Segredo Brutal escrita por Apiolho


Capítulo 8
8 - Um pedido irrecusável


Notas iniciais do capítulo

ESTOU CONTENTE EM DIZER QUE: "MAIS UM CAP. QUE NÃO SERÁ SOMENTE PARA OS FANTASMAS"

OBRIGADA A LEECOEEL PELO NOSSO TERCEIRO REVIEW, DANDO-ME ESPERANÇA DE QUE ESSA ESTÓRIA É PELO MENOS BOA! UAEHA *-*

BEIJOS, ESPERO QUE CURTEM!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146978/chapter/8

Capítulo oito

Um pedido irrecusável

 "Eu te amo para amar-te e não para ser amado, pois nada me dá tanta felicidade como te ver feliz."

(George Sand)

 

Apenas deram um rápido selinho, no entanto foi algo que a deixou desnorteada. Ficou fora de si, tanto que levantou-se rapidamente. Olhou para Philip, a cólera presente neles, dando um tapa que de longe pode ser ouvido. Ela não se importava se ia passar vergonha com isto, mas beijá-lo era mais constrangedor que outra coisa.

— Pode parar a filmagem, pois eu não farei mais parte deste desprezível elenco. — estava irritada, saindo de um modo apressado.

Os passos largos denunciavam o quanto incomodada estava, ela ainda não acreditava que tinha beijado ele. Não se importava que era apenas um toque, ou que não houve sentimento, mas sim por Philip não ter avisado a ela sobre isto. Sentou-se em um banco depois que tinha saído, lembrando-se do mísero tempo que passou com o crápula. Teria que ser como antes, pois não teria mais trégua. Já que até o inimigo queria assim, quem seria ela para questionar?

Riu ao lembrar quantas vezes se odiou por causa dele, tanto que não conseguia mais contar nos dedos. Desejava não mais brigar, porém sabia que era impossível. Só de ficar perto dele já sentia raiva, algo que mesmo experimentando tantas vezes ainda não sabia o porquê. Estava tão distraída que não notou quando mãos frias a tocaram, e só percebeu quando a pessoa a chamou.

— Ele é apaixonante, não é? — perguntou Lucy, referindo-se ao detestável.

— Só se você estiver falando do Ken. — declarou emburrada, tentando mudar de assunto.

— Quem? Ken Viegas? — questionou surpresa.

— Sim, nós dançamos; porém Philip veio e estragou o momento. — respondeu sonhadora, mas logo desmanchou o sorriso.

— Sério? Ele é divino! — berrou, ás vezes ela era muito escandalosa.

— E onde a senhorita estava que não viu está parte da festa, em? — questionou, sorrindo para a amiga.

— Bem, eu estava com Philip. — disse simplesmente, envergonhada por tocar no assunto proibido.

— Então é por isso que ele tinha dito "volta logo" no começo do baile. — sussurrou para si, o som era tão baixo que nem a amiga pode ouvir. — infelizmente estou começando a achar que tu se apaixonou por ele, Lucinda. — confessou com esforço, olhando diretamente para a ouvinte.

— Isto será a última coisa que ouvirá de mim, Suzy. Eu não estou o amando, e fico feliz em dizer que isto está longe de ocorrer. — respondeu, porém a amiga sabia que tinha um pouco de mentira em sua palavras.

— Por enquanto confiarei em ti, mas quero que prometas que me contarás quando estiver o amando. — disse lentamente, abraçando a amiga.

— Prometo. — declarou simplesmente.

Elas voltaram para a festa e Lucinda ficava falando para a mesma se encontrar com Ken, já que queria que a amiga namorasse alguém. Mesmo com protestos, e após encontrarem ele, Suzanne acabou aceitando o pedido da companheira.

— Oi, Ken. — cumprimentou com receio.

— Olá, Yzus. — encontrava-se feliz.

— Desculpe-me pelo ocorrido anteriormente, mas eu era obrigada a dançar com meu parceiro de blog. — confessou, sentindo náuseas por tocar no assunto Philip.

— Ama muito este parceiro, não? — perguntou aos risos, sorrindo muito.

— Ficaria feliz se Philip saísse de uma vez, odeio-o muito. — declarou com raiva.

— Todavia, não se preocupe. Sei que logo se entenderão, porém agora desejo que dance comigo. — comentou, estendendo a mão em convite.

