Beyond The Moon escrita por Nicoly


Capítulo 9
Festa do Pijama.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, quanto tempo...
Bom, eu sei que demorei para postar essa capítulo, não postei no dia determinado por vários motivos. Queria que vocês me perdoassem mais uma vez =/
Acho que já escrevi no último capítulo os bilhares de problemas que estou passando. Eu iria postar no fim de semana passado e nesse, só que nem deu, pois eu sai o dia inteiro. Também estou meio bloqueada, sem criatividade. Esperava mais desse capítulo, só que isso que vocês irão ler, foi a única coisa que restou! Como eu não tenho mais capítulos prontos, fica meio difícil para postar.
Outro recado... Cada um tem um entendimento diferente, se alguém não entende a minha história, perdoe-me, esse é o meu jeito de escrever. E se alguém não gosta do estilo da fic, não leia, pois eu postei para as pessoas que tenham interesse em ler e que gostem, afinal, só leia se você quiser, eu não irei obrigar. Outra coisa, cada um tem o seu estilo de criar um vampiro, ou seja, The Vampire Diaries tem vampiros diferentes da Saga Crepúsculo, assim como a Saga Crepúsculo tem vampiros diferentes de Noite Eterna... Cada história tem um conceito. Ninguém é perfeito. Então pessoal, esse é o meu estilo, essa história possui vampiros, o jeito que eu os escrevo é um jeito diferente de todos, é a minha invenção...
Algumas leitoras nem precisavam ler isso. Só escrevi, pois eu acho que alguns não entendem e saem por aí falando mal!
Perdoem-me novamente, e quero agradecer todas que deixam aqueles maravilhosos reviews, se não fossem vocês, nem sei o que seria dessa fic.
Boa leitura!



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Cheguei à casa de Anna e já estavam todas me esperando. Sai correndo do carro sem nem dar tchau á meu pai. Elas continuavam com a mesma aparência - fazia poucos dias que eu tinha me mudado para outro colégio, mas para mim já parecia um século -. Joguei minha bolsa no chão e fui abraçar fortemente todas minhas amigas ao mesmo tempo, como um abraço em grupo.

- Que saudade das minhas pentelhas.

- Nós também estávamos morrendo de saudades – todas falaram.

 - Agora pode nos soltar? – Murmurou Annabeth sufocada.

 - Desculpa. Peguei mania de dar abraço de urso – rimos.

Estávamos na varanda, então, Anna nos convidou para entrar.

(...)

Chegando a seu gigantesco quarto, Victoria sugeriu que vestíssemos os pijamas, pois ficaríamos mais confortáveis. Cada uma abriu sua bolsa pegando o pijama e vestindo.

Eu usava um conjunto bem curto, parecia uma calcinha a parte de baixo. Botei um chinelo de quarto abertinho, amarrei meu cabelo fazendo uma chiquinha bem mal feita, totalmente ridícula.

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Anna estava com uma regata rosa pink, uma pantufa fofíssima de urso rosa clarinho e um shorts de coração menos curto que o meu. Pegou um pouco de cabelo da frente e botou para trás prendendo e deixando dois fiapos soltos.

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Annabeth estava com o short preto, uma regata nadadora listrada preta e branca, e com uma máscara de sono panda. Deixou seu cabelo solto. Além disso, usava uma pantufa simples preta.

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Victoria usava um conjunto azul, o short era colorido. Sua bota rosinha era muito fofa, super confortável. Fez uma trança em seu cabelo.

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Hermione botou uma regata rocha, um short de coração verde e uma pantufa simples branca.  Em seu cabelo fez uma trança embutida.

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Rosa estava com uma regata branca, um short do Snoop - na verdade aquilo estava mais para uma calcinha -, e também botou uma pantufa branca igual à de Hermione.

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Spencer vestiu um pijama que sem dúvidas teria que ter biscoitos. Botou uma meia até seus tornozelos.

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Lucy usava um conjuntivo muito fofo: a blusa era branca, e a parte de baixo era vermelha com corações brancos. Sua pantufa era da cor preta e tinha em cima um laçinho branco.

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Todas já estavam com seus devidos pijamas.

- Que indecência é essa, senhoritas? – Spencer questionou apontando para a parte de baixo do meu pijama e o de Rosa.

- Não é uma calcinha, ta? É apenas um short curto – Rosa respondeu com suas respostas magníficas.  

