Tentando Amar escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 6
Chego ao acampamento e começo a gostar de alguem.




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Percy

Ana foi mostrar o acampamento para Manu. Eu fui para meu chalé, que agora eu dividiria com Manu, e arrumei-o. Ele estava todo bagunçado. Tinha uma cama beliche, que eu supus que Manu dormiria em cima e eu em baixo, uma escrivaninha com um monte de papel e dois “armários”.

 Peguei os papeis jogando no lixo e fui para a arena treinar. Fiquei treinando por uma hora quando vi Annabeth chegando à arena com sua espada. Ela era linda, e eu sempre me perguntava o que eu fiz para ela ser minha.

 -Oi cabeça de alga! – ela disse com um sorriso no rosto.

-Oi sabidinha – disse dando um selinho nela – quer lutar?

-Adoraria ver você perder.

-Acho que você não me derrota não.

Ela pegou sua espada e me atacou. Ficamos lutando por um tempo. No começo ganhava as partidas, mas logo ela começou a me vencer e no final ganhou 10 partidas a mais que eu.

 Voltei para meu chalé e percebi que as coisas de Manu já estavam lá. Percebi que ela não estava lá. Peguei minhas coisas e fui tomar banho, água sempre me fazia melhor.

Nico

Depois que chegamos ao acampamento eu queria mostrá-lo para Manu. Mas Ana foi mais rápida e foi com a amiga para os chalés.

 Fui para meu chalé, que eu sempre gostei porque eu não tinha que dividir com ninguém, e arrumei as coisas por lá.

Decidi dar uma volta, não conseguia ficar parado, não sei por que, mas estava ansioso. Estava andando pelos chalés. O chalé de Demeter estava todo arrumado, com flores e mais flores. Nunca fui de querer ganhar de quarto mais bonito, mas também nunca perdi. O chalé de Hermes geralmente perde. Vi Ana andando perto de seu chalé, arrumando as coisas do seu chalé.

 Ela não estdo seu chal as coisas. seu chaem sm flores e mais flores. ava com a Manu e a mesma não estava perto. Era minha chance de falar com ela, não sei o que, mais tinha uma coisa que eu queria dizer para Manu.

 Fui para o chalé de Poseidon. Ele era um dos chalés que eu mais achava bonito, depois do meu, ele era cheio de conchas e pedras. Fui lá e bati na porta, ninguém abriu, bati de novo, e nada. Decidi abrir e entrei lá dentro, as coisas de Percy e de Manu já estavam lá. O chalé estava todo arrumado, não vou dizer caprichado, mas não estava bagunçado.

 Não tinha ninguém. Aonde uma filha de Poseidon vai quando esta sozinha? Para arena? Bom, eu vou para arena e Percy também. Fui para o lugar mais provável.

 O vento batia no meu rosto e a brisa do mar também. A areia entre meus dedos estava molhada e lá no mar, bem na beirada do mar, Manu estava andando com os olhos fechados e um sorriso no rosto (que como sempre, me fez sorrir também). Ela segurava na mão seu chinelo e estava de shorts (devia ter trocado quando chegou) e a mesma camiseta azul-marinha.

 Sentei na areia e fiquei observando-a.

 Ela abriu os olhos e olhou para mim, só agora tinha percebido que eu estava lá. E corou. Veio até mim e se sentou ao meu lado.

 -Oi Nico – ela disse.

-Oi Manu. O que você esta fazendo aqui.

-Quando a Ana me disse que aqui tinha praia, vim para cá. Gosto muito do mar, me faz me sentir melhor.

-É porque você é filha de Poseidon.

 Ela sorriu. Controlei-me, mas saiu um sorrisinho no canto de minha boca.

-E você? Por que veio a praia?

Pelos Deuses, não podia falar para ela que eu estava procurando-a.

-Eu gosto de vir à praia – disse – não é coisa que filhos de Hades fazem, mas não é um lugar que tem gente.

Por incrível que pareça, eu não estava mentindo, muitas vezes eu vim para a praia para pensar.

-Quer lutar? – ela disse me tirando de meus pensamentos.

-Não quero ver você perder.

-Só porque sou novata aqui, não quer dizer que eu não possa te derrotar.

-Vamos ver então.

 Levantei e peguei minha espada. Ela fez o mesmo, tirando à mesma espada da ultima luta.

 Ataquei, não usei toda a minha força, não queria vê-la perder. E com um golpe ela me desarmou.