— Seria muito incomodo se eu te pedisse para irmos ao pátio? Dançar não me trazem boas lembranças últimamente. — disse se referindo ao beijo de antes.

— Está bem, farei o que quiser Yzus. — respondeu educadamente, encaixando a mão dela em seu braço.

Andaram pelo salão como se fossem um casal, sendo que até as mulheres sentiam inveja dela. Ela não tinha culpa, apenas era educada demais para recusar. Foram para o pátio e se sentaram em um banco. Achou divino o local, principalmente por ver que tinha uma fonte no centro do jardim.

— Vejo que estais encantada, mas com o quê? — questionou, quebrando o silêncio.

— Nunca vi uma "casa" tão linda, deve ser um sonho morar aqui. Não é? — questionou, deixando-o angustiado.

— É, mas o único problema é não ter meus pais tão presentes em casa. — confessou, formando um linha reta de melancolia em seus lábios.

— Oh, sinto muito! Desculpe por ter tocado neste assunto, mas se te faz sentir melhor, eu não tenho mais um pai. — disse uma frase meio sem-nexo, pois ela ainda não havia se acostumado com a situação.

— Não me torna mais feliz, mas sim o contrário. Quem se contentaria ao saber que o outro não tem mais um membro importante da família? — questionou incrédulo.

— Tem razão. Então é melhor trocarmos de assunto.

E, realmente trocaram. Em instantes dois jovens começaram a se brigar, até quem via por alto saberia que era por causa de mulher. Eles se xingavam tão alto, que só um total surdo não ouviria a conversa. Suzanne ficou nervosa com isto, lembrando-se das cenas que ocorreram no passado. Sentiu-se tonta e viu Ken antes de desmaiar em seu colo.

✩ 

Philip estava dentro da festa, dançando com Lucy. Ele não sabia o que fazer neste situação, odiava-se por ficar envergonhado na frente da amada. Ela realmente o seduzia e enquanto rebolava com a mesma observava o quanto era bela, sentiu vontade de beijá-la ao ver os lábios convidativos tão próximo a si.

— Se quiser me beijar, faça-o! — exclamou, abraçando-o com doçura.

Não respondeu, apenas cumpriu o que lhe foi pedido. Colocou a mão na nuca dela e a selou com volúpia. Sem perceber sua mão já estava na cintura da mesma e sua língua já entrelaçava com a dela. Ele estremecia a cada ato, e ver que ela correspondia da mesma maneira o instigava a continuar. Não soube como, mas começou a pensar em Suzanne. Parou o beijo, estranhando-o por ter imaginado outra pessoa.

— O que houve? Não me quer mais, é? — questionou tristemente, mas sedutora.

— Não foi nada. — respondeu automaticamente, beijando-a em seguida.

Este se tornou mais raivoso, e Suzy era a causa disto. Era um toque desesperado, mas ficou aliviado ao ver que ela tinha saído de sua mente. Suas mãos já estavam em sua cintura, aproximando-a mais ainda de seu corpo. Ele alternava em sugar os lábios dela com fervor e tocá-la. O beijo só acabou quando os dois precisavam de ar, e Philip começou a selar seu pescoço. Sentia ela se arrepiar, algo que o fez a desejar mais ainda.

—Philip, ainda bem que te achei! — comentou uma voz no meio da multidão.

O casal se afastou, olhando a figura que se aproximava.

— Ken? O que está fazendo aqui? — perguntou, simplesmente surpreso.

— A Yzus está desmaiada. — comentou quase sem fôlego, pois tinha corrido muito até achá-lo.

— O quê? Como assim? — raivoso.

— Eu não sei, pois quando eu vi ela já tinha caído em meu colo. — declarou confuso.

— Se acontecer algo com ela, eu te mato seu desgraçado! — exclamou, abrindo passagem pela multidão.

"Sempre Suzy é a culpada, sempre!" Pensou, referindo-se ao ato interrompido com Lucinda. Mesmo brigando com ela ou a xingando, gostava um pouco dela. A verdade é que ele a adorava, só a irritava para ver a mesma brava. Não se importava com a multidão o olhando ou se Lucy estava atrás dele, apenas queria achá-la. Saiu pela porta e entrou no pátio, observando uma fonte, bancos e alguém desmaiada no mesmo. Ele estranhou o porquê de ninguém ter a acudido, mas achou melhor deste jeito.