- Então, vamos fazer o que? – Perguntei ignorando Spencer.

- Botar conversa em dia? – Sugeriu Victoria.

Eu iria matar ela, pois aquela safada estava louca que eu contasse tudo sobre a nova escola, e eu não estava nem um pouco com vontade de falar daquele fim de mundo.

  Como todas tinham concordado, eu não iria ser a única do contra, né? Fizemos uma ‘roda’ em cima dos colchões que estavam jogados pelo quarto de Annabeth.

  - E então Becky... - perguntou Anna curiosa - o que nos conta sobre a nova escola?  Muitos gatinhos?

  Eu já sabia o diálogo inteiro daquela noite. Minhas amigas sempre foram as mesmas: curiosas e interesseiras – no melhor sentido.

  - O visual da escola não é nem um pouco agradável, mas, dá para superar com os gatinhos que estudam lá – sorri sem humor.

  - Já ta de olho em alguém? – Perguntou outra amiga curiosa.  Sem dúvidas era Annabeth, essa menina só queria saber de guris.

  - Gente - falei um pouco envergonhada –, eu só tive por enquanto poucos dias de aula. Sem condições, né?

  - Mais diz o nome de algum bonitinho – Annabeth insistia.

  Revirei os olhos enquanto decidia em quem nome falar.

  - Balthazar.

  - Pelo nome parece ser um guri interessante – Lucy olhou para o teto, parecia imaginar a aparência de Balth.

  - E a nossa antiga escola? – fui logo mudando de assunto.

  - Como sempre – respondeu Lily frustrada.

  - Houve várias mortes aqui em Arrowwoond – Spencer comentou tristemente.

  - Algum conhecido?

   - Bom, acho que até agora nenhum conhecido. Meus pais querem sair daqui – Spencer continuou.

  - Sério? Para onde vocês vão?

  - Eles não sabem ainda, mas eu estou fazendo de tudo para que eles continuem aqui ou que me mandem para a sua escola Becky. É horrível ser novata em algum lugar, pior ainda quando você não conhece ninguém –, ou quando você descobre que esta rodeada de vampiros. Acrescentei em minha mente.

  Sim, eu queria minha amiga comigo, mas será que ela iria se sentir bem lá? Será que ela iria reagir ‘infantilmente’ como eu quando descobri que vampiros existiam? Spencer queria se salvar indo para aquele colégio, mas ao contrário do que ela pensava, estaria correndo mais perigo.

  - Se você fosse iria ser legal, mas realmente você não iria gostar do lugar – fui tentando convencê-la de que lá não era um bom lugar.

  - Com o tempo agente se acostuma – ela parecia estar feliz em ter chances de ir para Beyond The Moon. Eu não queria que minha amiga se machucasse, pois Erich também poderia tentar matá-la.

  - Err... Como essas pessoas estão morrendo? – pensei no óbvio deixando de lado o comentário de Spencer.       

  - Ninguém sabe. Muitos estão pelas florestas sem sangue. Acreditam que sejam animais – explicou Lucy calmamente.

  - Estais brincando – sussurrei baixando somente para que eu escutasse.

   Aquele idiota e covarde do Erich estava acabando com Arrowwoond, com a minha cidade. Eu não tenho certeza que seja ele, mas ta na cara, pois Erich Butler é um vadio que não se importa com a vida dos outros, um guri que morre de inveja de ver as pessoas felizes, as pessoas sorrindo com um bom coração vivo, com o sangue correndo pelas veias, ao contrário dele, que é um ser morto, um monstro que quer acabar com todos. E se um dia ele acabasse com meus pais? Minha vida iria se acabar, tudo iria ficar preto ao meu redor. O mundo não iria ser mais o mesmo.

 Eu estava agindo com muita infantilidade, eu estava sendo uma idiota, uma babaca, uma menina muito infantil que não sabe se defender sozinha. Bom, acho que está na hora de tomar decisões Rebecca, crescer e enfrentar seus problemas. Não fuja, vá em frente. Torne os maiores obstáculos em os menores. Eu tenho fé, e sei que chegarei ao final.

Minha mente tomava decisões. Eu estava agindo mesmo como uma otária, uma menininha de cinco anos. Afinal, eu tenho cinco ou dezesseis? Irei fazer dezessete daqui a um mês, já estava mais que na hora de crescer. Até que Lucas, Balthazar, Raquel e Vick estavam sendo legais comigo. Era como se uma parte de mim insistisse que eu continuasse dando patadas neles como eu estava fazendo, e a outra parte insistisse em que eu corresse atrás, que eu enfrentasse os desafios, os medos. Mas naquele momento o que mais importava era Erich matando pessoas inocentes, eu precisava fazer alguma coisa.