-Bom – disse.

-Não vale. Você esta me deixando ganhar. Você é bom.

-Tudo bem, você quer luta? Mais vai se arrepender.

 Ataquei de novo, ainda não usei minha força máxima, mas uma força capaz de derrotá-la.

 Ela era boa, atacou meu lado esquerdo, eu era destro e tinha mais dificuldade de defender meu lado esquerdo, e ela sabia disso. Ela já tinha descoberto minhas fraquezas na primeira partida.

 Consegui, com dificuldade, desarma-la.

-Você é boa – disse.

-Você também.

-Mais uma?

Ela me atacou, por baixo desta vez, cortando uma de minhas pernas, fui atacar e ela desviou indo para trás de mim, me virei e ataquei-a. Ela lutava andando para trás e indo a direção ao mar. Quando chegamos ao mar, ainda lutando, ela ficou mais forte e me desarmou.

-Assim não vale – disse – você esta no mar, fica mais forte e eu mais fraco.

Ela deu um sorrisinho e eu retribuo.

Ela foi à direção a areia e me chamou com o dedo. Fui para perto dela e ela atacou, lutamos, depois de varias lutas eu a ataquei a ponto de nossas espadas seu cruzarem, formando um X.

 Seus olhos estavam focados no meu. Agora só dependeria da força para ganhar. Eu era mais forte e consegui empurra-la, fazendo a cair no chão e sua espada cair longe.

-Ganhei – disse.

-Só porque você é mais forte.

-Haha. Mais uma?

-Não, daqui a pouco vai dar o sinal para a janta.

 O que? Eu fiquei a tarde inteira lutando com ela?

-Agora que eu percebi – ela disse – já esta escurecendo. Nós lutamos a tarde inteira.

Rimos juntos, eu ajudei ela a levantar e acompanhei ela até seu chalé. Fui para o meu chalé, tomei banho e meu troquei.

Manu

Entrei no meu chalé toda sorridente. Percy estava sentado na cama dele colocando suas roupas dentro de uma gaveta.

-Vamos fazer assim – ele disse – eu durmo na cama de baixo e essas gavetas são minhas - ele disse apontando para um mini armário. – E você dorme na de cima e tem essas outras gavetas – apontou para o outro lado do quarto – para guardar suas roupas.

-Tudo bem – disse.

-E que alegria é essa?

-Nenhuma.

-E onde você estava?

-Vai ficar me fazendo perguntas assim?

-Sou seu irmão.

-Estava na praia.

-Eu adoro ir para a praia.

-Somos filhos de Poseidon, fazer o que?

-E com quem você estava?

-Com o Nico.

Ele ficou me encarando e começou a rir.

-Você passou a tarde inteira com o Nico? – ele perguntou rindo.

-Sim, qual é o problema? Ficamos lutando.

-Nuca imaginei Nico com uma garota.

-Não é o que você esta pensando. Só treinamos.

-Mesmo assim, ele não é de ficar com ninguém, principalmente com garotas.

-Não me importo – disse.

-Ele só teve uma garota na vida dele.

 Como assim? Nico já teve uma namorada? Uma raiva veio em mim.

-Quem? – perguntei.

-Bianca, era irmã dele, ela morreu em uma missão.

Irmã? Ainda bem!

-Bom, vou tomar banho – disse, peguei minhas coisas e fui para o banheiro ainda ouvindo Percy rir.

 Depois de tomar banho e me arrumar eu e Percy fomos para o refeitório. Achei ridícula a idéia de termos que sentar-se à mesa com nossos irmãos. Percy me ensinou que parte da comida tenque ser oferecida a algum Deus. Peguei minha comida e ofereci a Poseidon, jogando um bife na fogueira. Vi Percy ir embora do refeitório antes de pegar sua comida.

-Aonde você vai? – perguntei.

-Eu e Annabeth vamos jantar fora.

-Jantar fora? Da para sair do acampamento?

-Nós já estamos bem treinados. Pedimos permissão ao Senhor D, e por incrível que pareça ele aceitou.

-Tudo bem.

-Logo depois nós vamos para o Olímpio. E já que vai ser tarde, vou deixar Annabeth em seu apartamento e eu vou para o meu.

-Ok.

-Vai conseguir se virar sem mim maninha?

-Claro.

-Volto amanha a noite. Beijos.

-Beijos.