Observou que o semblante da mesma era calmo e a botou em seu colo, percebendo o quão pequena era ela. Enquanto a segurava seu corpo, notou que só assim para deixar que ele a toque. Odiou-se por reconhecer o porquê de beijá-la, a mesma era irresistível. Philip não a selou por causa da filmagem, e sim porque foi uma ação automática ao ver os lábios tão próximos ao seu.

— Droga Philip! Por que não nos esperou? — questionou Lucy.

— Traz um copo de água Ken, por favor. — disse, ignorando a pergunta da amada. E o outro foi fazer o que ele pediu.

— Tu sabe que ela vai ficar uma fera quando acordar, né? Literalmente. — comentou Lucinda, sentada ao lado do 'ficante'.

— Infelizmente eu sei disto, mas ela precisa despertar. — sussurrou desesperado, provavelmente por saber que a mesma desmaiou duas vezes essa semana.

— Verdade. — disse a outra distraída, vendo que Ken já havia chegado.

O homem estava se aproximando de uma maneira apressada, a garrafa com água em suas mãos. Ele era diferente do resto de sua família, pois se importava muito com as outras pessoas. Seu sonho era ser um voluntário, e por isso seus irmãos teimavam em dizer que era adotado.

— Demorou, em? — questionou Philip, a raiva em sua voz e expressão.

— Pare com isto, não está vendo que ele se esforçou para trazer a garrafa rapidamente? — repreendeu a menina.

— Pois deveria se esforçar mais. — frio.

— Acho que tu está sendo muito injusto com ele, Philip. — declarou Lucinda.

— É melhor esquecer isto, ele está muito abalado para pensar em se desculpar. — disse Ken, saindo com a menina para outro canto.

Philip ficou ali com Suzanne no colo, não entendendo a sua atitude. Buscando nela um motivo para tal, porém não o achando. Talvez tivesse mesmo abalado, desmotivado, doido para que a mesma acordasse e o socasse por estar a tocando. Desejaria também, que ela o olhasse com aqueles olhos negros que demonstravam a doçura que viu uma única vez. Pegou o copo da água e derramou rapidamente em cima dela, vendo que acordou pelo susto.

— Maldita! Por que você fez isso conosco, em? — comentou preocupado, mas ao mesmo tempo irritado.

— Primeiro, solta-me! — retrucou na mesma intensidade, fazendo o mesmo a soltar.

— Diga-me, por que desmaiou? — questionou.

— Eu não te devo explicação idiota! — comentou tentando sair, mas foi interceptada pelo mesmo.

— Não é um pedido Yzus, é um mandato! — exclamou.

— Claro, e você é muito para isso. — disse em ironia, olhando diretamente para o ele, mas não conseguiu encará-lo por muito tempo. — Isto machuca, sabia? — questionou, observando seu braço que estava doendo pela força depositada nele.

— É assim que me trata após te acordar? É uma ingrata. — berrou, apertando mais ainda os braços dela.

Neste momento todos já estavam observando a briga, fazendo com que ele a levasse para um lugar mais reservado. Não queria machucá-la, mas se irritava só de ouvir suas palavras. Algo que o deixava nos nervos, desarmado, sem saber que atitude tomar.

— Quando vais me largar? Não temos nada para conversar, Lip. — disse áspera.

— Com toda a certeza temos, Suzy. Quero que se torne minha namorada. — concluiu sério, após ver que Lucinda estava jogando charme para Ken.

— O quê? Estais enlouquecido? Nunca que eu... — comentou, mas foi cortada.

— Não tem como recusar, pois tenho a tua identidade em minhas mãos. — declarou, deixando-a sem saída.

— E não há outra coisa que eu possa fazer? — questionou receosa.

— E vai perder a chance de ter a pessoa que mais ama ao seu lado? — perguntou em ironia, sorrindo de lado para a mulher a sua frente.

— Eu não estou para brincadeira, sei que há outra coisa que possamos fazer.

— Não há, só aceite e pronto. Prometo que irei me comportar. — comentou.

— Já que não tem mesmo outra opção eu aceito. — finalizou tristemente, suspirando em derrota.

