O Filho Amaldiçoado: 1. A Busca escrita por luana08jackson


Capítulo 26
O Oráculo


Notas iniciais do capítulo

Oie! Estou de volta... e gostaria de agradecer a todos os reviews do capítulo anterior que me motivaram a postar!
Então obrigada à: LilianAyumi, Chang Mei (s2s2s2), Sofia Anjos
Divirtam-se!



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P.O.V Luke

Meu corpo já começava a doer quando chegamos ao aeroporto abandonado. Aviões antigos e enferrujados dominavam o pátio; as vezes, quando passava, ratos saiam de dentro das máquinas.

Ficar montado em um cão infernal é dolorido e Lucius já arfava quando desci de seu dorso. Caminhei até a parte de trás do galpão de metal. Uma pequena construção de concreto caindo aos pedaços me esperava.

O quarto era pequeno e tinha uma cama de solteiro em um canto. A cor azul desbotada das paredes descascava e no centro do cômodo uma mesa de madeira tinha papéis espalhados por todo lado.

Um garoto magricela com cabelo loiro caindo nos olhos estava sentado atrás da mesa encarando-me:

– Posso ajudá-lo, Sr. Castellan? - disse ele. Sua voz era calma, mas séria de mais para a idade que tinha, como se tivesse passado em seus poucos anos de vida muito mais do que qualquer adulto por aí.

O oráculo ainda me olhava, esperando minha resposta.

– Cronos lhe mandou aqui? Sempre só um servo. - riu friamente.

– Está a busando de mais, Octavian. Vim aqui por conta própria. - me aproximei - Tenho medo do que esse "herdeiro" pode se tornar! O que ele pode fazer, principalmente com a ajuda de Cronos...

– Não sou seu psicólogo para ouvir você reclamando sobre seus medinhos. - provocou ele.

– Olha aqui - exaltei-me batendo minha espada na mesa. - só quero que você faça suas previsões loucas e me mostre o que esse mini-monstro pode fazer!

Pela cara de pânico de Octavian devo tê-lo assustado, mas quando fala sua pode volta ao normal:

– Ela não gosta de você, sabe disso não é? Ela só está com você para saber seus planos e depois que tudo isso passar e se ver livre de você ela vai voltar para o namorado dela. Ela só está está aqui... Porque você a obriga a estar aqui, tente soltá-la no castelo... Veja o que acontece.

Antes que eu percebesse meu punho atingiu seu queixo e Octavian estava no chão apalpando onde meu punho tocou-lhe o maxilar. Rindo, ele se levantou e se dirigiu novamente a mesa.

– Você não me ouvir não me surpreende; vamos ao que interessa: previsão? O.k. - ele se endireitou na cadeira fechando os olhos e respirando fundo.

Quando os abriu, eram de tom verde e Névoa saia de sua boca, logo o quarto estava dominado pela fumaça esverdeada e a voz de Octavian se triplicou:

– Filho de Hermes, vieste aqui atrás de respostas... Cronos está atrás de poder, e pretende consegui-lo. Seu exército pode não estar tão grande quanto o da Batalha de Manhattan mas o poder de seu filho talvez inverta o jogo. - Exército?, me perguntei. Não estava sabendo nada de um exército. - Juntar o sangue e o poder dos deuses e do Senhor do Tempo é algo muito poderoso, tome cuidado.

Octavian caiu desmaiado em cima de sua mesa, não fiquei para vê-lo acordar.

Lucius roncava à frente do hangar. Bufava alto e sua presença deixava o ar a sua volta mais frio e pesado. Ele despertou assim que me viu e abaixou para que eu pudesse montar, mas ao invés de mandá-lo ir para o castelo sussurrei em sua orelha:

– Para onde está o exército de Cronos, garoto.

