Tempos assim escrita por kamis-Campos


Capítulo 5
Capítulo 5 - Mar azul


Notas iniciais do capítulo

Oi, mores! tá ai mais um cap... e eu posso adiantar que tenho uma bela surpresa para o Seth!

Gente, por um pedido, decidi colocar o link da foto do Matthew:

http://www.mostbeautifulman.com/actors/CarlosArturoBuelvas/pages/pic18.shtml

O ator Carlos Arturo Buelvas é perfeito, acho! Até porque, vendo-o atuar e em uma de suas entrevistas, ahhhh ele se parecem tanto! Na página do link a muitas fotos dele, veja e tenham inveja das boas da Leah.


Aqui o link



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Capítulo 05 – Mar azul

POV Leah

- Seth, o que foi aquilo? – disse quando chegamos a nossa casa.

Era incrível como eu já tinha todo aquele aconchego e familiar sensação de conforto com aquele apartamento. Mesmo estando ali apenas a algumas horas, sentia aquela sensação de Lar doce Lar.

- Mas, o que foi que eu fiz? – perguntou fazendo a mais cínica cara de inocente.

- O que foi que eu fiz? - Desdenhei seu tom de voz e revirei os olhos. – Para de fingir e vamos falar sério.

- Oras, Leah! – bufou. – Eu não fiz nada demais... Agora é crime querer ir embora!

- Sei. – desisti de fazê-lo admitir o erro, Seth era teimoso em dizer que estava certo. – Só que eu... Sabe, é que... – eu não sabia como começar. Contar ao meu irmão que sofri imprinting estava um pouco difícil para mim. Não medi esforços nenhum, depois que ele mesmo suspirou.

- Imprinting. – disse simplesmente, jogando-se ao sofá. – Eu vi o modo como você estava o olhando. – sorriu e deu de ombros, ligando a TV. – Eu não sou tão bobo, Leah!

Não resisti e, pulei no sofá o abraçando forte o bastante pra mim, leve como uma pluma para ele. Suspiro, sentindo-me em anos verdadeiramente feliz. Sorri, sendo sincera ao fazê-lo, sabendo que seria assim daqui pra frente, não me daria o trabalho de fingir-me alegre, já que a pura e verdadeira felicidade batera na minha porta, e tudo seria natural como um “oi”.

- Quer saber, ele me parece ser um cara legal... – meu irmão disse, beijando minha testa. – Meio estranho e me cheira perigo, mas de um jeito bacana, até.

- Então porque o tratou daquele jeito? – pergunto com uma sobrancelha erguida.

- Só estava testando o cara! – riu divertido. – Queria vê sua reação ao se deparar com um irmão de 2 metros de altura e ciumento... Pelo visto ele passou, o cara é firme!

- Ai, obrigada, Seth. – eu estava muito aliviada por saber que Seth o aprovava, a opinião da minha família era muito importante, mesmo sabendo que não tinha duvidas sobre meu amor por Matthew, meu Matt. – Você não sabe o quanto estou feliz, meu coração esta a mil.

- Eu sei muito bem como você se sente. – sorri abertamente. – Juro que estou até preocupado com o seu coração, não vai enfartar, pelo amor de Deus! – rimos e tudo, pela primeira vez fazia sentido.

Deixei que o sono viesse em um turbilhão, levando-me pra longe. Entreguei-me a um sonho profundo e intenso, já que amanhã seria um “longo” dia.

POV Seth

Acordei como se tudo não tivesse mudado, mas ao abrir os olhos, vejo que não estou mais em meu velho quarto, nem em La Push. Tudo que vivi e o lugar que sempre morei parecia um sonho quase esquecido, uma lembrança distante.

Olhei em volta, e vi a grande janela à esquerda, com as suas grossas cortinas aberta. A luz fraca da manhã inundava o pequeno quarto de paredes de um azul eletrizante. Levanto-me da cama e vou até a janela e o que vejo me faz suspirar. Uma rua já movimentada com um monte de pessoas vindo de lá pra cá, e os carros já se aglomeravam também.

A partir dali, aquilo seria minha vida, a nova e louca vida!

Não teria mais rondas, nem pensamentos e vozes me perturbando o dia; não teria mais vampiros incomodando minha vida, não teria mais a minha velha vida de lobo. Se o destino quer que eu e minha irmã, vivamos nossas vidas, assim será!

E nada me faz mais feliz do que vê minha irmã também feliz, afinal ela encontrou sua razão de viver, finalmente ela encontrou o amor de sua vida. Juro que não a vejo sorrir daquele jeito a anos.

Vou ao banheiro e tomo um banho, logo em seguida escovo os dentes e, sem me incomodar, vou de toalha para a cozinha. Percebo que a casa estava vazia demais. Vou ao quarto da minha irmã onde a deixei dormindo na noite passada, mas nada encontro, a não ser a cama já feita.

Volto à cozinha com as sobrancelhas unidas. Por onde que essa louca se meteu?

Um pedaço de papel grudado na porta da geladeira chama minha atenção e o pego sem hesitar.

