The Ghost Ship escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 6
Agora Eu Estou Confuso.


Notas iniciais do capítulo

Não sei como me desculpar pela demora secular. Eu tive um bloqueio criativo!
Enfim, agora a história está aí!



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-Não! – Eu rebati. Eu quase gritei. – Claro que não. Somos amigos, isso é ótimo, e... É tudo. Devemos ser só amigos.

-Claro. Eu... Sei disso. – Ela disse.

De acordo que o tempo foi passando, eu deitei minha cabeça no acolchoado leve do banco e acabei adormecendo. Talvez fosse melhor. Eu não havia dormido muito bem na noite anterior. Estava me sentindo um pouco melhor.

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Emily P.O.V.:

Eu agradeci a Deus por Justin ter adormecido magicamente na limosine. Assim eu pude soltar as lágrimas que prendia desde que Justin simplesmente disse que não queria nada comigo. Agradeci também por Justin ter sono pesado e não ter acordado com os solavancos que o carro dava. Eu estava péssima. Olhava para a face dele, adormecida, com paz, como se para ele tivesse sido um alívio dizer aquilo. Também, que ótimo, minha atitude não podia dar em outra. Aonde eu estava com a cabeça? Bilhete? Convidar para experimentar roupa? Que tipo de deficiência mental eu tinha?

Ok, eu estava me atirando em Justin, era aquela a questão. E eu nunca havia feito aquilo antes. Só mesmo Justin Bieber e aquele rosto perfeito pra me fazer agir feito uma total idiota e me jogar nele. Quando o choffer chegou na loja, Justin finalmente abriu os olhos, e eu sequei as lágrimas rapidamente e abri um sorriso falso quando Justin perguntou se estava tudo bem comigo, ainda sonolento.

- Estou ótima. – Menti. Ele assentiu.

- Se você diz... – Justin murmurou, e então a porta foi aberta do meu lado do carro. Eu saí e logo Justin me seguiu. Tentei não manter contato visual, mas acho que isso só despertou a atenção dele. Resumindo: Me jogando ou não, eu sempre vou fazê-lo ficar curioso pra falar comigo. Fato. Não me colocando em uma posição de rainha da carne-seca (?), na verdade eu sou terrível, só não sei como fazer algo do jeito certo.

Eu e Justin entramos na loja de roupas, e imediatamente algumas mulheres o pararam para pedir autógrafos. Justin aceitou assinar algumas coisas, com um sorriso meigo no rosto, e uma das mulheres, depois de ter seu cobiçado autógrafo, foi falar comigo, se dirigindo a mim como Srta. Browning. Ela me levou para aonde meus vestidos estavam, e eu fiquei com pena de deixar Justin sozinho, por que cada vez mais apareciam mais pessoas para assediá-lo, mas, de qualquer forma, eu precisava tirar meu sentimento por ele de foco por algum tempo.

Bem, eu ia usar três vestidos, a linha tradicional, um para receber os convidados, outro para a valsa, e outro para cair na dança (duvido que eu ia fazer isso, a estilista que descreveu assim, e, como eu não consigo criar algo melhor, fica isso mesmo). Meu pai nada modesto queria que eu usasse mais um para a hora do show do Justin, mas eu achei totalmente desnecessário. Eu vesti primeiro o da recepção. Ele era lilás, brilhante, tinha um pouco de volume na saia, era até os joelhos e tinha uma cauda de seda no lado direito, que eu simplesmente adorei.

- Você está linda, querida! – A mulher que me ajudou a vestir a peça disse, maravilhada. Eu sorri.

- Precisa de ajustes?

- Não, está perfeito em você. – Ela respondeu. Eu fitei meus pés e ri.

- Não combina com All-Star’s. – Falei, me referindo aos tênis rosa que eu estava usando. A mulher acompanhou meu olhar e riu ao perceber.

