Quem Sou? escrita por Dêh DiAngelo, Lay Solace


Capítulo 14
Brigas


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem,creditos da lay



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POV Alison

Sai do chalé sem me importa em acorda Percy. Por que esses malditos sonhos me atormentam? Eu vou ser a culpada pelo que? Por uma guerra que nem se quer começou?

-Oh vidinha difícil- resmunguei. Andei até a praia e me sentei. Fazia apenas três dias que estava ali, mas sentia como se estivesse no Acampamento a muito mais tempo.

-Oi- Nico se sentou do meu lado

-Oi Nico- sorri o olhei para o mar, que estava levemente agitado. Fiz um movimento com a mão e um filete de água saiu do mar e parou na minha frente

-Nossa. Deve ser legal controlar a água-

-Aham...- sussurrei

-Aly?-

Olhei pra ele. Ele esticou a mão e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Lembrei-me de quando ele fez a mesma coisa assim que cheguei aqui. Suspirei. Se isso levar o mesmo rumo que levou antes, espero que ninguém atrapalhe dessa vez. Ele foi se aproximando devagar para ver minha reação, eu fiquei parada, esperando. Nossos narizes se tocaram, nossos lábios estavam roçando um no outro quando...

-Boa dia!- a jardineira, vulgo Melissa apareceu

Separamos-nos rapidamente. Era agora. Esse foi o auge pra minha paciência e meu autocontrole. Por que, Hades, sempre tem alguém que atrapalha!? Porra!

-Aly? Ta tudo bem?- Nico tocou no meu braço

-Não, não está tudo bem! – me levantei e comecei a andar de um lado para o outro- Por que tem sempre alguém pra atrapalhar! Porra! Primeiro foi a lezada da Karem, agora vem essa retardada e estraga tudo! Que vontade de matar um! Ou melhor, uma!- olhei ameaçadoramente para a jardineira- Eu ainda lembro-me do que disse. Quero ver do que você é feita- sorri

-Ótimo. Estava mesmo esperando por isso- ela sorriu e começaram a nascer plantas aos pés dela

-Espera! Do que vocês estão falando?

-Ela disse que não tenho um cérebro- a jardineira disse

-E continuo com a minha palavra- sorri debochando

-Vocês não podem fazer isso!- Nico argumentou

-Não importa- fechei minhas mãos em punhos.

 No mesmo instante uma bolha de água caiu em cima da Melissa. As plantas aos seus pés pararam de crescer e morreram. Melissa estava ficando meio vermelha, pois estava prendendo a respiração. Ela abriu a boca mais isso só a fez engolir mais água. Desesperada ela esticou a mão na minha direção e alguma coisa agarrou meu pescoço fazendo eu me desconcentrar e a bolha estourar.

Melissa caiu de joelhos e respirou ofegante, ainda com a mão esticada em minha direção, a coisa que agarrou um pescoço se apertou ainda mais, praticamente impedindo de eu respirar, deveria ser alguma planta. Senti algo escorrer do meu nariz até minha boca, meu sangue.

-Desgraçada- murmurei.

Não sei como, fiz com que umas cinco água-vivas saíssem do mar, todas dentro de uma bolha de água. Na metade do caminho senti a planta apertar mais.

– Nico- sussurrei. Ele estava abraçado a Melissa e lhe falando para parar

Minha visão ficou turva e meus pulmões imploravam por oxigênio. Com o resto da minha energia joguei todas as cinco água-vivas pra cima da Melissa, depois não me lembro de mais nada.

POV Layla

-Layla, acorda garota!- alguém disse

-Mff... Só mais cinco minutinhos mãe- sussurrei me virando para o outro lado. Senti um choque no meu braço- Ei! Por que fez isso Thalia?-

-Você não queria acordar- ela deu de ombros- Vamos embora-

- Por que?- perguntei

- Ártemis nos chama. Não se preocupe, você nos verá no próximo verão- Drika, filha de Apolo, que agora é caçadora disse- Ei, porque não vem com a gente?

-É, vai ser legal! Você pode caçar monstros com a gente. E pode ver Ártemis sempre- Lucie, filha de Afrodite, sim, até filhas da Deusa do amor, renunciam o amor, estava com os olhos brilhando, ela tinha apenas 11 anos, claro que na aparência, já que a idade verdadeira deveria ser uns 18 anos

-Ahn... Eu... Não sei- respondi

-Por que? Muita gente daria a vida pra estar no seu lugar! Já pensou, você ia ver a mãe quase todo dia!- Lucie disse olhando indignada pra mim

-É Layla, vem com a gente- Thalia falou. Olhei-a assustada.

Pensei nos prós e nos contras. Se eu fosse, eu ia me enturmar mais com as meninas, ia ver minha mãe, caçar monstros... Mas tambem ia deixar a peixinha, e o... André. Meu coração se apertou com a possibilidade. Não... eu não poderia estar gostando dele. Isso não pode acontecer!

-Desculpe, mas não posso. Quem sabe no próximo verão?- dei um sorriso fraco, ainda atordoada com a minha pequena descoberta.

-Ah, então ta- Lucie e Drika suspiraram, Thalia apenas assentiu

-Está na hora. Vamos caçadoras- Thalia saiu e aos poucos as meninas também.

Fiquei refletindo sobre minha descoberta. Afrodite não faria isso comigo, faria? Ah, que chato. Respirei fundo e decidi tomar um banho pra esfriar a cabeça. Uma hora depois já estava pronta. Estava caminhando pela ala do chalé de Iris, quando vi Nico carregando aquela jardineira idiota, vulgo Melissa, logo atrás dele estava André carregando Alison. Corri ate eles assustada.

