Harley Sanders - a Caçadora escrita por Kuroi Namida


Capítulo 22
Capítulo 22 - Transição




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Ao chegar na escola eu sabia que
a primeira coisa que eu deveria fazer era pedir desculpas ao Sam pelo jeito que
falei com ele no dia anterior. Então o procurei na biblioteca mas ele não
estava la ainda. Então voltei pra sala onde permaneci com Sarah tagarelando
como sempre ate todos sermos dispensados da aula.



Então fui ate a biblioteca outra
vez ver se Sam já estava por la, mas ele não estava la de novo. Sarah me
encontrou no corredor, ela veio correndo falar comigo como se tivesse algo
muito surpreendente pra me contar.



_Harley vem comigo rápido! –[Disse ela grudando no meu braço e praticamente me
arrastando pelo corredor].



 _Calma garota, vai tirar o pai da forca? Que
pressa toda é essa?



_Voce precisa ver isso... –[Dizia ela sorrindo, com o rosto todo vermelho pela
correria].



_Ver o que?



Agente parou no corredor próximo
a sala do diretor, e vimos o diretor Snider conversando com um cara alto, de
cabelo meio lambido que tava de costas. O cara tava usando uma camisa xadrez, e
um colete desses estilo tiozão mesmo. Não dei muita bola, apenas me virei pra
Sarah que olhava o cara com um sorrisinho bobo na cara, e perguntei:



_O que tem de tão interessante em
ficar olhando pro diretor Snider Sarah?



_Olha direito... Voce não ta
reconhecendo? –[Responde ela apontando para o cara]



Ela olhou pra mim sorrindo e em
seguida virando o rosto para os dois, me fazendo sinal com as sobrancelhas pra
eu olhar de novo. O diretor Snider nos vê paradas ali, aponta pra nos duas,
fazendo com que o sujeito se vire e nos olhe... Quase rachei em uma gargalhada
quando reconheci ele. Era o Crowley, de óculos, cabelo penteadinho, com aquela
roupinha de nerd segurando uns livros. Foi difícil segurar o riso. Eles se
viram e caminham na direção de mim, e Sarah que agora tentávamos disfarçar uma
olhando pra outra como quem não quer nada.



_Senhorita Sanders?? –[Disse o
diretor]



_Oi !! –[Eu respondi me virando
pra ele, ainda sorrindo]. Quer diser, sim diretor Snider !



_O que ouve de tão engraçado? _[Ele pergunta todo desconfiado como se nos duas
estivéssemos aprontando alguma coisa].



_Ah nada não... Só duas
adolescentes malucas conversando no corredor da escola!!! –[
Mudei meu sorriso de graça, para um sorriso
amarelo muito sem graça]



Nesse momento olhei para Crow
disfarçadamente sem entender bulhufas do que ele estaria fazendo ali. Então o
diretor Snider esclareceu as coisas:



_Seu tio veio buscá-las a mando
de sua mãe senhorita Sanders...



Disse ele apontando para o Crow
que nesse momento me olhava com um sorrisinho bobo, desses que agente da sem
abrir a boca. Ele parecia estar interpretando o papel de tiozinho Nerd, que Le
muitos livros e sabe muito sobre muitas coisas, menos sobre como lidar com
adolescentes. Sarah quase se engasgou olhando pra ele e dizendo:



_Tio? –[Ela fez a maior cara de WTF?? (What the fuck) E
quase caiu na gargalhada de novo, mas se segurou]



_Sim senhorita Smith, algum
problema? –[Pergunta o diretor meio intrigado].



_Não nada, é que ela não conhecia
o meu tio!! –[
Respondi olhando pro
Crow com os olhos meio arregalados].



_Adolescentes não costumam
prestar muito atenção nas coisas! –[
Disse
Crowley com um ar meio pomposo olhando todo simpático para o diretor].



_Com certeza! Essas duas então
nem se fala! –[
Respondia Snider
como se ele e Crow fossem grandes amigos].
Acho que ganham troféus no quesito distração!



