Aprendendo com a Vida escrita por Daarksideofthesun


Capítulo 17
A doença.


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpe pela demora, fico feliz em dar boas vindas a minha leitora mais recente (que na verdade nem é tão recente assim, ela lia mais sem comentar por estar sem cadastro) Aline, minha polaaca dos olhos azuis, seja bem vida.
Sem mais delongas, espero que gostem, ah, LEIAM AS NOTAS FINAIS!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148739/chapter/17

O treino foi pesado, no final da coreografia, onde eu dava o ultimo salto mais alto, senti o ar me faltar, tudo ficou escuro, eu perdi os sentidos.

Gaara POV’s on.

 Eu estava treinando na quadra dois, minha cabeça estava uma bagunça, tudo o que eu mais queria era que aquele treino acabasse o mais rápido possível. Descontei todo aquele peso que sentia me matando de jogar basquete, já não bastasse eu ter jogado o final de semana inteiro, hoje eles poderiam nos liberar mais cedo.

 Fui passar a bola para Sasuke quando vi que Samanta, acho que esse é o nome dela, veio correndo até o treinador. Ela estava desesperada, vi que ela falou algo pra ele e os dois correram em direção à quadra.

 Algo estava errado, não era normal aquilo. Corri atrás dos dois imediatamente, eles iam em direção à quadra um, onde as meninas estavam treinando, provavelmente.

 Vi uma rodinha, e no meio dela estava, OH NÃO, acho que corri mais do que minhas pernas aguentavam, tanto que eu ultrapassei os dois que vinham na minha frente.

 Ino estava no meio na rodinha, desacordada.

 Ajoelhei-me ao seu lado, e quanto fui puxá-la para mim, me impediram.

- Ela tomou um tombo muito feio, se você mexer nela pode ser pior – disse a treinadora, colocando a mão em meu ombro.

 Vi Sasuke se aproximar, ele se espantou.

- Alguém já ligou pra uma ambulância? – gritei, desesperado.

 Eu não podia perdê-la, ela não.

 Fiquei ao lado dela por uns vinte minutos, agora a quadra já estava cheia, acho que o pessoal que estava jogando tinha vindo pra cá, estava uma rodinha em volta de nós, até que os médicos vieram com uma maca e a imobilizaram. A Treinadora Anko queria ir com ela na ambulância, mas eu não deixei, eu fui com ela.

 Assim que chegamos ao hospital levaram ela para onde eu não podia ir. Tive de aguardar na sala de espera, a qual estava bem vazia.

 Este era um hospital bem chique, o pai da Ino provavelmente deixou avisado na secretária que qualquer problema era para encaminhá-la para cá, meu pai fez o mesmo, só que pra outro hospital. Ele é um idiota.

 Ficava andando de um lado para o outro, eu já estava ali fazia dez minutos e nada. Sasuke chegou depois.

- Já avisaram como ela está? – ele perguntou.

- Ainda não, até agora ninguém saiu de lá – disse.

 Sentei-me no sofá que tinha ali e coloquei as mãos na cabeça, eu estava uma pilha de nervos, já não bastasse o que aconteceu antes, agora isso. Era demais.

- Fica calmo, logo eles aparecem dizendo que está tudo bem – disse Sasuke, também se sentando.

- Tomara – disse eu, fitando o chão.

 Dez minutos se passaram, aquele silêncio fazia com que o tempo passasse vagarosamente demais.

 Ouvimos passos apressados, até que seja na sala onde nós estávamos o pai da Ino, senhor Yamanaka.

- Já deram noticias?- perguntou ele aflito.

 Eu o entendo, ele é pai dela, e deve estar preocupado, pelo o que ela me disse a mãe dela morreu há muito tempo, igual a minha, mas não pelo mesmo motivo.

- Ainda não, já faz uma meia hora que ela está lá, mas nada ainda – disse suspirando.

- Você avisou a Sakura? – perguntei olhando para Sasuke.

- Sim, deixei uma mensagem de voz pra ela, mas ela ainda não respondeu – disse.

- Como ela veio parar aqui? – perguntou o Sr. Yamanaka nos olhando – só ligaram do colégio avisando que ela tinha sido encaminhada pra cá com urgência.

- Pelo o que a treinadora disse ela estava treinando normal, ai quando ela foi dar um salto passou mal e desmaiou, no que ela desmaiou bateu com a cabeça no chão – respondi.

