Contos Shinobis escrita por zariesk


Capítulo 1
Andarilhos.


Notas iniciais do capítulo

uma historia sobre o passado de itachi, poderia ele ser capaz de mostrar sentimentos humanos quando ele proprio matou sua humanidade? veremos como ele se sai num ambiente livre do mal, da morte e da responsabilidade com a qual ele vive todos os dias.
essa historia ocorre pouco antes dele fazer sua primeira aparição no manga/anime



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O sol que a pouco brilhava no céu aos poucos se escondia atrás de nuvens escuras enquanto um vento gélido soprava as folhas para longe, era outono e esse clima tendia a ficar mais freqüente incomodando muito os viajantes, mas nem todos os viajantes temiam o clima ou as dificuldades de uma viagem, especialmente aquela dupla que usava mantos negros e chapéus de palha que teimava me tentar sair da cabeça quando o vento ficava mais forte, após andarem mais 1km e a chuva cair fina pinicando a pele eles acharam um bom lugar pra passar o tempo, o mais baixo da dupla começou a tomar a direção do que parecia ser uma casa de chá na beira da estrada.

- Essa garoazinha o assustou? – perguntou o mais alto com uma voz animada – já trabalhamos em condições piores antes.

- Não há por que viajar na chuva se podemos evitá-la – explicou o mais baixo indiferente – não estamos com pressa de qualquer forma.

O mais alto calou-se e olhou bem a placa do estabelecimento e sorriu ao imaginar o porquê do seu companheiro se desviar do caminho para visitá-la, sabia que era um hobby dele visitar lojas de beira de estrada embora quase ninguém soubesse sobre essa peculiaridade dele, por isso ele se perguntava o quanto sabia sobre seu parceiro, e o quanto ainda não sabia.

- Sejam bem vindos! – cumprimentou a senhora que veio atendê-los.

- Chá e dangos – pediu o rapaz tirando o chapéu de palha e sentando-se.

- Ora! Itachi-san! A quanto tempo! – disse ela feliz em reconhece-lo – então o seu amigo deve ser o... Kisame-san não é?

- Hahaha a senhora tem uma excelente memória – disse Kisame retirando o chapéu também – agora sim eu me lembro desse lugar, por isso o Itachi-san queria tanto visita-lo!

Kisame encarou seu parceiro com aquele olhar que lembrava um psicopata feliz, Itachi nada disse sobre isso e por isso Kisame sentou-se na mesa ao lado, sem se preocupar com nada ele colocou a samehada num canto e relaxou, enquanto isso a senhora entrava na cozinha para trazer os pedidos.

- Acha que ela contou a alguém que nos conhece? – perguntou Kisame displicentemente.

- Se tivesse contado ela teria sido levada para interrogatório e não ficaria tão feliz em nos ver de novo – explicou o Uchiha – as chances de que um conhecido venha aqui são remotas.

- Mas muito me surpreende que você não tenha apagado os dois naquele dia, considerando seu histórico...

A senhora voltou trazendo duas bandejas com chá e dangos cada uma e as colocou na frente dos seus clientes, Itachi deixou uma moedas sobre a mesa e ela logo as guardou no avental de cozinha, quando os dois começaram a beber o chá um garoto veio correndo por outra porta e logo abriu um largo sorriso ao ver os visitantes.

- Itachi-san! Você voltou! – disse ele alegre.

- Estava só de passagem e parei pra evitar a chuva – respondeu o rapaz indiferente a animação do garoto.

Kisame gargalhou um pouco e depois voltou a saborear seu lanche, enquanto isso o garoto falava sem parar sobre futilidades que itachi ignorava mas Kisame percebeu um sorriso extremamente discreto nos lábios do Uchiha e imaginou que ele devia estar recordando dos eventos que os levaram a conhecer essa loja, a senhora dona do lugar e seu filho a alguns anos.

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(3 anos antes)

A noite mais escura que aquele castelo já testemunhou encobria um verdadeiro massacre que acontecia a não muito tempo, aqueles que morriam sequer viam o que os matavam e os corpos no exterior pareciam marcações macabras que aterrorizavam os que viam de dentro da fortaleza pelas janelas, os gritos de morte ecoavam pelos corredores e o sangue manchava o jardim de vermelho, aterrorizados estavam os guardas que protegiam a princesa do castelo, eles juraram darem suas vidas como escudo para protege-la mas o terror de um inimigo desconhecido e aparentemente invisível fazia a disciplina fraquejar e a coragem se esvaia lentamente a medida que ouvia-se gritos ao longe que se silenciavam em seguida.

- n-não tenha medo minha senhora, só existe uma entrada para essa sala e nos derrotaremos quem quer que seja! – o comandante da guarda falava mas não demonstrava muita confiança.

