Férias de Verão escrita por kamis-Campos


Capítulo 6
Capítulo 6 - Perdidos


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. e não tõ recebendo tantos reviews *cry*, por isso agradeço imensamente a jessick e Jullianaa por comentarem, bjs!



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Cap. 6 – Perdidos

POV Celeste

Sem nos importar com as leis de trânsito e com os problemas de nossas vidas, corríamos com a Lamborghini do meu irmão, que apenas gargalhava enquanto avançava pela estrada em direção a algum lugar. Passávamos como borrões por tudo que se encontrava a nossa frente, chamando a atenção de muitos curiosos.

Já tínhamos passado de Forks, e era válido dizer que estávamos perdidos. Não fazia idéia onde estávamos.

- Céu, você sabe onde estamos? – perguntou meu irmão sem desacelerar.

- Sei lá! – dou de ombros e vejo duas pessoas caminhando próximo a uma casa vermelha. – Olha lá, vamos perguntar pra eles.

Thales se aproxima com o carro próximo as pessoas e estaciona. Era uma mulher de aparência forte e marcada, continha certa curiosidade em nos vê, o outro era um homem em cadeira de rodas, o rosto já evidentemente enrugado e seu olhar era solene.

Meu irmão saiu do carro e fiz o mesmo. Eles nos olharam com olhos estreitados, enquanto nos aproximávamos.

- Olá, meu nome é Thales O’shea e essa é a minha irmã, Celeste. – meu irmão estendeu a mão, sorridente.

- Olá, Thales, meu nome é Billy Black e essa é Sue Clearwater. – ele pegou a mão do meu irmão e arregalou mais os olhos. -... Wow...!

- Tudo bem? – perguntei estendo minha mão a Sue, que a pegou e exclamou perplexa.

- Ela é quente! – me olha quase emocionada, se não fosse pelo espanto.

Eu e meu irmão nos entreolhamos sem entender, já iria dar a desculpa de que estávamos gripados e que iríamos ao médico, quando Billy disse, alegremente.

- Venham, entrem. – disse nos direcionando para a casinha vermelha de madeira. Sem reclamar, os acompanhamos e nos sentamos no pequeno sofá. Estremeci, a sensação vinha com força total e aquela casa estava sobrecarregada por uma pressão de submissão e tensão. O cheiro de lobos estava muito forte ali, eram cheiros de lobos machos de outro bando.

Encolhi-me e meu irmão estremeceu, começando a tremer. Vi ele respirar fundo, tentando se controlar. Não seria de agrado algum se transformar na frente de dois humanos. Sue nos serviu cafezinhos e Browlies, enquanto Billy se juntava a sala.

- Então, o que querem? – perguntou.

- Queremos saber onde estamos. – meu irmão sorriu amarelo, ainda afetado com o lugar. Ele nunca teve senso de limites. – Digamos, que estamos perdidos.

- Completamente. – digo, balançando a cabeça.

- Ahhh, então é isso. – Billy murmurou para si mesmo. – Estão em La Push. – disse olhando pra nós, amistosamente.

- Caramba, tem idéia de como nos afastamos? – eu disse, gesticulando para o meu irmão. Sabia que La Push ficava próxima a Forks, sabia que ainda estávamos na cidade. Mas, ainda assim, era preocupante ficar fora, ainda com a essa sensação e com vampiros a solta. Mesmo assim, não queria voltar, estar aqui me dava uma sensação de quero mais.

- Para de exagero! La Push não é muito longe de Forks. – meu irmão revirou os olhos e eu bufei. Como se eu fosse me importar.

- Vocês se parecem muito com meus filhos. – disse Sue, sorrindo encantada. – Não é, Billy? – ela deu uma leve cotovelada no homem de meia idade, que apenas a olhou amigavelmente e lançou-nos um olhar esquisito.

