O Dia passou rápido, passei à maioria de meu tempo organizando os cartõezinhos as mesmas pessoas eram colocados em envelopes, que lutei e relutei para conseguir com a diretora. Ela me ajudou a fazer a lista dos grupos, assim seria mais fácil entregar.

O Sinal bateu rapidamente e logo começaria meu trabalho de entregar os cartõezinhos, preferia mil vezes ser suspensa!

_ Algum pra mim? – o Christian chegou

_ Aqui – entreguei um envelope.

_ Cadê os meus? – o Ryan chegou e eu pus sobre a mesa ele pegou e saiu olhando os cartões – olha Christian – ele amostrou um

_ Já fiquei, não vale a pena – ele falou

_ Você recebeu algum? – o Ryan perguntou

_ Vários – revirei os olhos – e entrega esse ao Justin e fala para ele por um nome decente e não A.M – estendi o cartão

_ A.M é você – o Christian falou – Anny Müller – ele falou

_ Acho que não em – falei fazendo bico.

_ Eu vi ele fazendo – o Christian me olhou

_ Então ok, leio depois – coloquei o cartão no bolso e peguei as caixas com os cartões. – vou entregar, tenho que ir para a Biblioteca daqui a pouco.

Em cada mesa eu colocava os envelopes sem distribuir, a ultima mesa foi a dos populares, só restava aquela, respirei fundo e fui até lá. Eu não tinha raiva do Justin, eu apenas tentava não demonstrar que eu sentia algo por ele, ele parecia ter superado, mas eu não. Não sei porque eu bati na Clariss, isso com certeza foi pior, era para eu ter ficado na minha, eu não ligo em distribuir esses cartões, eu só não quero ter que olhar em seus olhos.

Decidi ser bem prática e distribuir sem precisar olhar os nomes.

_ Se não for seu vai passando – falei entregando aleatoriamente e saí direto para a Biblioteca.

Comecei a organizar os livros, aliás, terminar de organizar, a Clariss não tinha feito praticamente nada.

_ Aceita ajuda? – o Ryan chegou

_ O que eu mais quero agora – sorri

_ Se importa se eu ficar aqui até acabar? – ele sorriu

_ Mas você tem aula – falei – e acabou de tocar – ri de lado

_ Eu pedi autorização a diretora – ele sorriu

_ Então tudo bem, vou pegar mais livros novos para organizar – sorri peguei uma caixa novos livros e quando me virei dei de cara com o Ryan.

Ele pegou a caixa de minhas mãos e pôs no chão, eu não entendia o que ele estava fazendo, ele segurou em minha cintura e mantinha seu olhar fixo no meu, nunca havia percebido os azuis lindos e intensos que ele tinha nos olhos, ele se aproximava cada vez mais.

_ Ryan – falei ainda o olhando – o que você está fazendo?

_ Não sei – ele sorriu de lado e encostou nossos lábios.

Era um beijo rápido e bom, mas era como se eu estivesse beijando meu irmão, passei meus braços por seus ombros enquanto ele segurava minha cintura, eu não conseguia sentir algo mais que isso, mas ainda assim eu não conseguia descolar nossos lábios, ele parou o beijo e me fitou e ele começou a rir eu ri junto com ele.

_ Nossa cara, eu não acredito que eu fiz isso – ele ria – foi como se eu tivesse beijado minha irmã.

_ E foi como se eu tivesse beijado meu irmão – falei o acompanhando na risada

_ Não dá certo – falamos juntos

_ Vamos Ryan, temos que terminar de organizar essas prateleiras – falei pegando a caixa que restava.

_ Só falta essa aí – ele sorriu

_ Depois vamos tomar um cappuccino porque eu estou liberada – sorri

_ Com certeza – ele falou, terminamos de organizar todas as prateleiras em uma hora.

_ Er, Anny – o Ryan me chamou – acho que isso é pra você.

_ Hm, rosas – sorri e vi que tinha um cartão – do... Justin – olhei para o Ryan

_ Será que ele viu... Me desculpa Anny – ele falou e me abraçou

_ Não precisa se desculpar – falei sentindo meus olhos encheram de lágrimas.

_ Se quiser eu vou falar com ele que a culpa foi minha, eu sei que você ainda gosta dele – ele falou afagando meus cabelos.

_ Não precisa, sou uma idiota mesmo, nesse tempinho ele ficou com várias garotas, e eu não posso fazer nada? – me soltei e sequei algumas lágrimas que tinham caído

_ Me desculpa, sério

_ Se você pedir desculpas de novo vou te bater – falei soltando um riso

_ Vamos, vou comprar um café pra você – ele me puxou e entregou minha bolsa.

Não estava a fim de ir, mas era um cappuccino em jogo, e um amigo super incrível.

_ Não vim de carro, me dá a chave – ele sorriu estendendo a mão.

Não falei nada e entreguei a chave a ele. Fomos até a Starbucks.

_ Ah não, vamos voltar – falei quando vi o Justin

_ Não, é bom que vocês conversam e eu esclareço as coisas a ele. – falou me empurrando

_ Não quero conversar com ele – cruzei os braços e vi que ele estava indo a mesma direção da mesa que o Justin estava.

Tentei impedir, mas ele foi mais rápido e sentou-se, fiquei parecendo uma sonsa os encarando. Quando percebi que estava quase hipnotizada pelo olhar caramelo do Justin senti minha pele queimar, e saí rapidamente e comprei um cappuccino pequeno, sentei-me em uma mesa pequena e alguns minutos depois vi o Ryan saindo e um ser lindo com um sorriso no rosto sentado a minha frente, dei um leve sorriso de volta, mas logo o tirei de meu rosto.