Coeur Faible escrita por NRamiro


Capítulo 21
Parte 14.3


Notas iniciais do capítulo

Here I am. Demorei menos que antes, certo? Próximo cap sai ainda esse mês também.



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- Craig e Louis, este é o nome da garota, partirão à noite. Vão de trem – Henrie e eu estávamos na sua casa, meu novo cabelo escuro caiu bem em meu rosto. Após alguma maquiagem me sentia irreconhecível. Meu parceiro, assim como eu, estava disfarçado. O cabelo penteado para trás com gel e uma barba postiça. Estranho, uma nova pessoa, diria. – Devemos ir junto a eles, quem sabe no mesmo vagão. Não creio que vão nos reconhecer.

- Sinto-me naqueles filmes idiotas de espionagem – Observei. – Mas funciona. Não vão nos reconhecer.

- Está pronta?

- Sim.

Antes de sair da espaçosa casa de Henrie, notei em cima de um criado mudo um porta-retrato de um garoto com aparentemente quinze anos. Primeiro achei ser o próprio Henrie quando mais novo, porém logo reparei quem era, na verdade, aquele garoto. Era o irmão de Henrie – não me lembro o nome – que havia morrido anos atrás devido a uma doença degenerativa.

Pelo o que sei, Henrie não conseguiu lidar muito bem com essa perda. Precisava esvaziar sua mente e sentimentos, foi quando um primo de segundo grau o introduziu à coeur. Nada de sentimentos, dias apressados, dinheiro e trabalhos que tomariam o seu tempo quase por completo – uma nova vida. Não é difícil entender que era tudo o que ele precisava para se tornar mais forte, porém com o tempo, Henrie descobriu que tinha um verdadeiro talento para desempenhar suas funções dentro da organização, portanto permanece nela desde então. E, conhecendo a Coeur Faible como conheço, ele não teria muito sucesso caso tentasse deixá-la.

Sou grata de tê-lo comigo até hoje.

- Enquanto compro os tíquetes, você os mantenha sob seu olhar – Meu parceiro disse enquanto caminhávamos até a estação de metrô. – Tudo bem?

- Sim.

Poucos minutos de caminhada depois, chegamos à estação. Procurei com os olhos a dupla. Não demorei a achá-los, já haviam comprado os tíquetes e esperavam pelo metrô. Henrie logo chegou ao meu lado e entregou o meu.

- Aqui está.

Passamos pela roleta e nos aproximamos com cautela de Craig e Louis. Eles estavam sérios e não trocaram uma palavra; e assim foi durante todos os minutos da viagem entre a Inglaterra e França.

Ao chegarmos à França, Paris, a dupla foi diretamente a um hotel. Henrie, junto de mim, sentou-se num café e assim os esperamos. Quase uma hora – e dois cappuccinos – depois, vimos Craig deixar o hotel. Ele esperou alguns minutos e logo Louis apareceu atrás. Os dois se vestiam de modo parecido: blusas claras, jeans e uma jaqueta.

Paguei a conta rapidamente, aproximamo-nos do casal e começamos a seguí-los cautelosamente. Viramos algumas esquinas em seu encalço, mas logo eles pararam e trocaram algumas palavras. Fiquei com receio deles terem percebido que havia duas pessoas os seguindo, mas Craig apontou para um prédio e Louis concordou com um aceno de cabeça.

O prédio tinha uma aparência rústica, provavelmente havia sido construído em algum século passado, porém seu interior era moderno. Logo percebi que não era um prédio residencial, pois os andares eram preenchidos por diversos escritórios.

- Vamos esperar aqui – Henrie sussurrou. A dupla entrou no elevador e observei a máquina levá-los ao sétimo andar. Aproximadamente meia hora depois eles voltaram a descer, não traziam nada consigo.

- Eu vou checar o andar, você vá atrás deles – Disse para Henrie.

Por sorte, no sétimo andar só havia dois escritórios. Um trancado e o outro completamente revirado – parecia que um furacão havia passado por ali. Entrei neste e comecei a mexer nos papéis, procurando por algo que despertasse meu interesse. A maioria dos documentos estava em francês e não sou boa o suficiente na língua para entender tudo, porém uma foto chamou a minha atenção. Quando a peguei meu coração parou de bater por um momento. Duas pessoas estavam abraçadas em meio da neve, um homem e uma mulher. A imagem não teria nada de mais se o homem em questão não fosse Anthony e a mulher, Lilly.

Peguei meu celular e disquei o número de Henrie.

- Encontre-me naquele café. Precisamos voltar para Londres, agora.


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Notas finais do capítulo

Eeeeee agora? Suposições?
.
Comecei a arrumar os detalhes do próximo capítulo. Tô tão ansiosa para postá-lo que acho que nem vou dividir em partes, mesmo que fique gigante! *-*
.
Reviews?



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