- Sim, Sue. – Billy sorriu, nos analisando com o olhar penetrante. – Eu quero muito apresentar os meninos a vocês. – um brilho surgiu em seu olhar.

- Claro. – respondi animadamente. Não havia problema nenhum ficar mais um pouquinho ali, o clima, apesar de tudo, estava tão bom. Mas meu irmão continuou calado, com um olhar sério em Billy que fazia o mesmo.

- Eu não sei se devo. – disse e me olhou com pesar. – Desculpa, mas temos que ir.

Tudo estava tão agradável e delicioso, apesar daquela estranha sensação ainda pesar em meus ombros, mas eu não queria ir embora. Se fosse possível ficaria ali pro resto de meus dias.

- Porque, Thales? – fiz bico.

- Porque, sim, Celeste! E não se fala mais nisso. – falou no tom de Alfa, que eu achei desnecessário. Apesar de não surtir efeito em mim, tive que obedecê-lo. Pois, ele é meu irmão e eu tinha um precioso respeito por ele.

Abaixo a cabeça e apenas assento. Não queria mesmo sair dali.

- Muito obrigado, Billy, Sue. – meu irmão se levanta, pegando minha mão e puxando-me. Acompanho, relutante. – Até mais vê.

- Tchau. – digo triste aos dois anciãos simpáticos.

- Até, querida! – Sue sorri, parecendo também tristonha. – Queria muito que você ficasse.

- Pois é, né! – Thales passou os braços pelos meus ombros, protetoramente. O olho sem entender sua reação inesperada.

- Voltem quando quiserem, estarei esperando. – Sue exclamou, da varanda acenando ao lado de um Billy sério.

- Pode deixar, que voltarei! – gritei de volta e ela sorriu, triunfante. – Adeus, Billy!

- Até, criança! – disse ele, postando um leve sorriso em seus lábios. Retribui e entrei no carro, batendo a porta com força e colocando o cinto, grosseiramente. Qual é o problema do meu irmão? Será que ele não entendia que indelicadeza era falta de educação?!

- Ei, esse carro foi caro! – reclamou Thales, enquanto seu Lamborghini cantava pneus no asfalto. – O que foi? – perguntou se fazendo de desentendido.

- O que foi? – imito seu tom de voz e viro-me para olhá-lo irritada. – Eu que te pergunto, qual é o seu problema? Eles foram tão gentis coma gente...

- Só quero ir pra casa. – disse seco, voltando seus olhos para a pista. Uma leve garoa persistia em deixar a estrada lisa e molhada. – Tem algo de errado nisso?

- Não, você vai me contar o que aconteceu. Agora! – o encarei autoritária. Ele apenas me olhou e suspirou, decidindo-se se devia ou não. Passaram-se uns minutos até que ele se resolveu, parecendo angustiado.

- Ok. – fechou os olhos e respirou fundo, profundamente. - Eu tive medo, Céu! Pela primeira vez na vida, algo me intimidou.

Conhecia meu irmão melhor do que ninguém, e sabia que ele nunca foi uma pessoa comum, sabia que ele nunca tinha medo de nada. O que quer que seja que estava aterrorizando meu irmão, era algo que era além de um simples medo, algo maior.

- Quer me contar? – perguntei vendo sua relutância, assumindo o brilho de seu olhar.

- Quero. – disse em um suspiro pesado. – Tenho medo da minha vida, Céu. Perder você, o papai, a mamãe, meus irmãos... Seria um pesadelo! Temo que esse dia chegue, e quando entramos naquela casa senti-me fraco, como se eu não fosse capaz nem de quebrar um palito, como se fosse um simples rato.

- Então, se você é um rato, também sou uma rata, somos os ratos mais fortes que já existiram. – Tentei amenizar o clima tenso e sorri, fazendo-o sorrir também, mas logo sumiu de seu rosto, que voltou ficar em um misto de fúria e dor.