 

Ele a mirava de maneira maliciosa, o brilho em seus olhos denunciavam o quanto estava contente por tê-la convencido. Ao contrário de Suzanne, que tinha o medo em cada gesto seu. Philip podia, desde o começo, contar a identidade da mesma, porém não haveria graça para o mesmo. Não teria motivos para irritá-la e consequentemente, não teria passado por todas essas "aventuras".

— Vejo que está se comportando bem, Suzyanne. Deve ter aprendido que não se deve confrontar o inimigo, mas sim se unir a ele; e no nosso caso o mais íntimo possível. — comentou, a voz rouca.

— Seu miserável! Juro que se eu pudesse, acabaria contigo. — retrucou, a expressão em fúria. Os olhos em cólera denunciavam o quanto estava cansada de suas brincadeiras.

— Eu sei que essa grosseria é apenas para o esconder o que sente por mim, meu amor. — estava sorrindo, porém sabia que suas palavras eram falsas.

— O quê? O ódio que sinto por ti? Pois isso é o que menos quero esconder, Lipinho. — o tom sarcástico , sabendo o quanto estava triste; principalmente por sua amiga.

— Todos sabemos que você me ama Suzyanne, então, não precisa mais mentir. — declarou, aproximando-se dela enquanto a mesma recuava.

— Por favor, fique longe de mim! — exclamou acuada, vendo que já estava quase sendo encurralada por ele.

— Não pode fugir por tanto tempo. — segurando-a pelo braço para que a mesma não escapasse, sussurrando de forma rude em seu ouvido. — Você tem que se conformar Suzy, pois somos namorados agora. — completou, olhando a sério por um longo período de tempo, mas afastando-se em seguida.

Suspirou aliviada, tocando a mão no peito a espera de que seu fôlego pudesse ser recuperado. Admitiu que sua vida estava virando de cabeça para baixo, destruindo todo o conforto que tinha antigamente. Poderia desistir, chorar ou contar a todos que era a Yzus, porém a raiva que sentia de Philip não deixava que isso ocorresse.

Ele havia tirado o seu sossego, porém sabia que era apenas o início. Teria que se conformar com isto e não mais confrontá-lo, talvez assim a deixasse em paz. Vendo-o se afastar se lembrou de Lucinda e de que a mesma não poderia saber do falso namoro. Correu em sua direção, pegando-o pelo braço e o virando.

— O que você quer agora, em? — disse.

Dava para ver o quanto estava irritado, e ela queria acreditar que era por causa do namoro, porém reconhecia que era por outro motivo. Sabia que não poderia, ou melhor, não tinha opção sobre este assunto. Ela tinha que aceitar, porém não perderia amizade por causa disto.

— Por favor, não conte a Lucinda sobre o que conversamos. — implorou, os olhos em preocupação.

— Não posso! Ela é o único motivo pelo qual me prendo a você, Suzy. — finalizou, dando as costas e entrando festa, misturando-se entre a multidão.

— Droga! Não sabe o quanto te detesto, seu miserável! — berrou na esperança de que o mesmo escutasse.

Ela se sentou na pedra, chorando pelo que ia acontecer. Perderia sua única amiga, passaria os dias com Philip, e no final ficaria sem seu blog. "Tornarei de sua vida um inferno" vinham em sua cabeça, lembrando-se das palavras que ele falou na festa, deixando-a com medo.

As horas corriam rapidamente, e ela sabia que já era tarde. Ficou pensando em como ia embora sem sua amiga, sem Philip, com o intuito de escapar dos xingos que Lucy ia dar. O celular começou a vibrar em seu bolso, e ela o pegou tremendo, rezando para que não fosse a loira.

"Temos que ir embora, encontre-nos na entrada. AGORA!

Xoxo, sua AMIGA L."

A ênfase na palavra "amiga" era mal sinal, mostrando que o detestável já havia dado a "boa" noticia. Reconhecendo o quanto o mundo estava contra a mesma, foi em direção ao local. Avistando o moreno com um sorriso no rosto e Lucy com a pior expressão possível.

Mal esperou ela chegar e a pegou pelo braço, apertando-a de forma bruta, e levando para um local afastado. Suzanne ficou com medo a partir do momento em que percebeu que ficariam sozinhas, desejando que estivesse viva depois da conversa.