 Ele apenas assentiu com a cabeça e suspirou, nós dois estávamos muito preocupados.

 Ouvimos alguém gritar, e vinha em nossa direção.

 Aquela voz era da Sakura, ela falava alto com a enfermeira.

- Como vocês não tem nenhuma noticia? Ela entrou lá faz tempo! – disse ela, parada falando alto com a enfermeira.

- Senhora, por favor, peço que sente ali com os demais e aguarde notícias – disse a enfermeira, e se retirou.

 Sakura veio brava até nós, sua expressão era assustada.

 Sasuke a abraçou e ela chorou, chorou muito, afundando sua cabeça na blusa dele, não dava pra ver seu rosto.

- Fica calma – disse ele, quando ela soltou do abraço.

 Ela olhou para o senhor Yamanaka e o cumprimentou com a cabeça, o mesmo respondeu do mesmo jeito.

 Ela veio até mim, sentou ao meu lado, colocando a cabeça em meu ombro.

 Vi que Sasuke olhou feio, mas ela pareceu não ligar. Ela era minha amiga desde pequena, disso ele não podia ter ciúmes.

 Ouvi-la suspirar.

 Ficamos ali esperando por mais muito tempo, duas horas completas depois de ela ter entrado, sai um médico da porta grande, com uma prancheta na mão.

- Vocês são os familiares da senhorita Yamanaka, certo? – perguntou ele, vindo até nós.

 Levantamo-nos.

- Como ela está, doutor? – perguntei.

- Fizemos vários exames nela, até agora nada devido ao tombo feio que ela levou, porém os resultados parciais de sangue que foi feito não foram nada bons – disse ele, nos olhando.

 Ficamos o encarando, esperando que ele continuasse.

- Então, continuando – ele pigarreou – o exame parcial de sangue que nós fizemos deram resultados preocupantes. A Ino está com anemia, e se não bastasse isso, o quadro dela se encaixa em bulimia, anorexia nervosa, mas no caso, não chega ser ao extremo, pois se fosse ela estaria bem pior – disse o médico sério – Ela não come, por isso o organismo parou de ingerir determinadas proteínas e vitaminas, ela está muito abaixo do peso, e quando ela come, joga tudo porque se acha gorda, este é o quadro dela, se é que me entendem. É grave – disse o médico, nos olhando, esperando que alguém dissesse algo.

 Porque ela faz isso? Ela é tão linda do jeito que é, pra que se matar só pra ficar bonita? Ela não precisa disso.

- Doutor, ela está acordada? – perguntou o Sr. Yamanaka.

- Sim, vocês podem vê-la, mas ela está no soro, então peço que não façam muito barulho lá, se é que me entende. Ela deve estar com dor de cabeça, depois de tanta coisa – disse ele – eu volto daqui a pouco para fazer mais uns exames e conversar com ela, enquanto isso podem ir lá – disse ele, e saiu.

 A enfermeira nos mostrou onde era o quarto, dirigimo-nos até lá.

 Sakura abriu a porta lentamente, vimos Ino brigando com a enfermeira.

- Sabia que soro engorda? Então tira isso de mim fazendo um favor – disse essa ultima parte ironicamente.

- Ela já tá brigando, então já ta bem – disse Sakura indo ao encontro dela, que estava deitada numa cama, com uma camisola branca, acho que é isso, e estava tomando soro.

 Ino sorriu fracamente.

 Sr. Yamanaka foi o ultimo a entrar, e pela cara de Ino, ela não havia gostado nada da presença dele aqui.

- Você nos deu um susto e tanto – disse Sasuke se aproximando dela também.

 Eu e seu pai nos mantínhamos no canto do quarto calados.

- Você está melhor? – ele perguntou para ela, a qual assentiu com a cabeça.

 Eu era o único que não havia me manifestado ainda, estava num canto, encostado a parede com os braços cruzados.

 Não tenho culpa de não saber o que fazer naquela hora, eu nunca fui bom com palavras, se é que me entendem.

 Aproximei-me dela e lhe dei um selinho.

- Você quase me matou do coração – disse, a olhando ternamente.

 Vi-la sorrir fraco, ela ainda estava fraca.

- Eu já estou melhor, não se preocupe – disse ela, me olhando.

 Tirei uma mecha do seu olho, a encarando seriamente.

- Nunca mais faça isso – disse.