_Bem se o senhor não se incomoda
eu gostaria de levá-las logo, temos um longo caminho! –[
Sorrio Crow novamente dando um tapinha de leve no
ombro do diretor].



_Ah claro! Imagino! Por favor
senhoritas, peguem suas coisas! –[Diz Snider como se fosse nosso general em
seguida se virando para Crow]. Espero que consigam resolver este problema!



Crowley sorri para o diretor, que
se vira nos deixando ali. Ele entra na sua sala, enquanto Sarah pega suas
coisas no armário dela, e eu fico ali parada olhando pro Crow com cara de
besta, ate ele voltar a olhar pra mim e digo:



_Que merda é essa?



_Voce beija sua mãe com essa boca
menina? –[Ele responde franzindo as sobrancelhas].



_Sai do papel de meu tio, faz o
favor! –[
Me virei pra pegar
minha mochila no armário].



_Desculpa! –[Crow sorri, dessa vez mostrando os dentes, e
baixando a cabeça em seguida]. É
divertido bancar outra pessoa as vezes!



_Voce devia ser ator, atuou tão
bem, que eu quase pensei que você fosse mesmo meu tio...



Sarah já tinha pego suas coisas e
estava agora do meu lado escorada no armário do lado, olhando para Crow e
rindo.



_Então pra onde nos vamos tio da
Harley?!! –[Pergunta ela toda cheia de graça].



_Vamos falar com o Dimitry!



_Não acredito que você se deu ao
trabalho de se vestir desse jeito, e se passar pelo meu tio, só pra tirar
agente da aula?! –[
Eu bati a
porta do armário olhando para ele].



_Não tinha como avisar antes,
então foi o único jeito!



_O que você disse pro carrasco,
quer dizer,pro  diretor Snider deixar
você sair da escola com duas alunas assim, no meio das aulas? –[Questionei]



_Problemas de família...



_De que tipo?



_Sua mãe no hospital.



_Mas e a Sarah? A mãe dela também
ta no hospital?



_Não, mas a mãe dela achou melhor
ela vir com você pra te dar apoio...



_Meu Deus ele matou minha mãe?!
–[Eu olhei pra Sarah com a boca aberta]



_Não matei, só disse que ela tava
no hospital...



_Mau o suficiente pra eu precisar
de apoio!? Isso é praticamente um Óbito...



_E se ele ligar pra confirmar?
–[Peguntou Sarah].



_Por que ele ligaria pra alguém
que ta numa cama de hospital?! –
[Respondeu
Crow como quem responde uma pergunta Obvia].




_Mas ele pode ligar pra minha mãe gênio! –[Disse ela com cara de enjôo].
Ate onde eu entendi ela ta bem!



_Ta gente vamos logo, estamos
perdendo tempo...



Grudei Sarah pelo braço, enquanto
Crowley nos seguia ate a saída da escola. No estacionamento entramos de novo
naquele carro velho que eu não fazia idéia de onde ele tinha tirado. Eu fui no
banco da frente junto com ele, enquanto Sarah foi no banco de trás. Ela escora
os cotovelos nos encostos dos bancos da frente, ficando entre mim e o Crow.



_Então, o tio da Harley tem nome,
ou é só titio?! –[
Pergunta ela
toda engraçadinha, rindo de canto olhando pro Crow].



_Ah não da moral não Sarah! –[Olhei pra ela sorrindo, e depois olhando pra
frente de novo].



_Sebastian... –[Disse Crow ligando o carro, e olhando pra Sarah
pelo retrovisor]. Senta ai...



_Espera. Eu tenho um tio chamado
Sebastian! –[Me virei olhando pra ele].



_Eu sei...



_Como?



_Ele sabe tudo sobre você, ele é
seu guardião!! –[
Disse Sarah
rindo, enquanto procurava o cinto de segurança].



_Viu? Ate ela já sabe disso... –[Crowley me olhou de canto, por trás daqueles
óculos que ele ainda não tinha tirado].



Seguimos então pela estrada, ate
chegarmos na casa do Dimmy.