Os meninos falaram que estavam tomando conta de Erich, pelo que percebi só na Beyond The Moon, pois o ‘’estripador’’ está acabando com a minha cidade.

 - O que aconteceu? – Uma das meninas perguntou interrompendo minha linha de pensamento.

 - Nada não – tentei fingir enquanto elas se entreolhavam. – Por que vocês não vão dançar? Vou ligar para meus pais.

- Pra que?

- Não posso perguntar se eles estão bem? – Fui indo em direção ao banheiro só escutando elas cochichando sobre meu estranho comportamento.

(..)

Disquei o número de minha mãe. Dei graças a Deus por ela ter atendido, logo perguntei se tudo estava bem, e me disse que tudo estava em perfeitas condições, também achando estranho de eu ter ligado. Mandei-a fechar todos os buracos possíveis de minha casa, a proteção deles era o que mais me importava.

Desliguei o telefone e fui se juntar as minhas amigas. Por enquanto ninguém estava protegido ainda. Naquele momento eu não podia fazer nada, mas amanhã eu iria fazer de tudo para conseguir acordar mais cedo e voltar a Beyond The Moon.

Comecei a dançar na música Dron’t Trust Me, mas nada tirava meus pais de minha cabeça. Eu estava muito preocupada com eles, afinal, era minha família, a maior parte de mim.

Lucy veio até mim preocupada:

- Rebecca, só quero que saiba que se precisar de alguma coisa eu sempre te apoiarei. Sempre estarei ao seu lado, e se quiser desabafar estou aqui pro que der e vier.

- Obrigada pelo apoio linda. Eu sei que posso confiar em você até de olhos fechados, e quando eu precisar pode deixar, você será a primeira que irei chamar.

- Então, chega de drama e vamos dançar?

- Claro.

Lucy era uma ótima amiga, eu sabia que poderia contar com ela sempre que precisasse, mas agora eu queria resolver meus próprios problemas, eu resolvi crescer e enfrentar tudo, não meter ninguém nas minhas confusões.

Meu maior problema é sempre deixar as coisas para traz e resolver tudo na última hora, é prometer demais e não cumprir... Pois agora eu pretendo fazer o meu melhor. Hoje vou passar meu último dia em Arrowwoond com minhas amigas e depois irei voltar para aquele imenso inferno.

 (...)

Dançamos loucamente, bebemos e comemos. Até que chegou a música que meu pai tanto adora: Vira-Vira. Fizemos uma coreografia com essa fabulosa música:

  Fui convidado pra uma tal de suruba,

 Não pude ir, Maria foi no meu lugar

 Depois de uma semana ela voltou pra casa,
           Toda arregaçada não podia nem sentar.

 Todas juntas dançavam alegres com as mãos para o alto...

  Quando vi aquilo fiquei assustado,
           Maria chorando começou a me explicar.
           Dai então eu fiquei aliviado,
   E dei graças a Deus porque ela foi no meu lugar

Balançávamos a cabeça para um lado e para o outro...

Roda, roda e vira, solta a roda e vem
  Me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém
 Roda, roda e vira, solta a roda e vem
 Neste raio de suruba, já me passaram a mão na bunda,
 E ainda não comi ninguém!

No refrão fizemos igual à verdadeira coreografia. Era horrível essa dança, mas pelo menos nós nos divertíamos.

(...)

Tirávamos gargalhadas gostosas uma das outras, até chegava sair lágrimas de nossos olhos de tanto rir.

Minhas amigas eram especiais. Além de elas não souberem as coisas que se passavam em minha vida, por incrível que pareça, elas conseguiam fazer com que eu me sentisse melhor, me faziam acreditar no impossível. Afinal, amigas verdadeiras, são as melhores, você pode estar na pior, mas se elas estão ao seu lado tudo parece sumir.

(...)

Já estava de madrugada e todas estavam deitadas nos colchões, já cansadas de tanto dançarmos.

- E então meninas... – Victoria falava - vamos continuar a fazer o nosso ‘ritual’?

- Ritual? – Rosa perguntava não relembrando das besteiras que fazíamos quando éramos pequeninas.

