Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Eu gostei desse capitulo até... kk , espeero que gostem tb :))



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Bati três vezes na porta. Já era a terceira casa que eu iria. Ri enquanto esperava atender.

Eram pessoas inocentes, Susan. – aquela voz idiota apareceu na minha cabeça. Suspirei irritada, tentando despistar meus pensamentos ou qualquer coisa do tipo. Eu ainda estava atordoada por a minha mãe ter aparecido pra mim hoje mais cedo. Eu não sabia se era apenas algo da minha cabeça, uma miragem... Mas, era tão real. Parecia real.

A porta se abriu, interrompendo meus pensamentos. Uma senhora de cabelos branquinhos e curtos, de aparentemente 65 anos de idade apareceu a minha frente. Ela me olhou desentendida por um longo tempo.

- Doces ou travessuras? – perguntei, colocando a mão do bolso e tirando uma faca não muito comprida do mesmo.

Ela sorriu bondosa, olhou pra minha faca, mas, parece que ela achou que aquilo fosse coisa da minha fantasia. Eu ri. Isso que é bom no Halloween, as pessoas sempre acham isso. Fantasia.

- Eu vou... – interrompi.

- Não precisa. – ajeitei a faca em minha mão e dei um passo à frente. Ela me olhou mais assustada. Apenas sorri sarcástica, enquanto segurava um de seus braços e enfiava a faca em seu peito, sem ao menos dar chances dela reagir. A empurrei, a fazendo cair no chão. Ela ficou tremendo um pouco ao chão, enquanto seu sangue escorria. A fitei, enquanto ela fechava os olhos e sua mão batia sobre o chão de madeira da casa. – Definitivamente, prefiro travessuras. – falei comigo mesma, enquanto passava por cima da senhora e entrava na casa.

Parece que não tinha ninguém ali. Apenas aquela senhora, jogada no chão. A porta ainda estava aberta, eu tinha que tomar cuidado.

Fitei o sangue que escorria sobre minha faca e tratei de limpá-la em uma cortina que tinha ali, logo após a guardando no bolso. A casa da senhora era bem normalzinha e aconchegante... Eu poderia morar aqui. Não... Melhor não.

Adentrei mais na casa, indo para a sala, onde tinha uma lareira acessa e uma cesta de doces sobre o sofá. Subi algumas escadas até entrar no quarto, eu estava precisando de dinheiro. Fucei gavetas e o guarda-roupa, não achei nada mais que 10 dólares. Onde essa velha guardava a grana? Revirei os olhos e olhei pra um quadro feio pendurado na parede. Esse pessoal tinha cada mania... Já fazia mais de meia hora que eu estava ali procurando, porque não pensei nisso antes?

Tirei o quadro o jogando no chão de qualquer jeito. Vi um cofre que definitivamente precisava de senha... Mas, que droga! Deveria ser a data de aniversario dela! Exatamente! Vasculhei mais algumas gavetas, e mais meia hora foi tomada de mim. Dei uma olhada o relógio do meu pulso, onde marcavam 21h... Droga, a festa do Justin era as 21h30!

Achei um RG, logo fiz as combinações no cadeado ou sei lá o que com a data de nascimento da mulher... Deu certo! Mas, não tinha muita coisa. Talvez tivesse uns 200 dólares, não pude pegar tudo, porque imediatamente ouvi gritos vindos lá de baixo, alguém devia ter percebido que a mulher atirada no chão não era um enfeite. Tive que correr e sair rápido dali pela porta dos fundos.

[...]

- Achei que não fosse vir. – Justin disse, assim que abriu a porta e me viu ali.

- Surpresa. – saiu como um sussurro, o que fez Justin rir.

- Então, vamos? A festa já começou. – mordeu os lábios, enquanto fechava a porta atrás de si e caminhava ao meu lado.

- E Jazzy? Pegou muitos doces?

- Sim. Pegamos muitos doces! E você? – me fitou.

- Ahn... Não muitos. – ri pelo nariz.

Me senti estremecer por um minuto, quando senti Justin entrelaçar sua mão na minha e sorrir de lado a mim. Ele deu um beijo demorado em minha bochecha, o que me roubou um sorriso idiota.

