The Ghost Ship escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 5
Confusa


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Justin P.O.V.:

Bem, eu fui inteligente e não levei Emily para comermos comida italiana, e sim sushi. Só que eu fui um idiota em levá-la para um sushi-bar por que eu não sabia usar os hashis direito, e quase derrubei shoyu nela algumas vezes. Ainda bem que ela levou tudo na brincadeira. Ficamos conversando sobre nossos gostos, eu deixei escapar que havia aparecido de penetra numa foto dela com meu guitarrista Dan, e que eu não estava achando que ser famoso era tão legal quanto eu achava que era. Falei que sacrifiquei algumas amizades para seguir meu sonho, mas desviei todo o assunto, dizendo que era meu sonho, e que eu estava feliz por estar fazendo o que eu gosto, que o salário era bem generoso, e que, se eu não fosse famoso, não teria conhecido Emily.

Quando a comida chegou, eu e ela abrimos nossos hashis e começamos a comer. Eu quase deixei cair os sashimis no shoyu, enquanto eu e Emily conversávamos. Ela começou a rir de mim, e eu perguntei o motivo daquilo, ás risadas, ela se explicou com a desculpa de que eu estava rindo também. E eu me expliquei dizendo que os hashis não eram meu forte. Tentei pegar um sashimi do jeito certo de segurar um hashi, mas desisti, juntei os dois palitos e enfiei no sashimi. Emily disse que eu era engraçado.

- Eu sou Justin Bieber, – Eu disse. – Tenho de ser engraçado. Pra aturar tudo de ruim que eu passo, só com o humor mesmo.

Conversamos mais um pouco, eu falei coisas boas de Emily, e ela começou a tentar me descrever. Enquanto ela não sabia as palavras para usar, eu tentava complementar suas frases com elogios exagerados a minha pessoa. Ela disse que eu era especial.

- Especial como? – Perguntei.

- Hum... Você salvou meu fim de ano... Você me fez gostar de música... Você é... – Emily começou a dizer.

- Um super-herói? – Falei, fazendo uma pose de halterofilista quando quer exibir seus músculos.

- Não. – Emily disse, franzindo a testa. – Clichê demais. Você é talentoso, é engraçado, é como... Como...

- Ok... – Eu parei um pouco. – Eu sou... Bonitão? Que tal? Bonitão e sarado!

- Acho que você precisa de óculos. – Ela disse para mim. – Você não está tão sarado ainda!

Eu bufei.

- Tudo bem, tentei. – Disse, dando de ombros arrancando uma risada alta e espontânea minha.

- Você é um figura... – Emily murmurou, rindo.

- É isso que Scooter diz. – Respondi. – Ele vive se perguntando por que ainda não se demitiu. Ele diz que eu sou um garoto com um gênio... Terrível de se controlar. Infernal, sabe?

Ela riu. Quando eu pensei que a coisa estava rolando muito bem, eu fui pegar um salmão com a porcaria do hashi, e o pedaço de salmão caiu no pote de shouyu, lambusando nós dois. Nem me sujou muito, eu estava de quase preto, mas Emily... Quando eu vi seu vestido roxo sujo de shoyu, até seu rosto estava sujo, eu arregalei os olhos, ainda com o hashi em mãos.

- Des... Desculpa, eu... – Gaguejei. – Eu disse que era ruim com hashis.

- Tudo... Tudo bem. – Ela disse. – Esse... Esse vestido não é tão importante para mim.

- Ai, Deus, deixa eu... – Gaguejei, pegando um guardanapo, me erguendo da cadeira e limpando de leve seu vestido. – Eu... Eu compro outro, tá legal?

Droga, por que eu sempre jogo alguma coisa nas garotas com quem saio?!

- Não, não tem problema. – Ela disse, enquanto eu a limpava. Quando eu limpei seu rosto, e meus olhos se encontraram com os dela, ela sorriu. Eu não sei porquê, mas eu sorri também, um sorriso de idiota. Aproximei mais meu rosto do dela, e nossos lábios se encostaram por alguns segundos. Fechamos nossos olhos, e tudo pareceu perfeito. Quando nós rompemos o beijo, porém, eu me senti um aproveitador barato. Ela... Ela fazia parte do meu trabalho! Como eu podia ser tão canalha confundindo a mente dela? Digo, ela era só uma menina á flor dos seus 15 anos, e eu tinha 17. Eu iria cantar pra ela, só isso. Mais nada.