Já na porta, antes mesmo que
batêssemos Dimitry abre-a. Ele olha pro Crowley com uma cara, como se tivesse
um ponto de interrogação na testa. Crow simplesmente olha pra ela seriamente e
dis:



_Sem gracinhas por favor...



Logo nos dirigimos ate o porão
onde ele já havia preparado tudo para o ritual de apresentação de Sarah como
bruxa ao mundo sobrenatural. Ele pede que ela se prepare, tirando a jaqueta,
para que seus braços ficassem totalmente descobertos. Ele ordena que ela se
sente no meio do circulo desenhado no chão, parecido com da outra vês, mas com
símbolos diferentes no interior. Ele abre o livro que havia tirado de Sarah no
nosso encontro anterior, e coloca-o no centro do circulo na frente dela. Pega
uma adaga muito parecida com meu punhal. Mas era cravejada de pedras escuras, e
parecia muito antiga.



_O que vai fazer com isso?
–[Pergunta Sarah assustada].



_Calma! Se você quiser mesmo
fazer isso, não pode temer! –[Ele olha pra ela sorrindo, e com voz mansa].



_Tudo bem...



Ela olha pra mim, e em seguida
volta a olhar para Dimmy. Crowley tirava os óculos e começava a limpa-los,
colocando-o novamente no rosto em seguida. Eu olho pra ele colocando a mãe na
cintura e balançando a cabeça como quem diz: “Nã, na , nanã”. Depois volto a
olhar pra Sarah. Dimmy pede que ela estenda os braços pra frente. Depois se vira
pra mim e Crow e diz:



_Preciso que vocês esperem la
fora...



_Tudo bem! –[Responde Crow, logo segurando meu braço e me
levando para a sala].



La em cima, nos dois esperamos
ate Dimmy completar todo o ritual.



_Ela vai ficar bem né?
–[´Perguntei preocupada ao Crowley].



_Não se preocupe, Dimitry sabe o
que ta fazendo...



_Ele sabe, mas e ela...



_Se ela quer mesmo fazer isso,
vai ficar tudo bem...



Depois de uns minutos ali, eu já
tava ficando irritada. E a coisa recém havia começado. Se passaram meia hora,
uma hora, duas horas e eu já não agüentava mais a espera, comecei a andar de um
lado para o outro na sala. Crow tava na janela olhando pra rua. Se virou pra
mim e cruzou os braços dizendo:



_Vai fazer buraco no chão...



_Não ligo... –[Respondi segurando
minhas próprias mãos].



Crow caminha ate mim, no meio da
sala, quando me viro novamente dou de cara com ele. Ele me segura pelos braços,
e me olha nos olhos dizendo:



_Da pra você ficar calma?



_Não consigo, eles tão demorando
muito, o que ele ta fazendo com ela la dentro afinal?



_Senta... –[Ele ainda me segurando pelos braços, faz com que
eu me sente no sofá]. Voce ta me deixando
nervoso...



Eu fico ali sentada com ele na
minha frente, sentado na mesinha da sala. Começo a sacudir os pés no chão de um
lado pro outro. Ele segura meus joelhos e me olha serio.



_Pára... Eu vou ter que amarrar
você?



_Eu to nervosa será que você não
notou?



_E tem como não notar?



_Droga eu...



Logo sou interrompida por Sarah e
Dimmy entrando na sala. Crowley se levanta olhando pra Sarah, eu fico em pé
também, me virando pra trás e os olhando, e logo pergunto:



_Então...Como foi?



_Correu tudo bem... –[Respondeu
Dimmy, saindo de trás dela]. Ela fez tudo certo...



Sarah estava de cabeça baixa, mas
agora já levantara e nos olhava. Quando me aproximei, pude notar em seus olhos,
que suas pupilas estavam super dilatadas, como se ela estivesse drogada, ou
quando você vai no oculista e ele te enche de colírio.



_Voce ta bem Sarah? –[Segurei seu ombro enquanto olhava pra ela].



_To... Ainda to me sentindo meio
estranha...mas...



Ela estava falando em voz baixa e
pausadamente. Parecia que tava em transe ainda sei la... Foi meio esquisito ver
ela assim. Mas pelo jeito ela estava bem...



