foi isso que você quis dizer Yamanaka, pode me contar o que você sabe – disse ela meio irritada.

– Eu não sei de nada – disse e dirigi-me para a saída – Mas aproveite meu conselho, iguais a ele são raros.

Eu sai dali, deixando Samantha confusa, mas o que eu poderia fazer? Eu havia prometido segredo à Naruto, não seria justo com ele, mas queria que eles acabassem juntos o mais rápido possível.

Eles conversavam com Sasuke, merda, agora com quem eu iria conversar eu não sei.

Vê-los felizes, rindo, me subiu a cabeça.

– Dói vê-los juntos, não é? – perguntou Kiba parando ao meu lado.

Não desviei a atenção deles.

– Se for pra começar a jogar na minha cara coisas que você sabe que eu não quero ouvir pode ir embora – disse sem encará-lo.

– Calma, eu vim em paz – disse ele, me olhando de um modo extremamente conturbador.

– Sei – disse o olhando rapidamente, mas voltando a atenção aos dois, não queria me prender a aquele olhar presunçoso.

– Não confia em mim? – perguntou cinicamente. Podia sentir seu olhar sobre mim mesmo sem encará-lo.

– Nem um pouco – respondi friamente.

– Ino, não precisa dessa agressividade toda, esta noite nós estamos somente comemorando a ida para a final, coisa que não acontecia há tempo, você poderia ser mais educada – disse ele – ou pelo menos tentar.

– Você queria, mesmo depois de tudo que você fez, que você chegasse aqui e eu lhe recebesse dizendo “Ai gato, como você está lindo hoje, me desculpa, eu só estou num mal dia, mas tenho certeza que você entender né amorzinho” – disse fazendo uma voz fininha – cai na real né Kiba. Se você quer educação, mereça-a.

– Nossa você está inteligente hoje, o que aconteceu? – perguntou ele cinicamente.

KAMI, eu vou matar esse desgraçado. Como eu queria um Death Note aqui, agora.

– Se você não calar essa sua boa eu vou te bater – virei para encará-lo, furiosamente.

– Porque você não cala de outro jeito? – perguntou ele rindo, com aquele sorriso lindo que só ele tem, mas que me deixou com mais raiva ainda.

Bufei e voltei a encarar os dois na mesa.

– Você não tem nada melhor para fazer do que perturbar a minha vida Inuzuka? – perguntei sem encará-lo.

Ele não respondeu, apenas ficou em silêncio, encarando-os junto a mim. Algum tempo depois se colocou em minha frente.

– O que você quer? – perguntei não entendendo.

– Eu sei do que você precisa – disse ele, eu o encarei como quem não entendia do que ele estava falando – Vodka, é isso que você precisa!

– Kiba, cala a boca e deixe-me vê-los – disse brava.

– Você não me mandou ser educado? Estou tentando, basta você fazer sua parte – disse ele sorrindo. Não sei, mas o seu jeito naquele momento pareceu-me tão sincero!

– Tá, mas – disse, mas fui interrompida.

– Com bastante gelo, eu sei – disse ele rindo.

Sorri em troca, se Gaara tinha o direito de conversar e ser feliz assim ela, porque eu não? Tudo bem que quem eu me refiro agora é um idiota, sim, Kiba é um idiota, mas pelo menos tentar ser legal com ele não mataria.

– Ta aqui – disse Kiba me entregando o copo.

– Obrigada – sorri fracamente e bebi um gole – Nossa, está com um gosto diferente – disse estranhando, mas não era um gosto ruim, era bom, de certa forma – Você sentiu?

– A sim – respondeu ele sem me encarar, fitando seu copo.

Começamos a conversar descontraidamente, é claro que eu sempre esticava o pescoço para ver o que aqueles dois faziam, mas sempre estavam na mesma, rindo e conversando com o Sasuke, às vezes ele esticava a cabeça procurando alguém, talvez a Sakura?

Kiba não parecia ser aquele cara que me bateu no começo do ano, nem aquele maníaco louco por mim, ele parecia ser somente ele.

– Mais uma – disse por fim, já era o quarto? Quinto? Não sei, perdi a conta de quantos copos foram.

– Eu vou buscar – disse ele.

– Pede para o garçom – disse embaralhando um pouco as palavras.

– Não, eu busco, espera ai – disse ele.

Pouco tempo depois ele voltou.

Ele trouxe mais para ele também.

– Um brinde, aos solteiros por insistência dos outros – disse rindo e levantei o copo, ele bateu com o seu e riu.

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Narrado em Terceira pessoa.

Ino o beijava, sim, foi ela quem agarrou o Inuzuka.

Tomavam de alguns a atenção, estranhando os dois ali, juntos. Quem diria que eles estariam naquele clima depois de tudo que aconteceu.

– Vem, quero te mostrar um lugar – disse Kiba sussurrando entre um beijo e outro.

– Ta – ela respondeu.

Ino não estava em seu perfeito juízo, ela havia bebido demais.

Os dois saíram sem dizer nada a ninguém, não escondidos, mas sem falar nada.

Entraram na casa de Kiba, a qual parecia estar vazia.

– Vem – disse ele puxando-a pela mão, subindo as escadas.

Ele entrou em seu quarto e a beijou, puxando-a para dentro. Ela jogou sua bolsa em cima de sua cama e virou-se, voltando a beijá-lo. O beijo no começo foi calmo, mas foi ficando mais rápido, mais intenso.

