Hikari estava passando dos limites, eu abri a porta, iria intervir naquela discussão, quando eu vejo que uma atitude drástica foi tomada...

 Eu estava ali, parada na porta, estática. Foi em fração de segundos, eu nunca imaginei que ela pudesse ser capaz daquilo.

 Sakura havia dado um soco no rosto de Hikari, foi tudo muito rápido e automático. O soco não foi fraquinho, foi forte o suficiente para que saísse sangue do nariz dela.

- Você viu o que fez? – Hikari gritou, passando a mão em seu nariz, que estava saindo muito sangue.

 Sakura andou um passo para trás, receosa. Acho que ela não esperava tal atitude dela mesma.

 Hikari foi pra cima dela, e Tenten dava a maior força para a amiga. Tentei as separar, gritei, mas de nada adiantou.

 Saí correndo pelo corredor a procura de alguém para me ajudar a separá-las. Sakura estava em desvantagem, pois Tenten estava lá e se fosse preciso ajudaria Hikari, e eu nunca havia saído no tapa com ninguém, então precisaria de ajuda de alguém forte, porque se continuasse daquele jeito as duas iriam se matar naquele banheiro.

 Encontrei Naruto, Kiba e Shino conversando no final do corredor, que dava a um pátio aberto.

- Eu preciso de ajuda, a Sakura e a Hikari vão se matar no banheiro – gritei para eles, parando e tomando fôlego, pois havia corrido muito.

 Kiba e Naruto foram correndo comigo até lá, Shino veio atrás, andando despreocupado.

 Naruto segurou Sakura por trás e Kiba segurou Hikari. As duas estavam muito machucadas. Sakura tinha marcas de unha por todo o rosto e pelos braços, sua boca sangrava. Hikari estava pior, tinha um olho muito roxo, o nariz e a boca sangravam muito, e pelo jeito ela havia quebrado o nariz, o soco de Sakura fora muito forte. As duas estavam muito descabeladas.

- Me solta Kiba! – Hikari gritou – esta vaca que começou, e eu não vou deixar quieto.

- Você fica ai – disse Kiba, a olhando.

 Fui em direção a minha amiga, ela tinha uma feição muito brava.

- Você é maluca de sair no tapa assim com ela – disse, olhando-a preocupada.

- Ela é uma desgraçada, acha que falar comigo assim é normal e vai sair impune – disse ela respirando profundamente, tentando manter a calma.

- Desgraçada? Eu? Você que fica se dando e eu que sou a desgraçada, a vaca má da história! – Hikari gritou, tentando se soltar de Kiba.

- Me dando? Não, isso é ocupação sua – Sakura retrucou.

 As duas ficaram gritando uma com a outra até que aparece uma pessoa na porta.

- Que gritaria é essa? – ela perguntou assustada, quando viu Sakura e Hikari sendo seguradas e completamente machucadas, cheias de hematomas – As duas, para a direção agora comigo! – ela berrou.

 Ela é a inspetora, ou pelo menos eu acho que é, porque sempre que eu apronto é ela que me leva para a diretoria /fato.

 As duas a seguiram, caladas, uma fuzilando com o olhar a outra.

- Ferrou – disse para Naruto, vendo-as se distanciarem.

- Acha que vão dar uma punição grave? – perguntou ele, também as fitando.

- Eu não sei, mas vou atrás. Naruto, diga a Sasuke e Gaara que vão para a lanchonete e nos esperem lá, mas não diga o que aconteceu, só fale que iremos nos atrasar – disse, e sai.

 Dirigi-me até a direção do colégio, fui até a sala da diretora, onde elas estavam, segundo a secretária. A porta estava fechada, mas dali podia-se vê-las através de suas sombras, pelo vidro branco que havia na porta.

 Sentei-me num sofá que tinha em frente à sala, provavelmente colocado ali para que os pais esperassem.