O quarto em questão era fortificado com paredes reforçadas, dutos de ventilação pequenos e gradeados além de uma porta de ferro protegida por ninjutsus, numa sala ao fundo havia água e comida para 10 pessoas durarem uma semana lá dentro caso fosse necessário esperar pelo exercito pra serem resgatados, no momento além da princesa havia uma serva, um conselheiro e 9 soldados de elite, do lado de fora havia 5 soldados montando guarda no longo corredor de acesso, seriam eles que informariam aos de dentro se estava tudo bem.

- talvez tenham pego ele – disse a princesa esperançosa.

As esperanças desapareceram quando os soldados do lado de fora gritaram e um baque foi ouvido na porta de ferro, sangue escorreu pelo espaço entre o assoalho e a porta fazendo todos no interior do aposento se desesperarem, em seguida uma explosão foi ouvida e a porta rangeu para logo em seguida fumaça aparecer pelas frestas.

- não tenham medo! Mesmo que todo o castelo se incendeie esse quarto ficará ileso! – gritou o capitão – todas as paredes e a porta estão protegidas por ninjutsu do mais alto nível, não importa o que ele faça não vai entrar!

E era verdade, o aposento inteiro estava protegido por uma barreira que literalmente os isolava do mundo exterior, possivelmente só alguém de nível lendário conseguiria destruir a proteção que custou milhões só para manter a nobreza desse país a salva, infelizmente o destino parecia conspirar contra eles pois o atacante não se intimidou pela primeira tentativa falha e voltou a atacar, poucos segundos se passaram entre o primeiro e o segundo ataque, a porta de ferro protegida por ninjutsus simplesmente começou a queimar numa chama negra aterrorizante e agourenta que aos poucos deixou a porta em pedaços fumegantes, a fumaça da madeira queimada encobria a visão dos soldados que mesmo assim atiraram uma saraivada de flechas na direção do corredor, tudo o que ouviram foi o som de metal se chocando contra metal denunciando que o atacante simplesmente rebateu todas ela, sentindo que as flechas eram inúteis eles sacaram suas espadas e aguardaram, pela fumaça apenas foi visto um vulto avançando numa velocidade incomparável e o primeiro soldado caiu no chão antes mesmo que eles conseguissem focalizar o agressor, depois do tombo do primeiro homem todos viram o inimigo, era um rapaz de cabelo negro e olhos vermelhos usando um manto sombrio com nuvens vermelhas estampadas, sua presença invocava temor e respeito daqueles que o viam, mas logo os soldados superaram o choque inicial e partiram pro ataque, os três primeiros trocaram golpes com o atacante mas praticamente ao mesmo tempo foram derrubados quando ele fez seus movimentos com uma kunai em cada mão, os 5 restantes também atacaram e o conselheiro tentou aproveitar a oportunidade para passar pelo canto oposto e sair do aposento, no entanto a curta batalha que ele teve com os 5 soldados não deu tempo algum para o homem fugir pois ele foi completamente alvejado nas costas por uma saraivada de shurikens, logo o atacante voltou sua atenção para a princesa que estava encolhida atrás de uma cadeira e a serva que estava paralisada de medo no meio do aposento.

- fu-fuja hime-sam...

A serva não conseguiu gritar, no momento que ela se virou para tentar correr até sua princesa ela foi perfurada por trás e sua boca foi tampada para não gritar, uma lamina atravessava seu peito e lhe concedeu uma morte rápida, então o homem de manto negro caminhou até a princesa que rastejava aterrorizada até o canto do aposento.

- eu imploro por tudo o que é mais sagrado! Não me mate! – gritou ela com lagrimas escorrendo pelos olhos fartamente – eu vou me casar amanhã! Eu o amo desde que era criança! Ele finalmente disse que me amava!!!

Tudo o que ela dizia era verdade, em sua pura inocência ela acreditava que ninguém poderia ser tão maligno para matá-la após ouvir que seu maior sonho se realizaria no dia seguinte, e suas esperanças aumentaram quando o homem fechou os olhos por alguns segundos como se estivesse hesitando em fazer aquilo, os lábios dela tremiam e as lagrimas continuavam a descer, então o homem abriu os olhos que estavam com uma aparência diferente, ela encarou aqueles olhos misteriosos.

O mangekyou sharingan então a mergulhou num mundo de sonhos onde ela viu vários soldados do país vizinho invadindo o aposento e lutando contra o inimigo que resistiu como podia mas foi vencido no final pelo príncipe que veio salva-la, a ilusão mostrava ele caminhando até ela e sorrindo lhe estendendo a mão que ela prontamente aceitou, o doce sonho continuou com ele a levando em seu cavalo até o seu país onde depois de alguns dias que a fizeram esquecer o massacre eles casaram numa cerimônia maravilhosa e na noite seguinte ela finalmente se entregou a ele como sempre desejou, o sonho era tão perfeito e maravilhoso que no mundo real ela sorriu e seus olhos fecharam no que parecia ser um sono relaxante para então ser deitada no chão gentilmente pelo atacante.

- o Tsukiyomi não causa apenas dor e sofrimento num pesadelo eterno – disse Itachi admirando o sorriso que o cadáver dela exibia – nesse meio minuto em que você ficou presa no genjutsu você viveu uma vida inteira de paz, alegria e amor, uma felicidade tão intensa que sua mente deixou para trás essa realidade cruel, de certa forma eu a invejo.

