Last Summer escrita por Jackie101


Capítulo 25
Love History - part. 2


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, feliz páscoa pra vocês. Desejo muitos ovos de páscoa lindos!!
E desculpem pela demora. Um mês de castigo, escrevi esse capítulo ontem de madrugada. Não ficou ruim.
Espero que gostem :D



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Abriu os olhos vagarosamente e levantou-se do chão. Não lembrava muito da noite passada. Apenas dele e de seus olhos castanhos. Da sua voz, e das suas palavras. Sentia raiva de si mesma agora.

Observou o quarto bagunçado e suspirou levemente antes de cair sobre a cama. Corpo cansado, mente cansada. Estava tentando relaxar um pouco. Esquecer... Mas não sabia como.

Felipe já não era o mesmo. E isso era péssimo. Porque nunca mais serviria de brinquedinho pra ele. O que significava que ele estava desenvolvendo sentimentos por ela. Sentimentos... Aquilo do que ela fugira toda sua vida.

Fechou os olhos tentando captar alguma coisa que a fizesse sair de si. Mas ele era a única coisa em sua cabeça. A única em que conseguia pensar. Forçava-se o máximo para encontrar qualquer coisa que fosse, que pudesse ser capaz de tirá-la da realidade. E então estava de volta.

Era isso... Estava presa a ele...

--

- Você tem visto a Angie? – a morena perguntou sentando-se no sofá e ele tentou absolver alguma coisa que ela tinha dito. Sem sucesso. Estava pensando em como ela tinha ficado mais bonita. Com certeza, os anos tinham ajudado.

Só não tinha ajudado a esquecer. Sim, esquecer... Era o que ele queria. Mas parecia não ser capaz. Agora sabia como o amigo popstar se sentia perto da ruiva.

Da mesma forma que se sentia perto de Valéria.

- Chay! Estou falando com você! – a garota gritou trazendo-o de volta a realidade?

- Sim? – tentou encontrar o ponto de onde tinha se perdido. E então chegou em seus olhos. E quase se perdeu de novo.

- Tem visto a Angie?

- Angie? Não muito desde que o Jason chegou.

- Parece que ele animou as coisas por aqui, hein? – ela disse sorridente.

- E você? Tem visto a Angie? – perguntou o garoto, procurando algo em que se pendurar. Lembrando-se de como ela o deixava. E der repente sentiu-se de volta à infância, como um garoto bobo apaixonado.

- Todos os dias sempre que posso. – suspirou levemente – Não sei como tirá-la dessa. Ela está... Se afogando, sabe? Não há nada em que ela acredite.

- E você?

- Eu? O que eu sou? Estou sempre indo e voltando. Aos poucos eu vou me tornar uma ameaça pra ela. Eu tinha alguma esperança em você que...

Os olhos dele por um segundo brilharam. Ele tinha esperança nele... nele.

Tentou se concentrar no que ela falou a seguir. O que foi em vão. Apenas via seus lábios se moverem graciosamente, sem nenhum som. Apenas as palavras ecoando... “Esperança em você, esperança em você...”.

- Eu posso falar com ela! – disse sem pensar muito no que estava falando. Mas se tratava da ruiva. Não deveria ser algo tão difícil assim... Talvez.

A morena agradeceu com um sorriso e deixou a casa quase que saltitando. Ele gostava de vê-la feliz... Ou melhor, gostava de vê-la.

--

E pela primeira vez ela conseguiu sorrir aquele dia. Nada ocorria como ela desejava. Estava sem chão diante das noticias que recebera de sua família. Brigas e mais brigas eram o seu dia a dia. Discussões, problemas. Ela já estava acostumada. Não esperava que aquela visita pudesse animá-la tanto como aconteceu.

Tentava avisar a sua mente que não era ninguém além do Chay. O menino que corria atrás dela desde que eram pequenos. Tentava se lembrar de que ele não era ninguém capaz de fazê-la sorrir. Mas não conseguia. O formato dos seus lábios deixava tudo bem claro.

