Depois de varios dias no hospital e muitos exames os médicos deixaram Kanon voltar pra casa pra passar o fim de semana, Syndrome que já havia voltado pra casa a alguns dias arrumou a casa toda, e preparou um jantar para os dois, claro dentro da dieta que o médico passou, e foi buscar Kanon no hospital.

- Não via a hora de voltar pra casa.-diz Kanon se ajeitando no sofá.- e não via a hora de ficar com vc de novo amor, sem médicos, sem exames, sem nada.
- Kanon vc sabe que eles só deixaram vc passar uns dias...
- Shhh!!- diz Kanon a beijando levemente.- Nem me lembre disso hoje, eu estou aqui agora e é isso que importa.
- Tudo bem. Me desculpe. Vamos ao que interessa, vc está com fome? Porque eu estou morendo de fome. - diz Syndrome sorrindo por ver Kanon em casa novamente mesmo que por poucos dias.
- Então vamos comer!- diz Kanon animado.- Já não agüentava mais aquela comida de hospital!
- Bom eu não sou uma ótima cozinheira mas acho que é melhor que a deles não é? Kanon! Presta atenção no que eu estou falando!- diz Syndrome rindo.
- É que... Eu fiquei com medo de nunca mais ver vc assim... Sorrindo pra mim...
- Para com isso Kanon. Vc ainda vai me ver sorrindo por muitooo tempo. Ainda mais quando o bebe nascer! Mais chega dessa conversa vai.

Kanon a impede de ir para a cozinha segurando-a pelo braço e a beijando intensamente.

- Eu te amo! - as palavras sairam quase sussurradas da boca de Kanon.
- Eu também te amo Kanon!- Syndrome sentia que nunca havia sido tão sincera dizendo estas palavras.

Os dois comeram e conversaram por horas. O fim de semana passou voando para os dois, mais Kanon tinha que voltar para o hospital, afinal a saude dele ainda estava fragil.

Syndrome voltou do hospital e foi se deitar, ficou se lembrando do fim de semana perfeito que tivera com Kanon.

Uma semana depois quando chegara em casa o telefone tocou.

- Alô! Quem é?
- Syndrome aqui é do hospital e precisamos que a senhorita venha até aqui ugentemente.

Syndrome sai correndo de casa para ver o que poderia ter acontecido, até sair de lá Kanon estava bem.

- Me chamou doutor?
- Sim, logo apos vc sair do quarto de Kanon ele me chamou e disse que não estava muito bem, disse que estava tendo umas tonturas e uns enjoos, fora as dores muito fortes de cabeça.
- Pare de enrolar e fale logo doutor!
- Então, fizemos uns exames agora e...
- E o que doutor?
- Vc tem que entender que a doença de Kanon já estava em um estágio muito avançado e...- syndrome já chorava muito.- Kanon está muito mal, não sabemos se ele consegue se recuperar desta vez, se vc quizer ve-lo ele eu te levo até ele.

Syndrome estava totalmente atordoada, não sabia como tudo tinha acontecido, era como se ela estivesse tendo um pesadelo que não terminava. Tudo parecia estar começando a se resolver mas pelo jeito estava apenas começando. Correu até onde Kanon estava, ele estava muito fragil realmente, e ver seu amado sofrendo era a pior coisa que ela poderia ver naquele momento, foi como se ela tivesse certeza que não estava sonhando mesmo.

- Não chore.- Kanon dizia muito baixinho, quase inaudivel.- Lembra que vc me disse que eu iria ver vc sorrindo muitas vzs ainda? Não quero que a ultima lembrança sua seja vc chorando...
- Não vai ser a ultima!
- Shh! Eu sei que vai. Por mais que eu tente lutar contra isso. Por mais que eu queira viver pra ver o nosso bebê eu sei que não vou.- Kanon estava com os olhos marejados.
- Não Kanon! Eu te amo e não sei o que vou fazer sem vc. Fica comigo! - syndrome chorava muito mais que antes.
- Eu queria ficar meu amor! Mais vc sabe que não dá. Eu sei que minha hora é agora eu sinto. - Kanon chorava também.- Só quero pedir pra vc cuidar bem do nosso bebê e não deixa ele pensar que eu não quis ficar com vcs...- Kanon chorava muito.- E ... Eu amo muito vcs dois, e de onde eu estiver eu vou estar do lado de vcs. - Kanon parecia mais fraco agora.
- Shh! Meu amor, não fala mais nada... Descansa, vc tá fraco... - Syndrome chorava muito ainda.
- Eu... eu te amo.
- Eu também te amo!

Syndrome sabia que Kanon não acordaria mais, mesmo assim ficou ali. Medicos tentaram reanima-lo e ela só conseguia chorar. Saiu do quarto atordoada, ligou para a mãe, não sabia o que faria, chorava muito, a vida dos dois passava em sua cabeça como um filme, o primeiro beijo, a primeira vez que eles se amaram, o ultimo jantar, o ultimo sorriso.

- Filha!- foi tirada do transe pela sua mãe.

No momento não conseguia dizer nem uma palavra, só queria acabar com o sofrimento. Mais por Kanon ela seguiu em frente.

Teve o apoio de sua mãe no velório, no enterro e em todos os momentos que teve vontade de morrer.

Quando seu filho nasceu, sim filho pois foi um menino, deu o nome de seu pai a ele: Sano Shinya.

Nunca mais encontrou ninguem que ocupasse o lugar de Kanon, não se mudou para a casa da mãe como pensou em fazer, gostava de sua casa, e das lmbranças de Kanon, de tudo que viveram, momentos bons e ruins. E sempre que seu filho dava seus primeiros passos na vida ela sentia que Kanon estava orgulhoso dele, sempre sentia a presença de seu amado em todos os lugares que ia...