A Loucura do Amor escrita por BiasC


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Boa leitura!



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POV Clarisse La Rue

                                Eu acordei ainda me sentindo cansada. Não havia dormido bem, as revelações que Chris tinha feito não haviam me deixado em paz, eu não conseguia parar de imaginar a cena dele matando alguém. Pode parecer estranho uma filha de Ares ficar nesse estado por causa disso, afinal, nós estávamos a espera de uma guerra e eu já devia ter me acostumado a ideia de que muitos semideuses iam morrer. Mas eu sabia que não era a morte dela em si que me incomodava tanto. É claro, eu estava triste pela menina, mas o que realmente me incomodava era saber que ele havia a matado. Isso me parecia impossível, eu não conseguia acreditar que ele era capaz disso. Ele sempre me pareceu tão... Inofensivo. Bem, eu sabia que ele lutava bem, já tinha o visto lutar. Mas quando eu o vi lutar, ele estava lutando ao meu lado. Vai ver era isso. Eu não conseguia acreditar que ele tinha lutado e matado alguém, do lado errado, do lado do mal.

                Eu estava tão imersa em pensamentos que demorei pra perceber que Chris não estava mais ao meu lado. Olhei ao redor, o procurando. Primeiro, achei que ele não estava em lugar nenhum. Só depois percebi que ele estava ali, encolhido em um canto. Ai, por Ares! De novo não.

                -Chris?- murmurei incerta, me aproximando dele.

                Ele me olhou assustado, mas a me ver, sorriu.

                -Clarisse!- Mas depois disso, ele me olhou de forma estranha por um momento, depois arregalou os olhos e começou a gritar, tentando desesperadamente se distanciar de mim. - Não! Não!

                                                                POV Chris Rodriguez

                Eu fiquei encolhido num canto por um bom tempo, tentando me manter lúcido, sem obter sucesso. Visões do dia em que matei Mary surgiam em minha cabeça do nada, me enlouquecendo. Era torturante. Em apenas pequenos momentos eu conseguia me manter “normal”, e foi num desses que eu momentos que eu ouvi Clarisse murmurar meu nome, vindo pra perto de mim.

                -Chris?- Ela parecia um tanto incerta em se aproximar de mim, mas eu estava feliz em vê-la. Eu sabia que eu ficava melhor perto dela e que ela me ajudaria a passar por isso, como tinha feito quando me encontrou.

                -Clarisse!-eu estava aliviado em vê-la. Não tinha acordado ela por vergonha, não queria parecer uma criançinha mimada, mas eu realmente precisava dela. Eu a amava, não podia mais negar isso. Mas então, aconteceu tudo aquilo que eu não queria. Minha visão ficou turva, e Clarisse pareceu se transformar a minha frente. Seus cabelos cresceram e clarearam, seus olhos mudaram de cor e logo eu via Mary a minha frente. Ele olhava pra mim com olhar indignado, como se me acusasse de algo. –Não! Não! Você não! Vá embora! Clarisse, socorro! Tire ela daqui, Clarisse!

                -Quem, Chris? Eu to aqui!-Eu a escutava, mas não conseguia a enxergar. Só via a Mary.

                -Socorro! Vá embora! Eu não queria te matar! Desculpa! Me deixe em paz!

                -Ta tudo bem, querido! Ela não esta aqui. Mas eu estou aqui com você. Tente se controlar. É só uma ilusão, não é real.

                Eu tentei fazer o que ela me dizia e por um momento a visão acabou e eu consegui voltar a ver Clarisse, mas logo a visão voltou, junto com a imagem de Mary. E ficou assim, intercalando entre a visão e a realidade. E isso não foi de grande ajuda.

                -Me ajuda! Por favor!

                Eu gritava e chorava sem parar, não queria continuar assim, eu queria me livrar dessas lembranças ruins. E principalmente, eu queria ficar curado pra ficar pra poder ficar com Clarisse, sem ter que pôr ela em perigo ou fazê-la sofrer. Então, a sensação de lábios sendo colados aos meus me tirou desses pensamentos e me livrou da visão. Ao abrir os olhos, depois de nos separar, eu vi Clarisse com marcas de lagrimas no rosto, me olhando com apreensão.

                -Você me beijou?-Perguntei surpreso.

                -Ham, é. –ela estava envergonhada, então, mudou de assunto. –Você está bem?

                -Estou. Pelo visto, seu beijo me tirou da visão. -Não, eu não estava a cantando nem nada do tipo, estava simplesmente dizendo a verdade.  

                Eu podia ver que o elogio havia a deixado sem graça. E eu adorava isso. Mas evitei pensar nisso, afinal, eu não sabia como ela estava me vendo depois de tudo que contei pra ela.

                -Você... –eu tentei perguntar o que eu queria, a duvida que estava me matando por dentro, mas as palavras pareciam sumir. –Você... Ainda está... Chateada comigo?

                -Hum?Chateada?

                -É, você estava chateada comigo antes de eu te revelar tudo, por... Por eu ter te dito que não ia... Ham, ficar com você, pra não te por em perigo.

                -Ah, sim, eu me lembro. Eu tinha esquecido isso, depois de, ham, tudo. –ela parecia realmente surpresa pelo seu próprio esquecimento. –Não, não estou. Eu entendo os seus motivos. Mas, eu ainda não concordo com eles. Eu acredito que você vai se recuperar e eu quero ficar com você. Eu te amo, Chris.

                Meu coração praticamente parou ao ouvi-la dizer aquelas palavras. Ela me amava. E eu amava ela.

                -Eu também te amo, Clarisse. – eu respondi sorrindo.

                Ela sorriu comigo e nós nos beijamos. O melhor beijo de toda a minha vida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu gostei bastante desse capítulo, achei tão fofo esse final! Bom, deixem reviews. Beijinhos!