Viagens na sombra podem assustar muitos semideuses, mas nas últimas semanas é o meio de transporte que mais tenho usado. O frio gelou minha espinha e eu estremeci, vozes sussurraram no meu ouvido - Fantasmas me puxando para o mundo inferior com suas vozes vazias. Em segundos voltamos para a superfície.

Um enorme vale se estendia a minha frente e ao longe montanhas cobriam o horizonte. Logo abaixo de meus olhos centenas de monstros de todos os tipos estavam acampados ou arrumando e preparando armas. Eu tinha visto o exército da Batalha de Manhattan e, como Octavian havia dito, realmente, esse não é tão grande, o que me deixou ainda mais preocupado; se essa parte do que ele disse é verdade então, o herdeiro será mais forte do que pensei. Será que o corpo de Annabeth aguenta tanta força?

Enquanto eu olhava-os em sua rotina demoníaca uma agitação em um canto chamou minha atenção e de alguns monstros também. Os galhos da floresta se agitaram, como se algo estivesse passando. E então Perseu Jackson saiu do meio deles.

*******

A reação foi instantânea, os monstros próximos pularam em cima do filho de Poseidon e dos que o acompanhavam. Pó dourado explodia daquele canto, mas cada vez mais monstros apareciam, havia - literalmente - um exército deles. Na minha cabeça uma voz antiga sussurrou:

Jackson..., meu corpo estremeceu e eu o senti entrando em meu cérebro - invadindo cada neurônio. Senti minha pele queimar absorvendo o poder e eu tentam a resistir. De novo não, mas já era tarde. Eu não estava mais controlando meu próprio corpo.

Eu ainda estava lá. Respirando. Sentindo, ouvindo, vendo, mas não controlava os movimentos de minhas pernas caminhando em direção ao tumulto. Os monstros, agitados, se afastavam para me deixar passar. Quando a espada negra de Nico cortou o cão infernal na minha frente e ele me viu, seu rosto ficou sério e assumiu uma pode defensiva.

O cajado do Senhor do Tempo surgiu com sua grandeza em minha mão, e, o erguendo os semideuses paralisados no tempo. Caminhei frente a eles reconhecendo-os: Percy e Nico, velhos conhecidos; Beck e Silena, os gêmeos e outros dois, um garoto de uns 15 anos alto e forte com cabelos castanhos e uma garota.

Passei em frente a ela, seus olhos azuis tempestuosos e cabelos loiros lembraram-me de Annabeth, até mesmo na beleza, provavelmente tinham a mesma mãe.

– Finalmente - disse Cronos por minha boca - já estava cansado de esperar de você parecer, Jackson. - caminhei para mais perto do filho de Poseidon, seu rosto machucado com um corte na boca e na sobrancelha - Prenda-os.

Algumas dracaenae se mexeram, amarraram seus braços e pegaram suas armas. De duas a duas elas seguraram os braços dos semideuses e com um estalar de meus dedos Cronos os libertou da paralisia temporal. Imediatamente começaram a tentar se soltar. Nico praguejava em grego.

– Levem-os para a prisão do castelo, - disse com sua voz antiga. Os pensamentos do Senhor do Tempo invadiram minha cabeça. Flashes de Annabeth gritando e o brilho usual de um Titã em sua formal divina.

Cronos caminhou de volta a Lucius, meu cão infernal, que estranhou o poder exalado por mim mas abaixou-se para que eu subisse. Olhei em volta, as dracaenae carregavam os prisioneiros até harpias presas a carruagens voadoras. Colocaram-os nas celas traseiras e decolaram rumo ao castelo que estava em algum lugar por perto.

"Por que?", me forcei para perguntar mentalmente, "O que pretende prendendo-os?"

"Não me lembro de ter te dado permissão para falar, você só obedece Luke; não questiona."

Eu sabia disso, mas tinha medo do que ele seria capaz.


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Notas finais do capítulo

:3
Preparados para a nossa reta final?
:3
Poucos capítulos para o fim...
:3
Estou tão ansiosa quanto vocês...
bjs lu



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