- Dãr, você não se lembra? – Hermione foi logo respondendo – Nós brincávamos em toda ‘festinha do pijama’, na qual eu sempre tive medo de fazer essas besteiras, pois vocês me assustavam toda noite – todas riram.

- Ah sim, chamávamos de ‘Ritual do Espírito’, né? A Hermione desde pequena sempre foi cagona, era muito legal assustá-la.

- Naquela época nós não éramos tão criativas – falei lembrando o passado.

- Vou lá pegar a vela – Anna já ia se levantando sem nem menos perguntar se todas queriam jogar.

Não era bem um jogo, era como se fosse uma sessão espírita.

- Gente, acho que não é uma boa idéia.

- Deixa de ser medrosa Hermione. Vamos invocar alguns espíritos, qual o problema? – Annabeth demonstrava seu lado corajoso.

- Eu não tenho medo, mas não é legal ficar fazendo essas coisas.

- Vamos lá, não tem nada demais Mione – eu insistia. 

- Ta, ta.

(...)

Sentamos em círculo e botamos umas três velas ao nosso meio. Tudo estava escuro e só o fogo das pequenas velas iluminava um pouco do quarto.

- Ungo bu mai fei di - Annabeth gritava.

- Isso é loucura – falei olhando diretamente para Beth, que parecia ser a única retardada que ‘tentava chamar algum espírito’.

- Sim, muita loucura – Victoria concordou estranhando as desconhecidas palavras.

- Concentrem-se e fechem os olhos!

- Espírito, o que você fez com a minha amiga? – Anna fingia estar prestando atenção no tal jogo.

Aquilo estava sendo uma maluquice, parecíamos um bando de retardadas tentando virar bruxas.

Todas estavam rindo de toda aquela palhaçada, menos Annabeth que nos ignorava e fingia estar conversando com algum ser em forma de fantasma.

- Por favor, vamos fazer alguma coisa que preste?  - Já estava insuportável. 

 - Que coisa vocês. Prestem atenção!

 - Minha casa vai ficar amaldiçoada – Anna ria.

 Annabeth era a única que permanecia de olhos fechados. Então, olhei para o resto das garotas que estavam debochando da cara da ‘invocadora de espíritos’ e pisquei, mandado-as fazer o mesmo que Beth, só para rir um pouco.

 - Quem vai começar a chamar? – Perguntei tentando mostrar que estava interessada, o que era uma grande mentira.

 - Chamar o que? – Perguntou a loira da Hermione.

 - O fantasma sua jumenta – Rosa parecia fazer cara de idiota enquanto Mione permaneceu quieta com muito medo.

 - Eu vou começar – Spencer afirmava. – Minha avozinha querida... Você está aqui conosco?

 Uma gargalhada queria saber de minha boca.

 - Avozinha, quero lhe invocar, pois sei que você me ama. Demonstre de alguma forma que você está aqui. 

 O riso não se manteve e saiu de minha boca.

 - Rebecca silêncio! – Annabeth chamava minha atenção.

 - Completamente patético – bufei.

 PLIN DON PLIN DON – O som da campainha soava.

 Todas soltaram as mãos.

   - Pelas cuecas fios dentais de carrinhos de Merlin, o que foi isso? – Lucy que era viciada em Harry Potter falou.

   - Deve ser a avozinha da Spencer – falei brincando.

   - Tais pirando minha amiga – Spencer olhou seriamente para mim.

   - Vou lá atender – levantei-me indo até a sala que ficava na cozinha. – Vão comigo?

   - Vamos pessoal – Rosa que era muito corajosa chamava as outras. – Cadê a Hermione?

   - Estou aqui dentro do closet.

   Todas riram dela. Mione era a loira mais medrosa de toda a galáxia, além de ser burra e ficar lá dentro sozinha.

   - Então você vai ficar aí? – Dei mais uma chance.

   - Sim, não sou retardada que nem vocês.

   Demos as costas para Hermione e fomos até a porta de entrada, pois era lá que estava localizada a campainha.

   PLIN DON - A campainha tocava novamente. Era uma pessoa muito impaciente.

    - Quem vai abrir? – Já estávamos em frente à porta quando Victoria perguntou.

   Percebi que ninguém iria abrir, pois estavam todas escolhidas.

   - Já que insistem...                                   