E Percy se foi com Annabeth. Fiquei na mesa, sozinha, jantando. E por um momento me lembrei de algo. Nico. Olhei para as mesas, tentando procura-lo. Ele estava sentado em uma mesa ao meu lado, sozinho. Ele me olhava. Corei quando reparei nisso. Ele também. Achei muito injusto ficarmos sozinhos.

Depois do jantar todos se reuniram em volta de uma fogueira que ficava no meio dos chalés. Eu não estava muito a fim de cantar. Despedi-me de Ana e fui para meu chalé.

No caminho ouvi alguém dizer:

-Aonde você vai? – era Nico.

-Para meu chalé.

-Não vai ficar na fogueira?

-Não to afim.

-Tudo bem, então.

-Boa noite – disse.

Ele veio para perto de mim. E me deu um beijo na bochecha.

-Boa noite – ele disse e se virou indo para seu chalé que era do lado do meu. Fiz o mesmo.

 Quando fui abrir a porta do meu chalé, olhei para o lado e vi-o fazendo o mesmo. Dei um tchau com a mão e ele também. Entrei no chalé e me joguei na cama sorrindo. Sentia-me como se tivesse borboletas em minha barriga. O que é isso? Eu nunca tinha sentido isso antes. Estava cansada, fechei os olhos e dormi.

 Sonhei que eu estava em um lugar escuro, não sabia o que era. Uma caverna? Não sei. Eu estava com um vestido azul de seda e tinha uma mancha de sangue nele. Eu chorava muito com a dor. Um cara, alto, entrou nesse lugar e ficou caminhando me olhando.

-Espere só mais um pouco minha Deusa – ele dizia com uma voz assustadora – logo seus amiguinhos vão vir salvar você e eu vou matá-los. Agüente firme, não morra até eles chegarem. Se você sobreviver será minha Deusa. Então viva!

 Eu chorava muito. Estava deitada do chão e meus pés estavam acorrentados. Um monstro entrou no lugar. Ele era uma espécie de fúria. Acho que era uma fúria. Entrou na sala e disse para o homem:

-Eles já estão vindo.

-O plano esta funcionando – o homem disse rindo – obrigada por sobreviver, querida. – disse para mim.

Acordei gritando e suando. Uma vez meu pai me disse que sonhos de meio-sangue geralmente acontecem. O que aquilo queria dizer? Quem era essa pessoa? Olhei no relógio, eram 4h30mm da manha. Eu não queria dormir de novo. Decidi ir à praia.

 Cheguei lá e vi uma pessoa que eu não esperava encontrar ali. Nico. Ele estava de bermuda preta, descalça e sem camisa, suspirei. Sentei do lado dele e ele se assustou.

-O que você esta fazendo aqui? – ele perguntou.

-Tive um pesadelo, acordei assustada e vim refrescar a cabeça.

-Que pesadelo?

-Deixa para lá.

-Você sabe que sonhos de semi-deuses são, na maioria das vezes, reais?

-Sei. E você? Por que esta aqui?

-Pesadelos.

-Vai me contar?

-É melhor não.

-Tudo bem.

 Percebi que eu estava com a mesma roupa. Tinha dormido com ela.

-Quer lutar? – ele perguntou.

-Quer perder?

-Quero tentar.

Levantamos e pegamos nossas espadas.

Ataquei primeiro. Ficamos lutando por um tempo. Estava ganhando.

Já era a sexta partida e eu já havia ganhado quatro. Consegui desarma-lo, colocando minha espada no seu pescoço.

Ele sentou no chão e eu sentei do seu lado.

-Desisto – ele disse.

-Eu disse que eu era boa, só precisava me acostumar com você.

-Se eu não eu não estivesse tão cansado já teria te derrotado.

-Sei. Vou fingir que eu acredito – disse rindo.

Ele me deu um beijo na bochecha. Sorri.

-Na verdade – ele disse chegando mis perto de mim – eu não estava prestando atenção na luta, por isso perdi. Só prestava atenção em você.

Meu coração começou bater mais rápido.

Eu olhei para ele confusa.

-Eu já te disse que seu sorriso é lindo? – ele perguntou.

Eu abri um sorriso largo com o elogio, que não deu para esconder.

Ele sorriu junto.

-E eu quero fazer isso desde o momento que eu te conheci. – ele disse, agora serio.

Ele chegou cada vez mais perto de mim. Eu estava muito nervosa, não sabia o que fazer. Eu queria muito mesmo beija-lo. Nós estávamos a centímetros de distancia e ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Melhor capitulo até agora *-*