Itachi desativou o mangekyou e trilhou seu caminho para fora, no dia seguinte quando ela fosse encontrada provavelmente questionariam por que seu corpo não tinha ferimento algum e por que ela sorria como se tivesse realizado todos os seus desejos antes de morrer dormindo, futuramente a morte dela teria outra repercussão, sem o casamento não haverá aliança entre os dois pequenos paises e o príncipe que ficou viúvo antes mesmo de subir ao altar teria que casar com a princesa de outro reino para satisfazer a vontade de seus pais, alias foi justamente essa princesa que contratou os serviços da akatsuki, 10 milhões foram pagos pelas vidas de uma centena de pessoas.

- É esse o tipo de trabalho que a akatsuki executa, nas mãos deles as vidas de centenas, talvez milhares – disse Itachi para si mesmo.

Itachi estava na akatsuki a pouco tempo e já vira coisas que só a escuridão do mundo ninja podia esconder, ele se perguntava se não estava se transformando exatamente naquilo que jurou combater, não fora pela paz que ele massacrou sua própria família? Não fora pelo futuro de Konoha que abdicara seu próprio futuro? Então como ele podia estar ali destruindo o futuro de tantos?

Enquanto ele se torturava na escuridão de sua própria alma acabou cometendo o pior erro que um ninja pode cometer, sem perceber Itachi foi atacado por uma saraivada de kunais com tarjas explosivas, sua reação lenta quase lhe custou a vida numa enorme explosão que destruiu a área onde ele estava, Itachi então caiu bolando pra longe arremessado pela força da explosão enquanto cerca de 30 ninjas o cercavam, todos ninjas da rocha.

- Não tem ninguém vivo no castelo, esse cara acabou com toda a guarda e os criados sozinho e num instante! – comentou o rastreador do time.

- Hei! Eu já ouvi falar desses caras! – comentou outro olhando o manto negro rasgado – os anciões da vila sempre ficam nervosos quando ouvem relatórios sobre ninjas vestindo mantos negros com nuvens vermelhas, qual era mesmo o nome dessa organização!?

O líder do time não esperou pra saber sobre isso e caminhou até itachi que respirava com dificuldades enquanto sangrava no chão, o capitão então sacou sua espada e cravou no homem caído mas surpreendeu-se quando ao invés de morrer ele explodiu levando com ele o capitão e atordoando os outros.

- Era um bakuretsu kage bunshin! – gritou um deles – o verdadeiro deve estar por perto, procurem!

Itachi amaldiçôo a inexperiência dos seus inimigos, se fossem mais sábios ao invés de matá-lo tentariam captura-lo vivo para arrancar informações e isso lhe daria a oportunidade de escapar enquanto estavam ocupados com seu clone, seus ferimentos lhe impediam de fugir rapidamente e quando os ninjas começaram a procurar por ele logo o encontraram quando os dois rastreadores sentiram seu chakra numa arvore próxima.

- Ele está ali, é incrível como conseguiu fazer esse clone, se esconder e apagar sua presença mesmo com dois rastreadores por perto! – disse um dos rastreadores.

Um dos ninjas usou um katon para explodir a arvore obrigando a Itachi a saltar para se salvar, rapidamente Itachi começou a correr e em meio a isso ele arremessou varias shurikens contra um dos rastreadores, infelizmente um outro ninja rapidamente bloqueou o ataque rebatendo todas as shurikens com sua espada.

- Ele está tentando matar os rastreadores para nos despistar depois – observou o ninja com a espada.

- Vocês dois fiquem na retaguarda e quero sempre um outro ao lado de cada um deles protegendo! – ordenou o que assumiu a liderança – os outros andem sempre em time de 3 e cuidado com armadilhas!

Os ninjas da rocha passaram a perseguir Itachi no meio do bosque, seus ferimentos eram graves e lhe atrasavam terrivelmente, além disso a utilização das duas técnicas do mangekyou lhe custaram chakra e força, ainda restava um trunfo mas ele não se arriscaria a usa-lo nessas condições, ainda havia uma missão em sua vida que deveria cumprir a qualquer preço e por isso não podia entregar sua vida agora, por isso ele decidiu que escaparia de qualquer jeito e usaria o rio para isso, sabia que tinha um por perto.

- Não era bem isso o que eu esperava – comentou Itachi ao ver o rio.

Havia sim um rio ali mas estava a centenas de metros abaixo num desfiladeiro e desce-lo seria demorado e arriscado, mas nada seria mais perigoso do que ser cercado por dezenas de ninjas furiosos, quando os ninas da rocha o alcançaram Itachi fez uma muralha de fogo para detê-los, mas como se por castigo pelas mortes recentes o azar perseguia Itachi pois um dos ninjas controlou as chamas e após comprimi-las a fez explodir rapidamente, a beirada onde Itachi estava desabou levando-o junto para o rio enquanto seus perseguidores praguejavam o azar de não captura-lo.