 Passaram-se vinte, trinta minutos, até que alguém saiu dali. Foi a diretora, e logo depois as duas. Agora no mais claro podia-se ver o quão forte eram os machucados. Não me preocupei com Hikari, mas sim com Sakura, ela tinha a boca e o nariz sangrando, seu rosto estava cheio de roxos e marcas de unha, que estavam também pelo seu braço. Já a feição de Hikari era pior, mas prefiro não relatar.

 Arrastei Sakura comigo até a enfermaria, não havia ninguém lá, mas ali poderia conseguir algo para limpar os machucados dela. Peguei alguns curativos e gelo, o qual dei-a para que colocasse no nariz, o qual continuava sangrando bastante.

 Pegamos nosso material e dirigimo-nos para a lanchonete.

- Sakura, o que a diretora falou? – perguntei, ela abaixou a cabeça.

- Ela nos deu suspenção de três dias, mas no caso da Hikari foi pior, ela foi expulsa! – disse Sakura.

- Nossa, mas expulsão? Foi tão grave assim? – perguntei a olhando.

- Nem foi tanto por isso, mas ela já tinha duas suspensões, então na terceira ela foi expulsa – disse.

 Nós atravessamos a rua e seguíamos em direção à lanchonete. Chegando lá subimos dois degraus e entramos. Sakura tinha ainda o gelo em uma sacolinha pressionado contra o rosto.

 Assim que os dois nos viram vieram a nosso encontro, Sasuke ficou assustado quando a viu, e correu até onde estávamos, pois a lanchonete era grande. Gaara veio logo atrás dele

- O que aconteceu? – perguntou Sasuke preocupado.

- Longa história, eu conto daqui a pouco – eu respirei fundo – vem Sakura, vou passar alguma coisa nesses seus machucados, porque senão amanhã eles estarão piores ainda – disse eu, puxando ela pela mão, e indo em direção à mesa onde os garotos estavam antes.

 Sentamos ali, passei um spray no braço dela, acho que isso evitaria um pouco os roxos que apareceriam posteriormente. Seu semblante estava triste, eu sei que ela não queria ter feito isso, ela nunca foi de fazer isto.

 Pedi a garçonete uma agua gelada pra mim, e refrigerante para a Sakura. Eu fitava aquela garrafinha. O clima estava bem tenso. Eu estava sentada ao lado de Gaara, e a nossa frente se encontravam Sasuke e Sakura. Eu havia explicado para os dois o que havia acontecido. Gaara riu e falou que ela estava mudando, porque ela não era assim. Sasuke pareceu se sentir culpado.

 O dia pareceu voar, voltei para a casa com Gaara, e combinamos depois de sair com Sasuke e Sakura.

 Joguei minha mala em cima da cama e fui à sala com Gaara, ainda eram cinco da tarde. Ficamos lá, namorando, até que o telefone tocou. Gaara atendeu-o, e confirmou algo que eu não entendi muito bem.

 Assim que ele desligou, falei com ele.

- Quem era? – perguntei deitada no sofá.

- Do colégio – ele disse me olhando, ele se encontrava de pé, perto do sofá.

- O que eles falaram? – perguntei, me sentando com a perna no sofá.

- Mudaram a data do jogo, houve um problema e os jogos que seriam na sexta e no domingo não serão mais lá – ele disse me olhando.

- Nossa, mas mudaram tão em cima da hora? – perguntei.

- Sim – ele afirmou.

- Onde serão os dois jogos? – perguntei.

- Eu não sei muito bem o nome, mas não será aqui em Tókio, pelo o que eles disseram pelo telefone, será em uma cidade a quatro horas daqui, nós viajamos amanhã – ele disse coçando a nuca.

- Não vai pedir pro seu pai? – perguntei.

- Eu não preciso da permissão dele, eles ligaram perguntando se ele deixava, e eu disse que sim – disse ele.

- Que horas vocês vão pra lá? – perguntei.

- Amanhã cedo – disse.

- Hunm – resmunguei isso significaria passar o final de semana sem meu gato.

 Ele veio até mim e me beijou, inclinando-se pra trás. Ficamos nos beijando ali por um dez minutos, apenas parando para tomar fôlego, quando ele parou.