_Bom então podemos ir pra casa?
–[
Olhei pra Dimmy e em
seguida para Crowley, que também olhava para o Dimmy].



_Ah sim! Agora podem...



_Otimo, tenho que chegar em casa
antes que minha mãe ligue pra escola do hospital....



_Hospital? –[Perguntou Dimitry franzindo a testa e meio que
virando a cabeça tipo cachorrinho abandonado].



_Nada não! –[Me virei pro Crowley rindo]. Longa historia!!



_Okay! Nos vemos em breve!



Sarah e eu nos dirigimos ate a
porta. Dimmy pedi que Crow espere um segundo, e eles vão ate um canto da sala
pra conversar, da porta não dava pra ouvir o que eles conversavam, mas pelo
jeito não era coisa boa, porque Crow mudou a expressão do rosto que estava
leve, para um ar de tensão e preocupação. Logo Dimmy sorri dando adeus, e
acompanhando Crowley ate a porta.



_Nos vemos logo meu amigo!



Crowley passa por mim e Sarah e
entra no carro. Nos duas entramos logo em seguida. Sentada ao seu lado no banco
do carona, eu fico olhando curiosa para Crow, que tirava os óculos largando-os
no porta luvas, ele me olha e volta para a direção ligando o carro.



_O que Dimmy te disse la dentro?
–[Perguntei preocupada].



_Nada...



_Voces ficaram quase dez minutos
falando sobre nada?



_É.



Fiquei olhando pra ele séria, ate
ele olhar pra mim de novo. Ele suspira e volta a olhar pra estrada. Mantendo o
olhar preocupado e tenso.



_Crow fala o que foi?



_Não.



_Não?



_Não.



Dessa vez quem suspirou fui eu,
mas irritada. Olhei pra frente e permaneci calada ate chegarmos próximos de
casa. Sarah desse do carro, enquanto Crowley ainda estava serio, mantendo o
olhar fixo no painel do carro... Eu abro a porta do carro, e chamo sarah:



_Pode pega as minhas coisas e
leva pra casa?



_Porque voce não vem?



_Não...



_Harley... –[Disse Crowley serio
olhando pra mim].



_Vai Sarah dis pra minha mãe que
fui almoçar com Sammy. –[
Continuei
falando com ela ignorando Crowley].



_Ta bom! Te vejo depois...



Ela pega minha mochila e se vira
pra ir pra casa. Eu fecho a porta do carro e digo pra Crowley:



_Pode ligar o carro.



_Não.



Ele fica me olhando com as mãos na
direção do carro. Eu viro meu rosto para encarar ele e digo em tom firme:



_Não vou sair daqui ate voce me
contar o que o Dimmy te disse pra te deixar desse jeito.



_Harley sai logo do carro...



_Não vou sair... Se quiser que eu
saia daqui me tira voce...



Ele me olha com profunda
indignação, depois suspira fundo e liga o carro. Ele arranca rapidamente e
seguimos pela rua. Eu não fazia a menor idéia de pra onde ele tava indo, e
também não ligava, so sei que eu não ia sair dali sem que ele me contasse com detalhes
o motivo por ele ter mudado de humor tão de repente.



Depois de passar por varias ruas,
já quase saindo dos limites da cidade, finalmente chegamos a um lugar. Era uma
casa pequena, em uma rua que mais parecia estar abandonada. Havia algumas casas
pela vizinhança, mas não parecia ter gente nelas. Crowley desliga o motor e
desce do carro caminhando ate a porta. Eu fico no carro olhando pra ele. Ele se
vira já com a porta aberta, e me chama, imagino que era ali que ele morava. Eu
abro a porta do carro e saio indo ate a porta. Ele já tinha entrando, então eu
passo fechando-a em seguida. La dentro era tão glamoroso quanto fora, ou seja,
nada simpático o lugar. Não tinha muitos moveis, so um sofá preto com uma mesa
velha nas costas.  Uma mesinha de centro
bem simples com livros. Fui andando pelo lugar, olhando ao redor, Crowley havia
sumido, devia estar mais a dentro da casa. Fui ate a porta que dava para a
cozinha, mas ele não estava la. Então voltei pra sala, e esperei.



