Beyond The Moon escrita por Nicoly


Capítulo 8
Novamente em casa.


Notas iniciais do capítulo

Postei como o combinado, viram? Hihi *--*
Esse capítulo é simples.
Percebi que vocês estão meio confusas, né? Então pessoal, tudo será explicado nos outros capítulos, não se preocupem.
Quero agradecer minhas leitoras perfeitas, sem vocês a fic não estaria em pé ainda. Valeu mesmo.
Boa leitura, se vemos lá embaixo...



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Estava em meus perfeitos sonhos, queria ficar neles pela minha eternidade do que voltar a vida real, acordar naquele internato sem ter ninguém para confiar.

 PI PI PI...

- MERDA! – Levantei jogando o despertador involuntariamente contra a parede espatifando-se. Não era meu mesmo.

 Levantei me espreguiçando. Olhei para a cama de Patrícia e ela não estava ali. Um milagre tinha acontecido, pois Duerre tinha acordado cedo pela primeira vez. Como dito, eu estava sozinha no dormitório, assim não precisava tirar satisfações com um vampiro. Bom, era isso que eu pensava até Raquel bater na porta:

- Rebecca?

- Já vou. – Falei com insegurança.

Abri a porta calmamente:

- Bom dia flor do dia, vamos para o salão?

-Salão? – Perguntei perdida.

- Ei, acorda para a vida. – foi me puxando para fora do quarto – Não se lembra que não irá ter aula até a festa de outono? Até lá temos que arrumar o salão.

- Ah sim. Eu tinha me esquecido completamente, mais primeiro preciso me arrumar. – Eu tinha acabado de levantar, e nem tinha lavado o rosto ainda. – Entre.

Raquel foi entrando em meu quarto. Eu tinha acabado de convidar uma vampira para entrar em meu dormitório. Bom, eu estava com um parafuso solto, só podia. Mas como eu só sabia da metade, eu precisava perguntar para ela.

Fechei a porta e fui até a direção de Raquel que estava sentada em minha cama. Sentei do seu lado e logo perguntei:

- Preciso lhe perguntar uma coisa...

- Diga.  – Raquel falou normalmente.

- Raquel, - minha voz foi travando – você acredita em v-vampiros?

- Lucas lhe contou? – Ficou assustada, ou seja, ela já sabia, ela era um deles.

- Já desconfiava. – Bufei levantando da cama e indo até a porta.

Watson interrompeu minha passagem, vindo em forma de vulto como Lucas tinha feito na tarde anterior. Ela segurou meus braços trancando minha circulação. Como um ser assim poderia ser tão forte? Revirei os olhos tentando me fazer de difícil, apesar de eu estar morrendo de medo daquele ‘bicho’.

- Agora vai pedir para eu confiar em você? – Enfrentei.

- Bianca isso não é brincadeira.

- Você me chamou de Bianca? – Juntei a sobrancelha confusa.

- Bianca? Claro que não, por que eu te chamaria assim?

- Ontem Lucas também me chamou assim. Quem é essa Bianca?

- É uma longa história. Eu explicarei se você se acalmar e entender que eu, assim como Lucas, Balthazar e Vick somos diferentes. Agente não quer fazer nenhum mal a você. Entenda, por favor.

  - Calma? Você quer que eu me acalme? Estou aqui trancada de cara com uma vampira, estou em uma escola com VAMPIROS, você quer que eu ainda me acalme? – Minha paciência tinha acabado de se explodir.

  - Nós nunca iríamos te machucar.

  - Como posso ter certeza disso? – Ela ainda segurava meus braços.

  - Você está protegida conosco.

  - PROTEGIDA? Erich me quer MORTA! – Consegui me largar de seus braços. Sai correndo para arrumar minhas malas e fugir daquele inferno.

  - Rebecca, entenda. Ninguém desta escola bebe sangue humano, apenas Erich. Nós estamos de olho nele para que não chegue perto de você. Lucas estava brigando com ele por você.

  - Eu sou a única humana aqui?

  - Vão entrar mais humanos.  Eu só lhe peço que não conte a ninguém.

  - Por quê? Todos desta escola já sabem.

   - Mais mesmo assim não conte para nenhuma amiga sua de fora, ou parente, ENTENDEU?

    - Você acha que eu sou alguma idiota vivendo em meio de vampiros? Como pode me pedir que eu não conte a ninguém?

   - Eu posso te explicar Rebecca. Eu estou aqui para ser sua amiga.

   - Então saia daqui.

   - Eu saio, mais não conte a ninguém!

   - SAIA.

  - Confie em mim. – Insistiu.