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- Já o encontrou? – perguntou um homem escondido nas sombras.

- Ainda não, olhei em todo o caminho do local da missão até o ponto de encontro, olhei uns 10km ao redor e nada – respondeu uma voz dentro da parede – será que ele foi morto?

- Impossível, alguém como o Itachi jamais morreria de forma tão idiota! – disse o outro exaltado – ele está por ai em algum lugar e eu vou achá-lo!

- Por que você se preocupa tanto com o Itachi? Ele não é seu inimigo? – perguntou uma voz feminina que entrou na sala.

Assim que Konan se mostrou Madara silenciou-se, a outra voz na parede também ficou muda, a mulher de cabelo azul então passou a encarar aquele homem que gostava de andar pelos cantos da base principal da akatsuki.

- Porque você faz tanta questão de manter Itachi por perto? Ele é um risco para o objetivo de pein-sama – perguntou ela seriamente.

- NOSSO objetivo, eu e Nagato temos um acordo – insistiu ele – Itachi é uma peça fundamental para que eu recupere meus poderes, não posso me dar ao luxo dele ficar fora da minha vista.

- Será que esse é mesmo seu objetivo? Acho difícil de acreditar que você só quer ser como era antes – comentou ela – não consigo imaginar que o famigerado Uchiha Madara aceitará que a akatsuki controle o mundo no lugar dele.

- Minha cara, eu tenho todo o tempo do mundo para conquistá-lo – respondeu Madara – eu ainda estarei aqui quando você e todos os seus amigos morrerem, ou melhor, quando seu ultimo amigo morrer.

Konan ergueu a mão para desferir um ataque quando uma poderosa presença foi sentida, ambos olharam par a porta e viram o imponente homem observando a cena, não era Nagato em pessoa mas sim o seu avatar feito a partir do corpo de Yahiko.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou ele com uma voz inflexível.

- Nada demais pein-sama – disse Konan se retirando.

Konan deixou o aposento enquanto pein encarava Madara que permanecia sentado no mesmo lugar e Zetsu que parecia se encolher no canto oposto da parede.

- Kakuzo matou seu parceiro, essa é a segunda vez que ele faz isso – avisou pein – existem alguns nomes na lista para substituir o homem morto, quem iremos escolher?

- Pode escolher a vontade, você sempre tem bons palpites – disse Madara – mas eu preciso de um favor seu, contate Itachi e descubra onde ele está, já faz um dia inteiro que não sabemos por onde ele anda.

- Itachi pegou aquela missão de assassinato não é? É uma missão comum de rank S – respondeu pein – se fosse algo para nosso objetivo eu o procuraria mas isso é só uma missão de rotina, se ele não pode voltar sozinho não merece ser um de nós.

Pein deixou o aposento enquanto Zetsu emergia da parede mais próxima ao Madara.

- Acho que eles desconfiam de você – comentou uma das vozes que compõem o monstro.

- Sempre desconfiaram, mas enquanto eu estiver lhes mostrando o caminho que querem ver vão continuar dançando na minha mão – respondeu ele – por enquanto deixe-os pensarem que estão no controle, quando a akatsuki começar a se mover para concretizar o meu sonho...

- Então vamos chamar o Kisame para ajudar na busca – avisou a outra voz mais animada – ele sempre da um jeito de achar quem ele quer, Kisame é um ótimo farejador!

Zetsu desapareceu na parede enquanto Madara fantasiava seu maior sonho se tornando realidade, uma das peças que ele precisava estava a sua disposição para quando quisesse usar, a outra estava desaparecida mas logo seria encontrada, e futuramente se tudo saísse como ele imaginava teria a mais importante de todas as peças, pensando nisso ele simplesmente desapareceu no ar, era hora de dar mais uma espiada no jovem Sasuke que treinava incessantemente para se tornar um gennin na academia de Konoha.

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Itachi abriu seus olhos e parte de sua consciência praguejava por ele ter sobrevivido a aquilo, mas a maior parte dela simplesmente dizia “esqueça e siga em frente” para fazê-lo lembrar de que ainda havia algo para fazer com sua vida miserável, quando tentou se levantar uma dor atroz percorreu todo o seu corpo, mesmo mexer um único dedo já era difícil, quando sua mente despertou completamente ele percorreu o lugar com seus olhos, parecia um quarto simples de uma casinha qualquer, tentou concentrar-se para sentir o que havia ao redor mas a dor não deixava, finalmente ele viu movimento num canto, com muita dificuldade voltou sua cabeça para aquele canto e viu uma mulher por volta dos 30 anos desenrolando bandagens, em seguida ele olhou para o próprio corpo e viu bandagens cobrindo seus ferimentos e imediatamente deduziu que ela estava cuidando dele, como não sentia a presença de nenhum ninja por perto ele apenas passou a observar os movimentos dela, quando a mulher se voltou para ele abriu um sorriso amigável.