Foi colando cada vez mais seus corpos e intensificando o beijo, andando lentamente em direção à parede. Parecia insaciável, aumentando ainda mais a intensidade do beijo. Desceu para seu pescoço e mordeu-o, depois voltou a beijá-la. Puxou-a para si, tirando-a do encosto à parede.

Foram andando pelo quarto enquanto se beijavam, ela puxava-o para si, e vinha recuando em direção a outra parede, mas não percebeu a prateleira ali, batendo a cabeça contra ela.

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Ino POV’S ON.

Bati minha cabeça fortemente em alguma coisa na parede.

Minha visão ficou turva, eu parecia ter voltado a mim, voltado a ter consciência do que se passava.

Kiba vendo que eu parei de beijá-lo voltou a beijar meu pescoço, deixando marcas ali. Eu ainda estava tonta, não sabia muito bem onde estava, ou o que eu estava fazendo, mas queria parar aquilo tudo.

Afastei-o, porém não fui forte o suficiente, ele voltou a mim. Minha visão voltou ao normal aos poucos, ainda a tinha um pouco embaçava, mas já me situava melhor onde estava.

Empurrei-o com força bastante para fazê-lo rasgar minha blusa. Peguei minha bolsa que estava ali e corri para o banheiro, no final do corredor.

SIM, eu sabia onde estava eu estava em sua casa, já havia vindo aqui, mas minhas lembranças deste lugar eram boas. Tranquei-me ali. Ouvi passos e ele bateu na porta com força.

– YAMANAKA VOLTE AQUI – berrou ele do outro lado, num tom de ordem.

– Eu não devia estar aqui, não devia, SAIA DAQUI – gritei a ultima parte.

– Estou sozinho aqui, ninguém vai te ouvir gritar – disse ele de um jeito que parecia estar feliz pelo o que dizia – volte para cá, agora – exigiu ele – você não vai me deixar aqui de novo, não desta vez – ele parecia determinado.

Eu não respondi, minhas mãos tremiam, minhas pernas estavam bambas. Escorreguei encostada na porta vagarosamente até chegar ao chão, onde sentei e segurei minhas pernas, escondendo ali meu rosto. Eu estava com medo, muito medo. Eu estava ali, e ele já havia me provado do que era capaz. Não queria ver de que mais ele seria.

Puxei minha handbag até mim, e de lá peguei meu celular, quase não consegui destravá-lo devido as minhas mãos tremerem muito. Com dificuldade digitei um numero no celular e liguei.

Não sabia se ele iria atender porque demorou um pouco, mas pude ouvir sua voz grossa do outro lado do telefone.

– S-sasuke? – perguntei com a voz trêmula.

– Ino? Aconteceu alguma coisa? – perguntou ele notando o tom de minha voz.

– É – disse soluçando, mas eu não chorava, apenas soluçava – vem pra cá, por favor.

– Eu não consigo de ouvir direito, aqui esta muito barulho, onde você está? –perguntou ele falando alto.

– Kiba – disse com a voz tremula – na casa dele, duas depois da principal, você sabe onde é né? – perguntei, mas mais parecia uma suplica do que uma pergunta, ele era a única pessoa que poderia me ajudar agora.

– Sim, eu sei, estou indo para ai agora – disse ele e desligou.

Deixei o celular cair ao meu lado.

– Pois bem, se você vai ficar ai dentro tudo bem, só que uma hora terá que sair, e eu vou estar bem aqui – disse ele rindo maldosamente.

Estremeci, porque tudo tinha que ser tão complicado?

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Sasuke POV’S on.

Assim que a Ino disse onde era eu desliguei, eu sabia que não era normal ela estar com Kiba daquele jeito, depois de tudo que ela havia me dito sobre ele, seria muito estranho vê-los assim.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou Gaara percebendo algo de errado no telefonema.

– É, Ino – disse e me levantei. Ele pareceu empalidecer quando disse.

– Aconteceu alguma coisa com ela? – perguntou ele visivelmente preocupado.

– É – disse – to indo.

– Espera – disse ele alto – o que aconteceu? – perguntou.

– Não posso dizer – disse, eu precisava ir logo, mas ele me interrompeu mais uma vez.

– Sasuke, você tem que dizer! Ela é minha... – ele parou e percebeu o que diria - minha ex, tenho direito de saber o que aconteceu com ela.

– Desculpa, mas você perdeu esse direito quando falou aquele monte de merda pra ela – respondi com raiva – se não fosse por você e por essa sua extrema estupidez em dizer aquilo ela não precisaria de mim agora, então não aja como a vítima inocente – disse alto com raiva e sai dali.

Gaara desde que eu cheguei tem sido meu amigo, não era legal ter de brigar com ele, mas Ino era como uma irmã, mesmo antes de eu ir para os Estados Unidos ela já estava lá, do meu lado, e agora, depois que eu voltei, não podia deixar nossa amizade, ela sempre foi e sempre será como uma irmã para mim.

Peguei o primeiro taxi que encontrei e disse o destino, rapidamente chegamos lá, não era longe.

Parei em frente à porta, não estava trancada, e não seria uma boa ideia eu tocar a campainha.

Adentrei ali, parecia estar vazia, subi as escadas, a hora que eu cheguei no final Kiba apareceu na porta do que eu acho que seria seu quarto.

– O que você está fazendo aqui? – perguntou ele alto e irritado.

Vi a ultima porta do corredor abrir lentamente e não totalmente, ficando meio aberta, pude ouvir a voz de Ino, mas ela não olhava diretamente para cá, sua mão tremia enquanto segurava o trinco da mesma.

– Sasuke? – perguntou ela.