Perdi Minha Cabeça? escrita por kagome girl


Capítulo 13
Nunca Me Deixe


Notas iniciais do capítulo

Cenas quentes nesse capitulo, não chega a acontecer muita coisa mas se não quiserem podem passar porque o capitulo não e só isso. Sei que demorei pra colocar esse capitulo mas pra compensar fiz ele bem maior do que os anteriores. Esse e o primeiro capitulo que tem 2 versões: Em uma o Will ficava mais raivoso com a revelação da Sam e acabava brigando com ela, e na casa do Freddie eles ficavam no sofá mas não chegavam a se beijar. Na outra versão (essa) as coisas se desenrolam de um modo diferente. Espero que gostem, esse foi meu capitulo preferido de escrever (:



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Will olhou pra mim espantado. Não o culpo, quem imaginaria que eu e Freddie ficaríamos juntos? Aposto que se contasse isso pra alguém da escola essa pessoa diria algo como “Sam e Freddie? Pare de brincadeira, Sam! Você odeia ele!” e eu achava que odiava mesmo, a não ser porque quando estamos juntos eu não sinto ódio. Sinto arrepios e malditas borboletas no estomago.  Acho que você não deve sentir isso por alguém que odeia. A não ser que sua definição seja diferente da minha, claro.

- Quando?

Will perguntou me acordando dos meus pensamentos. Dei um pulo ouvindo a voz dele, serio.

- Quando o que?

- Quando vocês se beijaram, Sam?

Ele perguntou olhando pra mim impaciente.

- Hoje mais cedo, na verdade.

- E ele deixou você vir pra cá depois disso?

Ele parecia incrédulo com o fato de Freddie não ter me prendido no porão dele e dizer como “nunca mais olhe pra aquele ruivo, entendeu” mas o Freddie não e esse tipo de garoto. O tipo psicopata.

- A mãe dele tava em casa, eu não podia ficar lá.

- Ele sabe que você ta morando aqui?

Notei que Will me olhava o tempo todo como se estivesse sendo muito cuidadoso e era sempre “ele” e não “Freddie”. Mesmo assim, continuei falando como se não tivesse percebido.

- Eu pensei que ele não iria gostar mas Freddie disse que se for pra minha segurança, tudo bem.

Will suspirou e pareceu ficar com raiva quando eu disse o nome dele. Eu estava certa, ele estava evitando falar o nome dele.

- De qualquer jeito, eu vou dormir agora, boa noite, Samantha.

Não gostei quando ele me chamou de Samantha. Sempre significa que ele não gostou de algo que eu fiz. Retribui um boa noite que era quase um sussurro. Ele echou a porta me deixando sozinha no quarto. Peguei a foto que tinha eu, Freddie e Carly. Carly estava no meio e Freddie tinha suas mãos ao redor da cintura dela, naquela época a gente brigava se ficássemos um do lado do outro em uma foto. Hoje as coisas não são bem assim. Deixei o porta-retrato na mesinha de frente pra cama. A ultima coisa que vi antes de dormir foi o sorriso de Freddie na foto, ele ainda era uma criança com seus 14 anos que mais pareciam uns 12. Acabei dormindo com um sorriso estampado no rosto.

Acordei na manhã seguinte com um pensamento horrível: Faltava 1 semana par as ferias acabarem. O fato e que um mês sem escola passava muito mais rápido que uma aula, mesmo que eu dormisse na aula. Vi que meu celular tava tocando, era o Freddie.

- Alo?

- Alo? Sam?

- Oi, Freddie.

Engoli em seco. Era tão ridículo ficar nervosa por falar com ele, afinal nos conhecemos desde o oitavo ano. Mesmo assim não conseguia evitar: Meu coração batia tão rápido que podia pular pra fora do peito a qualquer momento.

- Vai fazer alguma coisa hoje?

Freddie Benson estava me chamando pra sair. Me perguntei se tinha acordado mesmo ou se ainda estava sonhando.

- Não.

- Você podia vim aqui, então – Senti que estava sorrindo tanto que fazia minhas bochechas doerem – minha mãe no ta aqui porque teve um parto de ultima hora pra fazer.

- Ta, mas garanta que vai ter comida Frediffer!

Freddie riu e desliguei, falei pro Will que ia no apartamento da Carly. O que não e mentira, afinal Freddie morava no Bushwell também. Fiz isso porque apesar de Freddie não parecer um psicopata Will certamente tinha o olhar de um quando eu mencionava o nome dele. Me vesti com uma blusa de listras vermelhas e brancas e uma calca jeans qualquer. Isso com meus all-star também. Comi minhas cinco torradas antes de sair, o que fez Will e o pai dele olharem estranho pra mim. Eles sabiam que mesmo depois de dez anos Sam Puckett não e o tipo de garota que e rápida quando come. Dei a desculpa de que tinha que correr porque tava atrasada pra um ensaio do iCarly, e eles acreditaram.