  - Vá em-bo-ra a-go-ra. – Falei soletrando as palavras.

 Raquel saiu de meu dormitório. Tranquei a porta e sentei-me em minha cama me encostando à cabeceira, abracei meus joelhos procurando alguma saída para aquilo tudo. O que eu deveria fazer? Eu suava frio, não conseguia pensar em nada. Talvez eu pudesse confiar em Raquel. Se ela não me machucou ainda, qual seria a razão para ela me machucar agora?         

 Olhei para janela, a chuva que acabara de tomar conta do tempo molhava as gárgulas que me encaravam seriamente.

  Abracei ainda mais meu joelho, fechei os olhos e abaixei minha cabeça rezando para que quando eu abrisse os meus olhos estivesse em casa, na minha cama, em meu quarto. Eu queria muito isso. Já que existiam vampiros, por que não existiam magias?

  Mas tudo isso era impossível. Eu estava naquela escola monstruosa, cheio de seres sobrenaturais, arriscando minha vida. E meus pais? Passaram a adolescência aqui e não sabem do segredo?

 Decidi que não iria mais à festa de outono, eu iria passar algumas semanas na minha verdadeira casa. Se a diretora deixasse, é claro. Sai do meu quarto e fui em direção á sala de Bethany. Fui por um corredor totalmente vazio, eu precisava ficar sozinha.

 Cheguei a sua sala cheia de teias de aranha:

  - O que você quer? - Não entendo por que os professores pedem para sermos educados se eles não são.

  - Como não temos aulas até a festa de outono, eu iria pedir para a senhora me autorizar de ir visitar meus pais.

 - E a festa? Você não irá participar?

 - Não, não.

 - Ok. Já arrume suas malas, vou avisar seus pais. – Graças a Deus ela me deixou ir.

 - Ta. 

 Sai super feliz da sala dela, eu ia sair daquele colégio infernal.

 Cheguei a meu quarto e já fui direto arrumar minhas malas, ainda era de manhã.

(...)

Depois de todas minhas coisas já estarem prontas e eu também, sentei no parapeito da janela de vista para o pátio principal. A chuva agora estava fininha, era um ótimo tempo para deitar e tirar uma soneca.

 Comecei a escrever em meu diário, um lugar onde eu guardava todas as lembranças, todos os sentimentos. Ele era o único que me entendia e que ouvia todos meus desabafos.

Querido diário...

Sinto estar nesse mundo sozinha, perdida, confusa. As coisas na minha vida não estão nada fáceis. Em nenhum momento eu poderia imaginar ter amigos vampiros, ou enfrentar eles... Eu quero sumir disso tudo. Quero uma vida normal. Será que isso é pedir muito?

Olhei para fora, a chuva já tinha parado, e lá embaixo estavam meus pais a minha espera.

Tchau meu querido único amigo. Estou indo para casa graças aos Deuses.

Sai correndo pegando minha mala e minha bolsa. Nem tranquei a porta do dormitório.

 Já estava descendo as escadas quando ouço alguém me chamar, olhei para trás e vi Raquel:

- Onde você está indo?

- Interessa a você? – Continue andando.

- Rebecca eu posso te explicar tudo. – Já estava longe, mais ainda podia ouvir o que Watson falava.

- Já cansei de sermões.

Raquel não falou mais nada.

Não havia mais degraus para descer. Sai correndo pelo corredor vendo todos me olharem. Minha mala já deveria estar sem rodinhas.

Cheguei ao pátio jogando minhas coisas longe, abracei meus pais o mais forte que pude.

- Que saudade.

- Nó-s ta-tam... – Percebi o quanto eu estava esmagando-os e parei de abraçá-los. – também estávamos. 

Entramos dentro do carro, meu pai acelerou indo em direção a Arrowwood.

- O que achou do colégio? – Adrian perguntou.

- Legal. – Ta na cara que era mentira.

- Por que você quis vir para casa? – Minha mãe me ama.

- Err.. Estava com saudade de vocês e... Não gosto de festas.

Eu não iria contar para eles sobre vampiros. Poderiam me chamar de louca, do jeito que meus pais são? Não duvido de nada. Eu iria fazer o que Raquel pedira, tudo bem que eu não confiava nela, mas existia possibilidades de ela estar certa. 

- Não acredito. – Célia falou surpreendida.

- Que foi mãe? – Perguntei assustada com sua reação.

- Você não quis ir para o baile de outono, a melhor festa?

- Me poupe mãe. Vai disser que vocês não estão felizes por e estar de volta? Estão no fundo do meu coração. – Pisquei os olhos várias vezes fazendo cara de sínica.

- Agente estava morrendo de saudade do nosso bebezinho, né Adrian?