Seth,

Sai muito cedo para a reunião de iniciação no Jornal Delacour, e não queria te acordar, isso seria maldade! Não sei ao certo quando vai terminar, mas prometo que sairemos pra almoçar.

P.S.: Deixei seu café no microondas, espero que goste!

Beijos,

Leah.

Sorri e joguei o papel de lado, já abrindo o microondas. Lá estavam as panquecas e as torradas ainda quentinhas, coloquei-as na mesa e peguei um copo de suco de laranja na geladeira. Comi em poucos segundos, mesmo assim ainda não estava satisfeito, peguei uma fatia de pudim na geladeira e o devorei.

Estava mesmo com fome.

Volto ao meu quarto e visto uma calça jeans e uma camiseta branca, por cima coloquei uma jaqueta preta. Calcei um tênis e decidi não ficar em casa. Engraçado como já chamo aquele pequeno apartamento de lar em tão pouco tempo.

Saio do prédio e começo a andar pelas ruas de Brighton Beach, sem rumo e sem explicação. Ando até me encontrar em um parquinho, sento-me em um dos bancos e apenas fico observando as crianças correndo e se divertindo nos brinquedos.

Ontem, quando a Leah teve imprinting pelo tal de Matthew, senti algo que nunca imaginei sentir. Um sentimento novo e, em parte, ruim. Senti inveja. Eu amo minha irmã, mas eu queria tanto sofrer algo por alguém, queria tanto ser amado e amar. Nunca pensei na possibilidade de me apaixonar, mas na noite passada, desejei alguém a meu lado.

Meu telefone toca e eu o atendo com um grande sorriso no rosto, sabendo quem era. Seria bom conversa com um bom amigo para ocupar minha cabeça.

_Hey, Seth!_Jacob exclama do outro lado da linha.

_E ai, cara!_sorrio.

_Você e Leah não deram noticias, resolvi ligar, né?_disse irritado, mas logo rindo em seguida.

_Não tivemos tempo... Aconteceram tantas coisas em tão pouco tempo._ as palavras saiam da minha boca e não tive como refreá-las._ Leah sofrendo imprinting...

_O QUE? _ Ele gritou surpreso do outro lado da linha.

_Que droga! Ela vai me matar por contar... _ choraminguei.

_Tá brincando, só pode! Cara! _ ele gargalhava feliz, enquanto parecia perplexo.

_Jake, não conta pra ninguém, ok? Deixe que Leah conte, ela mesma que quer dá a noticia, entendeu?

_Sim!_ disse alegre, a voz cheia de entusiasmo._Diga a ela que estou muito feliz, de verdade.

_Direi._ Jacob era como nosso irmão, ele nos considerava muito e Leah sempre será seu beta. Não há como ele não ficar feliz por ela.

_E você... O que apronta em NY?_ri divertido.

_De um jeito muito estranho, essa cidade me fascina._olhei em volta, observando o parquinho já movimentado._Ah, se liga! Encontrei uma enseada, semelhante a um penhasco... Acho que poderei matar um pouco a saudade de LA PUSH.

- Então é de La Push. – uma voz doce e sagaz soou bem em meu ouvido. Viro-me e dou de cara com um mar azul.

- Wow...! – digo maravilhado.

_Seth? Seth, cara!_a voz de Jacob gritava ao telefone, enquanto um silêncio se fazia entre eu e aquela garota.

_Err... Jake, eu preciso ir!_ainda abalado, consigo falar para Jake._Tchau!

_Mas, o q..._Antes que ele começasse a falar, novamente, desliguei o celular rapidamente.

A garota na minha frente era linda. Seus longos cabelos loiros ressaltavam seus olhos azuis, que eram doces e desafiadores. Percebia-se neles um mistério, que me encantava. Ela sorria, enquanto me observava guardar o celular, desajeitadamente, no bolso da calça. A encarei sem fazer idéia do que falar.

- Atrapalhei? – pergunta, me encarando divertida. Ela apoiou a mão no queixo, recostando as costas ao braço do banco.

- Quem disse? Eu que não fui. – rimos.

- Você é engraçado. – ela me fita com aqueles olhos safira brilhando na minha frente.

- E você tem um senso de humor maravilhoso. – sorrio de lado, fazendo-a sorrir também.

- Sei disso. – imita minha expressão, depois relaxa.

- S- Seth, Seth... Clearwater. – digo um pouco menos nervoso, mesmo assim gaguejando. Droga! Nunca fiquei assim com uma garota, mas aquela estava acabando comigo. Ela mexia comigo da cabeça aos pés.

- Felícia Giacomo. – me estendeu a mão delicada com as unhas pintadas de um azul escuro. A peguei, sentindo sua sedosa e lisa mão. – Então, é de La Push?

- Sim. – estreito meus olhos, ainda perdido naquele seu olhar. – Conhece?

- Já passei algumas férias lá! – dá de ombros, sorrindo, realmente pensativa. – Foram os melhores dias da minha vida...