 Ela assentiu com a cabeça, e olhou para a Sakura. As duas começaram a falar algumas coisas, até que o Sr. Yamanaka se pronunciou.

- Vou buscar um café, venha comigo Gaara, quero falar com você – disse ele.

 Segui-o, e saímos do quarto.

 Pelo que eu entendi, ele não sabia ainda que eu estava namorando a Ino, então provavelmente ele vai me matar por ninguém ter dito a ele.

 Não sou bom com esse tipo de coisa, ferrou.

- Você e a Ino estão namorando não é – perguntou ele, sem me encarar, apenas andando em direção à cantina do Hospital.

- Sim – respondi.

 Paramos em frente a uma máquina de café, ele pegou um e eu outro.

- Ela está muito brava comigo, eu errei, eu sei disso, e ela não quer voltar pra casa, então, por favor, cuide bem dela pra mim – disse ele, me encarando.

 Nunca esperaria que ele dissesse isso.

- Pode deixar – respondi.

 Voltamos para o quarto, Sasuke estava sentado numa poltrona perto da cama e Sakura conversava de pé, com Ino ao seu lado.

 Pouco tempo depois de termos chegado, o médico entrou.

- Como se sente Ino, está melhor? – ele perguntou indo em sua direção, depois checando se o soro já havia acabado.

- Sim, mas eu não aguento mais ficar aqui, eu tenho uma prova de recuperação amanhã, e tenho que estudar – disse ela.

 Mas é maluca! Está doente pensando em prova.

- Sinto muito, mas você não vai poder fazer prova amanhã, vai passar a noite toda de observação tomando soro e amanhã se estiver melhor receberá alta - disse a olhando sério.

-Eu não quero passar a noite aqui de jeito nenhum – respondeu ela para o médico, fazendo bico.

- Mas vai ter – disse ele – agora, se vocês puderem, gostaria que nos dessem licença porque eu preciso conversar com ela.

 Dito isso nós saímos.

Ino POV’s ON.

 Eu já estava naquele lugar a muito tempo – pelo menos pra mim, porque venhamos, é um tédio ficar olhando pro nada, ou para as coisas, porque é tudo branco, e ainda ter que ficar ouvindo sermão de médico.

 Ele havia pedido que eles saíssem, e foi o que eles fizeram.

 O médico me olhava sério com uma prancheta na mão, com certeza era o meu prontuário.

- Ino, o que você teve não foi simplesmente uma tontura seguida de um tombo, foi mais grave que isso – disse ele, me encarando – você não come nada, o que faz com que seu corpo não absorva os nutrientes suficientes, e sendo assim você fica fraca, sem força nenhuma.

 Eu ouvia tudo calada, eu não estava assustada, talvez um pouco, mas não ousei interrompê-lo em momento algum.

- Para ser mais preciso, o que você tem é chamado de Anorexia, apresentando também um leve quadro e Anemia, por causa do resultado do Hemograma, ou exame de sangue, isso acontece por que o nível de hemoglobina na sua circulação está a baixo do normal, mas não é nada tão grave, o que mais nos preocupa é o seu peso, como você já havia me dito antes, come e joga tudo, mas não explicou por que motivo, e ele está muito abaixo do normal, o que faz com que isso seja chamado de Anorexia Nervosa, decorrente a Bulimia, o ato de comer e jogar tudo – ele parou e me encarou – você entendeu tudo?

 Tecnicamente tudo não, porque eu tenho o raciocínio bem complicadinho, ele demora pra funcionar, mas digamos que eu entendi o que era preciso.

- Sim – respondi.

- Então, agora o que você precisa fazer é comer, você precisa fazer com que seu peso volte ao normal, sendo assim os outros problemas serão solucionados posteriormente, pois bastando você comer já ajudará, e muito! – disse ele.

- Mas comer engorda, e eu não posso engordar, eu já estou gorda demais, não percebeu? – perguntei.

 Eu não estava sendo irônica, é verdade, só quem me viu sabe que eu sou muito gorda.

- Você está dez quilos abaixo do normal – disse ele me olhando serio, e bravo.

 Então o normal é considerado obesidade, só pode.

- Tudo bem, não quero discutir sobre isso, então o que eu tenho que fazer é comer, só isso? – perguntei.

- É, mas também é necessário um psicólogo – disse ele.

- Eu não sou maluca – disse brava.

- Não é questão de ser maluca ou não, você vai precisar ir e ponto final! – disse ele, encerrando o assunto.