- Claro, nossa pequena.

- Se matam. – Revirei o olho.

Eles acham que eu sou um bebê que precisa de ajuda para trocar a fraldinha. Pais... Pais... 

Depois de uma longa viajem entrei em casa, e fui direto para meu quarto, joguei-me na cama. Estava muito feliz de finalmente ter chegado ao meu paraíso.

Só faltavam apenas cinco dias para o baile de outono, então eu teria que aproveitar o máximo possível.

Peguei o telefone que ficava ao lado de minha cama no criado-mudo e liguei para minha amiga, estava morrendo de saudade.

Tum Tum Tum – O telefone chamava.

- Alô?

- Quem fala?

- É Tânia. Deseja falar com quem?

- Olá sra. Tânia. É Rebecca

- Ah, quanto tempo. Espere que irei lá chamar Anna.

- Ok.

Esperei alguns milímetros de segundos:

- REBECCA! Eu não acredito.

- Que saudade Anna.

- E aí, como é a escola lá.

- É horrível!

- Que sorte. Vamos fazer uma festa do pijama hoje, que vir?

- Eu sei que eu sou sortuda. Claro, vou falar com a mãe, provavelmente ela deixa.

- Ok. É aqui em casa. Então eu te vejo às 20 horas?

- Pode deixar.

- Beijos.

- Beijos.

Desliguei o telefone e fui até meus pais para perguntar se poderia ir dormir na casa de Anna. Desci as escadas e fui até a cozinha:

- Mãe, me deixa dormir na casa da Anna? – Fiz aquela cara de cachorrinho.

- Pergunta para seu pai. – Era um saco, eles sempre jogavam um para o outro.

Fui até a garagem:

- Pai, quer que eu limpe seu carro? – Que mentira, eu nem ia limpar.

- O que você quer? – Que mau, ele já sabia meus joguinhos.

- Me deixa dormir na casa da Anna?

- Pergunte para sua mãe.

- Eu já perguntei para ela. A Srta. Célia disse que era para perguntar pro senhor.

- Ta, vai arrumar suas coisas que eu já te levo.

- TE AMO. – O abracei. – Mais agente nem almoçou ainda, e é às 20 horas.

- Ata.

Fui para a cozinha, o almoço já estava pronto.

- Mãe, o pai deixou. – Falei saltitando de alegria.

Ela me deixou completamente no vácuo.

Sentei-me na mesa e comi meu prato favorito: lasanha. Minha mãe cozinhava muito bem.

(...)

Já era 15horas e 30minutos, então fui tomar meu banho, já me preparando para a festa.

Passaram se uma hora e eu sai da ducha.

Enrolei-me na toalha, enrolei meu cabelo em outra toalha, botei meu chinelo e fui para meu quarto. Fui abrindo normalmente ainda não acreditando que estava em casa.

- O-o que, v-você está fazendo aqui? – Paralisei quando vi Lucas sentando em minha cama.

Ele se levantou rapidamente e foi até minha direção:

- Eu sei que você não pretendia que eu viesse aqui, mas, por favor, deixe eu te explicar tudo. – Fechou a porta me deixando sem saída. – Primeiro bote seu roupão. – Me olhou dos pés a cabeça.

Fiz o que ele pediu, botei meu roupão por cima da toalha molhada:

- Eu preciso de explicações, mais eu lhe peço que me deixe pensar mais, me deixe sozinha só por agora.

- Becky, eu nunca iria fazer nenhum mal a você.

- Eu cansei de vampiros me perseguindo, agora me deixe em paz. – Fui abrindo a porta para que ele saísse. – Espera, como você entrou? Meus pais nunca deixariam você entrar.

- Vampiros ‘’voam’’. – Ele riu apontando para janela.

- Então vaze agora pelo mesmo lugar que você entrou. – Sorri sinicamente.

Lucas assentiu sem vontade e saiu de um modo vampiresco. Como os vampiros são metidos. Agora vão ficar me perseguindo. Nem na minha casa eu posso ter paz e viver uma vida real? Suspirei por Ross ter saído dali.

Não queria perder muito tempo pensando naquela escola e naqueles seres inexistentes existentes. Fui logo me arrumar. Botei uma roupa bem jogada e deixei meu cabelo molhado.

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Arrumei minhas coisas e chamei meu pai para me levar, pois já estava na hora. Meu objetivo era me divertir e esquecer as grandes merdas que estavam acontecendo comigo, esquecer as perguntas que estavam em minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Gente, se vocês não estiverem satisfeitos com alguma coisa me avisem, por favor, ok? Sem problema nenhum.
Beijão e até logo.