- Ora, você acordou, está sentindo muita dor? – perguntou ela – eu já ia trocar seus curativos.

- Quem é você? – perguntou ele sem deixar transparecer fraqueza.

- Meu nome é Emi, dona da “Emi-dangos” – respondeu ela como se tivesse orgulho disso.

- E você sabe quem eu sou?

- Um rapaz que encontrei boiando no rio a 1km daqui – respondeu ela – foi difícil carrega-lo até aqui sabia?

- Desculpe por isso.

- Não estou reclamando, foi só um comentário – disse ela achando engraçada a maneira como ele falou – eu tenho a mania de puxar assunto pra conversar, coisa de quem tem que lidar com clientes todos os dias.

A mulher pegou as bandagens e foi até Itachi, depois usou o lençol que estava por baixo do corpo dele para levantá-lo sem tocá-lo diretamente e assim o ajeitou para que ficasse meio sentado, depois ela pegou uma cadeira e sentou ao lado dele para então começar a trocar os curativos.

- Não precisa fazer isso, já estou indo embora – disse Itachi segurando a mão dela.

- Se você conseguir caminhar 10m já seria um milagre, é vergonhoso para um ninja receber ajuda?

Itachi a encarou assim que ela disse isso, Emi por outro lado não se intimidou com o olhar sério que ele mostrou.

- Eu posso ser uma pessoa simples do interior mas já vi muitos ninjas e reconheço aquela bandana que usava – disse ela trocando os curativos do braço dele – eu te encontrei ontem de manhã e já estamos no meio dia do dia seguinte, será que não mereço um pouquinho de sua confiança?

Embora não tenha dado uma resposta ele suavizou suas expressões e Emi entendeu que era essa a forma dele mostrar aceitação, então com muita dificuldade ela trocou todos os curativos do corpo dele e passou pomadas suavizantes para aplacar a dor.

- Voltarei num instante com algo para você comer – avisou ela se levantando – você tem sorte, eu sou uma ótima cozinheira!

Ela saiu do quarto deixando Itachi sozinho, ele mais uma vez percorreu o quarto procurando qualquer coisa ou informação, viu que a bandana dele estava sobre uma mesinha e num canto aos pés da cama estava seu manto da akatsuki todo destroçado, misturado ao manto estava a sua camisa e sua bolsa de armas ninjas, logo ele entendeu que Emi não o via como ameaça ou simplesmente não entendia o quanto um ninja pode ser traiçoeiro.

- Ficarei até amanhã, depois disso vou embora – disse Itachi para si mesmo – de qualquer forma minha presença aqui é um perigo para ela.

Enquanto pensava nos planos para o dia seguinte Emi voltou trazendo um prato de mingau, depois ela sentou-se ao lado e ofereceu uma colher cheia.

- Eu posso me alimentar sozinho – disse ele surpreso e constrangido.

- Mas se você ficar se mexendo demais os ferimentos vão voltar a doer – explicou ela – não precisa se constranger, eu tenho um filho de 7 anos e ele da mais trabalho que você.

Itachi virou o rosto e como quase nunca na sua vida ele ficou meio rubro, a mulher entendeu que ele não ia aceitar receber comida na boca e por isso deixou o prato sobre seu colo, ainda sorrindo ela deixou uma jarra cheia de água para ele na mesinha ao lado da cama.

- Quantos anos você tem? Me parece uma rapaz muito jovem.

- Tenho 16 anos – respondeu ele.

- Tão jovem e já parece que carrega o mundo nas costas – disse ela de forma simpática – você tem o olhar de quem já fez todo tipo de coisas ruins na vida e que não vê mais valor na própria vida, mas se puder pelo menos descanse disso enquanto estiver aqui.

A mulher saiu deixando ele sozinho de novo, Itachi então olhou para o prato de mingau em seu colo e com dificuldade começou a comer, ao fazer isso ele imediatamente lembrou de uma vez em que ficou doente e sua mãe lhe deu um prato de mingau enquanto ele estava de cama, as lembranças despertaram repulsa de si mesmo e ele pensou em atirar o prato contra a parede mas não o fez para não ser ingrato com aquela que o ajudava, então como forma de gratidão ele iria comer até raspar o prato e recuperar suas forças para ir embora o mais rápido possível e poupa-la de qualquer problema que viesse a aparecer.

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- Sinceramente eu não acredito em uma só palavra do que você disse – disse Kisame segurando um homem pelo pescoço – não tem como 30 retardados derrotarem o homem que acabou com o clã Uchiha inteiro.

- Aquele era Uchiha Itachi!? Não fazíamos idéia de quem fosse! – respondeu ele com dificuldade – quando o emboscamos ele parecia distraído, o primeiro ataque o feriu gravemente e depois disso ele só tentou fugir de nós, quando o encurralamos na beira do precipício ele...

- Você disse precipício? Aquele acima do rio?

- Sim, ele caiu no rio quando tudo explodiu e por isso estávamos procurando o corpo dele rio abaixo.

