Ano de 1865, policiais corriam entre as ruas escuras de Paris, parecia uma perseguição normal, para os turistas quem não sabia o que estava acontecendo, pois a cidade estava sofrendo um massacre, padres, freiras, policiais, professores, psicólogos, médicos. Era uma chacina que já vinha durando alguns meses, não era um serial killer, ou era? Eles sabiam que era algo fora do normal, um humano não conseguiria ser tão cruéis e raivosos assim.

Já sabiam quem era o assassino, já conheciam muito bem quem era e do que se tratava, depois de muitos tratamentos médicos, muitas bênçãos e exorcismos, estudos e detenção. E já sabiam como terminar este caso.

Havia alguns policiais, alguns religiosos e uma pessoa da família. Essa quem fora a única pessoa
que Nancy deixou viva. Esta noite teria um fim.
A perseguição durou algumas horas até que a criatura se acalmou quando chegou a uma casa abandonada, o local era pouco iluminado, e algumas coisas vieram à mente de Nancy, lembranças de quando era menor, antes de se mudar para Paris, antes de tudo começar. Caminhava em frente a casa, algo que parecia como um jardim, e fechou os olhos e pode ouvir claramente uma voz doce...

-Durma bem, minha boneca!
-Aah como esta linda, esta mesmo uma boneca...
- Essa é minha bonequinha...

Despertou de suas Lembranças quando ouviu pessoas chegando e aquele barulho estridente de gritos, rapidamente entrou na velha casa, olhava tudo atentamente as poucas coisas que encontravam lá, subiu para os quartos a fim de se esconder quando ouviu novamente a mesma voz doce de suas lembranças.

-Venha Nancy, estou aqui. Vou lhe por para descansar como nos velhos tempos.

Nancy entrou no quarto e viu uma senhora bem vestida por sinal, sentada numa cadeira próximo a uma cama. Não sentiu raiva, e nem quis atacá-la, fez o ordenado da senhora e se repousou na cama, calada apenas olhava a mulher curiosa, como se quisesse lembrar quem era essa mulher tão doce.
Annie, passou a mão na face de Nancy a mesma fechou os olhos e ficou ouvindo a mulher cantar uma canção de ninar, essa mesma musica que costumava ouvir antes de dormir. Ao final da canção em um ato imprevisível Nancy abriu os olhos e gritou:- Mãe!!!
Mas já era tarde demais. Cada um tinha na mão a arma que achava que mataria a criatura. Porém Annie tinha a certa, a única. Mal pode ouvir o final da fala de sua filha, quando lhe enfiou uma estaca no coração, e chorou em cima do corpo de Nancy, o mesmo que aos pouco ia se apedrejando, aquele corpo gélido e branco ia se transformando em pedra sim Nancy era uma vampira.  Annie tirou a mão do corpo e de cabeça baixa disse quase em sussurro:
 - Durma bem, minha boneca... Sem coração!