Ouvi os passos dele vindo la de
dentro, sem me virar, digo olhando ainda pra sala, escura porque as janelas
estavam fechadas.



_Belo lugarzinho pra se morar...



_Nem todo mundo precisa morar
numa mansão.



Me viro irritada pelo comentário.
Ate parecia que eu morava em uma mansão como ele disse. Ele já havia trocado de
roupa, agora tava com o cabelo normal, despenteado, uma camisa cinza, e um
casaco azul.



_O que quer dizer?



_Nada.



_Vai falar comigo agora ou não?



_To falando.



Ele passa por mim, e vai ate a
cozinha. Eu vou atrás dele. Ele abre a geladeira e pega alguma coisa pra beber.
Caminha ate a pia pega um copo, serve algo que devia ser suco de uva sei la. Eu
paro na porta e cruzo os braços olhando pra ele, que vira apenas o rosto, olha
pra mim, e volta a beber o suco. Eu suspiro mais uma vês aguardando que ele
começasse a desembuchar logo a conversa com Dimmy.



_John fala comigo...



Crowley se vira largando o copo
na pia, caminha na minha direção e para na minha frente, me olha seriamente nos
olhos e diz:



_Não me chama de John.



Ele se vira e vai ate a sala,
onde abre as cortinas. Me viro e o sigo:



_Crowley por favor... Qual é o
problema?



_Voce. –[Ele responde se virando
e olhando pra mim].



_Como assim eu sou o problema?



Ele caminha ate o sofá, onde se
senta colocando as mãos sobre a cabeça, e os cotovelos sobre os joelhos. Eu
caminho ate ele, e olhando-o parada ali, em PE digo:



_Crow...



_Ela escolheu voce... –[Ele levanta os olhos com as mãos ainda sobre a
cabeça]. Bethany...



_Bethany? A caçadora? Do que voce
ta falando?



Me sento ao lado dele,e fico
olhando-o:



_Seus sonhos... Ela escolheu voce
pra terminar o trabalho dela...



_Terminar? Trabalho? Crowley eu
não to entendendo...



Ele se levanta e caminha ate a
janela de novo. Escora uma das mãos sobre o vidro e continua falando:



_Alguem encontrou o crucifixo...
E acabou soltando o demônio que ele aprisionava... O mesmo demônio que trouxe
todos os vampiros, lobisomens e todas essas maldições pra terra... Por isso
voce tem aqueles sonhos... Ela escolheu voce... Ela acha que voce é a única que
pode manda-lo de volta...



_Como ela poderia?



_Não sei... Mas segundo o que
Dimitry me disse, ela pode estar morta, ou sei la o que... Durante a transição
da Sarah, ela viu isso... Mas não pode se lembrar... Mas ela disse isso a
ele...



_Eu não to pronta pra isso estou?



_Não.



Ele se vira novamente pra mim, e
continua falando, com uma expressão mais tensa ainda. O que tava me deixando
mais preocupada...



_Então... Como vai ser?



_Não sei... [Ele suspira]



_Precisamos voltar a casa do
Dimitry... Quero que ele me conte tudo isso com mais detalhes...



_Faremos isso outro dia...



_Porque? Eu tenho toda a tarde,
podemos voltar la agora mesmo... Isso não pode esperar...



_Não...Eu vou levá-la pra casa...



Ele se afasta da janela e apanha
as chaves do carro de cima da mesinha da sala e cainha ate a porta. Parado na
frente dela ele se vira pra mim e me chama.



_Crow...



_Por favor Harley...



Ele me olha, com um olhar
visivelmente abalado depois abaixa a cabeça, e encosta a mão da porta. Em
seguida segura a maçaneta girando-a ate abrir a porta. Ele me olha e aguarda
ate eu me levantar e caminhar ate ele. Paro na sua frente, olho no fundo dos seus
olhos sem dizer nada e depois saio.




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