Assim que eu me sentei de novo, eu não estava com o brilho nos olhos de antes. Fiz questão de que o jantar terminasse cedo, me fechei, paguei a conta, e a levei de volta para a sua cabine, sem trocar nenhuma palavra com ela. Ela tentava falar comigo, mas eu não respondia. Quando eu cheguei na minha cabine, me joguei na cama, bati com a cabeça na parede, as coisas não estavam muito melhor que quando eu joguei shoyu nela. Eu dormi sem humor. No dia seguinte, eu percebi que eu estava confundindo Emily, quando ela me deixou um bilhete na minha cabine. Eu havia saído para andar e despertar, e, quando voltei, havia um papelzinho na cômoda. Era de Emily. Eu li o que estava escrito á mão mentalmente.

Oi, bom dia, Justin.

Eu sei que eu devia estar falando

pessoalmente com você, mas eu não

parei de pensar naquele beijo de ontem.

O que aconteceu para que você ficasse tão

estranho de repente?

Me encontre no deck, ás 12h, tudo bem?

Emily.

Quando eu terminei de ler, baixei a cabeça. É, eu havia ido rápido demais. Parabéns, Justin, você apaixonou uma garota que não devia nem chegar perto, falei para mim mesmo. Eu não podia brincar com os sentimentos de uma garota. Eu não iria fazer isso. Ela combinou ao 12h, eram 11h e 30min, eu tinha um tempo. Eu tomei um banho, coloquei uma roupa qualquer, e esperei até o meio-dia para descer até o deck, aonde Emily me esperava, debruçada ao contra corpo de aço. Eu suspirei, e caminhei até ela.

- Oi, Emily. – Falei, um pouco sem emoção. Ela se virou, e ao me ver, abriu um sorriso.

- Oi, Justin! – Ela disse. Depois me deu um abraço forte.

- Eu preciso te falar uma coisa! – Falamos ao mesmo tempo.

- Olha, Emily, eu... – Gaguejei. – Ok, pode falar.

- Quer ir comigo para experimentarmos as roupas da festa? – Ela me perguntou. Eu arregalei os olhos.

- Eu devia ter falado primeiro... – Murmurei. Mas, abri um sorriso fraco, e olhei para Emily. – Claro... – Disse. – Agora?

- Sim! – Ela disse, visivelmente empolgada. – Meu pai vai aparecer com um helicóptero daqui a umas horas.

- Han? – Perguntei. É, eu ainda não havia me acostumado á nova novidade de que eu era rico. Extremamente rico. Assim como Emily. Bem, ás quatro um helicóptero nos levaria para a terra novamente, e uma limosine, por sua vez, nos levaria para aonde Emily e eu experimentaríamos as roupas. Pois é. Ás quatro da tarde exatamente, eu e Emily estávamos no helicóptero prometido. Não sabia onde Sr. Browning estava. Eu evitava Emily, não olhava para ela, não falava com ela. Eu descobri que o percurso seria longo, iríamos atravessar New York. Só quando estávamos na limosine, alguns minutos depois de o motorista ter dado a partida, que eu resolvi abrir a minha boca.

- Justin, está tudo bem? – Emily perguntou. – Algum problema?

- Não, Emily... – Eu falei. – Eu estou bem, só... É que... Eu estive pensando que, talvez eu esteja te deixando confusa.

- O que quer dizer? – Ela me perguntou.

- O modo que eu tratei você, as brincadeiras que fiz sobre você ser um prêmio... – Eu não olhava para Emily. – Talvez eu esteja te confundindo.

- Confusa? Como assim? – Ela quis saber.

- Confusa. Só... Confusa. – Falei. – Eu não devia fazer essas coisas, se... Bem...

- Está dizendo que... Não devemos ser amigos? – Emily supôs. – Só... Você é o cantor, e eu a aniversariante?

- Não! – Eu rebati. Eu quase gritei. – Claro que não. Somos amigos, isso é ótimo, e... É tudo. Devemos ser só amigos.

- Claro. Eu... Sei disso. – Ela disse.

De acordo que o tempo foi passando, eu deitei minha cabeça no acolchoado leve do banco e acabei adormecendo. Talvez fosse melhor. Eu não havia dormido muito bem na noite anterior. Estava me sentindo um pouco melhor.


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Notas finais do capítulo

DESCULPEM PELA DEMORA!
Sim, eu mudei as idades na história. Bem, eu queria MUITO que fosse uma festa de 15 anos, então, lá vai a debutante Emily Browning!
Eu recomendo que vocês re-leiam o primeiro capítulo da fanfic, eu mudei algumas coisas nele, ok?
Bjs!



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