- Você vai estar maravilhosa no dia, ok? – Ela disse. No mesmo segundo comecei a ouvir gritos femininos, e percebi que a situação havia fugido de controle para Justin. Me virei para a porta, e segundos depois, ele apareceu, abriu a porta, entrou na sala, fechou a porta e se jogou de costas nela, arfando. No mesmo segundo, ele se sobressaltou, por que a porta foi empurrada, mas trancou imediatamente a mesma, antes que fosse derrubado. Percebi que seu casaco estava puxado e repuxado, e, era impressão minha ou havia um rasgo na barra de sua camisa? Enfim, eu sabia que ele havia sido atacado pelas fãs que descobriram que ele estava ali.

- Por que você me deixou... – Ele começou a dizer para mim, mas pareceu hipnotizado ao me notar. – Nossa. Você está... Arrasando. – Ele abriu um meio sorriso, e pareceu se arrepender do que havia dito. Eu corei, e sorri.

- Obrigada.

- Vai usar esse na festa? – Ele me perguntou, se erguendo normalmente.

- Sim. – Eu disse. – Esse e mais dois.

- Nossa. – Ele riu. – Trocas de roupas dignas de shows meus!

- Pode ser, – Disse. – Mas eu não vou usar casacos, calças jeans, Supra’s e bonés New Era, não é? – Perguntei, num sorriso maroto.

- Não, – Ele disse, e chegou mais perto. – Mas eu vou, lembra?

- E o terninho? – Fiz biquinho. A estilista que estava ali riu da nossa conversa madura.

- Ok. – Justin se rendeu. – Smoking. E eu escolho como vai ser.

- Fechado! – Eu ri. Ele me sorriu, e sentou em uma cadeira, ficando a alguns metros de distância de mim. Por um segundo pensei que ele havia mudado de idéia quanto o “só amigos”, mas, quando eu notei, ele estava fugindo de mim de novo. Mais ou menos isso. Quando nos sentamos lado a lado, depois de a mulher da loja ter ido buscar meu segundo vestido, nossas mãos quase se encostaram. Só não se encostaram por que ele colocou as mãos dele em seu colo. Seus dedos magros tamborilavam em suas pernas, até que ele realmente teve uma desculpa para sair dali quando começou a sentir sua claustrofobia atacar por causa da loja fechada, e quando seu celular começou a tocar, uma ligação de Scooter.

Justin P.O.V.:

Saí da sala em que eu estava com Emily, fui para a parte exterior aberta da loja para respirar um pouco e atender meu telefone.

- Scooter. – Murmurei, assim que atendi.

- Está tudo bem com você? Bieber, por que não foi ver as roupas com um segurança?! – Scooter berrou.

- Desculpa, cara, eu nem sabia que a gente iria! – Eu falei. – Ela me perguntou hoje mesmo!

- Eu ainda estrangulo você, garoto. – Scooter disse. Daquela vez eu não segurei o riso.

- Um pai não estrangula o filho. – Soltei, sem querer.

- O quê? – Scooter perguntou, quando percebeu que meu tom não era de brincadeira. E eu travei. Droga, pensei, falei besteira.

- N-não, e-eu... – Gaguejei. – Não quis dizer isso.

Não demorou para que eu desligasse o telefone na cara de Scooter e colocasse a mão sobre o rosto. Suspirei longamente e mexi no meu cabelo. Não podia ser verdade. Toda vez que eu brincava, eu acabava falando besteira. Eu estava odiando isso. Eu sempre odiei isso em mim. Suspirei algumas vezes e voltei para a sala que Emily estava. E, ela estava linda. Com um vestido branco de seda, brilhante, com detalhes em diamantes e rendas, ela estava linda.

- Emily... – Gaguejei. – Você...

- Está maravilhosa! – A mulher que ajudava Emily completou minha frase. Eu sorri.

- É. – Concordei. – Maravilhosa.

Ok, não sei se eu conseguiria ficar no “somos só amigos” com Emily. Agora eu estava confuso.


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Notas finais do capítulo

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