Kisame então quebrou o pescoço dele e largou seu corpo no chão, quando se virou lá estava Zetsu absorvendo um cadáver pela grande mandíbula vegetal sobre a cabeça.

- Será que você poderia não fazer isso na minha frente? – pediu Kisame – eu não os matei para você fazer uma boquinha.

- Ou Itachi estava brincando ou esses idiotas tiveram a maior sorte do mundo – comentou o Zetsu preto – alguma idéia de onde ele esteja?

- Se ele caiu no rio foi levado pela correnteza, mas procuramos por toda a área desse lado da margem – disse o Zetsu branco.

- Ainda resta todo o outro lado, agora que sabemos o que realmente aconteceu vai ser mais fácil.

Zetsu desapareceu na terra enquanto Kisame colocava a samehada nas costas e seguia para o rio, andaria até encontrar os rastros que indicassem que ele saiu em algum lugar, se não encontrasse então significaria que ele morreu e foi levado pelo rio, em todo caso isso significaria um trabalho absurdo pra recuperar seu anel.

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Era a segunda vez que o menino entrava no quarto, Itachi se perguntou o que seria dessa vez quando ele trouxe um caderno e um lápis, a noite já tinha chegado e depois que o garoto voltara da escola passou praticamente uma hora perguntando coisas sobre ele e o mundo ninja, Itachi se perguntava se era a semelhança com Sasuke que fazia com que ele aturasse tudo isso quando poderia usar o sharingan e faze-lo dormir um pouco, ai ele lembrou que esse era o quarto do menino e internamente ele achou graça do seu próprio pensamento sobre usar o sharingan pra algo tão banal, provavelmente esse descanso forçado estava aliviando a tensão que ele sempre teve.

- Itachi-san, pode me ajudar com o dever de casa? – perguntou ele timidamente – é sobre historia e eu não sou bom nisso.

O menino mostrou o caderno com 20 questões, nada que Itachi não soubesse.

- Você não espera mesmo que eu lhe dê as respostas não é? – perguntou ele.

- Basta me dar umas dicas, eu lembro rápido!

Com um suspiro ele cedeu ao apelo do menino de 7 anos, a cada questão Itachi dava uma dica e rapidamente o menino acertava a resposta, ele tinha que admitir que o nome Fumio (filho acadêmico) combinava com ele.

- Espero que meu filho não esteja lhe aborrecendo de novo Itachi-san – perguntou Emi entrando no quarto – aqui está seu jantar, como está se sentindo?

- Estou bem melhor, amanhã pararei de importuná-los – respondeu ele – um ninja se recupera mais rápido do que as pessoas comuns e com uma boa noite de sono já poderei andar.

- Mas já? Você não pode ficar mais um pouco? – perguntou o menino chateado.

- Itachi-san é um ninja e como tal ele tem responsabilidades com a vila dele – explicou a senhora – assim como o seu pai tinha uma responsabilidade como guarda da capital.

Pensar que Itachi tinha responsabilidades com Konoha era irônico por que não deixava de ser verdade, ele tinha uma responsabilidade que quase ninguém nesse mundo poderia entender e por isso aquela bandana que usava na testa pesava tanto, o menino chateado deixou o quarto e Emi ficou olhando o filho sair.

- O pai dele era guarda na capital, morreu a dois anos defendendo o nosso lorde da terra contra ninjas da areia – explicou ela – a dois dias o castelo de um dos nossos nobres foi atacado e todos foram mortos, esse país está passando por tempos difíceis.

Emi saiu deixando Itachi só com seus pensamentos, ele imaginava que repercussão teria a missão anterior na vida de pessoas simples como eles, aquele menino que vivia inocentemente lembrava Sasuke antes de ter sua vida destruída pelo irmão, as lembranças voltaram a torturá-lo e ele resolveu dormir logo para acordar o mais rápido possível no dia seguinte pela manhã.

Mas nem bem fechou os olhos e ouviu uma voz exaltada vindo do interior da casa, aparentemente algum homem gritava com a senhora e isso o fez ficar alerta, com muita dificuldade ele levantou-se e pegou a kunai sobre a mesinha, mancando e com dor ele foi até a porta do quarto e passou o ouvir o que acontecia, quando a voz se tornou mais agressiva ele instintivamente foi até onde a discussão acontecia e viu um sujeito de terno e feições duras colocando Emi contra a parede, não era um ninja mas obviamente era um mal elemento.

- E quem é esse cara!? – perguntou ele nervoso.

- É só um cliente que bebeu demais e entrou numa briga ontem – respondeu ela – sobre o que dizíamos eu....

- Eu não quero saber, você não pagou o aluguel esse mês e por isso você e seu filho idiota vão pra rua!

- Um mês atrasado não é motivo de despejo – disse Itachi.

- Não se meta nisso garoto, essa puta aqui sempre paga atrasado e eu já estou por aqui com ela.

- Vá embora, ela já pagou o aluguel desse e dos próximos 6 meses – disse Itachi com uma voz autoritária.

