A Loucura do Amor escrita por BiasC


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Demorei né? Desculpem, de verdade.



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POV Chris Rodriguez

                Ares estava parado em minha frente com sua costumeira jaqueta de couro e seu habitual sorrisinho irônico.

                -O que você quer, Ares?

                -O que eu quero?! Bem, é muito simples. Eu quero você longe da minha filha! Bem longe.

                -Bom, eu realmente sinto muito, mas isso não vai acontecer. Eu e a Clarisse estamos namorando e nada que você fizer vai mudar isso.

                -Ah é? Nada que eu fizer vai mudar isso, certo? Então me fala, se eu te matar agora, como vocês vão continuar namorando?

                -Tudo bem, você tem razão. Me mate então Ares, mas saiba que se fizer isso Clarisse vai te odiar pra sempre, quero dizer, mais do que ela já odeia.

                -O que você esta dizendo? Minha filha não me odeia!

                -Ah não, claro que não! Ela deve amar a pessoa que destruiu a vida dela, faz ela ir em missões super perigosas e nem sequer fala com ela, ou lhe dá parabéns por suas conquistas. Você realmente acha que ela gosta de você, Ares? Não, ela não gosta e sabe por quê? Porque você é o pior pai que ela poderia ter.

                Eu não sabia de onde tinha arranjado coragem pra dizer tudo aquilo e sabia que talvez aquilo custasse a minha vida, principalmente levando em conta que os olhos de Ares pareceram ficar bem mais vermelhos de ouvir o que eu havia dito. Mas quando eu podia jurar que ele ia me transformar em churrasquinho, ele simplesmente sorriu e disse:

                -Eu sou o pior pai?! E o que você diz do seu? Eu possa falar pouco com os meus filhos, mas pelo menos eu os reconheço e os reclamo. Diferente do seu pai, que não deve nem sequer se lembrar de você. –Disse ele venenosamente.

                Eu não consegui responder. Eu sempre evitava pensar no meu pai ou no porque dele nunca ter me reconhecido, era doloroso demais. E ouvir alguém dizendo isso, na minha cara, era ainda mais doloroso.

                -Cale a boca!-Eu não deixaria que ele falasse esse tipo de coisa. –Você não tem o direito de falar nada sobre o meu pai, mas se você quer saber, eu não ligo pra ele, Ares. Não  ligo se ele vai ou não me reclamar ou o por que dele fazer isso, eu simplesmente não ligo, não dou a mínima! Mas o fato é que Clarisse liga pra você, então você podia tentar ser um pai melhor pra ela.  

                Eu me virei e voltei para a casa, deixando pra atrás um Ares chocado e irritado.

                Chegando lá, Clarisse já tinha saído do quarto e estava na sala, sentada no sofá e enrolada em um cobertor, e sorriu quando me viu entrar. Deuses, como ela pode ser tão linda?!

                -Onde você estava? Fiquei preocupada... –Ela corou ao dizer isso e eu sorri. Chegava a ser engraçado pensar que ela ainda ficava envergonhada em me dizer certas coisas, principalmente porque ela havia me visto em situações bem mais vergonhosas.

                -Eu só estava lá fora, tomando um ar. –Eu disse me sentando ao seu lado.

                Eu não queria mentir pra ela, mas também não queria que ela ficasse triste em saber da minha “conversa” com seu pai.

                -Então como foi a conversa com sua mãe?- Eu disse, tentando mudar de assunto.

               -Ótima, melhor do que eu poderia imaginar, na verdade.

               Notei que ela sorria muito a dizer isso, e fiquei realmente feliz com isso. Era estranho. Eu sabia e tinha absoluta certeza que eu amava Clarisse, mas tudo isso era muito novo pra mim e pensar no quando um simples sorriso vindo dela podia mexer comigo, chegava a ser assustador. Qualquer coisa que tivesse uma mínima relação com ela de repente ganhava extrema importância. Meu mundo parecia girar em torno dela e minha vida tinha ganhado um novo significado. Agora, eu tinha, verdadeiramente, uma razão pra viver.

                                               POV Clarisse La Rue

               Eu estava tão feliz, parecia que ter me acertado com minha mãe tinha tirado um peso das minhas costas. Chris estava ao meu lado no sofá e me olhava fixamente, isso me deixava um pouco envergonhada, mas eu não conseguia desviar o olhar dele. Ele era tão perfeito! O cabelo bagunçado lhe dava um ar sexy e seus olhos claros só ajudavam.

               -Então você e sua mãe conseguiram conversar e se dar bem? –Perguntou ele.

             -Sim, conseguimos e agora está tudo bem. Bom, é claro que eu ainda estou triste por causa do meu pai. -senti ele se mexer desconfortavelmente ao meu lado. Estranho. –Mas eu estou realmente feliz por ter me entendido com ela.

               -Que bom, querida. – Respondeu ele me abraçando. –Eu fico feliz por você.

             Senti que era o momento certo pra tocar em um assunto que já pela minha vinha passando mente desde que nós tínhamos chegado na casa minha mãe.

             -Chris. Eu realmente estou feliz e tudo mais, mas nós não podemos ficar aqui por muito tempo, logo os monstros nos acharão e eu não quero por minha mãe em perigo. Eu quero voltar pro acampamento, Chris.  

            Eu mal terminei a frase e ele já tinha me soltado e levantado do sofá. Me levantei  e fui até onde ele estava e toquei seu ombro.

             -Chris, eu sei que é difícil pra você, mas é o melhor a se fazer e eu não vou deixar você aqui! Você vai comigo sim!

              Ele se virou pra mim e eu pude ver que ele não estava transtornado, como eu achei que ele estaria, ele estava com medo.

              -Você não entende Clarisse. Eu deixei aquele acampamento como um traidor. Eu não sei como eles vão me receber, mas eu duvido que seja bem.

              -Chris, não diga isso. Você está arrependido e eu tenho certeza que todos vão entender isso. Você não tem porque ficar assim.

               -Eu não sei, Clarisse. Eu... eu tenho medo de todos ficarem com raiva de mim. Eu tenho vergonha do que fiz, mas não sei o que fazer pra recompensar isso.

              -Só o fato de você estar arrependido é o bastante. Ninguém vai julgar você, Chris. Vai dar tudo certo. Confia em mim?

               Ele sorriu.

              -É claro, meu amor. E eu também te amo muito.

               -Eu também te amo!

              Nós nos beijamos e ficamos abraçados até ele perguntar, de repente.

             -E como nós vamos chegar lá, hein?

               E do nada, duas passagens de avião apareceram na mesinha de centro.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi dedicado a Monday, que me deu a minha primeira recomendação.
E quem quiser eu capitulo com dedicação especial, já sabe o que fazer, né?