Era impossível não reconhecer a voz meio rouca e profunda de Haruya, em seus plenos 18 anos basicamente, e física, também, ele não havia mudado muito, continuava com o cabelo em formato de tulipa e vermelho, os mesmos tons amarelados dos olhos.

-Oi querido, nada só estava envergonhando a Anne.- Suzuke lhe abraçou e deu um selinho, não que ele gostasse muito da idéia de apenas ser um selinho, mais relações homossexuais não eram bem-vindas na sociedade.

-Ok.. deixem suas relações ecchi e yaoi para quando chegarem em casa.

-Gata isso não foi nem de perto o meu nível de ecchi.- Abafamos uma risada.

-Oi Anne

-Oi Haruya

-Estava contando para Anne sobre seu suborno, mais nem terminei de lhe contar? – Suzuke se virou para a garota.

– Não, você só me contou que ele te puxou para aqui.- a garota apontou para Haruya, que continuava agarrado a cintura de Suzuke; o que a fez sentir uma pontada de inveja.- Mas não comentou o motivo dele ter lhe puxado.

-Mas eu tenho certeza que você pode deduzir o que eu estaria fazendo de manha justa aqui.

-Bom suponde que você veio naquela direção. -Anne apontou para a sua esquerda.-Então deduzo que você veio comprar...Frutas.

                O ruivo soltou uma gargalhada – Sempre soube que você é ótima em deduções, só não tive minha própria experiência.

                Os três continuaram andando e conversando. A noite chegará e eles se despediram, a garota seguiu para largou o estava fazendo e foi receber quem quer que fosse. Ela já estava girando chaves quando ouviu o visitante gritar escandalosamente.

-Anna Lucia, ou você abre essa porta ou eu derrubo. - a pessoa deveria estar com muito pressa para usar o meu nome real.

-Ei, da para você para você gritar mais baixo, ou não gritar, eu agradeceria.

-Se abrir essa porta.

                Ela abriu a porta

-A..Ayasie? Como você descobriu o meu novo endereço?

-Como se você fosse se esconder de mim por mais tempo. – Ela estava parada no portal com uma bolsa de mão e mais duas malas de rodinhas.

-E que bando de coisas são essas? – A ruiva disse apontando para as malas da outra.

-Minhas coisas, ou você acha que eu vou dar a minha mala da Dolce & Cabana para a primeira pessoa que eu encontrar na rua.

-Você nunca faria uma coisa dessas. – Anne ajudou a prima a entrar com as malas. – E você pretende ia a onde com essas malas todas?

-Eu já cheguei no meu destino. –A ruiva olhou com cara de descrente para a outra.

-Como assim?Você não esta dizendo que irá ficar aqui!!? – Elas já estavam subindo as escadas, Anne tinha a sorte de ter um quarto de visitas, ou a prima teria de ficar no mesmo quarto que ela. O que estragou seu plano original de trazer o Midorikawa, depois que este saísse do hospital, mas logo ela teve outra idéia. Ele poderia ficar no quarto dela, assim ela poderia cuidar pessoalmente dele.

-Ok honey, me conte as novidades.- As duas chegaram ao quarto, onde a prima iria passar um tempo.-E não adianta me dizer que você não tem nenhuma, por que eu sei que você tem uma certa novidade, que não quer dividir com ninguém além daquelazinha.

-Não fale assim dela.-Anne retrucou.-E além do mais vocês quase não se falam, não sabem nada uma da outra.

-Não tente mudar de assunto. E para e enrolar, me conta logo quem é o cara.- Anne olhou sua prima como quem diz “Que cara? Não sei do que você esta falando”, Mas para o azar dela, Ayasie a conhecia muito bem, para saber que ela estava escondendo algo.

-Anna Lucia, pode começar a me contar, ou você acha que eu sou otaria o suficiente para acreditar que você só mudou de endereço de novo, porque estava longe demais da escola?? Quem é o cara?- Ayasie olhou para a prima seria, a ruiva não tinha noção do que ela sabia, e como conseguirá as informações, E se soubesse, seria mais difícil manter ela a salvo deles.

-Parece que você sabe bem quando minto. Ok vou te contar, não porque eu quero, mais acho que você acabaria descobrindo de qualquer jeito. Mas antes de começar quero que você me prometa que não vai contar nada para ninguém.

-Ok não conto, mas assim que eu achar que deve ser contado, eu conto.

-Tudo bem. Bom tudo começou a uns 2 anos atrás.