-Não tem nada a ser feito – disse olhando diretamente para Justin que parecia meio nervoso

 Saimos de lá e fomos direto para casa...

-Tem certeza que vai ficar bem sozinha? – disse Julia

-Ju! Vou sim. E ainda tem a Clara, a minha mãe, o meu pai. E minha mãe ainda tinha combinado de todos irem jantar fora hoje

-Bom, qualquer coisa você já sabe. É só ligar! Amigos 24 horas! – Igor disse e ele e Julia fizeram joinhas com as mãos e sorriram

Ri e abracei eles

-Vocês são os melhores amigos qualquer pessoa poderia ter

-OWNN – disseram e eu me despedi

Entrei em casa e encontrei minha mãe no sofá

-Hey! Como foi o passeio querida?

-Foi.....proveitoso

-Bom....Clara está tirando um soneca. E você senhorita, devia ir tomar um banho e se preparar para sair – disse vindo até mim e fazendo cócegas

Comecei a rir e corri escada a cima

-Okay Dona Marie! Já to indo – disse rindo ainda e fui direto pro meu quarto, deixando minha mãe rindo lá em baixo

Tirei minha roupa e fui para o banho, aproveitei que tinha um tempo a mais e decidi hidratar meus cabelos. E nesse meio tempo acordei Clara e dei um banho nela. Quando terminei coloquei uma outra roupinha nela só para não correr o risco dela sujar a roupa que ela ia usar para sair.

Depois voltei para o chuveiro e terminei o banho. Pus um roupão e passei uns hidratantes no corpo.

Então desci até a cozinha para beliscar alguma coisa e vejo meu pai na cozinha

-Hey grande pequena! – e deu um beijo em minha testa

-Bom ver você por aqui. Faz tempo que você não fica tanto tempo com a gente. Eu sei que você tá cheio de problema no banco mas....é bom ter você em casa

Meu pai veio até mim e me abraçou. Ficamos assim por um tempo até sentir algo caindo em minha cabeça

-Pai? Você tá chorando?

Ele riu fraco e concordou

-É que eu me sinto tão mal por passar tampouco tempo com vocês em casa...queria passar mais tempo. Mas aquele banco não se meche sozinho né. Só queria poder ver mais você, a sua mãe, a Clara crescendo

-Não chora não pai. Eu compreendo que o senhor tem problemas. Está tudo bem! – disse secando suas lágrimas

-Eu sou um pai e um avô de sorte! – disse rindo – Tenho uma filha linda, independente, inteligente, carismática... e uma neta linda e que é a cara da mãe! – rimos

-E eu sou uma filha de sorte! Tenho um pai, lindo – rimos – inteligente, um pai e avô família... – rimos de novo e nos abraçamos

-Ownn, momento família e não chamaram a gente? – disse minha mãe com Clara no colo

-Vem cá filha! – disse e minha mãe passou Clara para meu colo e então todos nos abraçamos

-Ta bom... acho que é melhor nos arrumarmos, senão vamos chegar todos com olhos inchados no restaurante e vamos ser conhecidos como a família inchada – rimos e subimos para nos arrumarmos

Pus ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=34785014&.locale=pt-br ) e passei um make básico

Coloquei um vestidinho na Clara e entramos no carro rumo ao restaurante

(n/a: mais ou menos assim. eh a 1ª foto, da esquerda para a direita, a da mulher de lenço rosa.  aah, ignorem a mulher KKKK)

Chegamos ao restaurante, e nos sentamos. Fizemos nosso pedido e ficamos esperando.

Assim que terminamos de jantar, papai pagou a conta e estávamos nos retirando do restaurante quando um homem e uma mulher chegaram mais perto de nós

-Oi – disse a mulher – nossa, que bom que voltaram à cidade – sorriu e o homem ao seu lado fez o mesmo

Já meu pai e minha mãe não ficaram tão felizes. Eles sabiam mais que eu que aqueles senhores eram o pai e a mãe de Justin.

-Bom, olá para vocês também, mas se não se importam, nós estávamos de saída – disse assim que eu vi que meus pais não iam falar nada.

-Oh..esperem – disse Lucy, mãe de Justin, olhando diretamente para Clara

-E-essa é a n-nossa  n-neta? – Richard, pai do Justin, disse

-Olha, acho que aqui não é hora nem lugar para se falar nisso certo – meu pai disse já pegando Clara no colo

-Espera – Richard disse – não pensem que isso vai ficar assim. Por direto essa criança também é nossa neta.

-Olha, acho melhor irmos embora e outro dia resolvemos isso – eu disse pegando Clara que estava no colo do meu pai e saí do estabelecimento

Assim que sai vi que ele estava do lado de fora vendo tudo

 -Então....essa é a minha filha? – Justin disse olhando admirado para Clara

-Nem sei como você tem coragem de dizer isso. Alias como tem coragem de falar comigo depois do que houve da sorveteria? – disse irritada

-Olha, eu não queria ter feito aquilo eu só....

-Você simplesmente fez aquilo por popularidade – disse interrompendo-o

-Não! Eu só meio que...travei na hora. Não sei o que houve. Só queria me desculpar..

-Ah...fala sério

-É sério! – disse aflito – Será que....eu posso segura-la? – e apontou para Clara

-Há dois anos atrás você nem queria saber sobre essa criança, você simplesmente se negou a acreditar que essa menina podia ser sua filha. Você me mandou embora da sua vida

-Eu sei...eu sei que fiz a maior burrada da minha vida. Mas eu estou disposto a concertar isso. Estou disposto a ter sua confiança

-“A confiança perdida é difícil de recuperar. Ela não cresce como as unhas”

(n/a: frase de Johannes Brahms)

Ficamos em um silêncio absoluto depois disso. Até Justin quebra-lo

-Por favor....será que eu posso pelo menos segura-la. Nem que seja por um minuto?

Não sei se foi por pena ou porque queria acabar logo com aquilo, mas no momento seguinte Justin estava com Clara nos braços

-E ai linda! – dizia Justin para Clara que só ria

Quando olhei essa cena na minha frente não pude deixar de ver o sorriso de Clara, nos olhos brilhantes de Justin e no sorriso que ele tinha estampado no rosto. Também não pude deixar de notar que ambos, Clara e Justin, tinham os mesmos olhos, e até o mesmo nariz..

Depois de uns 2 minutos meus pais saíram do restaurante e pararam ao ver a cena de Justin com Clara

-Filha..

-Ta tudo bem pai. Eu deixei

Minha mãe deu um beijo em minha testa e se afastou com meu pai até o estacionamento. Fizeram um sinal para eu não demorar e entraram no carro

-Bom, acho melhor eu ir embora – disse – afinal amanhã tem aula, e não quero acordar atrasada 

-Ah, sim. – Justin então passou Clara para mim – Também tenho que ir – vimos que os pais de Justin também estavam saindo do restaurante e indo em direção ao carro – Foi bom ver você

-Queria poder dizer o mesmo, mas não posso – me virei e andei até o carro.