- E você, é de onde? – pergunto ao estranhar seu sotaque engraçado. Felícia fez uma cara de Nem dúvida de nada? Fazendo-me ri, ela sorriu levemente e fez uma negativa.

- Gosto de suspense... Vou deixá-lo adivinhar. – piscou pra mim e deu de ombros. Aquilo me encantou mais. Linda, um tanto maluca e esperta... Perfeita! Sem falar das outras qualidades que ela pode ter. Realmente não estava nem ai de onde ela vinha, eu queria aquela garota, algo me impulsionava a isso. Mesmo eu não tendo imprinting por Felícia, sabia que podia muito bem ser feliz com ela.

- França. – chutei, sem o mínimo interesse naquilo, estava muito deslumbrado com aquele belo rosto.

- Que pena! – fez um muxoxo e riu, maliciosamente. – Perdeu a chance de tomar um café comigo. – Felícia já se levantava para ir embora.

Não! Eu não podia deixar essa mulher ir embora da minha vida. Mesmo a conhecendo por pouco tempo, sabia que ela não era uma garota normal que conheci no parque, Felícia era especial. Ela não podia sair assim, eu não a aceitaria como uma vaga lembrança.

- Espera! – indaguei já desesperado. Segurei sua mão e ela me encarou rindo. – Me dê mais uma chance? Por favor. – ela riu ainda mais da cara que eu fiz.

- Ok. – assentiu e esperou pela resposta, que eu ainda não fazia idéia. Pensava em todos os lugares e países, mas tudo não parecia ser coerente, não se encaixava a Felícia. Então, só me restava uma alternativa...

- Itália? – disse temeroso. Se não fosse, a perderia? Não, sinceramente, estava grudado aquela garota. Não iria deixá-la escapar de mim tão cedo.

Felícia me encarou séria, estreitando os olhos. E eu, apenas fitava em expectativa aquele azul mar. Rezei mentalmente que minha sorte estivesse ao meu lado e, o irônico é que estava.

- Vamos, temos a manhã toda pela frente. – ela entrelaçou a sua mão na minha e senti-me como o Brad Pitty. Não tinha como não sorri vitorioso, aquela italiana maravilhosa é o prêmio mais perfeito que se pode ganhar.

Agora eu tenho a certeza de que Nova Iorque é o meu lugar. Sabia disso desde o dia em que Leah tomara a decisão de ir embora, eu só não queria admitir. Estranhamente, sentia-me completo como nunca me senti antes, nenhum imprinting faria me sentir assim.

Caminhamos lentamente pelas calçadas, sem a necessidade de palavras. No olhar das pessoas, parecíamos namorados e Felícia fazia a questão de se parecer assim, me iludindo e iludindo os outros com seus olhares e caricias. Decidi entrar em sua brincadeira então, quando chegamos à cafeteria, eu a abracei e beijei-lhe o rosto carinhosamente.

Ela não protestou, na verdade, nenhuma reação veio da parte dela. Não sei se foi por espanto ou indiferença, mas isso pouco me importa. Fomos ao balcão e pedimos dois cappuccinos à atendente.

- Diz ai, vai ficar por quanto tempo aqui? – Felícia pergunta de repente, parecendo muito interessada, mas não foi isso que me assustou. Ela parecia nervosa, ainda era um lobo e podia ouvir o seu coração golpeando rápido seu peito.

- Acabei de me mudar pra cá. – disse e foi impossível não ri com a cara que ela fez.

- Sério?! – indagou com um enorme sorriso na cara. – Quer dizer... – corou. – Legal!

- E você? Mora aqui também? – perguntei.

- Sim, faz dois anos que moro em NY. – o alivio preencheu-me e discretamente suspirei, mas não foi pálio ao olhar da minha Felícia, que riu docemente.

Ela contou-me sobre sua monótona vida no campo na Itália, como ela sofreu ao ter que ir embora de seu amado lar, mas sabendo que ali não era seu lugar, nunca seria feliz ali. E foi quase que automático, falar-lhe que somos iguais, eu a entendia melhor do que ninguém.

Contei-lhe sobre La Push, dos meninos, apenas ocultando a parte sobrenatural dos fatos. Ela ficou fascinada por nos considerarmos irmãos e por eu ser tão quente. Disse-lhe que eu era assim, por causa da genética, dizendo que meu avô também era assim. Até apelido eu ganhei: Charmander, o Pokémon do fogo. Achei engraçado.

A manhã correu passageira, mas os momentos estavam marcados em mim. Sabia que Felícia não era como a manhã, ela era eterna como os momentos. Nunca a esqueceria, nem que eu quisesse, já que não tenho motivos de fazê-lo. Há sempre a chance de se apaixonar normalmente, como estou tendo agora.


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Notas finais do capítulo

Gente esse é o link da foto da Felicia:

http://www.reidaverdade.com/fotos-de-ashley-benson-%E2%80%93-pretty-little-liars.html

Vai parecer em um site, mas a Ashley Benson é a Felicia.

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