Eu não esperava sonhar com nada, mais tive um sonho pra lá de estranho.

Tudo começou com a luz da lua refletindo numa praia. Eu estava no topo de uma colina e podia ver alguns chalés lá em baixo. E então, uma coisa estranha aconteceu: Uma garota vestida de branco, com cabelo preso num rabo de cavalo e com um arco e flecha a tiracolo, que parecia ter uns 13 anos saiu do meio do bosque e logo atrás dela umas seis meninas saíram, também vestidas como ela. 

Todas elas pararam e alguns segundos depois, a garota de 13 anos segui em frente, vindo para a minha direção. Ela chegou bem perto de mim e disse:

– Olá! – não em um tom amigável e simpático e sim num tom sério, como se ela fosse alguém muito importante.

– Quem é você? – Perguntei. Admito que eu estava um pouco assustada, não é todo dia que alguém aparece de um bosque e vem falar com você.

– Sou Artêmis, a deusa da caça.

– Deusa? Achei que essas coisas de deuses fosse apenas um mito. – assim que falei isso, uma garota das outras garotas veio na minha direção.

– Como se atreve a dizer isso? – ela falou num tom que dava a ideia de que ela queria me estrangular.

– Desculpe, eu só... – antes de eu conseguir terminar de me desculpar a tal deusa me interrompeu.

– Thalia, dê uma trégua à ela. Ela parece ser uma boa menina. Você também ficou bem confusa quando descobriu sobre os deuses. – As duas olharam para mim – Então garota, qual o seu nome? – Artêmis perguntou.

– Samantha, Samantha Madison. 

– Está bem. Samantha, você quer se juntar a nós?

Depois disso, eu acordei. Eu achei aquele sonho meio real demais, era mais como se fosse uma visão do que um sonho. Resolvi não contar nada a ninguém, pois achariam que eu sou louca.

Fui até a cozinha e a vovó já estava preparando o café da manhã. Eu me sentei e ela colocou na minha frente uma pilha de panquecas que pareciam estar maravilhosas. 

– Já acordou docinho? Coma essas panquecas logo, temos muito o que fazer hoje. –  ela falou, colocando o mel ao lado do prato.

– O que vamos fazer? – perguntei, despejando mel nas panquecas.

– Vou começar a ensinar tudo o que você precisa saber.

– Ah. – fiquei um pouco desaminada, porque esse seria o primeiro dia das férias. Mas isso me lembrou do sonho que eu tive, sobre aquela deusa, então decidi que deveria descobrir tudo possível sobre mitologia para saber se eu realmente estava ficando louca ou não.

– Que tal nós começarmos com mitologia grega? – minha avó disse, tirando as palavras da minha boca.