Balançou a cabeça tentando afastá-lo de seus pensamentos. Em vão. Ele continuava lá, fazendo-a sorrir somente com a presença.

Não se lembrava dele assim, tão bonito e, ARGH, porque não conseguia para de pensar nele? Aquilo a irritava.

Conhecia Chay. Sabia que ele era mais um garoto bobo. Ou melhor, sabia? Tinha ido embora há tanto tempo. Também não sabia que sentia aquelas coisas por ele.

Estava começando a suar. Estava se sentindo culpada. Era só o Chay, Era só o Chay! Você não gosta dele! Tentava alertar a si mesma...

Mas já era tarde demais.

- Não chore! – ouviu a voz de loiro aproximar-se e fechou os olhos. Não queria que ele a visse naquele estado.

- Vá embora! – pediu a morena com o rosto entre os braços, e o silêncio pairou. Desfez o rosto e pra sua surpresa ele continuava ali, observando-a com os seus brilhantes e belos olhos castanhos.

A morena desviou o olhar.

- Eu disse pra ir embora! – repetiu.

- Mas eu continuo aqui. – respondeu aproximando-se. Para ela talvez fosse fácil se afastar dele, ignorar sua presença. Mas aquilo o matava, por dentro e aos poucos. Não gostava de vê-la longe. Nem de vê-la triste. Cada lágrima dela, pra ele, era um tiro no coração, como se cortasse sua garganta aos poucos, e não conseguisse gritar. Nem uma palavra. Sufocado. Ele se sentia sufocado.

¨

- Serinho que você gostava dela assim? – a morena perguntou divertida arrumando-se no sofá e o loiro revirou os olhos.

- Olha só, quer que eu continue ou não? Você quem me pediu pra contar...

- Tá, tá, tá... Foi mal, estressadinho. – a garota respondeu ainda com o sorriso divertido fazendo-o bufar de nervoso – Continue.

¨

Queria poder voltar aos seus braços. Queria voltar para as suas lágrimas, mas os olhos dele não permitiam que ela fugisse. Tentou voltar a realidade uma, duas, três vezes, em vão. E não pode desviar o olhar. Nem uma vez sequer.

- Não gosto de te ver chorar! – ouviu sua voz rouca enquanto tinha uma de suas fracas mãos entre as suas. Sem tirar o contato visual.

Teve vontade de abraça-lo. Teve vontade de beijá-lo. Teve vontade de dizer que o amava.

Mas tudo o que fez foi abaixar o olhar. Tentou fingir que ele não existia. Tentou.

- Hey... Não chore! – ouviu sua voz doce.

Dois meses. Há dois meses ele chegara em sua vida. Há dois meses o seu mundo virara de cabeça pra baixo. Há dois meses, estava sem chão. Há dois meses, seus olhos não viam nada que não fosse ele. Há dois meses ela o conhecera. Há dois meses... E nunca acabava.

Levou seus olhos ao loiro a sua frente mais uma vez. Ali estava o motivo das suas lágrimas.

¨

- Você chorou por ele? – o garoto ao seu lado perguntou e a ruiva soltou um sorriso abafado.

- Eu era tão tola quanto uma princesa de contos de fadas! – respondeu áspera e ele viu a mentira em seus olhos.

- Você o amava?

- Talvez! – respondeu insegura.

- Pode ser sim, ou não. Você pode não saber. Ou pode simplesmente estar fugindo da pergunta que fiz.

- Amava, tudo bem? – respondeu nervosa e deixou seu corpo ir de encontro à cama. O garoto ao seu lado sorriu maroto.

- Dizem que amor nunca acaba! – disse divertido antes de sair do quarto. E deixa-la a sós com suas recordações.

Ela não respondeu. E isso era mais do que tudo para ela mesma. Teve vontade de se jogar no chão. Mas tudo o que fez foi chorar.

Doía mais do que ela conseguia aguentar. Doía tanto que ela não conseguia sequer respirar direito. E se odiava por isso.

Fechou os olhos e a única coisa que conseguir ver foi ele. Jason. Suspirou e se odiou novamente.

Ali estava o motivo das suas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

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