- Ino, vou ter que ir pra casa grande, tenho que arrumar algumas coisas, mas eu volto mais tarde pra gente sair – disse ele se levantando, dando-me um selinho e saindo.

 Dirigi-me até meu quarto, mas antes de ir para lá, passei no quarto de Temari, precisava conversar com ela.

 Ela se encontrava sentada na cama, mexendo em seu notebook.

- Oi – disse eu aparecendo na porta.

- Oi Ino, entra! – disse ela, sentando na cama e me mandando sentar ali na cadeira da escrivaninha, que se encontrava em sua frente.

- Temari, eu não acho certo ficar morando aqui, eu vou procurar um lugar essa semana ainda – disse eu, a encarando.

- Ino, pare de besteira! – disse ela, revirando os olhos.

- Mas é sério, eu não posso ficar aqui pro resto da vida! – disse.

 Ela me olhou, como se tivesse tido uma ideia do nada.

- O que foi? – perguntei curiosa.

- Você me disse que está muito ligada em tendências, moda, essas coisas – disse ela.

- É sim – confirmei.

- Então, isso é perfeito! – disse ela, me deixando com uma cara de interrogação (?).

- O que é perfeito? – perguntei arqueando a sobrancelha, eu já não entendia mais nada do que ela falava.

- Eu não sei se mencionei, mas estou abrindo uma butique, já está quase tudo pronto, e não sei se darei conta de montar todos os modelos, por causa da faculdade. Minha mãe sempre quis que eu montasse uma loja assim, sempre foi o sonho dela, e ela tinha uma, então vou fazer isso por ela – disse ela me olhando.

 OK, nem preciso dizer que a cada dia que passa eu percebo nada saber sobre a família de Gaara.

- Tá, mas eu continuo sem entender o que isso tem haver com eu morar aqui – disse, boiando literalmente.

- Se você topar, é claro, quero me ajude a criar as roupas pra loja, quero me ajude com a loja, não na parte de ficar vendendo lá embaixo, porque pra isso meu pai já contratou várias vendedoras, mas sim na parte de criar, e eu sei que é boa nisso – disse ela.

- Sim, seria muito legal isso – disse sorrindo.

- Aí você para com essa paranoia de não ter um porque de ficar morando aqui, e assim que a loja começar a lucrar, a gente divide, é como sócias – disse ela.

- Ok então, sócia – disse rindo.

 Ficamos conversando ali algum tempo, até que me dei conta que Gaara passaria aqui daqui a pouco, e eu nem havia me arrumado ainda.

- Tema, a conversa está ótima, mas vou sair com Gaara daqui a pouco, então tenho que ir me arrumar – disse, levantando da cadeira.

- Tudo bem, Shikamaru daqui a pouco aparece aqui mesmo – disse ela rindo.

- Ah, não sei se Gaara avisou, mas ele vai passar o final de semana fora por causa do basquete, os meninos vão jogar em outra cidade – disse eu.

- Ele não comentou, mas obrigada por avisar – disse ela, coçando a nunca.

 Fui para o meu quarto, tomei uma ducha depois me arrumei. Tentei não exagerar na maquiagem, acho que consegui. Olhei-me no espelho, poderia ser um pouquinho exagerado sair de vestido chique assim, mas fazer o que, eu gosto de andar bem arrumada, haha.

 Deu oito e dez, Gaara apareceu por lá, não tem como ele ficar mais lindo do que já é, o que faz com que seja desnecessária a descrição do que ele usa.

 Saímos do apartamento, provavelmente chegaríamos um pouco atrasados, pois havíamos combinado de nos encontrar com Sasuke e Sakura às oito e meia no Shopping, passear até cansar, e depois ir comer em algum restaurante.

 Chegamos no lugar combinado dez minutos atrasados – porque o Shopping é do outro lado da cidade, mas ignore – encontramo-los na entrada, estavam se agarrando lá, esse povo não tem educação mesmo, e acho que nem preciso dizer que eu e Gaara fizemos o mesmo, agora olha só quem é o sem educação aqui.