Novamente lembrei-me de minha mãe mais cedo. Ela parecia tão pálida, abatida, triste e chateada. Me interrogava, com aquela voz fria que dava medo. E olha, eu não tenho quase medo de nada. Aquilo parecia tão real.

- Justin, você acredita em fantasmas? – perguntei, sem pensar, enquanto caminhávamos até a casa de seu amigo que eu sei lá onde ficava.

- Hm... Eu não sei, nunca pensei seriamente nisso. – ele riu. – Porque a pergunta?

- Eu... Eu... Só acho que... Bom, deixe quieto. – fitei o chão.

- Diga. – ele parou de andar e ficou em minha frente, segurando meus ombros. – O que foi? – franziu a testa.

- Nada. – suspirei. Ele me chamaria de louca se eu contasse. Justin continuava me fitando como uma forma de dizer “Fala logo, merda” – É que... Eu só achei que tinha... Visto um... Fantasma hoje mais cedo. – ri pelo nariz. – Era minha mãe. – fitei seu rosto, Justin começou a gargalhar sem parar.

O empurrei, enquanto ele gargalhava ainda mais.

- Você é mesmo louca. – ele me abraçou pela cintura. Não disse que ele ia dizer isso? – Cuidado, ela pode querer se vingar das coisas que você aprontou quando pequena. – ele riu, e depois deu uma mordidinha no lóbulo de minha orelha.

- Idiota. – o empurrei. Se fosse assim, eu já estaria Morta feat. Enterrada!

Ele foi praticamente rindo o caminho inteiro, bom, até pararmos em frente a uma casa enorme. Dava-se pra ouvir a musica que soava lá dentro bem de longe! Algumas pessoas entravam a nossa frente, fiquei meio envergonhada de entrar ali, aliás, todos pareciam fantasiados e bem vestidos, enquanto eu estava apenas de shorts rasgados, blusa normal e um all star velho.

- Venha! – Justin me puxou, fazendo com que nos misturássemos no meio daquelas pessoas.

A música tava bem alta, tinha algumas luzes, enfeites de neon e alguns morceguinhos, teias de aranhas, aboboras e coisas do tipo pro enfeite de halloween. Tinha pessoas bebendo, dançando, assustando e tudo quanto é coisa... Ri.

- Justin, olha só como eu to vestida e olha essas pessoas... Estou... Ridícula. – falei um pouco alto por causa da musica. Justin se virou pra mim.

- Você esta linda desse jeito pra mim. Ta perfeita. – ele falou perto do meu ouvido. Bufei. Mas, sorri depois.

- Ok... – murmurei.

- Vem, vamos beber alguma coisa. – me puxou, passando entre aquelas pessoas loucas. Não tão loucas quanto eu. – Ah, quero que conheça meu amigo também. – riu.

- Tudo bem. – dei um sorriso falso.

Logo paramos em frente a uma mesa ou eu sei lá o que, onde tinha ponche e umas bebidas lá. Justin encheu um copo pra mim e outro pra ele.

- Toma. – me entregou, eu apenas peguei, enquanto olhava aquelas pessoas que não paravam de me olhar e cochichar.

Olhei em um canto e... Mandy! Ela me fitava com uma cara como se dissesse “sua morte esta marcada”. Apenas sorri sínica a ela, enquanto levantava meu copo. Ela fez uma cara emburrada e me deu o dedo.

- Porque não me disse que a vadia da Morgan estaria aqui? – bati de leve no seu ombro.

- Foi mal, eu não sabia. – riu.

- Você só ri... Como aceitei namorar com você? – revirei os olhos.

- Ah, você me ama. – me puxou pela cintura e logo tomou meus lábios, me dando um beijo quente. Ri, enquanto colocava minha mão sobre seu ombro.

Senti ele colocar sua mão sobre minha nuca, fazendo o beijo se aprofundar mais ainda. O empurrei, quando percebi que ele descia uma das suas mãos até minha bunda.

- Tarado. – lhe dei língua e logo tomei um gole da minha bebida alcoolizada.

- Malvada. – ele fez beicinho. Me deu um selinho demorado e mordeu de leve meu lábio.

Ri. Qual é, não sou malvada... Só um pouquinho. Queria ver se Justin seria assim comigo se soubesse que fui eu que matei seu pai. Ele jamais me perdoaria. E eu... Não queria perdê-lo. Não mais.