— Você é uma vadia, Suzanne! Pior, teve a audácia de dizer que não o amava. — começou, soltando-a brutalmente.

— Eu estou namorando com ele, por- — começou sem sucesso, o tom menor que de um sussurro. Foi cortada rapidamente, a amiga estava fora de si.

— Eu realmente acreditava em você, e muito; porém percebi o quão amiga da onça você é! Merecia o que passou e mais, sua vaca! É sim, a pior delas. — começou em fúria, levantando a mão para estapear Suzanne, porém a mesma não deixou.

— Eu não quero e não vou conversar com você desta maneira. Tu não sabes o que ocorreu para me tratar dessa forma, principalmente por me conhecer a tanto tempo. — falou tudo de uma vez, o nervosismo por saber que a perderia.

— Não há o que conversar, não mais. Para mim você não existe, é apenas uma puta que roubou o meu Philip, está ouvindo? Meu Philip! — começou, passando por ela. — Ah! E ele só pode estar te iludindo, pois ninguém pode amar alguém como você. — finalizou, indo em direção ao moreno.

"Eu sei, e sinto muito por isso". Sussurrou a ruiva, tentando esconder a dor que sentia. Logo percebeu que uma lágrima estavam saindo, uma, duas vezes até que estas embaçassem sua visão. Olhou para a frente e viu algo que a deixou entristecida, não, melancólica.

Lucinda tentou beijá-lo a força, porém ele foi mais forte e a impediu de fazê-lo. Ela sussurrou algo em seu ouvido e entrou em um carro, logo dando a partida. Suzy percebeu que haviam três meninos junto com a loira, provavelmente dando carona a mesma. Aquilo foi deveras preocupante, principalmente porque... era sua amiga que estava no veículo.

Philip continuava com a mesma expressão, fria e assustada. Sua pele que antes era pálida, estava mais alva. Logo, seus negros olhos posaram em Suzanne, deixando-a desconfortável por ele ter feito isto tão rapidamente, não deixando que se recuperasse do choque. Ela não queria admitir, porém os olhos dele a deixava estupefata.

Começou a andar em sua direção, os passos lentos e tímidos. Sua face ainda demonstrava a mesma emoção, algo que a incomodava. O silêncio que reinava deixava o momento mais bucólico, mais aterrorizante. Pouco percebeu e ele já estava próximo a si, tocando-a pelo braço. Ela podia sentir as mãos frias, tão gélidas como a expressão em seus olhos.

— Vem! Não posso te esperar por tanto tempo, Suzanne. — disse simplesmente, quebrando o silêncio. Destruindo com o instante, e principalmente mutilando os pensamentos da ruiva.

Ela esperava por uma briga, um sermão, um tapa, choro, tudo... menos isso. Philip era realmente imprevisível, alguém que pode fazer qualquer coisa. Lágrimas seriam mais convenientes para esse momento, porém ela sabia, que mesmo sendo indiferente, ele morria por dentro. "São nos urgentes acontecimentos que as pessoas manifestam seu jeito, não?" Pois é, e ele estava mostrando o seu.

— Não quero que digas algo Suzy, eu não preciso disto. — começou quando entraram no carro, olhando para a janela, para o chão, menos para ela. — Apenas quero que vá amanhã para minha casa, pois irei te apresentar a minha família. — completou, sem se importar se a mesma sabia onde era o endereço ou se queria, apenas a informando.

— No entanto, eu... — começou, porém foi novamente cortada.

— Não diga nada, por favor. Até amanhã. — sussurrou rapidamente, e só entendeu sua última frase ao ver que estava em casa.

Suzanne não queria continuar, nem retrucar, estava muito fraca para isso. Principalmente fatigada deste dia, lembrando-se que estaria sozinha a partir de hoje. Realmente, ela teve a brilhante conclusão, de que odiava festas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAM?

ACHO QUE VAMOS FAZER QUE NEM O PHILIP E MANDAR VOCÊS COMENTAREM E NÃO PEDIR. AUHEUAHEAUE

EU IA POSTAR ONTEM, DIA DO MEU ANIVERSÁRIO, MAS NEM DEU DE TERMINAR O CAPÍTULO!

BEIJOS E OBRIGADA! *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredo Brutal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.