 Passeamos por um longo tempo, e pela PRIMEIRA vez eu vou ao um shopping e não compro nada, eu sabia que teria que economizar muito agora que meu  pai não me dava mais dinheiro, eu só tinha minhas economias – o que venhamos, era bastante, porque eu sempre guardava em casos de emergência, o que nunca ocorreu – agora era aprender a economizar.

 Jantamos em um restaurante chique, o que fez com que Sakura ficasse com raiva, porque ela não estava acostumada com aqueles lugares, segundo ela o Burger King ou o Mcdonalds, qualquer um era melhor.

 Não demoramos muito ali, amanhã eu teria aula, e ficaria sozinha por acaso, pois Sakura havia pegado suspensão e os dois gatos tinham que viajar /foreveraloneoutravez.

 Pedimos um taxi para voltar pra casa, Gaara iria para a mansão, então o taxi me deixaria no prédio primeiro depois levaria ele.

 Quando entramos no carro, um assunto do qual eu estava muito curiosa abortei.

- Gaara, porque você nunca fala da sua família? – perguntei o encarando séria.

- Porque isso agora? – respondeu ele irritado, me olhando.

- Você nunca me falou nada sobre ninguém, até poucos dias atrás eu nem sabia que você tinha um irmão, tampouco dois, você nunca fala sobre ninguém, por quê? – perguntei.

- Talvez porque isso não seja da sua conta – disse ele muito irritado em um tom muito alto, fitando a janela.

 Lá fora chovia, mas não era uma chuva fraca, mas sim forte, fazia muito barulho.

- Não seja da minha conta? Você é meu namorado, eu me importo com você, e quero saber da sua família, é um direito meu, e você me diz que não é da minha conta com a maior cara de pau? – perguntei.

- Não, não é isso/ - interrompi o a falar com o barulho da porta se fechando.

 Eu havia chegado ao prédio, e se ele não percebeu que o taxi havia parado o problema é DELE.

 Não preciso comentar o quão brava fiquei com ele, ele não tinha o direito de falar aquilo, como ele diz na minha cara que não é da minha conta?

 Bati a porta do taxi e corri para dentro do prédio. A distância entre o carro e a recepção não era muito grande, mas fez com que eu chegasse ensopada devido à chuva muito forte.

 Peguei o elevador e subi até a cobertura. Abri a porta do apartamento e me deparei com algumas malas na sala.

 Temari chegou ali logo em seguida, colocando um brinco de argola.

- Nossa tá toda ensopada! – disse ela me encarando.

 Acho que eu olhei com uma cara de “avá”.

- Vai viajar? – perguntei curiosa, fitando aquele monte de bolsa no chão.

- Shikamaru alugou uma casa na praia pra esse final de semana, temos que aproveitar enquanto ainda está quente, porque logo logo esfria, e outra, amanhã não tenho aula na faculdade, então vamos passar o final de semana lá – disse ela sorrindo.

- Vocês vão agora? – perguntei.

- Amanhã de manhã, mas como eu vou sair com ele e vou dormir na casa dele depois, não passo em casa, então vou deixar as bolsas lá. Viu, eu só volto na segunda de noite, avise o Gaara pra mim – disse ela.

 O interfone tocou, avisando que ele já havia chego.

- Estou indo, se cuida, qualquer coisa liga! – disse ela, se despedindo e saindo.

 Assim que ela saiu fui pro banho, precisava de uma ducha quente, senão era gripe na certa. Meu celular havia acabado a bateria, mas não era coisa com que eu havia de me preocupar agora.

 Eu estava chateada comigo, quer dizer que o que dizia a respeito dele não era da minha conta? E a minha vida? Eu sempre abri o jogo com ele, até agora pelo menos, eu tudo que ele falou.

 Sai do banho, me vesti e deitei. Liguei meu Ipod, estava ouvindo Tokio Hotel no máximo do volume, e pra ajudar – no caso agora seria piorar – as letras das musicas que tocavam eram tristes, e isso me deixava mais pra baixo ainda.