- Você não entende. – ele desacelerou e o carro já andava devagar, quase parando. – Me senti inútil! Celeste, eu tenho medo de falhar, imagina se eu condenar a minha família?

- Porque você faria isso? – o olho tentando decifrar suas palavras.

- Porque não passo de um garoto tentando ser um homem! – o carro parou bem no meio da estrada. Thales aperta o volante com tanta força que posso jurar vê-lo sendo arrancado. – Não sou pálio a esse posto, não mereço ser um Alfa.

- Não diga isso. – desvio os olhos para a janela. – Se diz isso de você, está me insultando também. – o encaro, pegando sua mão com força, tentando transmitir uma força para ele. - Thales, se hoje estou aqui, é por sua causa. Se não fosse por você, não teria a coragem de reunir uma matilha, de ter seguido em frente quando quase perdi o posto... Você merece, meu irmão e sabe disso.

 - Obrigada. – disse me fitando amistoso, antes de me abraçar apertado. - Devo dizer que você fica muito engraçada como diplomática. – rimos.

- Quem sabe não me candidato à presidente? – eu disse gargalhando.

- Não exagera! – mesmo tentando parecer sério, ele não conseguiu segurar o riso em função dos meus exageros à parte. – Vamos, antes que dêem por nossa falta. – ele acelerou para casa, evitando chamar atenção, mais do que já chamávamos.

Por mais inacreditável e irritante que seja, estava gostando cada vez mais daquele lugar. Ainda sentia um remorso indesejado, mas parecia mínimo à alegria que sentia por tudo aquilo. Aquele lugarzinho no meio do nada tinha lá seus encantos. Basta me conformar.

Paramos com o carro em frente à mansão e tudo estava uma confusão só. Resmungos eram ouvidos de todo canto da casa, falas nervosas eram audíveis e preocupadas. Ao entrarmos, todos estavam tensos e podia sentir todo o peso do lugar.

- ONDE VOCÊS ESTAVAM?! – meu pai gritou furioso descendo as escadas com minha mãe, que estava angustiada.

- Fomos dar uma volta. – Thales respondeu já sério. – O que aconteceu?

- Tudo! – Ian veio ao nosso encontro e Deborah me abraçou aliviada, seu olhar emanava preocupação. Ficamos tanto tempo fora? – Advinha o que são nossos vizinhos?

- O que? – perguntei sem entender. Aquilo tudo estava me deixando assustada. – Fale logo! – indaguei nervosa.

- Vampiros. – disse e se não fosse por Deborah, eu já estaria ao chão. – E querem falar com a gente, hoje mesmo.

- Mas, como? – já podia sentir os tremores voltando, convulsivamente.

- Dois deles estavam por aqui por perto e vieram tomar conhecimento. – Deborah disse franzindo o nariz. – Querem nos encontrar hoje ao final da tarde, em uma campina aqui perto.

- Pra que? Não fizemos nada a eles. – eu disse e meu irmão apenas continuava sério, fitando o nada.

- Estamos em seu território. – meu pai falou. – Não temos escolha a não ser aceitar, e vê o que eles querem. – assentimos, um pouco temerosos.

Não estava gostando disso. Algo não cheirava bem, não sei se devia confiar nessa história de “conversar”, vai que seja uma emboscada. Tudo que eu menos queria era uma briga, principalmente agora que o bando estava diminuído e dividido. Estávamos em pequeno número, sem o bando da Anne, mesmo que odeie admitir, sem elas somos quase vulneráveis.

Elas são essenciais e se os vampiros quisessem mesmo arranjar uma briga, poderíamos ser derrotados. Não duvidaria muito, mas fazer o que. Meu pai sempre está certo em suas indagações, ou talvez não. Mesmo assim, devo concordar que esteja muito curiosa e animada por isso.


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Notas finais do capítulo

Espero ganhar mtos reviews, pois está cada vez mais quente o "grande" encontro! Estou loka pra postar os outros caps!



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