Only One escrita por Lukke, toromaru


Capítulo 9
Capítulo 9- Trish se multiplica


Notas iniciais do capítulo

Eu e esses nomes toscos que eu dou pros caps G__G



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Sinceramente? Eu não queria ser um Only One (seja lá o que for isso). Isso trás problemas demais, perguntas demais, inimigos demais. Parece que eu não posso passar mais nenhum dia sem me perguntar se eu vou estar vivo para o almoço. E o que aconteceu naquela vez, foi a prova disso.

Trish continuou rugindo e grunhindo para mim, como um cão raivoso, o que me deu alguns segundos para me preparar. Mas essa pausa não durou por muito tempo. Ele avançou segundos depois com tudo, em minha direção. Eu esperei, esperei... E então me lancei para o lado, fazendo Trish arrombar a parede branca com um grande crash!

A luminosidade me cegou por alguns instantes, me fazendo cobrir os olhos com o braço. Mas quando eu tirei...

-Ai... Meu... Deus... –Suspirei com os olhos arregalados.

Pelo que pareceu, do outro lado da parede havia uma sala. Mas não uma sala normal, era um salão enorme! Foi quando eu percebi que onde eu estava não era um quarto, era uma espécie de cabine retangular branca, bem no meio daquele enorme salão.

As paredes do salão eram revestidas com placas de metal, e o chão era de algum tipo de ferro. Não havia portas, apenas um grande salão com um jovem de dezesseis anos e um Shrek cinza, o que me fez perguntar por onde que Phoenix e aquele médico haviam saído.

Com a luminosidade do local, eu pude observar Trish melhor, o que não foi algo muito agradável. Sua pele que antes era escamosa e áspera, agora estava gosmenta, como uma grande massa cinza. Seu braço direito estava tão grande, que se arrastava pelo chão, o que o deixava muito inclinado para a direita. Estava mais curvado e sua cabeça se contorcia quase que involuntariamente.

-O que aconteceu com você? –Perguntei quase sentindo pena.

Ele rosnou algo que parecia um suspiro de lamentação, e então veio correndo como um caminhão para cima de mim. Pelo visto aquela aparência não havia afetado sua velocidade.

Instintivamente eu me esquivei para a direita, me desviando de um ataque frontal de suas garras esquerdas, enquanto fazia um movimento vertical com a espada cortando o braço defeituoso dele fora.

-Groaaaaaar! –Rugiu ele com dor.

Eu não perdi tempo, e avancei para frente numa tentativa desesperada de fugir, enquanto fazia um corte em suas costas o fazendo gritar e rugir, em uma mistura de dor e ódio.

Olhei para trás enquanto corria longe para longe, a fim de averiguar o estrago que eu havia feito. Aonde deveria estar saindo sangue, estava borbulhando uma gosma cinza, e logo garras amarelas começaram a emergir do local, até um braço novinho sair de lá.

-Só pode ser brincadeira! –Resmunguei enquanto parava de correr. Lutar contra ele era como golpear um riacho.

Sua pele gosmenta começou a se contorcer para todos os lados movendo seus membros desordenadamente, fazendo seu braço ficar em suas costas, sua cabeça na barriga, com uma perna saindo de sua testa, um olho na coxa, dentes no ombro. Logo, Trish era apenas uma massa cinza enorme e disforme, com membros totalmente bagunçados pelo seu corpo. Um circo dos horrores em um homem só!

Quando eu pensei que tinha acabado, algo mais bizarro aconteceu. De cada membro dele... Saiu um novo Trish! Como uma ameba se multiplicando. Logo, eu estava encarando cerca de quinze ou vinte Trishes.

Certo, eu nunca mais vou conseguir dormir ou comer de novo. Pensei, enquanto encarava aquele exercito horrendo que babava e rugia, mostrando todos os dentes, o que seria capaz de assustar um T.rex.

Uma espada não seria capaz de derrotá-los, era curta demais para dar conta de tantos monstros. Uma lança talvez. Então quando eu estava prestes a avançar, eu senti um formigamento na minha mão direita (onde eu segurava a espada) e quando eu olhei, pude ver a espada se alongando e afinando, até eu estar segurando uma lança dourada, com vários detalhes em relevo e tendo em cada ponta, uma lâmina com cerca de dez centímetros.

Os monstros hesitaram ao ver aquilo, e eu também. Mas eu não esperei por eles. Ataquei.

Foi a coisa mais estúpida que eu já fiz na vida. Dezenas de monstros me atacaram por todos os lados. Todos erraram. Alcancei a fileira e comecei a brandir e girar a lança. Garras, braços e cabeças eram cortadas fora. Porém mais monstros surgiam do nada, mas nenhum deles me atingia.

Eu girava através das fileiras, golpeando monstros e transformando-os em poça cinza, um atrás do outro. Minha mente estava em piloto automático: fincar, esquivar, golpear, desviar, rolar. A chave não era apenas uma lança. Era um arco de destruição.

Abri caminho entre os monstros cinza, e saltei para cima de Trish, mas pareceu que eu peguei impulso demais, pois fui parar em cima da cabine que eu pensava que era um quarto. Como eu consegui saltar tão alto? Eu não sabia. Mas estava no ápice da luta. Meu sangue estava fervendo.

Eu tive uma nova idéia maluca. Estendi a lança com a ponta virada para cima, e foquei meu pensamento. Então lança começou a se curvar e a diminuir, logo eu estava segurando um arco dourado com detalhes parecidos com o da lança, mas sem uma corda ou flecha.

Trish rugiu pra mim e pulou em minha direção. No impulso, eu puxei uma corda invisível no arco, e uma flecha que parecia um feixe de luz dourado surgiu. Na hora eu não percebi, mas eu estava emitindo uma energia dourada freneticamente, que açoitava meus cabelos. Puxei mais um pouco, mirei e então soltei. A flecha de luz saiu em disparada e zumbindo, acertando em cheio a boca de Trish.

Bum!

Trish explodiu em uma mistura de gosma cinza e liquido vermelho, que não se parecia nada com sangue.

Ele parecia ser a fonte de poder e de vida daqueles monstros, pois com a sua morte (se é que aquilo pode ser chamado de morte) eles se desintegraram em poça.

Eu caí sentado. Soltando o arco, que encolheu até vira a chave novamente. A energia dourada havia cessado, e eu estava exausto.

-Se meu poder me cansa mesmo, -Suspirei caindo de costas. –eu vou dormir por um mês.

Mas antes que eu pudesse relaxar, eu fui surpreendido por uma presença.

-Você realmente está evoluindo, Jake. –Disse uma voz atrás de mim.

Ainda deitado, eu inclinei minha cabeça para trás, e vi uma mulher de mais ou menos uns trinta anos.

Quando eu me levantei, eu pude vê-la melhor. Era realmente uma mulher bonita. Seu cabelo era louro e mal chegava ao pescoço, com uma franja virada para o olho esquerdo, mas não chegava a cobri-lo. Vestia um uniforme militar feminino e estava com o corpo totalmente ereto com as mãos na parte de trás da cintura.

Eu a fitei por alguns segundos, até que eu exclamei com um ar de surpresa:

-Mãe!

Ela assentiu. Apesar de rígida, seus olhos azuis eram inclinados à rebeldia, como os meus.

-Bem Jake, parece que você esperou demais. –Continuou ela. –Nós precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Finalmente o/
No proximo cap tudo(ou quase td) será revelado 8D
Ja era hora u.u
Bem, deixem um Review, e até o proximo cap :3