Como o Bushwell ficava longe do Garden (o prédio do Will e minha casa agora que ficava ha umas 15 quarteirões da casa da Carly, o que e muita desventagem considerando que eu passo a maior parte do tempo lá) peguei meu carro que estava na garagem do Will, já podia dirigi-lo desde o verão passado e foi horrível ter que trabalhar pra pagar por ele, mas se não fosse assim eu não o teria. Nem o Spencer nem a Senhora Benson pagaria pra mim, claro.  Quando cheguei na casa do Freddie e toquei a campainha meu coração parecia querer sair do meu peito. Não entendia mais meu corpo. A porta abriu revelando um garoto de olhos castanhos.

- Oi, entra.

Ele entrou na casa dando espaço pra eu entrar também.

- Eu to só terminando de editar uns gráficos pro iCarly, se quiser pode ficar ai, eu já volto.

- não, eu te ajudo.

Fomos pro quarto dele o computador estava ligado. Ajudei ele dizendo que cor eu achava que deveriam ser os gráficos. Eu e ele gravamos minha voz que primeiro ele editou pra ficar super grossa e depois super fina e rápida, rimos tanto disso que quase choramos, eu comecei a encurvar meus corpo rindo das edições das vozes ate que me levantei me joguei na cama do Freddie sem conseguir parar de rir.

- Meu Deus! Eu vou morrer de tanto rir!

Me conterci na cama e ria de olhos fechados ate que não consegui  mais escutar as risadas dele. Continuei rindo com lagrimas nos meus olhos ate que parei um pouco e ainda de olhos fechados perguntei:

- Freddie?

E então eu senti dois lábios pressionados contra os meus, abri os olhos em surpresa e vi o rosto dele. Meu coração batia rápido contra meu peito e eu fechei meus olhos de novo, mas não antes de gravar o rosto de Freddie em quanto me beijava. Ele ficava incrivelmente sexy, tinha que dizer por mais vergonhoso que fosse. Passei meus braços em volta do pescoço dele e acariciei os cabelos dele dando passagem pra língua dele na minha boca. Senti choques percorrerem todo o meu corpo. Não tinha sentido que era tão bom assim nos nossos beijos de antes. Ele colocava seus braços ao redor do meu corpo fazendo esforço pra não cair por cima de mim, percebi. Rodei e fiquei em cima dele, assim ele poderia relaxar. Freddie colocou suas mãos na miha cintura me puxando com pra mais perto dele, como se isso fosse possível. Aquele beijo era intenso demais, eu começava a sentir calor e começava a sentir que um beijo não era o bastante. Freddie abraçou minha cintura e começou a dar selinhos no meu pescoço.  Gemi baixinho, sentindo uma coisa dentro de mim que nunca tinha sentido antes.

- Freddie...

minha voz tinha saído quase como um sussurro, o que aparentemente tiha incentivado ele a continuar, porque agora ele mordicava meu pescoço e dava leves chupões me fazendo gemer mais alto. Ele passou as mãos (que tremiam) em baixo da minha blusa fazendo ela se levantar levemente. Senti arrepios e mais choques quando a mão dele subia pelo meu corpo. Ele estava tocando minha barriga quando algo me atingiu.

De repente, como se uma bala tivesse acertado meu cérebro eu percebi.Eu não podia fazer isso. Não ali, não agora. A gente nem tava namorando direito e eu não estava preparada. Nem fisicamente, nem psicologicamente. Comecei a entrar em pânico com a ideia de perder minha virgindade e empurrei Freddie dando impulso pra me soltar do beijo. Ele me olhou surpreso e com uma cara de quem não tava entendendo nada.

- O que foi?

Me levantei da cama dele em pânico e totalmente assustada. Meu Deus, o que eu estava pensando quando concordei em vim pra casa dele quando ele estava sozinho aqui? Como eu fui burra pra não ligar os pontos antes?

- Eu não posso! Eu não posso fazer isso! Eu não quero terminar ficando gravida! Eu nem sai do colégio ainda! Eu não... Eu não...

Quase comecei a hiperventilar, Freddie olhou pra mim preocupado mas se levantou também e pegou minha mão, ele beijou o topo da minha testa e sentou comigo na cama, eu já respirava mais calmamente.

- Mais calma?

Ele sorriu gentilmente. Ótimo, agora eu me sentia uma criança e Freddie era meu pai me dizendo pra manter a calma.

- Sim.

