Anjo Caido escrita por Nathy_Migliori


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

capitulo grande, chatinho e meloso...

Mias introdução para o proximo.

Até ó fim!!



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~ 10 ~


Virei-me com tudo é me deparei com Ezequiel praticamente grudado em mim – até que a ideia não era má, mas... – com a mão apoiada na parede.


Ezequiel cruzou seus braços sobre o peito forte. O ar escapou de meus pulmões e minhas bochechas coraram. Abaixei a cabeça para tentar esconder meu rosto.


Ezequiel colocou o dedo em meu queixo e o levantou até nossos olhos se encontrarem. Os olhos dele me chamavam. É como chamavam. Ele parecia vasculhar cada canto da minha alma toda vez que olhava em meus olhos.


Não resisti ao chamado. Minha boca foi ao encontro da dele. Ezequiel passou seus braços por minha cintura e me encaixou em meio ao seu abraço. Eu não queria sair dali.


Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Eu não resistia a Ezequiel e também a Gael. Os dois. Quando, na verdade, não deveria haver ninguém.


Fiz esse pensamento dominar meu corpo e me afastei. Antes não o tivesse feito. Quando me afastei de Ezequiel senti um frio estranho bater em meu rosto. Estranhei porque as janelas estavam fechadas. Olhei para fora. O céu estava cinza e carregado, sendo que há poucos minutos atrás, havia um sol ardente e brilhante lá fora. Aproximei-me para ver melhor.


De repente um raio entrou rodopiando pela janela, estilhaçando o vidro. Por extinto, minhas asas abriram e se fecharam sobre mim. O raio bateu em mim e me lançou para a parede.


Minhas asas se retraíram e eu olhei para fora. Gael flutuava em frente a minha janela, com o semblante cruel. Fiquei sem palavras. Tive um vislumbre bege e sabia que era Ezequiel.


– Finalmente!- comentou Ezequiel

– Finalmente o que? – perguntei a beira do desespero

– Finalmente nos encontramos Ezequiel. Finalmente como iguais.

– Iguais? Um anjo jamais será parecido com um Nefilin.

– Parem de besteira, vocês dois.



Os dois olhavam para mim, ostentando o mesmo olhar. Desafio. Minhas asas se fecharam sobre mim novamente deixando apensa minha cabeça de fora. Me encolhi diante deles.


– Melanie, vamos acabar logo com isso! – começou Ezequiel

– Pare de brincar e diga logo. Qual dos dois? – completou Gael

– Qual dos dois o que?- perguntei confusa

– Você quer! – disseram juntos

A pergunta me pegou de surpresa. Os dois começaram a andar em minha direção. Bati com as costas na parede e perdi o ar. Eu estava perdida, sabia que isso não daria certo, mas queria investir. Minha cabeça rodava pior que um pião. As ideias eram desconexas e me lembrei do dia que cai na terra.


Minhas pernas começaram a ceder. Escorreguei até sentir o chão, com as mãos na cabeça. Tudo a minha volta começou a tremer, as luzes piscavam e as flores em cima dos moveis murcharam.


Parecia haver milhares de pequenas abelhas em meus ouvidos. O zumbido aumentava mais a cada minuto. Sentia ferroadas em minha nuca. Vespas e abelhas insistentes me torturavam. Ouvi alguém gritar. Quando me dei conta, percebi que era eu quem gritava daquela maneira.


Senti dois perfumes diferentes ao meu lado. Segundos depois um par de mãos seguravam meus braços me tirando do chão. Eu não sentia minhas pernas. As vespas e as abelhas pareciam estar indo embora, e as que sobraram se revezavam me atormentando.


Minha visão foi normalizando, meus ouvidos voltaram a captar brigas ao redor. Ezequiel e Gael continuavam a bater boca enquanto me carregavam. Senti minhas pernas novamente e me livrei dos braços deles. Eu estava cansada de tenta discussão.


– Será que dá para parar?! – perguntei seria

– Responda nossa pergunta, que pararemos! – rebateu Ezequiel

– Eu... Eu não posso! Não posso responder sem magoar um dos dois.

– Então, temos que resolver isso nós mesmos!


Ezequiel pós a mão no ombro de Gael e sumiram. Ouvi um barulho atrás da casa e corri para lá. Ezequiel empunhava sua espada prateada e Gael segurava uma corrente. Eu não podia deixar os dois brigarem, eles acabariam se matando, e eu não deixaria isso.


Ezequiel correu para cima de Gael com sua espada prateada em punho. Eu temia por Gael. A espada de Ezequiel era poderosa e se encostasse em Gael, seria seu fim.


Abri minha asa é me materializai na frente deles. Ezequiel parou com sua espada a poucos centímetros do meu peito. Ele estava vermelho de raiva e respirava com dificuldade.


– Mel, me dê licença!

– Não! Por favor, Zec, pare com isso! Eu te imploro.