 Adormeci assim.

 Acordei atrasada no outro dia, fiz minha higiene matinal, me vesti correndo e sai.  O resto do dia foi tranquilo, exceto pelo fato de todos estarem comentando a expulsão da Hikari, e de Tenten ter me olhado feio, pois eu era a melhor amiga de Sakura, coisa que não a agradou nem um pouco.

 Minha Sexta-feira também passou tranquila e tediosa pelo fato de não ter ninguém ali comigo, apenas Naruto, com o qual eu conversava pouco.

 Não comi nem ontem nem hoje – Sexta-feira – o que não me fez mal, pois já estava acostumada a não comer.

 Voltei do colégio cansada, fiquei mexendo no computador até tarde. Eu havia carregado meu celular, mas até agora nada de Gaara ligar.

 Falei com Sakura no telefone, ela disse que não poderia vir aqui no final de semana, pois teria alguns compromissos com a mãe.

 Depois de eu ter falado com Sakura no telefone, ouço meu celular tocar. Peguei-o e olhei no visor, não era Gaara, mas eu conhecia aquele numero!

 Linha oon.

- O que você quer? – berrei assim que atendi.

- Oi também pra você filha – disse meu pai, do outro lado da linha.

- Filha? Eu fui sua filha quando você me expulsou de casa? Não, eu tenho certeza que não, porque se você fosse meu pai, me apoiaria.

- Me desculpa, eu estava nervoso, eu não queria ter feito aquilo com você! – disse ele.

- Agora você vem me dizer isso? Agora é tarde demais! – disse eu, irritada.

- Volta pra casa filha! – disse ele.

- Não pai, agora é tarde demais, eu já resolvi minha vida, eu estou amadurecendo, como você me disse pra fazer, e se você não se importa, e mesmo que se importe, eu vou desligar – disse, desligando o celular.

 Linha off.

 Encostei-me a porta, sentando segurando os joelhos e chorei, chorei muito mesmo.

 Adormeci ali. No sábado acordei muito tarde, tomei um banho e fiquei deitada o dia todo, o que não foi diferente de Domingo.

 Eu estava muito mal, havia brigado com meu pai, e com Gaara também, minha melhor amiga não podia estar aqui, e eu estava me achando uma baleia.

 Não comi o final de semana inteiro, mal mal agua eu bebia, o que me fez sentir fraca.

 Acordei na segunda, não estava atrasada. Fiz minha higiene matinal e tomei um banho, me vesti – não me importando nem um pouco com minha roupa, eu estava muito pra baixo – e fui pro colégio.

 Hoje provavelmente eu encontraria Gaara no colégio, mas fiz com que isso fosse adiado o máximo possível. Eu estava muito pálida, nem mesmo a base ajudava, me sentia fraca, mas não queria demonstrar aquilo.

 Cheguei mais cedo e sentei na ultima carteira da sala, me apoiando a parede. Vi Gaara e Sasuke chegarem atrasados, mas não foram questionados quanto a isso, pois os professores estavam cientes de onde eles estavam.

 Gaara olhou de relance pra mim, me olhando meio preocupado, mas sentou do outro lado da sala, pois ao meu lado não havia lugar sobrando.

 Passamos todas as aulas sem nos falar, eu estava evitando ele, já estava com problemas demais, não queria discutir relação agora.

 Na hora do almoço corri para o banheiro e me tranquei lá, sabia que ele não poderia entrar ali, então ali fiquei até que começasse o treino, o qual seria em quadras separadas – mesmo que uma fosse ao lado da outra - .

 Assim que o treino começou, me vesti e dirigi-me até lá. Ignorei os olhares. Eu não iria dizer para a treinadora que estava passando mal, porque eu não queria passar por fraca.

 O treino foi pesado, no final da coreografia, onde eu dava o ultimo salto mais alto, senti o ar me faltar, tudo ficou escuro, eu perdi os sentidos.