-  Freddie, na-não e que eu não queira! Eu... – Não olhei pros olhos dele, estava envergonhada demais – E que minha mãe ficou gravida quando era adolescente. Quando eu pensei nisso, sei lá, eu só  fiquei com medo...

Ele entrelaçou os dedos dele nos meus.

- Tudo bem, eu não te chamei aqui pra fazer isso mesmo. Eu não devia ter te beijado de qualquer jeito, foi só que você fica sempre mais bonita quando ta rindo – acabei ficando com mais vergonha – Eu espero e quando estiver pronta você me avisa.

Fiquei feliz de ouvir a resposta dele, serio, quão perfeito ele conseguia ser as vezes? Olhei pra ele e coloquei a minha mão livre no rosto dele, dando um selinho em agradecimento.

- Ta. Mas porque você me chamou aqui?

- Bom, me chame de pegajoso – Fiz uma careta discordando – mas eu queria te ver. E conversar.

- Ok, sobre o que queria conversar?

Ele soltou minha mão e deitou na cama, eu deitei do lado dele colocando minha cabeça no peito dele. Freddie colocou uma mão na minha cintura, acariciando ela. Por um momento pensei em como as coisas mudaram entre eu e ele. E não eram mudanças ruins, preciso dizer. Beijar ele, poder abraçar ele e deitar na mesma cama que ele era incrível.

- Cara, eu não quero ter que ver a cara feia da Senhorita Briggs daqui ha uma semana.

Ele riu mas logo ficou serio de novo. Me perguntei no que ele estava pensando.

- Sam, a Carly sabe?

Pensei em fingir que não sabia do que ele tava falando e perguntar “sabe o que?” mas não tinha porque fazer isso.

- Sabe, eu contei pra ela...não deveria ter contado?

Ele pareceu pensar um pouco e depois sorriu:

- Não, e melhor que ela saiba.

Meus pensamentos foram parar no dia em que a Carly descobriu que eu e o Freddie tínhamos nos beijado e não tínhamos contado pra ela. Ela começou a ficar toda estressada e a gritar, foi mesmo melhor que eu tenha falado pra ela.

- Sam?

- O que?

- Você gosta de mim?

- Gosto. Você faz tudo pra manter eu a Carly de bom humor e ajuda no iCarly. Você e um ótimo amigo, Freddie Benson.

Ele rolou os olhos, consegui dizer mesmo sem estar vendo o rosto dele. Eu sorri ironicamente.

- Não, idiota. Você gosta de mim do jeito que eu gosto de você?

Meu coração deu uma espécie de parada quando ele disse isso. Eu já tinha deduzido que ele gostava de mim mas ouvir ele dizendo era diferente.

- Gosto. Eu gosto de você, Freddie.

Ele parou de acariciar minha cintura e a envolveu em um abraço. Eu fechei meus olhos e senti o cheiro dele. Era tão bom ficar ali. Tudo parecia estar em câmera lenta em nossa volta e era como se estivesse tão silencioso que fossemos as únicas pessoas no mundo esse momento. Sorri pensando nisso. Eu não me importaria de viver em um mundo só com o Freddie.

- Sabe, eu não faço tudo pra ver a Carly sorrir. E só pra ver você sorrir.

- Mentiroso.

Ele riu e colocou os lábios no meu cabelo.

- Eu não me surpreenderia se um dia você acabasse casando com ela. A Carly e a garota perfeita pra você: Educada, bonita e sua mãe gosta dela.

- E, mas eu não quero perfeição. Eu quero ficar com você. E irritar minha mãe e só um bônus, uma coisa que eu não teria se ficasse com a Carly.

Eu ri disso, vai ver eu estava influenciando o Freddie se ele sentia que era tão legal irritar a mãe dele. Passamos um bom tempo assim, provavelmente horas, abraçados e deitados na cama dele e honestamente eu não me importaria de passar a eternidade assim. Em alguma parte da tarde, em quanto ele alisava meu cabelo eu fechei meus olhos e simplesmente dormi. Foi estranho porque eu não me sentia cansada mas os bracos de Freddie tinham esse efeito: Eles me deixavam tão calma e em paz que eu ficava tão relaxada a ponto de dormir. Em alguma parte do meu sono, uma hora que eu estava entre o sono e quase acordando eu ouvi a voz do Freddie sussurrando algumas palavras, e depois que as ouvi voltei a dormir me sentindo mais feliz que nunca. Quais eram as palavras?

Nunca me deixe. Eu te amo, Sam.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E pra quem não viu o iLost My Mind já tem o download disponível no icarlydownloads, sem legenda. Tenho que dizer: Vale a pena ver mesmo que você não saiba inglês.