-Minha primeira história original, por favor, gente, sejam bonzinhos comigo e deixem Reviews, ok?

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Amar é libertação... E também dor.

por

Biancalua

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- (falas);

" " (pensamentos).

Capítulo 1 - A desconhecida

- - Introdução à história - -

Gotas de um líquido incolor molhavam a areia. Levantou-se e caminhou em passos lentos até a beira do mar. Seus olhos arregalados denunciavam o medo que sentia. Viu a lua cheia refletida na escuridão daquelas negras águas. O vento soprava suavemente acariciando seu rosto pálido. Os lábios femininos tremiam bastante devido ao frio da noite. Sua respiração estava arritimada.

Não conseguia falar. Em sua mente apenas, gritos, sangue e morte. Sentia-se perdida. Permaneceu parada naquele estado durante muito tempo. As mesmas cenas, durante horas, rodavam a sua cabeça, mas não lembrava de tê-las vivido algum dia.

O sol já mostrava o seu esplendor. Após o café da manhã decidiu dar um passeio pela praia. O que melhor para começar o dia? Postou-se frente ao seu carro, vendo sua imagem refletida no vidro. Era alto e tinha belos olhos negros da mesma cor de seus cabelos.

Passados quinze minutos, Cláudio chegou a uma das praias mais belas que já conheceu. Poucas pessoas iam lá, a areia era branquinha e não possuía nenhum tipo de lixo. Sentou-se nela observando o horizonte.

Sua expressão pacífica deu lugar a de espanto. Uma mulher coberta por sangue encarava o mar abraçando o próprio corpo de joelhos. Correu até ela preocupado. Segurou-a sem perguntar nada e levou-a até seu veículo; o hospital mais próximo ficava a vários quilômetros de distância, nesse caso, a decisão mais sensata era levá-la a sua casa. Quem sabe sua irmã não pudesse ajudar? Ela era uma ótima enfermeira...

Estacionou o carro de qualquer jeito. Ás pressas levou a moça para dentro. Gritou desesperado por sua irmã mais velha. Ela pôs a cabeça para fora do quarto assombrando-se ao ver a mulher ensangüentada.

- Quem é ela? O que aconteceu? - perguntou sua irmã, Paula. Ele simplesmente não sabia o que dizer, então falou somente que era uma desconhecida que precisava de ajuda imediata.

Paula se ofereceu para arrumá-la e curar seus ferimentos; tudo isso teria que fazer rapidamente, pois recebera uma chamada urgente do hospital.

Logo, a desconhecida encontrava-se sentada frente à mesa. Sobre esta havia pão, manteiga e café. Cláudio percebeu que ela não estava se importando muito com a comida, apenas o encarava com o olhar vazio. Ele começava a sentir certo medo dela e ao mesmo tempo uma confortante paz em seu interior.

Ela era muito bonita, ele não pode deixar de notar. Seus cabelos curtos e negros, sua pele morena e seus olhos esverdeados. De repente sentiu que tudo em sua vida mudaria pelo simples fato da presença dela alí... Era tudo o que ele queria, uma mudança radical em sua vida. Deixar de seguir sua monótona rotina e ser feliz.

- Qual seu nome? O que aconteceu com você? Sabe responder? - A moça não moveu um músculo sequer - "Ela deve ter passado momentos terríveis”. - pensou tristemente, ao lembrar do que Paula tinha dito: ‘ Ela tinha alguns arranhões em seu corpo... – calou-se uns segundos, criando um ar de suspense – arranhões causados por... unhas.’. Baixou a cabeça, sentindo uma dor em seu coração. Aquilo era tão triste. Porém, agora, mais que em qualquer outro momento, ela precisava de apoio.

Cláudio tocou-lhe a mão, ergueu a cabeça e sorriu. Foi retribuído. Espantou-se com aquele mínimo gesto dela. Seu coração sobressaltou e suas bochechas adquiriram tonalidade rósea. Tudo o que pode fazer depois disso, foi voltar a sorrir. "Ela fica mais bela sorrindo..." - pensou.

Continua...