Eu Posso Ouvir Seu Coração escrita por Daniecupcake, BahRibeiro


Capítulo 12
Eu não estou apaixonada


Notas iniciais do capítulo

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Ele poderia ser um psicopata, Josh poderia ser (suposto Josh http://media.tumblr.com/tumblr_lf51blwwC81qe74ww.gif), mas eu me sentia segura, ele não passava medo nem nada. Sua expressão era sempre calma ou sorrindo, eu gostava daquilo, esta certo que eu o conheci há cinco minutos, mas ele conseguiu me passar toda a tranqüilidade do mundo. Eu me sentia bem, muito bem e ele também parecia estar bem à vontade.

De repente o taxi parou e ele falou com o taxista para me deixar no endereço desejado que ficava logo mais a frente, Josh desceu do carro e fechou à porta, o vidro estava por completo abaixado ele escorou-se ali.

- Está, praticamente, entregue – ele sorriu

- Obrigada, de verdade – eu estava completamente abobada

- Então... Agente se esbarra por ai! – ele se desapoiou do taxi e acenou, acenei de volta e o taxi partiu

Só dobrara a próxima rua e o taxi parara novamente, em frente a um enorme prédio onde na frente dele dizia Plaza Master. Um chofer ajudou-me com as malas, paguei o taxista e ele se foi, subi até minha futura, presente, nova casa. Era pequeno, mas aconchegante, alguns toques da minha bagunça e ficará tudo perfeito. Agradeci ao moço que me ajudará com as malas, larguei-as em qualquer canto, dei uma volta no quarto e sorri que sensação de liberdade boa. Abri os olhos novamente e o levei um grande susto com a presença inesperada do chofer em meu quarto, pensei que ela já tinha saído. Ele olhava todo o quarto tão naturalmente, talvez ele esperara alguma coisa.

- Posso ajudá-lo? – perguntei e ele olhou-me

- A gorjeta senhorita! – ele falou normalmente, gorjeta!

- Oh, sim! Desculpe-me – peguei um dinheiro na bolsa e entreguei a ele

Lembrete numero 1 – não pedir ajuda ao chofer, se não vou ficar sem dinheiro para comida.

Sentei em minha nova cama, não é tão macia, mas da para dormir um bom sono. Havia bastante pó nos moveis. Para ter noção de espaço a minha futura presente nova casa era um quarto grande, nada alem disso, na verdade, um quarto grande com um banheiro. Isso! Não era daqueles quartos de hotéis cinco estrelas, mas era um quarto digno de uma pessoa normal. Velho e empoeirado. Desfiz minhas malas e coloquei tudo dentro das grandes cômodas que havia na parede a frente da cama, passei a mão na parede que havia um papel cobrindo sua verdadeira face. Terminei de arrumar tudo e fui para o banheiro, lá achei um pano então o usei para tirar um pouco do pó, abri todo a janela para que pudesse circular um ar, esborrifei um pouco do meu perfume no ar e aos poucos tudo ia ficando do meu jeitinho.

Entrei novamente no banheiro, era pequeno e nada confortável. Mal dava para me ver no espelho, peguei o mesmo e único pano que havia ali e tentei limpar um pouco, melhorou, mas não ficou 100%. É, vai dar para viver bem aqui, tirando esse banheiro esta tudo bem. O resto do dia fiquei na internet, só amanha irei para o estúdio, desliguei o computador e arrumei minha pasta com todas as letras compostas dentro e meu violão logo do lado da cama. Estava com fome, peguei a bolsa e fui dar a volta no quarteirão para ver se achava algo, um restaurante simples ou ate mesmo uma bar qualquer, talvez.

Descendo duas ruas, pela quinta avenida, havia um restaurante. Foi panfleto colorido no muro pichado que me chamara atenção para o delicioso cardápio composto de hambúrguer e refrigerante por cinco dólares. O lugar era bem ajeitado, havia poucas pessoas, havia enormes vidros que permitia a visão para a rua e as mesas eram iguais as de lanchonetes de filmes. Sentei na mais próxima da enorme janela, fiz meu pedido e fiquei aguardando olhando o movimento intenso da rua.

- Pensei que iria ser difícil te encontrar de novo! – uma voz semelhante falava atrás de mim, virei e vi o rosto sorridente de Josh

- Josh! – espontaneamente alevantei-me e abracei-o, por puro impulso eu juro. – Oh Desculpe

- Tudo bem, Dani. Isso foi legal – ele sorria ainda mais – Esta sentada sozinha? – ele questionou

- Sim, quer se juntar a mim? – estiquei a mão em direção a mesa

- De todas as formas possíveis, senhorita – ele se aproximou e eu senti minhas bochechas pegarem fogo. Ele fez a volta e sentou-se a mesa. – Qual foi o seu pedido? – ele olhava seriamente para o cardápio

- Esse ai de baixo, o de cinco dólares – eu falei olhando para a mesa e balançando a cabeça afirmativamente.

- Oh Sim, vou pedir o mesmo. – ele fechou o cardápio e acenou para o garçom, então fez seu pedido. – Sabe, eu estava com uma impressão boa de vir aqui hoje e tive sorte. – ele disse assim que o garçom saiu

- A é mesmo? Esse foi o único lugar aberto que achei – logo lamentei

- Tenho que agradecer o dono desse lugar por ser o único aberto – dessa vez nós dois coramos, suas bochechas levemente avermelhadas se abrindo um novo sorriso. – Me desculpe por falar essas coisas – ele falou meio sem jeito

- Tudo bem, eu... Eu gosto – então um sorriso surgiu de mim, algo que eu nunca havia sentido antes, quer dizer, já senti isso, mas foi por alguém que a esse momento nem se lembra mais de mim... Bill. Suspirei um pouco forte demais e Josh me encarou.


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