Itachi ativou seu sharingan e o homem ficou impressionado com os olhos vermelhos que surgiram, logo a surpresa deu lugar a passividade e ele saiu balbuciando “já pagou” até sair completamente da residência.

- 6 meses é? Muito gentil de sua parte – comentou ela rindo – isso é algum truque ninja?

Ele sorriu com o canto da boca e voltou para o quarto, era a primeira vez que ele usava o sharingan pelo bem de alguém sem precisar tirar a vida de alguém, essa sensação lhe deu o alivio de que ele precisava para dormir em paz e pouco depois de deitar na cama Fumio também foi para o quarto e pegou o colchonete embaixo da cama para dormir.

- Desculpe por usar sua cama.

- Tudo bem, é melhor que dormir sozinho – disse o menino animado.

O menino ainda ficou falando sobre o seu dia na escola por mais uma hora, Itachi é claro ignorava o que ele dizia e dormiu rápido, aquela sensação era exatamente a mesma que ele sentia com Sasuke a muito tempo, sua noite de sono pela primeira vez nos últimos 3 anos foi tranqüila e sem pesadelos.

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O rastro era estranho e fraco mas felizmente a capacidade da samehada de farejar chakra ajudava bastante, ele sabia que Itachi não estaria longe e era só uma questão de imaginar a situação, se ele estivesse ferido provavelmente procuraria um abrigo para se recuperar longe da vista de todos, o cheiro do chakra dele guiava a samehada para um lugar que era no mínimo inapropriado para um fugitivo, era a beira da estrada e a única coisa visível era uma lojinha de doces, Kisame imaginou que no mínimo ele tenha passado por ali a pouco tempo e merecia ser investigado, aproveitou que não havia ninguém a essa hora da manhã exceto por quem parecia ser a dona recolocando as placas na entrada, assim que ela o viu tomou um susto inicial mas logo se recompôs.

- Sei que parece uma pergunta meio idiota mas você viu alguém vestido como eu por aqui? – perguntou ele.

- Ahh você é amigo do Itachi-san? Pode entrar por favor – disse ela mostrando o caminho.

Kisame não sabia dizer o que era mais estranho, se o fato dela conhecer o Itachi ou se a forma amigável com que ela o tratou pois ele estava acostumado as pessoas olharem pra ele com medo ou nojo, sem pensar muito ele entrou no estabelecimento e depois para a casa que ficava nos fundos e surpreendeu-se em ver Itachi tomando café da manhã tranquilamente com um menino ao seu lado.

- Uau!! Um homem tubarão!! – comentou o menino maravilhado.

- Pode sentar-se senhor, vou trazer uns biscoitos para você – disse Emi entrando na cozinha – Fumio-kun, vá arrumar sua mochila para ir pra escola!

O menino que já tinha terminado de comer correu para o quarto pra arrumar sua mochila, quando ficaram sós Kisame sentou-se na mesa e encarou Itachi com expressões duvidosas.

- Que droga é essa Itachi-san? – perguntou Kisame.

- Café da manhã, ainda não estou 100% e por isso preciso de toda força que conseguir pra fazer a viagem de volta pro esconderijo – respondeu ele terminando de comer – fui salvo por ela quando me encontrou na beira do rio, só fiquei tanto tempo por que estava incapacitado demais.

- E aproveitou-se da hospitalidade familiar né? Será que você sente falta desse ambiente aconchegante?

Itachi o encarou e Kisame cessou o interrogatório com um sorriso de quem avalia uma possível presa.

- Bem, você sabe que vamos ter que mata-los não é? – comentou o outro.

- Não há necessidade, ninguém virá aqui e eles já mostraram que não falam desnecessariamente – respondeu o outro prontamente.

- Que bonito, você se apegou a eles! – zombou o outro – não que eu me importe realmente com isso, se o chefe não fez questão de procurá-lo também não vou fazer questão de seguir o protocolo.

Emi voltou da cozinha trazendo uma bandeja cheia de algo que cheirava bem, assim que ela colocou o prato sobre a mesa Kisame viu seu lanche favorito, bolinhos de camarão.

- Desculpe a demora, os doces ainda não estão prontos então re-esquentei os bolinhos que sobraram de ontem, espero que não se importe – disse ela cordialmente.

- Acho que vou acabar aceitando – disse ele salivando.

Enquanto ele comia o menino de antes voltou com uma mochila nas costas, ele olhou para Itachi e ficou um pouco deprimido.

- Você ainda vai estar aqui quando eu voltar? – perguntou ele.

- Não, irei embora agora – respondeu o Uchiha – e sugiro que estude mais, não voltarei aqui pra lhe ajudar com a lição de casa.

- Ta...

Itachi fez um gesto como se o chamasse pra perto, assim que o menino se aproximou ele cutucou a testa dele e depois mostrou uma kunai na mão.

- Pode ficar com ela mas não a mostre pra ninguém – disse Itachi deixando a kunai sobre a mesa – e também não conte aos seus amigos que um ninja esteve na sua casa, principalmente sobre esse aqui.