 “FOI MUITO BOM CONVERSAR COM VOCÊ, HUMPF“ pensei, na verdade esse pensamento estava gritando na minha cabeça, eu acho que estou começando a odiar esse médico.

 Quando ele estava saindo pela porta, perguntei.

- Você já disse isso a eles?

- Sim – dito isso, ele saiu.

 Fiquei olhando o soro cair, ele caia vagarosamente, um pingo a cada dois segundos, este era seu intervalo.

 Sakura abriu a porta, ela segurava um copo de chocolate quente grande.

 Ela, Sasuke e Gaara entraram, Gaara ficou mais no seu canto enquanto eu conversava com os outros dois.

Ficamos conversando sobre algumas coisas do colégio, rimos de algumas besteiras.

 Meu pai entrou um tempo depois.

- Eu vou ter que ir, ligaram da empresa e precisam de mim lá agora, eu volto amanhã de manhã pra ver como você está – disse ele, ele ia me dar um beijo na testa, só que eu puxei o rosto bruscamente, deixando ele no vácuo.

 Assim o dia foi passando, já estava tarde, nós estávamos meio entediados ali, perguntei a Sakura que horas eram, ela se assustou quando viu que já era quase 10 da noite.

- Minha mãe vai me matar porque eu não liguei pra ela, eu geralmente chego às 5 da tarde em casa, agora são dez da noite – disse ela – vou ligar pra ela avisando que vou passar a noite aqui contigo – disse ela levantando e pegando o celular.

- Pode deixar, eu fico aqui com ela, vai pra casa, você tá cansada, e eu não vou sair de jeito algum mesmo, então pode ir – disse Gaara levantando de onde estava e olhando Sakura.

 Sentia-me um brinquedo vai e vem, ficavam disputando quem ficaria aqui comigo, pelo menos alguma vez na vida eu tenho que ser importante, fazer o que /tendeuneguim?.

- Tudo bem, mas eu volto amanhã de manhã, não tenho faltas, sem problemas! – disse ela – amor, então eu vou indo, se cuida tá! E outra, se você não comer nada você vai se ver comigo, entendeu? – disse ela, me mandando um olhar amedrontador.

- Eu te levo em casa, voltamos amanhã Ino, se cuida viu! – disse Sasuke se despedindo de mim.

 Os dois saíram, nos deixando sozinhos, naquele silêncio perturbador.

- Temari provavelmente já chegou de viagem – disse eu, o encarando.

- Ela viajou? – perguntou ele, com uma sobrancelha arqueada.

- É – respondi, nossa, pra você ver como ele se comunica com a família (Y).

 Eu não sabia se depois daquela discussão de quinta nós estávamos bem, se é que me entende.

 Ele puxou a poltrona para mais perto da cama, onde sentou, mexendo no meu cabelo.

- Você não confia em mim, não é – perguntei o olhando, fazendo o parar de mexer com meu cabelo.

- Claro que confio – disse ele, olhando para o canto do quarto, evitando olhar pra mim.

- Gaara, porque você não me deixa saber da sua vida? Você não me deixa se aproximar, cria barreiras difíceis de penetrar, nos distanciando – falei, o encarando.

- Ino, tem coisas que você não precisa saber, não é questão de eu não confiar em você, mas é desnecessário falar – disse ele, desta vez olhando em meus olhos.

- Eu quero saber, eu te amo muito, e você precisa me dizer, eu preciso saber pra poder me aproximar mais de você, e pra poder quebrar essas barreiras da qual você cria sem mesmo pensar – disse.

 Vi-lo suspirar, ele iria ceder, eu tenho certeza.

- Tudo bem, eu vou te contar – ele suspirou mais uma vez – tudo foi a muito tempo atrás ...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, eu sei que vão me MATAR pra saber, porque no próximo capítulo eu cedi, e vou fazer o que me pediram, próximo capítulo, O TÃO MISTERIOSO PASSADO DE GAARA.
Eu sou má, HAAHMUMAHMHAMHAMHAHMU, eu sei /fail.
Gente, o próximo capítulo eu sei que muitos estavam ansiosos para saber, então se vocês querem me deixar com mais inspiração para que o capítulo seja bom, deixa uma RECOMENDAÇÃO, por faavor, vai láa.
Tem tão pouquinhas X:
Espero que tenham gostado, opinem nos reviews!