    Vou confessar que tenho medo, mas já enfrentei vampiros, qual seria o problema de enfrentar um ser humano desconhecido? Eu não sabia que tipo de ser estava apertando a campainha, se era um ser vampiresco, um ser bruxo, um ser animal, um ser normal, um ser com uma pistola na mão ou algo que eu não conhecia ainda. Poderia ser qualquer coisa, pois depois de tudo que eu já havia passado não desconfiava de mais nada.

   Abri sem menos perguntar quem era. Já estava pronta para a morte.

   Eu não sei o que estava dando em mim, abrir aquela porta de madrugada. Algum parafuso de meu cérebro poderia estar solto, mas era divertido enfrentar os meus medos.

   A porta já estava aberta, não totalmente aberta, possuía uma frestinha na qual eu poderia ver claramente quem está ali.

   Olhei para um lado e para o outro enquanto minhas amigas estavam atrás da porta sem visualização nenhuma para a varanda. Não tinha ninguém ali, só dava para escutar o barulho do vento batendo nas árvores e enxergar a escuridão.  Depois de conferir novamente se não tinha ninguém ali fechei a porta.

   - Era só o vento forte que tocava a campainha – falei aliviando-me do medo.

   - O vento não está tão forte assim! – Retrucou Lucy.

    - Quer dizer que foi o Lord Voldemort que veio aqui? – Rosa debochou.

    - Nunca ria da magia de um brux...

    - Lucy me dá um tempo, por favor?

     - Deu vocês duas? Qual o problema da Lucy acreditar em magia, em bruxos? Esse mundo esta cheio de coisas misteriosas, qualquer dia desses você irá descobrir coisas com seus próprios olhos, coisas que para você tudo era fantasia, fictício... Irá conhecer coisas que para você aquilo só passava de um desenho de televisão, de um filme otário! Vampiros são seres mortos, mas eles estão por todo canto, e você acredita nisso? Não, pois nunca teve a capacidade de conhecer um como eu conheci! – Suspirei por ter libertado aquele peso de dentro de mim. Eu tinha acabado de quebrar a promessa feita para Lucas, Raquel e Balthazar. Isso não poderia ter acontecido. Agora teria que inventar alguma desculpa esfarrapada.

Sua idiota, sua otário. Rebecca você não presta para nada, nem para guardar segredos – a duas partes de meu corpo se brigavam. Eu mesma me xingava por dentro, com muita raiva da pessoa imprestável, inútil e fútil , que por incrível que pareça, era eu mesma.

- Becky, você está bem? – Perguntou uma das garotas. Todas estavam assustadas com as palavras que tinham acabado de sair de minha boca.

- Desculpe meninas, eu queria defender a Lucy e acabei falando um monte de merda.

- O que você quis disser quando falou que conheceu vampiros?

- Err... – nenhuma desculpa vinha em minha mente. – Nada não.

- Nós somos suas amigas, Rebecca!

- Por favor, esqueçam o que vocês ouviram. Eu só entrei um pouco na fantasia.

Eu não pretendia falar nada, mas as palavras tinham saído de maneira inesperada de minha boca. As meninas ficaram quietas suspeitando de algo enquanto eu zelava para que aquilo tudo passasse rapidamente.

PLIN DON – A campainha soou novamente.

Um frio passou por baixo da porta subindo por minhas pernas e penetrando em todo meu corpo, arrepiando até o último fio de cabelo.

Ficamos em silêncio. E pelo que parecia, eu teria que abrir a porta mais uma vez.

Fui abrindo como da última vez. Pela frestinha que já estava aberta, percebi pelos pés de uma jovem, que agora sim tinha alguém ali. Não era só uma pessoa e sim duas. Fui levantando minha cabeça discretamente, observando todo o ser.   

Empurrei a porta involuntariamente com toda minha força, deixando que aqueles dois apreciassem tudo o que se passava lá dentro.

Eu os encarava ainda não acreditando em meus olhos. Naquela hora a única coisa que saiu de minha boca foi uma porção de ar sem nenhum som articulado.

- Olá Rebecca, tudo bom? - Aquele cérebro deveria estar carregado de maldades.

- Quem são vocês? – Minhas amigas perguntavam totalmente perdidas, não entendo nada do que se passava.

- Pernas sensuais! – Seu sorriso malicioso fez com que todas as forças de meu corpo de juntassem...


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Pessoal acho que o próximo capítulo também será meio demorado para ser postado, pois como eu já disse, estou bloqueada!
Um beijãoo e até o próximo.