-O que aconteceu?- perguntei para André, que colocava Aly em uma maca. Logo os filhos de Apolo apareceram e mandaram a gente sair.

-Ela brigou com Mel- ele soltou um suspiro pesado.

Sai de lá e andei a passos pesados ate o chalé de Dionísio e bati na porta com força. Ora, se Melissa podia machucar minha amiga, acho que eu também poderia machucar Daffine

-Oi? Ah, é você- a uva estragada disse

-Fique sabendo que também não estou feliz em vez essa sua cara de uva passa.- sorri falsamente e a garota ficou vermelha de raiva- É o seguinte, sua amiga jardineira está na enfermaria, então achei que gostaria de fazer uma visitinha a ela- comecei a estalar os dedos

-Que tal se você fizesse uma visitinha a Alison? Você não é única que fica sabendo das novidades- ela saiu do chalé, fechando a porta atrás de si – Afinal, quem começou a briga foi Alison-

Aquilo me pegou desprevenida. Alison começou a briga? Mas ela sempre foi calma. Aquele momento de reflexão e distração foi o suficiente para Daffine me atacar. Ela pegou uma espada de algum lugar que não prestei atenção e fez um corte em meu braço, teria sido mais profundo se eu não me desviado.

-Acho que você é que vai fazer uma visitinha a Alison e Mel, queridinha- ela avançou pra cima de mim .

Olhei ao redor arfando. Que idiota eu sou! Como eu chamo alguém pra lutar se nem sequer tenho uma arma, ok, tenho meu arco, mas ele não conta. Senti meu pulso pesar e vi que tinha uma pulseira dourada nele. Não me lembrava de ter uma pulseira. Nela havia um pingente, um sol.

Um presente para a única filha da minha irmãzinha. Uma voz masculina disse em minha mente. Apolo.

Agora pra que vou querer uma pulseira? Daffine apontou a espada pra mim, pronta para me matar, e num momento de loucura e desespero segurei o mini sol que havia na pulseira, nisso ela se transformou numa espada prata com vários detalhes em ouro.

-Agora sim estamos iguais- sorri para Daffine que engoliu em seco.

-Você não vai me vencer-

-Sabe Daffine, sou filha e sobrinha dos gêmeos arqueiros, nunca errei um alvo sequer. Sou boa em quase todas as modalidades desse acampamento, principalmente arco e espada, acha mesmo que pode me vencer?- Ok, sei que não deveria ter falado isso, afinal, não sou tão boa na espada assim. Mas gostava de dar medo nas pessoas, era divertido.

-Então vamos ver- ela sorriu debochando e me atacou, ainda bem que meus reflexos de meio-sangue eram bons, senão já ia conseguir outro corte.

Ficamos nesse ataco x defende, defendo x ataca, até que vi algo se rastejando no chão,uma videira, me distrai e Daffine me deu um soco, e doeu! Cai no chão aturdida, pra uma filha de Dionísio, ela era bem fortinha

-Eu disse que eu ia ganhar queridinha-

Ela colocou a ponta da espada na minha garganta, pude sentir aponta da lamina afiada fazer um pequeno corte, arfei com a dor. Ela iria mesmo me matar. Dei uma rasteira nela e peguei sua espada.

-Layla, o que está fazendo?- André apareceu e tirou a espada da minha mão

-Ah, querido, foi horrível –Daffine se jogou pra cima de André e começou a chorar- Eu estava quieta no meu chalé e ela me puxou para fora e começou a lutar comigo. Ela iria me matar-

Olhei chocada para a falsa a minha frente. Claro, eu que fui ao chalé dela, mas não fui eu quem começou a briga, e ela é que iria me matar!

-O que? André, você não acredita nela, acredita?- perguntei assustada

-Eu esperava mas de você Layla, e não que ficasse brigando com os meio-sangues- ele me olhou decepcionado

-Mas eu... –

-Não fale mais nada, ok? Vamos Daffine, eu vou cuidar dos seus ferimentos.- Daffine moveu a boca pra mim, tipo “ Bem feito “

Meus olhos se encheram de lágrimas. Ele tinha acreditado nela! Ele nem ao menos me deixou explicar. E ferimentos? A única coisa que aquela uva falsificada tinha era alguns cortes leves espalhados pelo corpo, ao contrario de mim, que estava com uma perna enfaixada por causa do caça a bandeira, agora ia ter um braço enfaixado, desse jeito eu ia parecer uma múmia!

Suspirei triste e fui até a enfermaria. Assim que entrei uma filha de Apolo veio me ajudar e falou que eu ia parecer uma múmia, eu não disse!? Ela me perguntou o que ocorreu e eu apenas disse que havia me machucado na arena, com isso ela me mandou ficar quieta na cama enquanto ia buscar ambrosia.

Soltei um suspiro de tédio e olhei ao redor, havia poucas pessoas ali, Alison estava a três camas depois da minha, e Melisa estava do meu lado. Uma idéia veio em minha mente, se eu matasse a jardineira enforcada? Ninguém iria ver. Dei um sorriso psicopata com a idéia, mas não o fiz, afinal, não sou uma matadora.

Ouvi um barulho vindo do fundo da enfermaria e olhei. Como eu fui burra de fazer isso. Meu mundo caiu, e nunca tive tanta vontade de ser um caçadora como naquele momento.

O barulho não era nada mais, nada menos, que André e Daffine se beijando.


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Notas finais do capítulo

espero que tenhão gostado