Cath estava angustiada, mas ele não lhe dava a mínima abertura, estava sofrendo e muito … ela sabia !

Mas como fazer um homem, tão insistentemente fechado, se abrir. Era impossível !

Ela precisava fazer alguma coisa. Mas não sabia o quê !

Olhar para ele tão derrubado a fazia morrer um pouco, ele era seu amigo,. Queria o melhor para ele, ainda mais sabendo que sofria em silêncio.

Esse era o fato ! Sofrer em silêncio.

O que teria acontecido, por que ele estava tão imensamente triste como ela nunca havia visto antes. Era uma tristeza dolorida, que só de estar perto já se podia sentir, e era frustrante.

Ela queria ajudar, mas ele se fechava ainda mais, resolveu procurar Brass.

O encontrou sentado, em sua sala, pensando, olhando para o nada, distante. Ela bateu na porta e ele acordou de sua viagem.....

_Oi Cath … entra.

Ela se sentou e o encarou.

_Brass, eu preciso da sua ajuda … não sei o que fazer !

_Gil ?

Ele era perspicaz e estava justamente pensando nele, parecia um morto vivo.

_Acho que não podemos fazer nada por ele … infelizmente.

_Mas, assisti – lo se afundar num buraco está acabando comigo, ele precisa de ajuda, Brass.

_Ele precisa “querer” ajuda.

Ela se sentiu derrotada, os braços caídos ao lado do corpo.

_Eu sei … Cath … isso me afeta também, estava justamente pensando nele.

Bras viu duas lágrimas caíram dos belos olhos azuis dela.

_Me sinto tão impotente … ele não fala comigo, tenho a sensação que não dorme há dias.

Ele suspirou.

_A solução é abrir a cabeça dele e ver se entra alguma coisa lá dentro. Sabe Cath, ás vezes eu tenho vontade de bater nele. Sabe aquela brincadeira da cadeia do amor ? Trancar os dois lá dentro e não soltar até que resolvam … se casar !

Ela conseguiu sorrir, este era o Brass !

Ele se levantou e pegou as mãos dela.

_Vamos pensar em um jeito de fazer alguma coisa … e rezar … para que ele mesmo tome uma atitude, quem sabe ! Milagres existem !

_É … mas não sei se isso funciona com ele !

Ela saiu, passou em frente a sala dele e se arrependeu.

Ele estava de costas virado para alguma coisa que ela não conseguiu ver, o viu tirar os óculos e esfregar os olhos, depois passou a mão pelo cabelo.

Ela fez menção de entrar, mas não conseguiu. Sentiu vontade de chorar mais uma vez, e saiu depressa dali.

Ele estava virado para o vídeo que ela havia lhe enviado. 

“Tenho pensado muito em nós, apesar de tudo, em todos os momentos. Achava que poderíamos sobreviver a tudo. Esta viagem fez com que as coisas ficassem mais claras. No último ano em Vegas, eu mal podia respirar, muito menos pensar. Antes de eu partir, você me disse coisas que eu tentei não dar ouvidos mas, agora,acho que você estava certo. Se um relacionamento não pode avançar, ele definha. Estava esperando você decidir, mas ás vezes, não tomar uma decisão, é tomar decisão ….”