- Justin! – um garoto apareceu, fazendo um toque estranho com Justin.

- Hey, Ryan... – riu. Justin logo apontou pra mim. – Quero que conheça a Susan. – me colocou de frente pro seu amigo.

- Oi... Ryan. – tentei sorrir.

- E aí, gatinha. – ele deu um beijo em minha bochecha. Revirei os olhos. – Sua namorada? – ele perguntou, fitando Justin.

- Ahn... Sim. – ele sorriu de lado.

- Você é linda. – ele piscou pra mim. Justin o fuzilou como se dissesse “não esquece que ela é minha”, eu ri. – Bom, divirtam-se... A festa vai rolar até o amanhecer. Se precisarem de mim, estarei por aí. – piscou, e logo saiu dali, adentrando no meio das pessoas.

- Ele que ta dando a festa? – arqueei uma das sobrancelhas.

- É sim. – senti Justin me puxar pela mão, me arrastando até o meio das pessoas, que dançavam eufóricas. – Vamos dançar. – sorriu.

- Ok. Mas, saiba que eu não danço nada bem, só vou te envergonhar. – ri, enquanto ele segurava em minha cintura e me puxava pra perto de si.

- Não faz mal. - riu.

Respirei fundo. Lá estava eu. Num amontoado de pessoas. Tudo aquilo me torturava. Não sei por que, mais eu não gostava de ficar junto com um monte de gente. Ficamos nos encarando por alguns minutos, sorrindo que nem idiotas. Justin me segurou pela cintura, e me aproximou dele. Justin começou a roçar seus lábios no meu pescoço, subindo para minha boca mordiscando-a e roçando-a. Depois, ele me beijou. Mordiscou meus lábios levemente, e me beijou intensamente, cheio de emoção e carinho. Entrelacei meus dedos em seu cabelo. Ele passou suas mãos por minhas costas, enquanto eu passava a mão por seu tórax e sentia seus poucos músculos.

Ri em meio disso e me afastei dele rapidamente quando percebi que o beijo ficava um pouco mais intenso. Se ele ou qualquer pessoa dessa festa soubesse quem eu era... Se eles soubessem que até hoje mais cedo eu matei umas três pessoas... Pessoas inocentes.

- O que foi? – Justin segurou meu rosto com uma das mãos.

- Nada. – fitei seus olhos. E que olhos! Meu deus... Susan, para com isso! – Eu que devia perguntar... Como foi está Justin? Seu pai... Você sabe, eu já perdi os meus, sei como é. – sabia bem como era a sensação de liberdade! Ri em pensamento.

- Eu... Eu to tentando... Ser forte e seguir em frente. Sei que meu pai iria querer isso. – vi seus olhos marejados. Tudo por sua culpa, Susan. – Mas, todas as noites, quando eu me deito na cama, eu choro... Choro muito. Quando eu começo a assistir algum jogo na TV, eu choro. Porque, bom, eu sempre assistia com meu pai, só com ele. – ele parou de falar por um instante e vi que uma lagrima escorria de seu rosto. – e se você disser algo sobre isso pra alguém, eu vou negar. – ele me fitou.

- Hey... – passei meu dedo polegar pela sua bochecha, onde tinha uma lagrima. – Não se envergonhe, ele era seu pai... Todos sofrem com algo assim. – menos eu. Completei em pensamento.

- Obrigado, Su. – ele colocou a cabeça sobre o meu ombro. – Eu amo você. – ele falava meio baixo, perto do meu ouvido.

- Eu sei... Gosto de você, Jus. – ri

- Ainda vou fazer você falar que me ama. – ele riu junto.

- Difícil... Mas, tente.

- Aceito o desafio. – ele tirou a cabeça de meu ombro e me fitou. – Vou fazer de você a garota órfã mais feliz de todo mundo.

Apenas sorri. Se ele soubesse quem eu era... Não acho que diria algo assim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Continuo? Eu recibi pouquissimos reviews no capitulo passado :(( Fiquei tisti! USHAUSHUAH, comentem meus amores, algumas leitoras minhas desapareceram, mimimi. DD:
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Me digam,,, preciso melhor algo? O que querem que aconteça? seeila.. aceito sugeestões ahsuhausua nhac