– Mel, não pedirei novamente! – insistiu ele

– Isso Melanie. Saia é o deixe terminar o que começou!

– Não! Isso é desnecessário. Vocês vão acabar se matando – minhas lágrimas brotavam e caiam em cachoeiras.

– Essa e a intenção anjo! – disse Gael com sarcasmo


Os dois me encaravam com olhos pesados, me condenando por meus atos. Que fosse então. Eu só não queria que eles se matassem.


– Você não nós da outra escolha. – começou Ezequiel olhando para mim e completou olhando para Gael – nos vemos em breve Nefilin.


Ezequiel sumiu é me deixou com Gael. Eu estava olhando para o lugar onde Ezequiel estava há poucos segundos atrás.


– Bom, apesar de não gostar dele, concordo com a decisão.


Gael saiu em direção à rua comigo em seu encalço. Eu coloquei a mão no braço dele para tentar pará- lo.


– Ele tem razão; você não nós deu outra escolha anjo!

– Gael eu...

– Shh... Anjo, deixa como está que é melhor!


Gael sumiu em direção a sua casa. Eu estava sozinha no meio da rua. Meu coração e minhas asas pareciam pesar toneladas. A chuva começou a cair gelada. Abaixei-me e comecei a chorar. Meus cabelos curtos grudavam em meu rosto e pescoço.

Eu havia magoado duas pessoas importantes. Tinha mudado a vida dessas duas pessoas. Anjos amavam.


Enquanto a chuva caia, algo em mim começou a mudar. Olhei em direção ao céu é pude ver nas nuvens a face de meu irmão Matheus, e naquele momento eu sabia que nossa guerra estava mais próxima do que todos nós esperávamos.


– Ainda mais essa!


Levantei apressada e entrei quase correndo em casa.


– Maria! – gritei – Maria!


Cheguei ao pé da escada e gritei de novo.


–Aonde é que ela está que não me ouve?

– O que foi criança? Por que tantos gritos?

– Temos um problema Maria. E um dos grandes.

– O que aconteceu Melanie?


Agora sim Maria estava preocupada com a situação


– Matheus. Ele resolveu agir!

– Quando?

– Boa pergunta! Não se decide, pois sabe que eu veria!

– Precisamos avisar Ezequiel.

– Não, ele não. Cristal!

Segurei a mão de Maria e sumimos de nossa casa. A sala de estar em que aparecemos era rústica, porém, bonita. Como em casa, cheguei à beirada da escada e gritei Cristal. Ela não demorou a aparecer com a pior cara de poucos amigos que conseguiu.


– É melhor ter uma boa desculpa para gritar dessa maneira á essa hora em minha casa!

– É eu tenho! Matheus resolveu atacar!

– Quando?!

– Eu ainda não sei! Mais será logo, eu sinto.

– O que faremos?! – perguntou Cristal pensativa

– Esperávamos que você nós dissesse!- eu e Maria dissemos juntas.



Ficamos um tempo caladas até que Cristal decidiu o que fazer.


– Como você fez comigo, teremos que fazer com os outros.

– Como assim?

– Convocar uma reunião urgente.


Fiquei olhando para Cristal esperando mais informações. Essas que não vieram. Cristal olhou para mim e disse aflita:


– É para ontem menina! Chame todos para cá já!


Corri para fazer o que ela havia mandado, enquanto Maria me olhava impressionada. Em menos de quinze minutos, já estavam todos ali reunidos e me encarando. Gael foi o ultimo a chegar e ficou ao meu lado juntamente com  Nathan.


– Bom, primeiro: desculpem por tira-los a esta hora da cama. Segundo: Matheus está pronto a vai atacar.

– Onde? – perguntou um menino

– Eu não faço ideia...?

– Marcos!

–... Marcos. Eu não sei muito...


Parei de falar porque ele estava aqui na terra. Ele iria começar, mais foi sútil, que eu nem ao menos o senti chegar. Senti uma pequena dor na cabeça. As abelhas e vespas de novo. Olhei desesperada para Cristal que não precisou de muito para entender o problema.


– Crianças, espero que estejam prontas!

– Por quê? – questionou Kimberly

– Por que a hora chegou! – eu respondi



Quando fechei minha boca senti algo diferente no ar. O vento começará a soprar para o outro lado, as luzes estavam fracas e estavam todos mais juntos. Foi ai que entendi.



– Deem as mãos! – ordenei

– Eu não vou... – começou Kimberly

– Ou você cala-a-boca e pega na mão de alguém ou fica pra trás!


Ela olhou furiosa para mim e pegou a mão de Gael. Olhei para o outro lado para não lhe esbofetear a cara e também porque precisava me concentrar.


“Rastreie e nós leve até Matheus!”


Foi a ultima coisa que pensei antes de sumir e levar todos comigo.


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Notas finais do capítulo

Reviews??



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