Itachi apontou para Kisame que sorriu mostrando os dentes serrilhados, o garoto aceitou na hora e saiu correndo.

- Aqui estão suas coisas Itachi-san, coloquei o que sobrou da sua capa, sua bandana e sua bolsa – disse Emi entregando um embrulho, também tem um lanche para você e seu amigo, faça uma boa viagem.

- Obrigado por tudo e desculpe pelo incomodo – disse Itachi se curvando.

Ele pegou o embrulho e se levantou, Kisame também fez a mesma coisa após comer o ultimo bolinho e por a samehada nas costas novamente, quando eles já estavam saindo Emi chamou por Itachi que se virou para vê-la.

- Não falarei a ninguém sobre você, mas se um dia passar por aqui novamente não faça cerimônia e pode nos visitar – disse ela amistosamente – você sempre será bem vindo.

- Creio que isso não acontecerá novamente – respondeu ele saindo.

Quando os dois se foram Emi foi até a porta, olhou para os dois lados e não os viu mais. Então sorrindo e assobiando ela voltou aos seus deveres com a loja.

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- Estão tão bons de como eu me lembrava – comentou Kisame comendo bolinhos de camarão.

- Embora você nem lembrasse desse lugar até entrarmos – disse o outro.

- heheheh só costumo lembrar de coisas que me excitam, como uma boa luta por exemplo – respondeu ele.

- Olha só Itachi-san, eu aprendi a usar ela! – disse Fumio pegando a kunai.

O menino segurou a kunai como um verdadeiro ninja e Itachi notou que se ele fosse bem treinado seria excelente nisso, então de forma quase profissional ele arremessou a kunai e acertou um copo de porcelana sobre uma estante na parte mais alta.

- Claro que você sabe que eu vou descontar isso da sua mesada não é? – disse Emi.

- Ahh não! Eu prometo que não faço mais isso mãe! – implorou ele.

- Nos últimos 3 anos ele treinou com isso todos os dias, na primeira vez ele acertou o rabo do gato – comentou ela lembrando do ocorrido.

- Foi um acidente – disse o menino emburrado – mas agora eu não erro mais.

- “Igual ao Sasuke, eles se dariam bem se fossem amigos” – pensou Itachi.

Pensar na palavra “amigos” o fez lembrar da ultima coisa que disse para seu irmão, que se ele quisesse obter o poder para derrotá-lo precisaria matar seu melhor amigo, essa maldição o fez imaginar se Sasuke conseguia ter amigos na academia e se caso tivesse ele iria realmente mata-lo, esperava que não embora ele soubesse que se Madara realmente estivesse interessado nele Sasuke iria precisar de todo poder disponível para se proteger.

A chuva passou e com isso eles podiam prosseguir com sua viagem, após pagar por todo o serviço eles se levantaram e seguiram seu caminho, Emi e Fumio despediram-se deles e mais uma vez a senhora ofereceu a eles um embrulho com lanches pra viagem, mesmo a contragosto Itachi aceitou.

- Os ninjas estão se movendo para o exame chuunin em Konoha – comentou Kisame – será que os boatos de que o Orochimaru vai atacar a vila são verdadeiros?

- Ele sempre teve essa obsessão, eu não duvidaria disso – comentou Itachi – acho que é uma boa hora para irmos atrás do jinchuriki da kyuubi.

- Tem certeza? O chefe não deu ordens para isso, o plano só deveria ser posto em pratica daqui a um ano.

- Ele não tem do que reclamar se dermos a kyuubi logo para ele.

Claro que essa não era a verdadeira razão, preocupado com os rumores de um ataque a Konoha Itachi queria checar a situação pessoalmente, também aproveitaria pra mostrar aos seus inimigos internos que ele ainda estava vivo e ao mesmo tempo checaria a situação dele, ouvir historias de que o jovem Sasuke havia ajudado a derrotar um dos ex-companheiros do Kisame só o fizeram ficar preocupado com o tipo de atenção que ele poderia despertar, enquanto estava indo ele olhou para trás uma ultima vez para ver a loja que ficava pra trás aos poucos, apesar de ter dito que nunca voltaria ele não resistiu ao sentimento que o fez mudar seu caminho para lá.

- Pra alguém que matou todo o clã e sua família a sangue frio você parecia mais humano ali – comentou Kisame sarcástico.

- Não existe um só homem que possa abandonar toda a sua humanidade – respondeu Itachi – sempre vai sobrar alguma coisa que nos tornará fracos, mas sem esse resquício de humanidade o que nos faria querer continua um dia após o outro?

Fim.


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Notas finais do capítulo

como primeiro capitulo o que voces acharam? não tenho ideia de quando e o que postarei em seguida, mas eu sempre estou disposto a sugestões, quem quiser ver uma historia aqui basta sugerir atraves de uma mensagem, dar a ideia e eu vou avaliar se é possivel, em seguida aviso o autor da ideia e podemos trabalhar juntos nela, só não prometo datas para postar.